terça-feira, 30 de dezembro de 2008

Até 2009!

“Bendito quem inventou o belo truque do calendário, pois o bom da segunda-feira, do dia 1º do mês e de cada ano novo é que nos dão a impressão de que a vida não continua, mas apenas recomeça…”
(Mário Quintana)

Quando eu estava na escola, eu lembro que uma das coisas que eu mais gostava era o começo do ano. Eu era nerd o suficiente para olhar para os livros antes das aulas terem começado e adorava aquela sensação de não entender nada, mas saber que no fim do ano eu iria compreender o que estava lá escrito.

Sempre amei inaugurar os cadernos novinhos em folha, o novo estojo, os lápis e as canetas por estrear. Tudo zero quilômetro esperando que eu desse os primeiros rabiscos.

Por isso o ano novo sempre teve esse gostinho especial de recomeço. De página em branco, de inauguração. 2009 é um caderno limpinho, pronto para que a gente comece a escrever.

Assim, o que eu desejo é que todos vejam 2009 com optimismo e com o espírito aberto que todo o novo ano merece ser encarado. Mas sem esquecer as lições dos anos anteriores.

E que, no fim, possamos olhar para trás e ver que as páginas de 2009 foram preenchidas com memórias, sorrisos, algumas lágrimas (faz parte), novos amigos, amores, superação, conquistas, fé, e assim ver tudo o que aprendemos em mais um ano.

segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

Going Pink

"... O Eduardo achou estranho, e melhor não comentar, mas a menina tinha tinta no cabelo..."

(Legião Urbana - Eduardo e Mônica)

domingo, 28 de dezembro de 2008

3 memês da Mari

Quer dizer, na verdade são dois selinhos e um memê.

Os selinhos são esses aqui:



Obrigada Mari , mas o melhor de tudo são as tuas visitas! :)

Mas, além dos selinhos ela ainda me desafiou para um memê. Oito desejos no fim de 2008. Eu pensei que ia ser fácil, porque pedir é comigo mesmo. Mas é difícil escolher só 8 coisas entre um universo de pedidos. No fim, conseguir resumir tudo a isso aqui:

1- Que a distância entre Portugal e o Brasil fosse menor (e a passagem aérea beeeeem mais barata). Existe muita gente de quem eu gostaria de estar mais perto e ver mais vezes.

2- Que as pessoas que eu amo vivessem para sempre. Vovó ia dando um tremendo susto na gente neste Natal quando se engasgou com a comida. Sorte que a minha mãe se lembrou de fazer a tão falada manobra de Heimlich. Sério gente, isso funciona mesmo!

3- Ter uma empregada. Essa vida de Isaura me mata e empregada aqui é artigo de luxo.

4- Ir à Tomatina. Eu não conheço ninguém que se sinta remotamente atraído por ir à Valencia em pleno Agosto para a maior guerra de tomate do mundo. Mas eu juro que eu não morro sem ir à Tomatina pelo menos uma vez na vida.

5- Viajar muito. Grécia, República Tcheca, Austrália, Holanda, Marrocos, Egipto e tudo o mais que der parar conhecer. Por falar em viagem, já marquei as próximas férias!

6- Que o Cinderelo do post anterior não fosse embora. É, dia 6 de Janeiro está chegando e ele volta para os Estados Unidos. Eu não cheguei a falar: ele é norte-americano (Mas é limpinho, tá? Votou no Obama e tudo!).

7- Ganhar muito dinheiro de uma vez só, de modo a que eu pudesse trabalhar por prazer. Eu sou workaholic e, mesmo que tivesse muito dinheiro, não deixaria de trabalhar. Só que gostaria de trabalhar por prazer, em vez de por obrigação.

8- Hugh Jackman (precisa explicar?).

Por hoje a lista é essa. Se eu escrevesse esse post amanhã seria outra, porque eu mudo o que eu quero todos os dias.

quinta-feira, 25 de dezembro de 2008

Obrigada Papai Noel

Oi Papai Noel.

Esse ano eu decidi não escrever nenhuma cartinha com os meus pedidos. Afinal eu sei que até nem fui uma boa menina. Para começar eu sou advogada. Isso implica automaticamente que eu não sou tão gente boa assim.

Mas todo mundo tem defeitos, não é Santa? E acho que você conseguiu ver isso pelo lado positivo. Porque pelo menos eu estou ajudando quem precisa. Afinal o meu chefinho precisa de um BMW zerinho, eu preciso de um emprego e Estrela Regina precisa de um lar. Portanto, de certa forma, eu ajudo pessoas necessitadas.

E acho que foi pensando nisso que você mandou uns presentinhos bem bacanudos esse ano. Para começar foi o senhor que vende uns relógios maneiríssimos que fez um descontão e deixou eu pagar o Dolce e Gabana só no ano que vem. Depois teve o cabeleireiro, que me deu de presente uns cachinhos (é, eu não paguei nadinha) e me deixou com cara de comercial de shampoo. Assim ó:




De quebra ainda esbarrei com um ex casinho na rua assim, com esse cabelo divino e muitíssimo bem acompanhada. Foi o máximo, Papai Noel!

Mas olha, o que eu adorei mesmo foi que você abandonou a tradição dos presentes no sapatinho e deixou logo o Cinderelo inteiro na minha porta. Deve ter sido para compensar todos os "bem que podia ter dado certo" de 2008.

Porque de certa forma, quando a gente pede um cara alto, loiro e de olhos azuis, normalmente é só uma maneira de dizer. Mas esse ano você se superou e mandou o "the ultimate bofescândalo" diretinho para mim.



É, bom velhinho, você se superou dessa vez. Só faltava eu ter ficado com uma voz melhorzinha no vídeo, mas isso fica para o Natal de 2009.

Para esse ano não peço mais nada, porque do jeito que está, se melhorar estraga!

Obrigada Papai Noel!!!

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Peço desculpa pela falta de actualização, mas ultimamente tenho estado ocupada brincando com os presentes de Natal que eu ganhei. Sei que tenho memês e selinhos em atraso e vou correr atrás para cumprir tudo antes de 2009.

quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

Bacalhau de Natal

Sabem aquelas coisas que você diz e só repara que saiu besteira quando o povo começa a rir da tua cara?

Como estamos perto do Natal teve um cliente que se lembrou de dar um bacalhau para o pessoal aqui do escritório. Como nós somos alguns, acabamos por dividir o dito cujo bacalhau e eu fiquei com um pedaço perto da cauda.

Até aí tudo bem. Só que eu mal sei cozinhar e achei que também não valia a pena levar um niquinho que bacalhau para a minha mãe fazer para uma família de sete pessoas. Por isso, quando um colega estava a falar em trocar o pedaço de bacalhau que lhe foi atribuído, eu - munida de generosidade e espírito natalício - disse:

- Por mim vocês podem ficar com a minha parte. Eu dou o rabo para quem quiser.

Para que fique bem claro eu me referia ao bacalhau. Só ao bacalhau!

sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

Caiu a ficha

Só agora me toquei que faltam só 13 dias para o Natal!

terça-feira, 9 de dezembro de 2008

Maldito Adão

Uma coisa horrível da Internet é a automedicação. Quem nunca procurou sintomas no oráculo Google que atire a primeira pedra.

Eu não sei se foi a maratona de Dr. House e Grey's Anatomy (sim, me rendi a essa série mulherzinha) que eu andei vendo, mas a verdade é que ainda ontem eu estava sentindo umas pontadas na zona do peito.

Agora, experimenta jogar no Google dor no peito pra ver o que dá! Sim, eu já estava me imaginando sendo operada pelo Dr. Burke com a sua mão trêmula e o House entrava a meio e dizia: "Pára tudo! É lupus sua mentirosa!!! Everybody lies!"



Não. Nunca é lúpus.

Mas a verdade é que a dor evouluiu para uma murrinha constante. Tipo aquela dorzinha de cabeça que não vai embora nunca. Claro que, com o nervoso de achar que o meu coração se tinha tornado numa bomba relógio, vieram também a falta de ar, os calafrios e as pernas bambas.

Vocês não me conhecem, mas eu sou do tipo que só vai ao hospital se alguma parte do corpo estiver separada do restante. E isso só porque eu não sei costurar. Senão era bem capaz de ser eu mesma a dar os pontos.

Porém, com o histórico de problemas de coração que a minha família tem, achei melhor não arriscar e acabei por ir ao hospital mesmo. Ainda estava à espera de encontrar lá o McSteamy. Nunca se sabe...

Como eu não tenho sorte nenhuma, fui atendida por uma médica espanhola. Com o seu sotaque de dubladora de filmes pornô ela me mandou ir fazer um raio-x e um electrocardiograma.

A verdade é que meu coração está bem. Segundo ela disse, eu não tenho lúpus (Viram? Nunca é lúpus), não estou enfartando, não tenho endocardite, não é auto-imune, nem nenhuma doença tropical, nem nada com um nome chiquerésimo em latim. Aliás, pasmem! Eu tenho um coração de atleta.

O que se passa é que uma costela resolveu inflamar no meu peito (adicione aqui qualquer verso brega sobre peito inchado e coração inflamado chamando por você, ou qualquer coisa do Wando), que faz pressão e parece que eu estou prestes a explodir. Os calafrios e pernas bambas eram só nervoso mesmo.

Putaquel, Sr. Adão! Na hora de distribuir as costelas você tinha que me dar logo a defeitousa?!

segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

No Santa, no lies

Eu fui daquelas crianças que chorou mundos e fundos quando descobriu que o Papai Noel não exisitia. E olha que eu descobri de um jeito tão bobo...

Foi em um Natal em que eu queria a Barbie cabeleireira (ou patinadora, ou qualquer outra Barbie que não vem ao caso). Só que essa boneca era a sensação do momento e esgotou nas lojas. Aí a minha mãe, se fazendo passar por Papai Noel, escreveu uma cartinha toda fofinha e colorida explicando que os duendes não conseguiram fazer a minha Barbie a tempo e, por isso, mandaram outra Barbie no lugar.

O problema é que eu reconheci a letra da minha mãe e, por muito que ela dissesse que a letra do Papai Noel era igualzinha à dela, eu comecei a chorar e deixei de falar com meus pais por algum tempo.

O que me fez chorar, e o que me põe de rastos até hoje, não é o facto de não existir um velho de roupas vermelhas que distribui presentes. É haver alguém que faz você acreditar que ele existe e te engana descaradamente.

quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

Estrela (cadente)

Oi, muito prazer. Eu sou a Estrela Regina. Agora que a An@Lu ficou famosa ela disse que não tem tempo para postar naquele blog diarinho pós aborrecente. E como a fama subiu à cabeça, ela resolveu fazer como o Napoleão e tocou fogo na casa e nomeou a coelha (neste caso, eu) como sua assessora.

Por isso, hoje sou eu que transcrevo o texto que ela ditou. Estive dando uma lida nisso e sinceramente eu não sei o que vocês vêem aqui. Bando de historinha sem graça...

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Ontem foi o dia de aparecer na televisão. Sem ter que ir para o escritório de manhã cedinho, pus o despertador para as onze horas.

Às 9:20 o telefone toca. Um amigo do trabalho.
- Oi Zuquinha!
- Grunf... Humpf... Grrrrrr... Alô?!
- Eu te liguei para a gente ir tomar café mas você não estava. Aí lembrei que você não vinha ao escritório.
- E...?
- E mais nada. Te acordei?
- Grrrrrr... Sim.
- Ah, desculpa.

Voltei a dormir. Até o telefone tocar de novo. Dessa vez era a minha mãe.
- ANA, ONDE VOCÊ ESTÁ????!!!! VOCÊ AINDA ESTAVA DORMINDO????!!!!

Dei um pulo da cama e olhei para o relógio.
- Mãe... São cinco para as dez!!!! Não é para estar na tua casa só ao meio dia?!
- Mas você tem que vir logo!
- Eu não atraso. Fica descansada.

Dormi mais um pouquinho. Até a minha mãe ligar de novo:
- Mãe, ainda são dez e meia...
- Olha, eu vesti uma calça preta, com uma camisa preta, um brazer xadrez preto e branco e uma bota marrom. Você acha que está legal?
- Mãe... Você vai toda de preto e com sapato marrom???
- É, né?... Vou mudar.

Depois disso já não valia a pena dormir de novo. Ainda nem tinha aparecido na televisão e já estava odiando a vida de artista. Acho que preciso de uma assistente pessoal.

Chegamos no estúdio e fomos para a sala de espera para a maquiagem. Três quilos de base e uns cachinhos depois, eu saí de lá me sentindo a última cerveja gelada no deserto. Sabem...? Eu poderia me habituar a essa vida com muita facilidade. Sentar, fechar os olhos, ser maquiada, penteada e paparicada.

Depois ficamos ali na salinha de espera para a nossa vez, junto com as outras famílias. Tinha uma família de voluntários e uma de bombeiros. Meldels! Todos ali vestidinhos a rigor. Desde o bombeiro avô ao bofescândalo do bombeiro filho. E eu, que nem gosto de uniformes nem nada, fiquei logo imaginando uma série de duplos sentidos que incluíam apagar o fogo e segurar na mangueira.

A Raquel, assistente de produção, ficou o tempo todo cuidando da nossa família. Segundo ela o seu trabalho era fazer com que nós estivéssemos confortáveis e satisfeitos. É... Eu realmente podia me habituar a isso com muita facilidade. “Querem café?”, “Querem tirar o casaco?”, “Querem comer alguma coisa?”.

- Raquel, você pode me trazer uma coisa?
- Claro Ana!
- Então vai ali, pega telefone do bombeiro e traz pra mim.

A entrevista foi muito legal. Todos falaram um pouquinho e eu tive os meus 5 minutos de fama.

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Fala a verdade An@Lu! Você só queria mesmo era arrumar o cabelo!

terça-feira, 2 de dezembro de 2008

Almost Famous

Porque uma pessoa é surpreendida em plena jornada de trabalho pela mãe no MSN.

- Oi, você vai fazer alguma coisa na quarta-feira à tarde?
- Hellooooo... Vou pra senzala. Quer dizer, escritório.
- Ahn, é que ligaram de um programa de televisão e querem que a gente vá lá. A família toda.
- COMÉQUIÉ?!

É pessoal, já não bastava a minha fama nas revistas, agora eu vou para a televisão. Porque a produtora desse programa viu a revista e achou a minha família super legal e, como estava faltando assunto, resolveu chamar a tchurma toda para uma entrevista ao vivo. Vai até rolar almoço grátis, cabelo e maquiagem. Eu sou chique, benhê!

Pra quem mora em Portugal, eu vou amanhã nas "Tardes da Júlia", na TVI... Ok, podem parar de rir agora.

Como eu estou tão lisa que não pego nem resfriado, a minha esperança é que a apresentadora goste tanto de mim que me convide pra ser protagonista de um daqueles programas de encontrar marido. Daqueles em que tem 12 caras bundões fazendo provas absurdas para mostrar o amor por mim.

Eu sei que depois de amanhã a minha vida vai mudar. Já estou me imaginando na ilha de Caras e os convites pra posar nua pra Playboy. Mas, como foi a família que me levou ao estrelato, já pensei em tudo. Vou fazer um sensaio sensual com a mamãe e as minhas duas vovós para o Papparazzo primeiro. Aí, depois, eu viro modelo-atriz-cantora-apresentadora e engravido do Steve Tyler. Sim, porque Mick Jagger é sooooo last season!

Agora eu vou ter que me habituar à fama e a essa coisa de sair sem calcinha e bêbada na rua. Difícil vai ser limpar o nome do meu padrasto depois do escândalo que ele der com os travestis no motel. Mas nada que não se cure adoptando crianças de países do terceiro mundo.

E, para os bofescândalos, fica o recado: eu autografo qualquer parte do corpo, desde que esteja limpinha, tsá?

segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

Bodas de prata

Ontem eu fiz aniversário de namoro. Talvez vocês não saibam, mas é um relacionamento que eu já tenho há algum tempo. Tanto que ontem completou bodas de prata.

Mas nem tudo foram rosas. A gente nem sempre se deu bem. Até hoje tem dias que a gente acorda e não consegue nem se olhar.

Mas o bom dessas relações longas é o tempo. O tempo para conhecer as manias do outro, para aceitar os defeitos e para aprender a lidar com crises de mau humor.

Fomos ultrapassando barreiras e hoje podemos dizer que estamos bem e felizes, com aquela sensação de serenidade, de quem tem consciência de que ainda não deu todos os passos mas sabe que está no caminho certo.

E aprendemos a comemorar todos os dias e não só no nosso aniversário.

Parabéns An@Lu!