Eu li por alto todos os posts desse ano e concluí que 2009 foi um ano que passou. Teve alguns pontos altos mas, em grande parte, simplesmente passou. E sem deixar muita saudade.
Basicamente o primeiro semestre foram estresses com o emprego. Tirando a viagem a Amsterdam que foi - provavelmente - a mais divertida que fiz até hoje e a mudança de apartamento, eu só me vi reclamando do trabalho, cansada e estressada. Ou seja, eu nem dei pelos primeiros 6 meses de 2009.
É incrível como a gente se habitua a viver assim "mais ou menos". Acorda, trabalha, volta pra casa. Fala menos com os amigos que poderia, faz menos coisas divertidas que queria e sai com mais caras idiotas que deveria.
Depois veio Julho e, não obstante o desemprego e as preocupações chatas com o dinheiro, parece que as coisas mudaram pra melhor. Na verdade acho que fui eu que fiquei mais leve. Vejam bem, o meu trabalho agora está sendo feito por três pessoas. Três!!! Afinal não é à toa que eu reclamava.
Fui à Tomatina, passei a sair mais e estar com as pessoas que me faziam bem. Gente super alto astral que, em pouco tempo, se fizeram amigos de uma vida. Sorri mais, vivi mais e como resultado disso, escrevi mais.
Mas nem é que o segundo semestre tenha sido assim tão maravilhoso. O primeiro é que foi, sem sombra de dúvida, uma merda.
E agora eis que chega 2010. Para ser sincera, não tenho grandes planos no horizonte. Tenho que recuperar um rombo no meu orçamento e prometi para mim mesma ser mais organizada. Também me prometi fazer mais planos, porque eu me sinto assim meio sem rumo. Buscando um não-sei-quê constante.
Só que uma coisa é certa. Decidi não cair no mesmo erro e não deixar 2010 passar. Por isso, em 2010 quero arriscar mais e deixar de lado essa segurança da vida "mais ou menos". Porque mesmo sabendo que não dá pra mudar a direcção do vento, eu contento-me em saber que eu posso ajustar as velas pra chegar onde eu quero.
Feliz 2010!
quarta-feira, 30 de dezembro de 2009
domingo, 27 de dezembro de 2009
sexta-feira, 25 de dezembro de 2009
Antes tarde...
Querido Papai Noel,
Esse ano eu decidi não escrever nenhuma cartinha fazendo nenhum pedido. Isto porque, convenhamos, eu sei não fui uma boa menina.
Xinguei mais que corinthiano em dia de jogo e desejei a muitas pessoas uma morte lenta e dolorosa. Veja bem, não é que eu queira que elas morram. Isso vai acontecer independente da minha vontade. Eu só quero que elas sofram um pouquinho (tá bem, muito!) antes disso.
Bom, mas pelo menos eu estou sendo sincera. Isso deve valer uns pontos, né?
Quanto a emprego, até estou satisfeita. Se bem que um aumento não seria nada mau. Algumas viagens também me fariam bastnte feliz. Sabe como é, de vez em quando eu preciso fugir daqui para manter um certo nível de sanidade mental. Eu também queria voltar para o jiu-jitsu. Não seria mau perder os quilos que 5 meses de pura inércia me rouxeram.
Dessa vez eu quis me poupar a pedir um bofescândalo. Porque os que você trouxe para 2009 tinham todos defeito de fábrica. Sem garantia e sem direito de devolução. Sem contar que há um mínimo de bom gosto que tem que ser respeitado.
Daí que, Papai Noel, se não for muito tarde e ainda der pra pedir alguma coisa, eu só queria dizer para você passar por aqui e levar 2009 embora. Só com isso eu já saio no lucro.
Com amor,
An@Lu
quinta-feira, 24 de dezembro de 2009
E chegou aquela altura do ano...
segunda-feira, 21 de dezembro de 2009
Vermelho
Gosto do olhar brejeiro e do sorriso malandro. Daquele jeito de quem sabe o que é melhor pra mim e não se inibe em dizê-lo. Que dá conselhos que eu não pedi, entra na minha casa, bagunça a minha vida como quem acha que está arrumando um armário. Reordena as minhas cores e cisma, porque sim, que eu preciso de menos vermelho na vida. É aí que eu me irrito. Porque vermelho sou eu e talvez o que eu precise, seja um pouco menos de você.
domingo, 20 de dezembro de 2009
Sobre o esquecimento
Eu já não penso nele. Quer dizer, essa frase é uma contradição em princípio. Porque falar disso faz-me pensar nele.
Mas é um pensar frio, de uma lembrança distante. Daquele tipo que não vem agarrado a um monte de [res]sentimentos. Lembro dele como quem lembra do que fez no verão passado. Lembro que foi divertido, mas acabou e mal posso esperar pelo próximo.
Não é que eu não tenha sentimentos. Tenho-os numa intensidade desmesurada. Por várias vezes me sabotei na tentativa de o tirar de mim. Mas finalmente entendi existirem pessoas que, quando já não estão dentro de você (metafórica e literalmente), perdem todo e qualquer interesse.
Por isso cansei de sentir pena de mim por não estar com ele. Porque eu gosto de mim. Moderadamente, é certo. Mas o suficiente para me aturar sozinha sem ter de impôr a ninguém o dever de me partilhar.
Mas é um pensar frio, de uma lembrança distante. Daquele tipo que não vem agarrado a um monte de [res]sentimentos. Lembro dele como quem lembra do que fez no verão passado. Lembro que foi divertido, mas acabou e mal posso esperar pelo próximo.
Não é que eu não tenha sentimentos. Tenho-os numa intensidade desmesurada. Por várias vezes me sabotei na tentativa de o tirar de mim. Mas finalmente entendi existirem pessoas que, quando já não estão dentro de você (metafórica e literalmente), perdem todo e qualquer interesse.
Por isso cansei de sentir pena de mim por não estar com ele. Porque eu gosto de mim. Moderadamente, é certo. Mas o suficiente para me aturar sozinha sem ter de impôr a ninguém o dever de me partilhar.
quinta-feira, 17 de dezembro de 2009
Borboleta
Eu não quero falar novamente de álcool, mas o problema é que se eu tiver que botar uma trilha sonora para as minhas duas últimas semanas, acaba que o tema ideal será: "Beber, cair e levantar".
Por isso decidi contar uma coisa de extrema importância: eu já montei a minha árvore de natal. Tcha-ran!
Quer dizer, não é bem uma árvore: é uma coisa pós-moderna. Meio na escola do Frank Lloyd Wright. Em primeiro lugar eu não tenho árvore. Quando me separei do meu ex, a divisão de bens foi tão a fundo que ele ficou com a árvore de Natal e eu fiquei com a decoração.
Aí como esse ano eu estava me sentindo meio artística, talvez influências do ex que era músico... O quê? Eu não disse que a gente terminou? É, já vai fazer um mês que esse blog já não tem "Primeiro Damo".
Mas antes das más línguas virem dizer que esse é um post no estilo "morena solteira procura", aviso aos navegantes que a morena aqui cansou de procurar e decidiu se juntar a um convento.
Apenas ainda não encontrei a ordem religiosa adequada à minha vocação. Porque já tem muito hype à volta das Carmelitas descalças. E, convenhamos... Mulher que é mulher precisa de sapatos.
Porque uma coisa que eu aprendi no alto dos meus recém-feitos 26 aninhos é que, nos dias em que a gente está se sentido feia e gorda e o cabelo não fica direito por nada no mundo, é o dia em que a gente deve botar o saltão de dez centímetros e sair poderosa pela rua. Mesmo que vá para Alfama, bairro conhecido pelo sobe e desce das ruas de paralelepípedo. Mesmo que a ideia seja dançar.
Desse modo, enquanto não inventarem as Carmelitas Jimmy Choo, ficarei vagueando por aí porque, como dizia o poeta "o segredo é não correr atrás das borboletas... é cuidar do jardim para que elas venham até você."
Por isso decidi contar uma coisa de extrema importância: eu já montei a minha árvore de natal. Tcha-ran!
Quer dizer, não é bem uma árvore: é uma coisa pós-moderna. Meio na escola do Frank Lloyd Wright. Em primeiro lugar eu não tenho árvore. Quando me separei do meu ex, a divisão de bens foi tão a fundo que ele ficou com a árvore de Natal e eu fiquei com a decoração.
Aí como esse ano eu estava me sentindo meio artística, talvez influências do ex que era músico... O quê? Eu não disse que a gente terminou? É, já vai fazer um mês que esse blog já não tem "Primeiro Damo".
Mas antes das más línguas virem dizer que esse é um post no estilo "morena solteira procura", aviso aos navegantes que a morena aqui cansou de procurar e decidiu se juntar a um convento.
Apenas ainda não encontrei a ordem religiosa adequada à minha vocação. Porque já tem muito hype à volta das Carmelitas descalças. E, convenhamos... Mulher que é mulher precisa de sapatos.
Porque uma coisa que eu aprendi no alto dos meus recém-feitos 26 aninhos é que, nos dias em que a gente está se sentido feia e gorda e o cabelo não fica direito por nada no mundo, é o dia em que a gente deve botar o saltão de dez centímetros e sair poderosa pela rua. Mesmo que vá para Alfama, bairro conhecido pelo sobe e desce das ruas de paralelepípedo. Mesmo que a ideia seja dançar.
Desse modo, enquanto não inventarem as Carmelitas Jimmy Choo, ficarei vagueando por aí porque, como dizia o poeta "o segredo é não correr atrás das borboletas... é cuidar do jardim para que elas venham até você."
segunda-feira, 14 de dezembro de 2009
Música Maestro
Eu tenho um amigo que além de partilhar comigo o gosto pelas músicas de Chico Buarque, nesse fim de semana partilhou "aquela" bebedeira. O resultado foi uma ressaca monumental que durou o dia todo de hoje.
E, apesar do meu corpo não estar em condições para tal, lá tive eu que ter formação no trabalho às nove da manhã. Só que ninguém avisou o meu cérebro que ele tinha que estar perfeitamente funcional a essa hora.
Desse episódio, e graças à ajuda preciosa do talentoso Pedro - que não parava de entoar todas as frases da nossa conversa no ritmo de "O Meu Amor" - surgiu esta versão, chamada agora de "O Formador":
E, apesar do meu corpo não estar em condições para tal, lá tive eu que ter formação no trabalho às nove da manhã. Só que ninguém avisou o meu cérebro que ele tinha que estar perfeitamente funcional a essa hora.
Desse episódio, e graças à ajuda preciosa do talentoso Pedro - que não parava de entoar todas as frases da nossa conversa no ritmo de "O Meu Amor" - surgiu esta versão, chamada agora de "O Formador":
o formador
viu que eu bocejei
no meio da sua aula
bem na frente da sala
e eu fiquei envergonhada
porque bem lá no fundo
eu tava de ressaca, ai
o formador
viu que eu me babei
e esbravejou comigo
na frente dos amigos
no meio de toda aquela gente
e eu fiquei corada
com o fio de baba caindo
em movimento descendente, ai
A culpa é da vodka, viu?
e eu já não aguento mais
Preciso ir pra casa
qu'eu já não estou capaz
O formador
ainda não entendeu
que eu tomei um porre
estou numa manguaça
e só vim pro trabalho
por causa do ditado de que deus ajuda
quem levanta cedo, ai
O formador
já sabe quem sou eu
de tanto eu fazer feio
de adormecer no meio
da sala de aula
e vir com uma ressaca
segurando no copo
e bebendo no gargalo daquela garrafa, aí
A culpa é da vodka, viu?
e eu já não aguento mais
Preciso ir pra casa
qu'eu já não estou capaz.
viu que eu bocejei
no meio da sua aula
bem na frente da sala
e eu fiquei envergonhada
porque bem lá no fundo
eu tava de ressaca, ai
o formador
viu que eu me babei
e esbravejou comigo
na frente dos amigos
no meio de toda aquela gente
e eu fiquei corada
com o fio de baba caindo
em movimento descendente, ai
A culpa é da vodka, viu?
e eu já não aguento mais
Preciso ir pra casa
qu'eu já não estou capaz
O formador
ainda não entendeu
que eu tomei um porre
estou numa manguaça
e só vim pro trabalho
por causa do ditado de que deus ajuda
quem levanta cedo, ai
O formador
já sabe quem sou eu
de tanto eu fazer feio
de adormecer no meio
da sala de aula
e vir com uma ressaca
segurando no copo
e bebendo no gargalo daquela garrafa, aí
A culpa é da vodka, viu?
e eu já não aguento mais
Preciso ir pra casa
qu'eu já não estou capaz.
domingo, 13 de dezembro de 2009
sábado, 12 de dezembro de 2009
Conversa de botequim
- Não sei, as pessoas têm tendência pra me pedir conselhos sobre relacionamentos...
- É porque acham que entendes de homens.
- Ah, se eu entendesse, eu tinha um, né?
- Hmmm... Sei não, talvez seja por entenderes que estás solteira!
- É porque acham que entendes de homens.
- Ah, se eu entendesse, eu tinha um, né?
- Hmmm... Sei não, talvez seja por entenderes que estás solteira!
quinta-feira, 10 de dezembro de 2009
Vênus
Nunca gostei daquelas meninas do cabelo impecavelmente penteado, ou dos dentes alinhadinhos. Sei que elas têm um certo charme que agrada a muitos, mas não a mim. A Vênus de Milo por exemplo, não sei se já repararam, tem uma barriguinha saliente.
Adoro vê-las disfarçar os pequenos defeitos. Daqueles que nem repararíamos, não fosse o esforço hercúleo colocado na tarefa de escondê-los.
A minha Vênus sai do pedestal e entra na vida. Com o pé esquerdo e o direito. Anda altiva, tropeça e quase cai no chão da avenida. Mania de usar esses saltos nessa calçada esburacada. E chega em casa jogando o sapato para o lado. Suspira de alívio por ter, agora, menos oito centímetros. Prende o cabelo, deixando uma madeixa em desalinho. Tira a roupa, tira a lente e a maquiagem.
É nessa hora que eu gosto mais dela. Porque nessa hora ela é só minha. Só eu que a vejo assim. Impecavelmente vestida com um sorriso. Minha. Linda.
Adoro vê-las disfarçar os pequenos defeitos. Daqueles que nem repararíamos, não fosse o esforço hercúleo colocado na tarefa de escondê-los.
A minha Vênus sai do pedestal e entra na vida. Com o pé esquerdo e o direito. Anda altiva, tropeça e quase cai no chão da avenida. Mania de usar esses saltos nessa calçada esburacada. E chega em casa jogando o sapato para o lado. Suspira de alívio por ter, agora, menos oito centímetros. Prende o cabelo, deixando uma madeixa em desalinho. Tira a roupa, tira a lente e a maquiagem.
É nessa hora que eu gosto mais dela. Porque nessa hora ela é só minha. Só eu que a vejo assim. Impecavelmente vestida com um sorriso. Minha. Linda.
quarta-feira, 9 de dezembro de 2009
Rapidinha dos óculos
Hoje eu peguei no carro para ir até à casa da minha mãe e reparei que eu enxergava muito mal a rua. Liguei o ar quente para desembaçar os vidros. Continuei sem ver direito.
Liguei a aguinha do para-brisas e meio que lavei o vidro por fora.
Ainda sem conseguir ter nitidez suficiente para dirigir, esfreguei os olhos e concluí tristemente: "é, chegou a hora de fazer um exame para usar óculos. Deve ser vista cansada".
Resignada, cheguei na casa da minha mãe que, depois de questionar se eu estava melhor do resfriado, perguntou preocupada:
- Nossa, você não tem medo de dirigir nesse nevoeiro não?
Liguei a aguinha do para-brisas e meio que lavei o vidro por fora.
Ainda sem conseguir ter nitidez suficiente para dirigir, esfreguei os olhos e concluí tristemente: "é, chegou a hora de fazer um exame para usar óculos. Deve ser vista cansada".
Resignada, cheguei na casa da minha mãe que, depois de questionar se eu estava melhor do resfriado, perguntou preocupada:
- Nossa, você não tem medo de dirigir nesse nevoeiro não?
domingo, 6 de dezembro de 2009
True lies
Todo mundo sabe que celular na mão de bêbado vira arma. Eu, tendo um nome começado com a primeira letra do alfabeto, já sofri muito com isso.
Porque depois de se virar quatro ou cinco copos, você encontra um ser estranho no bolso. Descobre, com a alegria de quem inventa a roda, que se você apertar uns botõeszinhos aquilo começa a falar do outro lado.
O chato é que essas descobertas são sempre feitas em horários esdrúxulos, como três e cinquenta e um da manhã. Aí você vai meio cambaleante até ao telefone achando que é alguém em combustão espontânea precisando de auxilio.
Depois de entender que é só alguém que ligou pra dizer que te acha "mó legal" e "manera bagarai", você desliga, desejando que o bêbado entre em combustão espontânea. Só pra garantir o resto da noite de sono, sabem?
Como eu ando sempre na penúria do telefone pré-pago, meus amigos não correm esse risco. O problema é que eu depois chego em casa alegre, sincera e com o computador à mão. Pronta para gritar para o mundo tudo aquilo que eu sinto, ou acho que sinto, ou que a vodka me leva a sentir.
A desvantagem disso é que, uma vez que você escreve alguma coisa, não tem como voltar atrás. O bonito, mesmo que esteja offline, vai receber a mensagem. E vai descobrir que houve um ponto da sua noite onde você realmente achou que o vosso DNA misturado geraria um filhote lindo.
É aí que vem aquela dúvida: "Mas será que eu ligo para explicar que não é bem isso? Não.. Melhor deixar quieto". E se engana: "Porque pode ser que ele não tenha visto."
Por essas e por outras que eu defendo o computador com bafômetro. Daqueles que, em vez de pedir senha, você sopra no balão. O acesso à internet ficaria então condicionado ao nível de álcool no sangue. E, em último caso, você seria obrigado a jogar Freecell até o nível estabilizar.
Esta sim seria a invenção do século, evitando muito constrangimento por este mundo fora!
Porque depois de se virar quatro ou cinco copos, você encontra um ser estranho no bolso. Descobre, com a alegria de quem inventa a roda, que se você apertar uns botõeszinhos aquilo começa a falar do outro lado.
O chato é que essas descobertas são sempre feitas em horários esdrúxulos, como três e cinquenta e um da manhã. Aí você vai meio cambaleante até ao telefone achando que é alguém em combustão espontânea precisando de auxilio.
Depois de entender que é só alguém que ligou pra dizer que te acha "mó legal" e "manera bagarai", você desliga, desejando que o bêbado entre em combustão espontânea. Só pra garantir o resto da noite de sono, sabem?
Como eu ando sempre na penúria do telefone pré-pago, meus amigos não correm esse risco. O problema é que eu depois chego em casa alegre, sincera e com o computador à mão. Pronta para gritar para o mundo tudo aquilo que eu sinto, ou acho que sinto, ou que a vodka me leva a sentir.
A desvantagem disso é que, uma vez que você escreve alguma coisa, não tem como voltar atrás. O bonito, mesmo que esteja offline, vai receber a mensagem. E vai descobrir que houve um ponto da sua noite onde você realmente achou que o vosso DNA misturado geraria um filhote lindo.
É aí que vem aquela dúvida: "Mas será que eu ligo para explicar que não é bem isso? Não.. Melhor deixar quieto". E se engana: "Porque pode ser que ele não tenha visto."
Por essas e por outras que eu defendo o computador com bafômetro. Daqueles que, em vez de pedir senha, você sopra no balão. O acesso à internet ficaria então condicionado ao nível de álcool no sangue. E, em último caso, você seria obrigado a jogar Freecell até o nível estabilizar.
Esta sim seria a invenção do século, evitando muito constrangimento por este mundo fora!
Smile
sexta-feira, 4 de dezembro de 2009
quarta-feira, 2 de dezembro de 2009
Reticências
De um jeito ou de outro, a gente se atura e se adora. Se procura, se devora. E então tudo é perfeito. Eu e você, suas taras, minhas manias, nosso jeito...
terça-feira, 1 de dezembro de 2009
Morning Rage
Aí eu tava dançando e aquele ser liiiindo começou a me dar mole. Tá, eu não sei o que ele estava fazendo só de cueca no meio da pista de dança. Mas não interessa. Louro, alto, olhos verdes...
Eu fui chegando mais perto e vi que era, nada mais nada menos que o Rodrigo Hilbert. Gente, fala sério, isso tudo dando mole pra mim?! Isso é que é aniversário!
Então ele veio para me tascar aquele beijão, só que eu tava terminando de mastigar um morango. Engoli o morango rapidinho pra poder beijar de volta.
De repente, quando os nossos lábios finalmente se tocam... O som inconfundível da mensagem de um Nokia invade o ar:
...
Eu fui chegando mais perto e vi que era, nada mais nada menos que o Rodrigo Hilbert. Gente, fala sério, isso tudo dando mole pra mim?! Isso é que é aniversário!
Então ele veio para me tascar aquele beijão, só que eu tava terminando de mastigar um morango. Engoli o morango rapidinho pra poder beijar de volta.
De repente, quando os nossos lábios finalmente se tocam... O som inconfundível da mensagem de um Nokia invade o ar:
"Bom dia flor do dia, Parabéns atrasados! Beijos grandes!"
...
segunda-feira, 30 de novembro de 2009
It's my party and I'll cry if I want to
Tem um dia no ano que a gente marca de ficar mais velho. Parece que é uma data em que tudo muda. "Ah, agora eu sou mais velha!". Tá, até parece...
Enfim, aqui estou eu comemorando 26 anos de existência. Sim, porque de vida eu devo ter menos tempo. Todo mundo tem alturas que parece que se limita só a existir. Aqueles domingos preguiçosos no sofá, aquelas semanas em que a rotina casa-trabalho-casa estressa tanto que nem dá pra pensar em mais nada. São tempos onde você liga o "piloto automático" e interage com os outros mais por hábito do que por outra coisa. "Bom dia, tudo bem?", "Por favor", "obrigada" e "até amanhã" parecem saídos do estudo de Pavlov.
Aí eu fico pensando que se eu somar o meu tempo de vida, talvez eu ainda não tenha atingido a maioridade. Mas, ainda assim é ocasião de celebrar.
Mas eu mal entrei nos 26 e já estou filosofando?! Deve ser do dente do siso que resolveu dar as caras justamente essa semana.
Hoje, como presente, ganhei um novo emprego. Ainda não é "o" emprego, mas um passo em frente.
E o que interessa, no fundo, é que nunca se deixe de caminhar.
Enfim, aqui estou eu comemorando 26 anos de existência. Sim, porque de vida eu devo ter menos tempo. Todo mundo tem alturas que parece que se limita só a existir. Aqueles domingos preguiçosos no sofá, aquelas semanas em que a rotina casa-trabalho-casa estressa tanto que nem dá pra pensar em mais nada. São tempos onde você liga o "piloto automático" e interage com os outros mais por hábito do que por outra coisa. "Bom dia, tudo bem?", "Por favor", "obrigada" e "até amanhã" parecem saídos do estudo de Pavlov.
Aí eu fico pensando que se eu somar o meu tempo de vida, talvez eu ainda não tenha atingido a maioridade. Mas, ainda assim é ocasião de celebrar.
Mas eu mal entrei nos 26 e já estou filosofando?! Deve ser do dente do siso que resolveu dar as caras justamente essa semana.
Hoje, como presente, ganhei um novo emprego. Ainda não é "o" emprego, mas um passo em frente.
E o que interessa, no fundo, é que nunca se deixe de caminhar.
quinta-feira, 26 de novembro de 2009
O bonequinho viu: 2012
Eita filmezinho ruim, viu?! A história é bem simples: o mundo vai acabar. Assim sem mais nem menos. Sem motivo, sem explicação. Vai acabar e salve-se quem puder.
Aí é aquele festival de efeitos especiais e más actuações. A carga emocional do filme é tão grande como qualquer um dos "Fast and Furious". Ainda inventaram um pequeno drama familiar só para dar algumas falas ao John Cusack, que faz um papel igualzinho ao do Tom Cruise na "Guerra dos Mundos": o pai divorciado que tenta não perder o afecto dos filhos. Digam "oi" ao clichê!
Vi o 2012 entre um cochilo e outro, tendo deixado uma rodela de baba na camiseta do meu irmão.
Existem filmes que não são feitos para se ver depois do almoço.
segunda-feira, 23 de novembro de 2009
In vino veritas
Sabe quando você passa das marcas na bebida e exagera de propósito no vexame só pra não deixar claro que você faria a mesma coisa se estivesse sóbria? Ontem tive uma noite dessas.
O vinho tinto me deixou tonta. E eu agora rio com esse semi trocadilho, enquanto ontem eu ria de tudo. O vinho tinto me deixou tonta. Com problemas de equilíbrio. Difícil ser mulher e manter a pose em cima do salto 10. Daquele sapatinho incomodativo que você só usa quando sabe que não vai andar muito.
Porque mulher tem dessas coisas. Compra sapatos que doem no pé por pura vaidade, esperando usá-los em jantares sem muita locomoção.
Essa combinação vinho mais sapato fez com que manter o equilíbrio de pé não fosse uma das tarefas mais fáceis do planeta. Por isso eu uso do recurso mais básico: eu abraço. Abraço para manter a pose, abraço para manter o equilíbrio.
Aí, como o vinho também me dá para a emoção, eu aproveito e disfarço carência com tontura. E abraço mais apertado. Porque, e falando bem a verdade... Mesmo sem salto, mesmo sem vinho, eu me sinto desequilibrada.
O vinho tinto me deixou tonta. E eu agora rio com esse semi trocadilho, enquanto ontem eu ria de tudo. O vinho tinto me deixou tonta. Com problemas de equilíbrio. Difícil ser mulher e manter a pose em cima do salto 10. Daquele sapatinho incomodativo que você só usa quando sabe que não vai andar muito.
Porque mulher tem dessas coisas. Compra sapatos que doem no pé por pura vaidade, esperando usá-los em jantares sem muita locomoção.
Essa combinação vinho mais sapato fez com que manter o equilíbrio de pé não fosse uma das tarefas mais fáceis do planeta. Por isso eu uso do recurso mais básico: eu abraço. Abraço para manter a pose, abraço para manter o equilíbrio.
Aí, como o vinho também me dá para a emoção, eu aproveito e disfarço carência com tontura. E abraço mais apertado. Porque, e falando bem a verdade... Mesmo sem salto, mesmo sem vinho, eu me sinto desequilibrada.
domingo, 22 de novembro de 2009
Entrevista
Sabe quando você vê um memê tão legal que você ia fazer, mesmo que não fosse convidada? A Larissa me passou um memê assim.
Em tempos de falta de inspiração eu me agarro a esses memês como se não houvesse amanhã. Mãos à obra!
1 - Há dez anos:
Eu tinha quase 16 anos. Escola, televisão e amigos faziam parte da rotina. Internet nem tanto. Eu provavelmente estava de castigo porque foi nesse ano que a minha mãe descobriu que eu pulava a janela de casa no meio da madrugada para ir à discoteca. É, eu dei muita dor de cabeça à senhora dona minha mãe. Mas eu fiquei gelada no dia que eu pulei a janela de volta e ela estava no meu quarto, sentada na minha cama. Se eu não tive um enfarto nessa hora, acho que o meu coração está pronto pra tudo! Mais tarde nesse mesmo ano, precisamente na minha festa de aniversário, conheci o cara com quem eu acabei quase casando. Com 15 anos a gente não tem cabeça nenhuma, né?
2 - Há cinco anos:
Em 2004 eu estava no terceiro ano da faculdade e odiando. Comecei a trabalhar num Call Center onde fiz amigos que guardo até hoje. Em 2004 eu não tinha vida pessoal. Estudava das nove à uma e trabalhava das duas às onze. Chegava em casa e dormia. Os fins de semana eram dedicados exclusivamente ao estudo e descanso. O namorado, pacientemente, ficava com as sobras do meu tempo.
3 - Há dois anos:
2007 foi um ano agri-doce. Eu comecei o ano dormindo, por causa de uma injecção de Voltaren que levei à conta de uma lesão nas costas. Mais tarde nesse ano fui à Roma, uma das cidades que mais gostei. Tirei a carteira de motorista e meus pais me deram o meu 1º carro. Tive o meu 1º pneu furado. Tive o 2º pneu furado duas semanas depois do primeiro. Pouco depois de Roma, terminei com o então namorado. Foram episódios de divisão de bens e divisão de coelhos. Fui morar sozinha comecei o blog e conheci um personagem que inspirou muito dos meus textos mas que hoje, felizmente, já não faz parte da minha vida. Comecei a receber os meus estrangeiros em casa. Só em 2007 foi um alemão, dois ingleses, dois canadenses e uma holandesa.
4 - Há um ano:
Continuei recebendo os estrangeiros, me estressando cada vez mais com o trabalho, alguns bofescândalos, outros bofes não tão escândalo assim. Mas, 2008 foi definitivamente o ano das viagens. Sevilla, Berlin, Barcelona e Paris. E, uma vez que você pega o "bichinho das viagens", não quer parar mais!
5 - Ontem:
Jantar vegetariano na casa de um amigo. Boa companhia, vinho, gargalhadas e música. Ninguém ali era 100% vegetariano, mas decidimos experimentar uma coisa diferente. Cada um levou um prato e eu, para não variar, deixei meu copo cair. Nossa, vai ser desastrada assim na...
6 - Amanhã:
Tenho planos para arrumar a casa e voltar a dormir na minha cama. É que eu de vez em quando mudo e fico um tempão dormindo no sofá. Além do que é terça-feira, dia de ir dançar chorinho, a coisa mais gostosa que eu faço na semana.
7 - Cinco coisas sem as quais não posso viver:
Essa tá no orkut. E eu continuo com a mesma resposta: Família e Amigos. O resto é acessório.
8 - Cinco coisas que eu compraria com mil reais:
Isso dá mais ou menos 300€. Eu preciso de uma mesa nova para a minha sala... Mas acho que o que eu faria era a festa com passagens low cost de avião!
9 - Cinco maus hábitos:
Roer unhas. Procrastinar (parece uma coisa meio pervertida, mas não é!). Espalhar roupa pela casa: casacos nas costas das cadeiras, calças no sofá, meias no chão... É que eu chego em casa, vou andando e fazendo strip-tease. Tomar leite condensado na lata, água no gargalo, leite na caixinha. Copos são coisas que eu só uso para as visitas! Ah, e a mania de só começar coisas nas horas certas. Talvez isso seja mais o meu lado obsessivo compulsivo falando, mas eu só começo alguma coisa quando o minuto termina em zero ou cinco.
10 - Três coisas que me assustam:
Perder pessoas que eu amo, ver filmes de terror sozinha e contas para pagar.
11 - Três coisas que eu estou vestindo neste momento:
Calcinha, meias e camiseta.
12 - Quatro das minhas bandas/cantores favoritos (as):
Eu tenho 2 em comum com a Larissa: Beatles e Chico Buarque. Paixões de sempre. Tem também o Led Zeppelin, banda que me ensinou a gostar de música. Porque mesmo não sabendo nada de nada, eu vibro com o Jimmy Page. Ah... E eu voltaria para os anos 70 só para pegar o Robert Plant. Por último, a única moça do time: Marisa Monte. Não é por nenhuma razão especial, mas eu sempre achei que ela tinha uma vozinha tão doce e, sem querer, tenho um repertório completo dela na minha vida.
13 - Três coisas que eu realmente quero agora:
Um emprego novo, um namorado novo e uma máquina de fotos que a minha quebrou e está fazendo a maior falta.
14 - Três lugares aonde quero ir nas férias:
Só três? Bom, ok... Grécia, Praga e Londres. Ah... Se eu pudesse e meu dinheiro desse...
Em tempos de falta de inspiração eu me agarro a esses memês como se não houvesse amanhã. Mãos à obra!
1 - Há dez anos:
Eu tinha quase 16 anos. Escola, televisão e amigos faziam parte da rotina. Internet nem tanto. Eu provavelmente estava de castigo porque foi nesse ano que a minha mãe descobriu que eu pulava a janela de casa no meio da madrugada para ir à discoteca. É, eu dei muita dor de cabeça à senhora dona minha mãe. Mas eu fiquei gelada no dia que eu pulei a janela de volta e ela estava no meu quarto, sentada na minha cama. Se eu não tive um enfarto nessa hora, acho que o meu coração está pronto pra tudo! Mais tarde nesse mesmo ano, precisamente na minha festa de aniversário, conheci o cara com quem eu acabei quase casando. Com 15 anos a gente não tem cabeça nenhuma, né?
2 - Há cinco anos:
Em 2004 eu estava no terceiro ano da faculdade e odiando. Comecei a trabalhar num Call Center onde fiz amigos que guardo até hoje. Em 2004 eu não tinha vida pessoal. Estudava das nove à uma e trabalhava das duas às onze. Chegava em casa e dormia. Os fins de semana eram dedicados exclusivamente ao estudo e descanso. O namorado, pacientemente, ficava com as sobras do meu tempo.
3 - Há dois anos:
2007 foi um ano agri-doce. Eu comecei o ano dormindo, por causa de uma injecção de Voltaren que levei à conta de uma lesão nas costas. Mais tarde nesse ano fui à Roma, uma das cidades que mais gostei. Tirei a carteira de motorista e meus pais me deram o meu 1º carro. Tive o meu 1º pneu furado. Tive o 2º pneu furado duas semanas depois do primeiro. Pouco depois de Roma, terminei com o então namorado. Foram episódios de divisão de bens e divisão de coelhos. Fui morar sozinha comecei o blog e conheci um personagem que inspirou muito dos meus textos mas que hoje, felizmente, já não faz parte da minha vida. Comecei a receber os meus estrangeiros em casa. Só em 2007 foi um alemão, dois ingleses, dois canadenses e uma holandesa.
4 - Há um ano:
Continuei recebendo os estrangeiros, me estressando cada vez mais com o trabalho, alguns bofescândalos, outros bofes não tão escândalo assim. Mas, 2008 foi definitivamente o ano das viagens. Sevilla, Berlin, Barcelona e Paris. E, uma vez que você pega o "bichinho das viagens", não quer parar mais!
5 - Ontem:
Jantar vegetariano na casa de um amigo. Boa companhia, vinho, gargalhadas e música. Ninguém ali era 100% vegetariano, mas decidimos experimentar uma coisa diferente. Cada um levou um prato e eu, para não variar, deixei meu copo cair. Nossa, vai ser desastrada assim na...
6 - Amanhã:
Tenho planos para arrumar a casa e voltar a dormir na minha cama. É que eu de vez em quando mudo e fico um tempão dormindo no sofá. Além do que é terça-feira, dia de ir dançar chorinho, a coisa mais gostosa que eu faço na semana.
7 - Cinco coisas sem as quais não posso viver:
Essa tá no orkut. E eu continuo com a mesma resposta: Família e Amigos. O resto é acessório.
8 - Cinco coisas que eu compraria com mil reais:
Isso dá mais ou menos 300€. Eu preciso de uma mesa nova para a minha sala... Mas acho que o que eu faria era a festa com passagens low cost de avião!
9 - Cinco maus hábitos:
Roer unhas. Procrastinar (parece uma coisa meio pervertida, mas não é!). Espalhar roupa pela casa: casacos nas costas das cadeiras, calças no sofá, meias no chão... É que eu chego em casa, vou andando e fazendo strip-tease. Tomar leite condensado na lata, água no gargalo, leite na caixinha. Copos são coisas que eu só uso para as visitas! Ah, e a mania de só começar coisas nas horas certas. Talvez isso seja mais o meu lado obsessivo compulsivo falando, mas eu só começo alguma coisa quando o minuto termina em zero ou cinco.
10 - Três coisas que me assustam:
Perder pessoas que eu amo, ver filmes de terror sozinha e contas para pagar.
11 - Três coisas que eu estou vestindo neste momento:
Calcinha, meias e camiseta.
12 - Quatro das minhas bandas/cantores favoritos (as):
Eu tenho 2 em comum com a Larissa: Beatles e Chico Buarque. Paixões de sempre. Tem também o Led Zeppelin, banda que me ensinou a gostar de música. Porque mesmo não sabendo nada de nada, eu vibro com o Jimmy Page. Ah... E eu voltaria para os anos 70 só para pegar o Robert Plant. Por último, a única moça do time: Marisa Monte. Não é por nenhuma razão especial, mas eu sempre achei que ela tinha uma vozinha tão doce e, sem querer, tenho um repertório completo dela na minha vida.
13 - Três coisas que eu realmente quero agora:
Um emprego novo, um namorado novo e uma máquina de fotos que a minha quebrou e está fazendo a maior falta.
14 - Três lugares aonde quero ir nas férias:
Só três? Bom, ok... Grécia, Praga e Londres. Ah... Se eu pudesse e meu dinheiro desse...
sexta-feira, 20 de novembro de 2009
24
Eu acho o mundo engraçado. A quantidade de gente se desdobra numa quantidade infinita de histórias e vivências. Existem pessoas com muitas vicências, daquele tipo que parecem que experimentaram de tudo um pouco. Pelo que tenho me aprecebido, as pessoas mais interessantes acabam por ser aquelas que sentam quietas num canto.
E ainda outro dia tive a prova disso. Eu e uma amiga estávamos numa sala a propósito de um workshop de teatro. No meio de nós um cara que tinha toda a pinta de não ser daqui, apesar de ter uma cara bastante "normal".
Nós começamos a falar com ele. Em inglês, porque nossas suspeitas estavam correctas. Português ele não era. Descobrimos que era holandês. De uma cidadezinha que só os holandeses (e às vezes nem esses) conhecem. Conversa vai, conversa vem, perguntamos o que ele fazia em Portugal. Entre um "eu moro aqui" e outro "mas você faz o que?", ouvimos a seguinte resposta:
- Eu trabalho para as Nações Unidas.
Imediatamente eu e a amiga nos entreolhamos. "Nações Unidas, sério?", seguida de uma resposta afirmativa. De repente, o meu trabalho e o dela deixaram de ter importância. Engraçado como você se sente pequeno, como uma "corporative bitch", perto de um cara que trabalha para a ONU.
Mas existem muitos trabalhos na ONU, tipo tradutor, secretária e coisas que nos fizessem sentir melhor com o nosso trabalhinho. Por isso eu quis esclarecer se era um trabalho de campo ou mais de escritório. Ao que o ser do meu lado responde:
- Tem um pouco das duas componentes, mas talvez mais de campo.
- Ah, você tem cara de polícia! - diz a minha amiga
Ele sorri e responde:
- Está perto. Para falar a verdade eu trabalho em contra terrorismo.
Ploft. Morri. Houve um silêncio enquanto a amiga e eu procurávamos os nossos queixos, que tinham caído a duas léguas de distência.
E é engraçado como você espera ouvir tudo, menos que está sentado ao lado do Jack bauer da vida real...
E ainda outro dia tive a prova disso. Eu e uma amiga estávamos numa sala a propósito de um workshop de teatro. No meio de nós um cara que tinha toda a pinta de não ser daqui, apesar de ter uma cara bastante "normal".
Nós começamos a falar com ele. Em inglês, porque nossas suspeitas estavam correctas. Português ele não era. Descobrimos que era holandês. De uma cidadezinha que só os holandeses (e às vezes nem esses) conhecem. Conversa vai, conversa vem, perguntamos o que ele fazia em Portugal. Entre um "eu moro aqui" e outro "mas você faz o que?", ouvimos a seguinte resposta:
- Eu trabalho para as Nações Unidas.
Imediatamente eu e a amiga nos entreolhamos. "Nações Unidas, sério?", seguida de uma resposta afirmativa. De repente, o meu trabalho e o dela deixaram de ter importância. Engraçado como você se sente pequeno, como uma "corporative bitch", perto de um cara que trabalha para a ONU.
Mas existem muitos trabalhos na ONU, tipo tradutor, secretária e coisas que nos fizessem sentir melhor com o nosso trabalhinho. Por isso eu quis esclarecer se era um trabalho de campo ou mais de escritório. Ao que o ser do meu lado responde:
- Tem um pouco das duas componentes, mas talvez mais de campo.
- Ah, você tem cara de polícia! - diz a minha amiga
Ele sorri e responde:
- Está perto. Para falar a verdade eu trabalho em contra terrorismo.
Ploft. Morri. Houve um silêncio enquanto a amiga e eu procurávamos os nossos queixos, que tinham caído a duas léguas de distência.
E é engraçado como você espera ouvir tudo, menos que está sentado ao lado do Jack bauer da vida real...
quarta-feira, 18 de novembro de 2009
Leite Derramado
Ontem eu me peguei com 3 horas livres entre uma entrevista de emprego e o Chorinho. Resolvi aproveitar esse tempo indo para um dos lugares mais tranquilos que eu conheço: a sala de leitura da Fnac Chiado.
A Fnac tem esse conceito super especial onde ninguém fica em cima de você enquanto você manuseia as obras. Eu já li livros inteiros na Fnac e, em compensação, sempre que eu quero comprar alguma coisa - livros, DVDs, jogos - é lá que eu vou.
Me agarrei a um livro pequeno que já queria ler desde que eu soube que foi lançado. Ah, falta dizer que para mim um livro pequeno é um que tem menos de 300 páginas. Ou seja, daqueles que se lêem facilmente num dia pouco atribulado.
Eu já conhecia o trabalho do autor na música. Logo ele que é um dos meus preferidos. Por falha minha, nunca tinha lido nenhum dos seus livros.
Consegui ler 193 das 223 páginas do livro. Ou seja, ainda falta o fimzinho, mas já dá para ter uma ideia geral.
A história é contada na primeira pessoa por um velhinho internado. Tem um tom de conversa, de confissão. Para quem tem avós, daqueles que gostam de falar e contar os "causos" é fácil sentir o personagem. Eu mesma me senti ao dele enquanto ele rendilhava suas histórias.
A narrativa é perfeita. Embaralhada o suficiente para você não entender quem é quem e, só ao fim de tantas páginas, conseguir perceber que esse era o filho daquele e a mulher era mãe de não sei quem lá. Como memórias que voltam em catadupa e repetem-se.
Repetem-se. Esse pra mim é o toque de gênio que traz o personagem para a realidade. O senhor Eulálio Assumpção repete memórias, confunde personagens e divaga. Pula de um assunto para o outro como quem muda o canal da televisão.
O modo como foi escrito, faz com que você não queira tirar os olhos das páginas, que se tornam um grande monólogo e você senta-se ali - e sente-se ali - na Fnac, ao lado da cama de hospital, lendo, ouvindo e acenando em concordância.
A Fnac tem esse conceito super especial onde ninguém fica em cima de você enquanto você manuseia as obras. Eu já li livros inteiros na Fnac e, em compensação, sempre que eu quero comprar alguma coisa - livros, DVDs, jogos - é lá que eu vou.
Me agarrei a um livro pequeno que já queria ler desde que eu soube que foi lançado. Ah, falta dizer que para mim um livro pequeno é um que tem menos de 300 páginas. Ou seja, daqueles que se lêem facilmente num dia pouco atribulado.
Eu já conhecia o trabalho do autor na música. Logo ele que é um dos meus preferidos. Por falha minha, nunca tinha lido nenhum dos seus livros.
Consegui ler 193 das 223 páginas do livro. Ou seja, ainda falta o fimzinho, mas já dá para ter uma ideia geral.
A história é contada na primeira pessoa por um velhinho internado. Tem um tom de conversa, de confissão. Para quem tem avós, daqueles que gostam de falar e contar os "causos" é fácil sentir o personagem. Eu mesma me senti ao dele enquanto ele rendilhava suas histórias.
A narrativa é perfeita. Embaralhada o suficiente para você não entender quem é quem e, só ao fim de tantas páginas, conseguir perceber que esse era o filho daquele e a mulher era mãe de não sei quem lá. Como memórias que voltam em catadupa e repetem-se.
Repetem-se. Esse pra mim é o toque de gênio que traz o personagem para a realidade. O senhor Eulálio Assumpção repete memórias, confunde personagens e divaga. Pula de um assunto para o outro como quem muda o canal da televisão.
O modo como foi escrito, faz com que você não queira tirar os olhos das páginas, que se tornam um grande monólogo e você senta-se ali - e sente-se ali - na Fnac, ao lado da cama de hospital, lendo, ouvindo e acenando em concordância.
domingo, 15 de novembro de 2009
Afff...
É por essas e por outras que eu adoro ter um blog. Porque quando parece que o mundo vai desabar - e eu vou cair com ele - eu venho aqui. Melhor que um diário, aqui eu tenho o compromisso de assentar as ideias e não ir escrevendo tudo, atropelando as ideias. Só que isso hoje não aconteceu...
O dia está chuvoso, o que não ajuda o meu humor. E o namorado, bem, esse achou por bem se enfiar num retiro espiritual e esquecer da minha existência. Há uma semana! Uma semana!!!
Aí eu resolvi dar um ataque "mulherzinha". Porque de vez em quando a gente cansa de manter a pose de phyna e só quer fazer birra pra ter atenção.
E sem falar no meu rim direito, que achou por bem inflamar. Eu num jantar com amigas e de repente uma dor horrorosa nas costas. Daquelas que você deseja que o apocalipse chegue mais cedo. Resultado, lá foram as minhas amigas correndo para o pronto socorro comigo. Agora é antibiótico e nada de álcool.
Sim estou mal humorada e resmungona. E até Chico Buarque, que costuma me acalmar, hoje está com medo de mim.
Com isso, a ira para com o sexo oposto vai crescendo. Deus, homens têm duas bolas bolas, por que raios uma delas não poderia fazer alguma coisa útil e ser tipo uma bola de cristal?
O dia está chuvoso, o que não ajuda o meu humor. E o namorado, bem, esse achou por bem se enfiar num retiro espiritual e esquecer da minha existência. Há uma semana! Uma semana!!!
Aí eu resolvi dar um ataque "mulherzinha". Porque de vez em quando a gente cansa de manter a pose de phyna e só quer fazer birra pra ter atenção.
E sem falar no meu rim direito, que achou por bem inflamar. Eu num jantar com amigas e de repente uma dor horrorosa nas costas. Daquelas que você deseja que o apocalipse chegue mais cedo. Resultado, lá foram as minhas amigas correndo para o pronto socorro comigo. Agora é antibiótico e nada de álcool.
Sim estou mal humorada e resmungona. E até Chico Buarque, que costuma me acalmar, hoje está com medo de mim.
Com isso, a ira para com o sexo oposto vai crescendo. Deus, homens têm duas bolas bolas, por que raios uma delas não poderia fazer alguma coisa útil e ser tipo uma bola de cristal?
quinta-feira, 12 de novembro de 2009
quarta-feira, 11 de novembro de 2009
Maria Gadu
Eu já tinha ouvido falar de "Maria-vai-com-as-outras", "Maria-chuteira" e "Maria-Gasolina". Mas, apenas há dois dias ouvi falar de Maria Gadu.
Na verdade eu ouvi uma musiquinha muito gostosa no carro, procurei no google por um trecho que eu lembrava e fui parar em um montão de vídeos do youtube. As músicas são doces, a voz é melodiosa e eu me apaixonei, em particular, por uma versão de Ne me quitte pas.
Desde aí, ela não sai do meu MP3. E, enquanto eu termino de ler o novo livro do Dan Brown (ah, eu gosto de Dan Brown, e daí?!), deixo vocês em boa companhia.
Na verdade eu ouvi uma musiquinha muito gostosa no carro, procurei no google por um trecho que eu lembrava e fui parar em um montão de vídeos do youtube. As músicas são doces, a voz é melodiosa e eu me apaixonei, em particular, por uma versão de Ne me quitte pas.
Desde aí, ela não sai do meu MP3. E, enquanto eu termino de ler o novo livro do Dan Brown (ah, eu gosto de Dan Brown, e daí?!), deixo vocês em boa companhia.
segunda-feira, 9 de novembro de 2009
Meet the Flintstones
Desde que eu terminei com o meu antigo namorado a minha mãe sonha com o dia que eu vou entrar na casa dela de mãos dadas com o meu novo amor. Coisa de mãe. Vocês sabem, né?
Aí eu contei para a mãe que estava namorando. Minha mãe quase pulou de alegria e ficou com aquela carinha de "Que bom, afinal você ainda não está encalhada!". Logo a seguir veio o interrogatório: nome, idade, profissão, tipo físico, marca da pasta de dentes que ele usa... Acho que seria uma boa dar ao meu "mais que tudo" um daqueles cadernos de perguntas, daqueles que a gente fazia na quarta série.
Depois de uma bateria de perguntas, chegamos à questão final:
- Quando é que você traz ele aqui em casa?
Aí eu fiquei sem saber o que responder. Da última vez que eu levei um cara na casa dos meus pais eu tinha 16 anos. Depois eu quase casei com ele. Como vocês devem calcular, isso não abona muito a meu favor.
Por isso ainda não falei para o bofescândalo do convite para um almoço na casa dos meus pais, seguido de um ensaio e uma sessão de jamming com a família. Porque se ele não se assustar com a música, com certeza ele vai se assustar com os olhinhos da minha mãe, vislumbrando o meu namorado com aquele olhar de "esse é o futuro pai dos meus netos"!
Aí eu contei para a mãe que estava namorando. Minha mãe quase pulou de alegria e ficou com aquela carinha de "Que bom, afinal você ainda não está encalhada!". Logo a seguir veio o interrogatório: nome, idade, profissão, tipo físico, marca da pasta de dentes que ele usa... Acho que seria uma boa dar ao meu "mais que tudo" um daqueles cadernos de perguntas, daqueles que a gente fazia na quarta série.
Depois de uma bateria de perguntas, chegamos à questão final:
- Quando é que você traz ele aqui em casa?
Aí eu fiquei sem saber o que responder. Da última vez que eu levei um cara na casa dos meus pais eu tinha 16 anos. Depois eu quase casei com ele. Como vocês devem calcular, isso não abona muito a meu favor.
Por isso ainda não falei para o bofescândalo do convite para um almoço na casa dos meus pais, seguido de um ensaio e uma sessão de jamming com a família. Porque se ele não se assustar com a música, com certeza ele vai se assustar com os olhinhos da minha mãe, vislumbrando o meu namorado com aquele olhar de "esse é o futuro pai dos meus netos"!
quinta-feira, 5 de novembro de 2009
Fame
Tem uma coisa que eu acho que nunca contei aqui no blog. É que essa que vos fala nasceu no seio da Família Dó-Ré-Mi.
Pois é. Para quem não sabe a minha família tem uma banda. É verdade que é uma banda de garagem. Eles estão só à espera que o Luciano Huck adentre aquelas portas para estarem no quadro "olha a minha banda".
Mas, enquanto eles sonham com o estrelato, eu fico imaginando o micão que eu vou ter que pagar em rede internacional. Claro, porque eu sou a ovelha negra da família e a única coisa que eu sei tocar é a campainha de casa para perguntar se o almoço está pronto.
Para desespero dos vizinhos, a minha mãe toca bateria. Ou melhor: acha que toca. Porque eu não vejo muita diferença entre o som que ela faz e um martelo pneumático. Mas isso sou eu que não tenho ouvido para a música. O meu padrasto, mentor da ideia, comanda a banda e toca guitarra.
Depois tem os Jacksons 5. Ou melhor os Jacksons 3. Tem o irmão que toca baixo e está aprendendo contrabaixo. O pior é que ele se empolgou de tal maneira que agora também toca na banda da faculdade. Tem outro que toca teclado. Quer dizer, tenta. Porque eu já disse quinhentas vezes que acertar nas teclas correctas não é tocar teclado. Ah, e tem a Lisa Simpson: o irmão que toca saxofone.
E eu? Bem, já me deram um pandeirinho para tocar, só para eu não me sentir rejeitada. Mas eu tenho uma tendência para dormir nos ensaios. Dormir ferrada mesmo. Talvez eles possam tentar me ensinar uma espécie de percussão com o ronco, sei lá.
Até aí tudo bem. Mas isso foi até eu começar a namorar com a Noviça Rebelde. Todo mundo acha o máximo essa história de namorar um músico. E é. Na teoria.
Acho que não tem ninguém que não goste de música e vocês podem achar que eu estou reclamando de graça. Só que agora parece que eu vivo no High School Musical. Por tudo e por nada alguém começa a cantar perto de mim.
Vou para a casa dos pais, tem ensaio. É ouvir a música nova e as músicas velhas pela enésima vez. Vou para a casa do namorado, tem ensaio, tem ele passando música, tem que ouvir às gravações. Os amigos dele são músicos. Ah... E sem contar a quantidade de shows em barzinhos que eu tenho ido. Graças a isto meu fígado odeia o meu namorado.
Só que isso tem sido muito bom para a minha cultura musical. Não que eu tenha aprendido a direferenciar notas e tons. Nem sei ler pauta. Mas leio a cara dele e sei as notas que falharam e aquelas que não saíram tão bem como deveriam.
Mas o meu desespero é quando ele chega no meu silencioso lar doce lar de violão em punho. O pior é que ele não se satisfaz em tocar. Quer que eu cante também. Foi aí que eu percebi que era amor. Porque apesar de eu não acertar uma nota, ele ainda diz que eu canto bem.
Nesse caso o amor não é cego... é surdo!
Pois é. Para quem não sabe a minha família tem uma banda. É verdade que é uma banda de garagem. Eles estão só à espera que o Luciano Huck adentre aquelas portas para estarem no quadro "olha a minha banda".
Mas, enquanto eles sonham com o estrelato, eu fico imaginando o micão que eu vou ter que pagar em rede internacional. Claro, porque eu sou a ovelha negra da família e a única coisa que eu sei tocar é a campainha de casa para perguntar se o almoço está pronto.
Para desespero dos vizinhos, a minha mãe toca bateria. Ou melhor: acha que toca. Porque eu não vejo muita diferença entre o som que ela faz e um martelo pneumático. Mas isso sou eu que não tenho ouvido para a música. O meu padrasto, mentor da ideia, comanda a banda e toca guitarra.
Depois tem os Jacksons 5. Ou melhor os Jacksons 3. Tem o irmão que toca baixo e está aprendendo contrabaixo. O pior é que ele se empolgou de tal maneira que agora também toca na banda da faculdade. Tem outro que toca teclado. Quer dizer, tenta. Porque eu já disse quinhentas vezes que acertar nas teclas correctas não é tocar teclado. Ah, e tem a Lisa Simpson: o irmão que toca saxofone.
E eu? Bem, já me deram um pandeirinho para tocar, só para eu não me sentir rejeitada. Mas eu tenho uma tendência para dormir nos ensaios. Dormir ferrada mesmo. Talvez eles possam tentar me ensinar uma espécie de percussão com o ronco, sei lá.
Até aí tudo bem. Mas isso foi até eu começar a namorar com a Noviça Rebelde. Todo mundo acha o máximo essa história de namorar um músico. E é. Na teoria.
Acho que não tem ninguém que não goste de música e vocês podem achar que eu estou reclamando de graça. Só que agora parece que eu vivo no High School Musical. Por tudo e por nada alguém começa a cantar perto de mim.
Vou para a casa dos pais, tem ensaio. É ouvir a música nova e as músicas velhas pela enésima vez. Vou para a casa do namorado, tem ensaio, tem ele passando música, tem que ouvir às gravações. Os amigos dele são músicos. Ah... E sem contar a quantidade de shows em barzinhos que eu tenho ido. Graças a isto meu fígado odeia o meu namorado.
Só que isso tem sido muito bom para a minha cultura musical. Não que eu tenha aprendido a direferenciar notas e tons. Nem sei ler pauta. Mas leio a cara dele e sei as notas que falharam e aquelas que não saíram tão bem como deveriam.
Mas o meu desespero é quando ele chega no meu silencioso lar doce lar de violão em punho. O pior é que ele não se satisfaz em tocar. Quer que eu cante também. Foi aí que eu percebi que era amor. Porque apesar de eu não acertar uma nota, ele ainda diz que eu canto bem.
Nesse caso o amor não é cego... é surdo!
Você com a sua música esqueceu o principal
Que no peito dos desafinados
No fundo do peito bate calado
Que no peito dos desafinados também bate um coração
Que no peito dos desafinados
No fundo do peito bate calado
Que no peito dos desafinados também bate um coração
quarta-feira, 4 de novembro de 2009
Amizade Internauta
E não é que a Larissa resolveu me presentear com esse selinho?
É engraçado isso da amizade internauta. Porque, parecendo que não, mas vocês já fazem parte da minha vida. Às vezes muito mais do que as pessoas que eu conheço da "vida real". O que, de certa forma, me faz repensar sobre esse conceito.
Porque tem gente que fala comigo no MSN, e já sabe das minhas histórias. Gente que pergunta sobre a família e trabalho. Que dá conselhos e empresta ombros para eu reclamar da vida como se já me conhecesse há anos. E conhece. Porque já são dois anos e tal de blog. Dois anos e tal onde eu venho aqui, às vezes com menos tempo ou inspiração que deveria, e falo.
É, porque eu raramente escrevo. Eu conto histórias, eu converso, eu dou opinião. Faço isso por necessidade. Eu preciso vir aqui e botar para fora algumas coisas que tenho na cabeça. Mas, saber que tenho leitores me traz um compromisso extra. Uma preocupação com o conteúdo e com a forma de o transmitir. Um desafio novo.
Por isso, hoje esse selo vai para você. Sim, para você que está lendo isso, esse selo é teu.
Muito obrigada!
É engraçado isso da amizade internauta. Porque, parecendo que não, mas vocês já fazem parte da minha vida. Às vezes muito mais do que as pessoas que eu conheço da "vida real". O que, de certa forma, me faz repensar sobre esse conceito.
Porque tem gente que fala comigo no MSN, e já sabe das minhas histórias. Gente que pergunta sobre a família e trabalho. Que dá conselhos e empresta ombros para eu reclamar da vida como se já me conhecesse há anos. E conhece. Porque já são dois anos e tal de blog. Dois anos e tal onde eu venho aqui, às vezes com menos tempo ou inspiração que deveria, e falo.
É, porque eu raramente escrevo. Eu conto histórias, eu converso, eu dou opinião. Faço isso por necessidade. Eu preciso vir aqui e botar para fora algumas coisas que tenho na cabeça. Mas, saber que tenho leitores me traz um compromisso extra. Uma preocupação com o conteúdo e com a forma de o transmitir. Um desafio novo.
Por isso, hoje esse selo vai para você. Sim, para você que está lendo isso, esse selo é teu.
Muito obrigada!
sábado, 31 de outubro de 2009
Que país é este?
Vocês sabem o que quer dizer hipocrisia?
De acordo com o dicionário, hipocrisia é o fingimento de bondade de ideias (agora sem o acento, pessoal) ou de opiniões apreciáveis.
Hipocrisia é criticar um vestido curto, num país que idolatra isso:
Mas também, o que se pode esperar de um país onde o biquíni é minúsculo mas top less é proibido? Quer dizer, menos no Carnaval, onde as mulatas são encorajadas a botar tudo de fora. Ah, não, espera! Isso é bonito, é cultura, é folclore, é típico.
Aí pode, né? Porque chama turista e isso faz bem para o povo. Turistas geram receitas que depois são convertidas em serviço público (teoricamente, claro). Receitas que são usadas na construção de hospitais, campos de futebol para a Copa do Mundo e universidades. Sim, universidades. Um local onde as pessoas têm uma educação superior. Onde florescem ideias para movimentos sociais importante com os cara-pintada, movimentos contra a ditadura e de motins a vestidos curtos.
O quê? Isso não era para dizer? Desculpa. Mas acho que só essa palavra pode resumir o acontecimento da Uniban. O vestido era curto? Talvez. Era inadequado para um ambiente universitário? Sim. Eu usaria? Não. Ela foi vestida assim para provocar algum professor? Não faço a mais pálida ideia.
Mas e daí? Desde quando isso dá o direito de encurralar uma garota numa sala de aula e chamá-la de vagabunda? O que faz essa mulher diferente das milhares que andam pela rua de shortinho enfiado na preferência nacional? Eu aprendi na escola que isso se chama "prenconceito".
Foi ofensivo, vergonhoso. Violência gratuita. Um acto de selvajaria que me lembrou aquelas cenas de Inquisição que a gente tanto ouviu falar. Aquelas onde há uma multidão ensandecida, empunhando tochas atrás de uma suposta bruxa.
Contudo, parece que não aprendemos nada com a história. Porque até por isto a Igreja já tentou se redimir. E nós, Brasil?
PS: Para quem não sabe do que se trata, veja aqui.
De acordo com o dicionário, hipocrisia é o fingimento de bondade de ideias (agora sem o acento, pessoal) ou de opiniões apreciáveis.
Hipocrisia é criticar um vestido curto, num país que idolatra isso:
Mas também, o que se pode esperar de um país onde o biquíni é minúsculo mas top less é proibido? Quer dizer, menos no Carnaval, onde as mulatas são encorajadas a botar tudo de fora. Ah, não, espera! Isso é bonito, é cultura, é folclore, é típico.
Aí pode, né? Porque chama turista e isso faz bem para o povo. Turistas geram receitas que depois são convertidas em serviço público (teoricamente, claro). Receitas que são usadas na construção de hospitais, campos de futebol para a Copa do Mundo e universidades. Sim, universidades. Um local onde as pessoas têm uma educação superior. Onde florescem ideias para movimentos sociais importante com os cara-pintada, movimentos contra a ditadura e de motins a vestidos curtos.
O quê? Isso não era para dizer? Desculpa. Mas acho que só essa palavra pode resumir o acontecimento da Uniban. O vestido era curto? Talvez. Era inadequado para um ambiente universitário? Sim. Eu usaria? Não. Ela foi vestida assim para provocar algum professor? Não faço a mais pálida ideia.
Mas e daí? Desde quando isso dá o direito de encurralar uma garota numa sala de aula e chamá-la de vagabunda? O que faz essa mulher diferente das milhares que andam pela rua de shortinho enfiado na preferência nacional? Eu aprendi na escola que isso se chama "prenconceito".
Foi ofensivo, vergonhoso. Violência gratuita. Um acto de selvajaria que me lembrou aquelas cenas de Inquisição que a gente tanto ouviu falar. Aquelas onde há uma multidão ensandecida, empunhando tochas atrás de uma suposta bruxa.
Contudo, parece que não aprendemos nada com a história. Porque até por isto a Igreja já tentou se redimir. E nós, Brasil?
PS: Para quem não sabe do que se trata, veja aqui.
sexta-feira, 30 de outubro de 2009
A de amor, B de Baixinho, P de Plágio
Tem dias que eu acho que eu sou o máximo. Sabe aquela coisa de você acordar, se sentir super poderosa? Aqueles dias em que você acha que todos os homens querem estar com você e todas as mulheres querem ser como você?
Bom, eu não sei se todas as mulheres querem ser como eu. Mas tenho a certeza que pelo menos a Roo e a Paula Cristina gostariam de ser como eu. Ou pelo menos gostariam de ter escrito o que eu escrevi. Afinal, dizem que o plágio é uma forma de homenagem, certo?
A Paula Cristina, por ter o mesmo nome que uma das minhas personagens, achou por bem se apossar do meu texto. E cortou, editou e recebeu comentários de como ela era brilhante. Isso claro, mantendo um ou dois dos meus erros de digitação.
Eu não sabia que, ao escrever um texto com o nome de alguém, o texto podia ser usado livremente por essa pessoa. Se é assim, tem muita "Beatriz" que devia reclamar com Chico Buarque e muito "José" chateado com Drummond. E mesmo eu deveria chamar o Mr. Jobim e dizer com todas as letras que ele não tem nada que escrever sobre Ana Luiza. Com "z", que nem eu. Aliás, eu só não reclamei o crédito porque, para ser sincera, acho a minha música meio chatinha.
Já a Roo... Ela ainda não decidiu se, quando crescer, quer ser como eu ou como a Mary. Os seis textos mais recentes são meus. Alguns são da Mary, que me avisou pelo Twitter e os outros, duvido que sejam dela... Afinal, quando você vê uma pessoa copiando desta forma, você duvida que ela seja capaz de produzir algo original. Mesmo que seja ruim, mas que seja original.
Muita gente que me lê tem blog também. Por isso vocês devem entender como eu e a Mary nos sentimos com isso. Infelizmente não dá para comentar no pseudo-blog da Roo... Mas já na Paula Cristina...
Por isso hoje eu peço que comentem aqui. E agora que o Natal se aproxima, eu já tenho o presente ideal para elas: um dicionário, para que elas possam entender o significado da palavra plágio.
Update: Pessoal, valeu pela colaboração. A Paula Cristina já tirou o meu texto do blog. Agora só falta a Roo...
Bom, eu não sei se todas as mulheres querem ser como eu. Mas tenho a certeza que pelo menos a Roo e a Paula Cristina gostariam de ser como eu. Ou pelo menos gostariam de ter escrito o que eu escrevi. Afinal, dizem que o plágio é uma forma de homenagem, certo?
A Paula Cristina, por ter o mesmo nome que uma das minhas personagens, achou por bem se apossar do meu texto. E cortou, editou e recebeu comentários de como ela era brilhante. Isso claro, mantendo um ou dois dos meus erros de digitação.
Eu não sabia que, ao escrever um texto com o nome de alguém, o texto podia ser usado livremente por essa pessoa. Se é assim, tem muita "Beatriz" que devia reclamar com Chico Buarque e muito "José" chateado com Drummond. E mesmo eu deveria chamar o Mr. Jobim e dizer com todas as letras que ele não tem nada que escrever sobre Ana Luiza. Com "z", que nem eu. Aliás, eu só não reclamei o crédito porque, para ser sincera, acho a minha música meio chatinha.
Já a Roo... Ela ainda não decidiu se, quando crescer, quer ser como eu ou como a Mary. Os seis textos mais recentes são meus. Alguns são da Mary, que me avisou pelo Twitter e os outros, duvido que sejam dela... Afinal, quando você vê uma pessoa copiando desta forma, você duvida que ela seja capaz de produzir algo original. Mesmo que seja ruim, mas que seja original.
Muita gente que me lê tem blog também. Por isso vocês devem entender como eu e a Mary nos sentimos com isso. Infelizmente não dá para comentar no pseudo-blog da Roo... Mas já na Paula Cristina...
Por isso hoje eu peço que comentem aqui. E agora que o Natal se aproxima, eu já tenho o presente ideal para elas: um dicionário, para que elas possam entender o significado da palavra plágio.
Update: Pessoal, valeu pela colaboração. A Paula Cristina já tirou o meu texto do blog. Agora só falta a Roo...
quinta-feira, 29 de outubro de 2009
Para você
Esse texto é para você. Não é sobre você, nem sobre nós e muito menos sobre as borboletas no estômago e todas as outras metáforas que você provoca em mim.
Hoje eu decidi sentar e escrever para você. Eu precisava escrever para você. Não como dedicatória, nem como fonte de inspiração. É que depois de tudo que você já me deu, eu fico sem graça de chegar na tua casa de mãos abanando.
Você me deu sorrisos. De todos os tipos e de todas as cores. Aliás, foi você que descobriu cores em mim. Quer eu sequer conhecia. Por isso toma, esse texto é teu.
E eu fiquei pensando no que escrever no teu texto. Decidi que ele seria curtinho. Porque não importam as palavras, importa que você saiba que elas são para ti. Pensei ainda em terminar esse texto com uma música, uma das muitas que nós partilhamos.
Mas depois mudei de ideias, porque esse texto não poderia terminar desse jeito. Porque não existe final perfeito pra nós dois. Ou melhor, de mim pra você, simplesmente não tem fim.
Hoje eu decidi sentar e escrever para você. Eu precisava escrever para você. Não como dedicatória, nem como fonte de inspiração. É que depois de tudo que você já me deu, eu fico sem graça de chegar na tua casa de mãos abanando.
Você me deu sorrisos. De todos os tipos e de todas as cores. Aliás, foi você que descobriu cores em mim. Quer eu sequer conhecia. Por isso toma, esse texto é teu.
E eu fiquei pensando no que escrever no teu texto. Decidi que ele seria curtinho. Porque não importam as palavras, importa que você saiba que elas são para ti. Pensei ainda em terminar esse texto com uma música, uma das muitas que nós partilhamos.
Mas depois mudei de ideias, porque esse texto não poderia terminar desse jeito. Porque não existe final perfeito pra nós dois. Ou melhor, de mim pra você, simplesmente não tem fim.
segunda-feira, 26 de outubro de 2009
Gentileza
Daí que ontem a noite se estendeu para um forrozinho no Bairro Alto. O forró tem lugar no Clube Rio de Janeiro, local onde, durante a semana, se realizam aulas de dança. Por isso, no domingo, os alunos aproveitam para botar os conhecimentos em prática.
Eu, que nunca fiz uma aula de dança, acabei não ficando lá muito tempo. Apenas tempo suficiente para ter a certeza que eu não sei dançar forró. Fiquei então relegada num cantinho observando as pessoas dançarem. Isso até aparecer um cara e perguntar as horas, tudo bem normal.
- Que bom, ainda dá para dançar mais um pouco antes de apanhar o trem.
- Trem pra onde? (Gente, como eu sou curiosa!!!)
- Para Oeiras.
- Isso é no caminho da minha casa...
... E antes que eu pudesse pensar no que ia dizer, simplesmente continuei falando:
- ... Você quer carona?
- Beleza!
Ele voltou a dançar e eu me voltei para os meus amigos. Porque logo a seguir eu caí em mim. Não sei se foi o vinho, o hábito de oferecer carona para os amigos ou simplesmente o facto de odiar dirigir sozinha de madrugada.
- Cara, será que eu tenho bosta na cabeça?? Como é que eu ofereci carona para o cara assim... do nada??
- Ah... É porque você é simpática.
- Tá, mas e se o cara é um seria killer, ou se quiser me estuprar... Ou pior ainda: se achar que eu estou a fim dele?? (Tenho que rever as minhas prioridades...)
- Mas agora já está feito. Não vai voltar atrás, né?
É. Não voltei atrás. Só que, passados uns 20 minutos, eu vi o sujeito pegando o casaco indo embora. Ao que parce não fui só eu que me espantei com o meu excesso de simpatia. Talvez ele tenha achado que eu era uma serial killer, ou que o fosse estuprar, ou pior... Que quisesse dançar com ele e pisar-lhe os pés.
Agora aprendi: dizer as horas pode. Dar carona, não. Acho que passamos da época da simpatia. Porque se antigamente se dizia que "gentileza gera gentileza"... Hoje assusta!
Eu, que nunca fiz uma aula de dança, acabei não ficando lá muito tempo. Apenas tempo suficiente para ter a certeza que eu não sei dançar forró. Fiquei então relegada num cantinho observando as pessoas dançarem. Isso até aparecer um cara e perguntar as horas, tudo bem normal.
- Que bom, ainda dá para dançar mais um pouco antes de apanhar o trem.
- Trem pra onde? (Gente, como eu sou curiosa!!!)
- Para Oeiras.
- Isso é no caminho da minha casa...
... E antes que eu pudesse pensar no que ia dizer, simplesmente continuei falando:
- ... Você quer carona?
- Beleza!
Ele voltou a dançar e eu me voltei para os meus amigos. Porque logo a seguir eu caí em mim. Não sei se foi o vinho, o hábito de oferecer carona para os amigos ou simplesmente o facto de odiar dirigir sozinha de madrugada.
- Cara, será que eu tenho bosta na cabeça?? Como é que eu ofereci carona para o cara assim... do nada??
- Ah... É porque você é simpática.
- Tá, mas e se o cara é um seria killer, ou se quiser me estuprar... Ou pior ainda: se achar que eu estou a fim dele?? (Tenho que rever as minhas prioridades...)
- Mas agora já está feito. Não vai voltar atrás, né?
É. Não voltei atrás. Só que, passados uns 20 minutos, eu vi o sujeito pegando o casaco indo embora. Ao que parce não fui só eu que me espantei com o meu excesso de simpatia. Talvez ele tenha achado que eu era uma serial killer, ou que o fosse estuprar, ou pior... Que quisesse dançar com ele e pisar-lhe os pés.
Agora aprendi: dizer as horas pode. Dar carona, não. Acho que passamos da época da simpatia. Porque se antigamente se dizia que "gentileza gera gentileza"... Hoje assusta!
domingo, 25 de outubro de 2009
Re-
Ressentimento.
Res-sen-ti-men-to.
Re-sentimento.
Repensar.
Re-pensar.
Ressentir.
Re-sentir.
Relembrar.
Re-lembrar.
Res-sen-ti-men-to.
Re-sentimento.
Repensar.
Re-pensar.
Ressentir.
Re-sentir.
Relembrar.
Re-lembrar.
A felicidade, no pretérito, conjuga-se como tristeza.
quinta-feira, 22 de outubro de 2009
Pronomes
Todo amor é feito de pronomes.
Num simples (será assim tão simples?) "eu te amo", há sempre um "eu" que ama e um "tu" que é amado. Mas "nós" nem sempre é uma realidade.
Quem é ciumento não abdica de um possessivo. "O meu namorado". E coloca todo o ênfase no pronome. Já os paixonados de verdade, esses não deixam de falar dos "nossos momentos", sempre com um sorriso nos lábios.
Os meus preferidos são, de longe, os demonstrativos. Aliás, amor que é amor tem que estar recheado de pronomes demonstrativos, que funcionam quase como um código entre o casal.
Pronomes demonstrativos denotam cumplicidade. Afinal não tem nada mais gostoso do que lembrarem "aquele" dia em que se conheceram. Ele usava "aquela" camisa preta. Depois, eles foram para "aquele" restaurantezinho escondido no meio do nada. Mas só após alguns encontros é que rolou "aquele" beijo. Ao qual se seguiram mais beijos e um sem fim de abraços.
Toda paixão tem essa coisa só dos dois, não é?
Cada um "desse", "daquele" e "daquilo" é uma pequena demonstração de afecto. E o melhor é quando todos estes pequenos pronomes, fragmentos dos dois, culminam numa única conclusão: "Esse é o tal".
Num simples (será assim tão simples?) "eu te amo", há sempre um "eu" que ama e um "tu" que é amado. Mas "nós" nem sempre é uma realidade.
Quem é ciumento não abdica de um possessivo. "O meu namorado". E coloca todo o ênfase no pronome. Já os paixonados de verdade, esses não deixam de falar dos "nossos momentos", sempre com um sorriso nos lábios.
Os meus preferidos são, de longe, os demonstrativos. Aliás, amor que é amor tem que estar recheado de pronomes demonstrativos, que funcionam quase como um código entre o casal.
Pronomes demonstrativos denotam cumplicidade. Afinal não tem nada mais gostoso do que lembrarem "aquele" dia em que se conheceram. Ele usava "aquela" camisa preta. Depois, eles foram para "aquele" restaurantezinho escondido no meio do nada. Mas só após alguns encontros é que rolou "aquele" beijo. Ao qual se seguiram mais beijos e um sem fim de abraços.
Toda paixão tem essa coisa só dos dois, não é?
Cada um "desse", "daquele" e "daquilo" é uma pequena demonstração de afecto. E o melhor é quando todos estes pequenos pronomes, fragmentos dos dois, culminam numa única conclusão: "Esse é o tal".
Oh Bastards!
Quando eu digo que vou viajar e ficar num Hostel, não há quem não pergunte: "E você já viu o filme?". Sim, vi e adorei! E quem é que nunca ensaiou uns passinhos de dança ridículos, a la Pulp Fiction?
Pois é, mesmo para quem não é fã é inegável a marca de Tarantino no cinema actual. Filmes aparentemente sem pé nem cabeça, violentos, pop.
E o novíssimo "Inglorious Bastards" não foge à regra. Pessoal, vejam esse filme!
O filme tem cenas hilárias. É difícil falar mais sem estragar a surpresa. Tarantino tem um talento especial para nos fazer rir da desgraça alheia. Isso, ao mesmo tempo que nos prende a respiração e deixa um nervoso miudinho enquanto a gente torce pelo personagem. Eu adoro as mortes do Tarantino. Ele tem morte poética, morte engraçada, morte triste, morte pra todos os gostos.
E, só para aguçar a curiosidade... Se preparem para ver o Brad Pitt longe do papel de galã, arranhando um italiano quase perfeito!
Pois é, mesmo para quem não é fã é inegável a marca de Tarantino no cinema actual. Filmes aparentemente sem pé nem cabeça, violentos, pop.
E o novíssimo "Inglorious Bastards" não foge à regra. Pessoal, vejam esse filme!
O filme tem cenas hilárias. É difícil falar mais sem estragar a surpresa. Tarantino tem um talento especial para nos fazer rir da desgraça alheia. Isso, ao mesmo tempo que nos prende a respiração e deixa um nervoso miudinho enquanto a gente torce pelo personagem. Eu adoro as mortes do Tarantino. Ele tem morte poética, morte engraçada, morte triste, morte pra todos os gostos.
E, só para aguçar a curiosidade... Se preparem para ver o Brad Pitt longe do papel de galã, arranhando um italiano quase perfeito!
domingo, 18 de outubro de 2009
Selinho
Eu sou péssima para fazer discursos de agradecimento. Aliás, no dia em que eu ganhar o Nobel da Paz eu não vou saber o que dizer. E nem sequer vou saber porque estou ganhando o prêmio. Porque, pelos vistos, hoje em dia você não precisa fazer ativamente nada para ser um candidato.
Mas isso já são outros quinhentos. Na verdade, hoje eu vim agradecer à Nilza por esse selinho aqui:
E agora, conforme as regras do selinho eu tenho ainda que dizer 10 palavras que qualificam o meu blog. Eu juro que tentei, mas só consegui cinco. A primeira foi fácil: Humor. Eu sei que nem sempre eu consigo ser engraçada mas, no dia a dia sou uma pessoa bem humorada e acho que isso acaba transparecendo aqui no blog.
Depois lembrei de diversidade. Esse blog não tem assunto fixo. Já falei de política, de arte, de religião e de receitas. Se um dia me der na telha falo de física quântica também. É um blog dedicado a falar sobre tudo e sobre nada. Variando conforme bem me apetece.
Mas é claro, nesse blog também não falta sentimento. Amor, saudade, tristeza, paixão... É só escolher!
Embora o assunto seja diverso, há sempre um tema recorrente: cotidiano. Família, emprego, Estrela Regina, bofescândalos... Mesmo que nem todo dia eu faça tudo sempre igual (Oi, alguém citou Chico Buarque?!) os meus leitores acabam fazendo parte do meu dia a dia.
Outra palavra adequada é leveza. O meu objectivo é um blog leve. Desde o visual à linguagem. Porque eu me formei advogada e me senti cansada de escrever coisas desagradáveis o tempo todo. Por isso tenho uma preocupação extra em manter esse blog descontraído.
Eu ainda pensei em dizer família, amigos, trabalho e etc. Mas isso faz parte do cotidiano. Filmes, música, viagens e receitas fazem parte da diversidade. Ou seja, por muito abrangente que o tema do meu blog seja, bastam 5 palavras para o descrever,
Por fim, como todo memê que se preze, agora é a hora de o repassar. Então, o selinho e a tarefa de descrever o blog em 10 palavras vão para: Mari, Mari Molina, Larissa e para uns Dedinhos Nervosos que povoam essa blogosfera.
Sim, hoje acordei numa vibe feminista.
Mas isso já são outros quinhentos. Na verdade, hoje eu vim agradecer à Nilza por esse selinho aqui:
E agora, conforme as regras do selinho eu tenho ainda que dizer 10 palavras que qualificam o meu blog. Eu juro que tentei, mas só consegui cinco. A primeira foi fácil: Humor. Eu sei que nem sempre eu consigo ser engraçada mas, no dia a dia sou uma pessoa bem humorada e acho que isso acaba transparecendo aqui no blog.
Depois lembrei de diversidade. Esse blog não tem assunto fixo. Já falei de política, de arte, de religião e de receitas. Se um dia me der na telha falo de física quântica também. É um blog dedicado a falar sobre tudo e sobre nada. Variando conforme bem me apetece.
Mas é claro, nesse blog também não falta sentimento. Amor, saudade, tristeza, paixão... É só escolher!
Embora o assunto seja diverso, há sempre um tema recorrente: cotidiano. Família, emprego, Estrela Regina, bofescândalos... Mesmo que nem todo dia eu faça tudo sempre igual (Oi, alguém citou Chico Buarque?!) os meus leitores acabam fazendo parte do meu dia a dia.
Outra palavra adequada é leveza. O meu objectivo é um blog leve. Desde o visual à linguagem. Porque eu me formei advogada e me senti cansada de escrever coisas desagradáveis o tempo todo. Por isso tenho uma preocupação extra em manter esse blog descontraído.
Eu ainda pensei em dizer família, amigos, trabalho e etc. Mas isso faz parte do cotidiano. Filmes, música, viagens e receitas fazem parte da diversidade. Ou seja, por muito abrangente que o tema do meu blog seja, bastam 5 palavras para o descrever,
Por fim, como todo memê que se preze, agora é a hora de o repassar. Então, o selinho e a tarefa de descrever o blog em 10 palavras vão para: Mari, Mari Molina, Larissa e para uns Dedinhos Nervosos que povoam essa blogosfera.
Sim, hoje acordei numa vibe feminista.
quinta-feira, 15 de outubro de 2009
Camarão no forno for dummies
A receita é do meu amigo Viajante Gourmet e foi passada pelo messenger enquanto eu dizia que queria comer uns camarões grelhados mas estava com preguiça por causa do cheiro que deixa em casa. Ele, que é chefe de cozinha, saiu-se então com essa receita. Eu provei e aprovei.
Se existe coisa que eu valorizo na cozinha é a praticidade. Odeio aquela coisa de ter que botar um ingrediente, mexer que nem uma condenada para não empelotar, para não desandar e o escambau. Por isso quando vi essa receita fiquei maravilhada.
Então é assim: 3 horas antes de servir, você tira os camarões (de um tamanho médio), já descongelados mas com casca e cabeça. Corta uma cebola grande em rodelas mais ou menos finas e faz tipo uma caminha numa assadeira daquelas de porcelana ou barro. Coloca os camarões por cima. Dá para fazer sem a cebola, mas eu gosto mais assim.
Depois numa vasilha à parte você prepara o molho dos camarões. O meu querido amigo que me deu a receita esqueceu de falar em medidas. Sendo chef, para ele deve ser fácil, mas para mim foi uma aventura adivinhar quanto levava de cada ingrediente. O que vale é que o resultado ficou bom. Por isso, vou colocar as quantidades que eu usei para meio quilo de camarões..
Para começar você coloca uma garrafa e meia de cerveja. Eu usei Superbock mini, ou seja 30cl no total. Coloca também azeite suficiente para o seu fígado começar a se revirar. Eu diria que são mais ou menos 10cl de azeite. Suco de dois limões, 7 dentes de alho cortados em pedacinhos (eu adoro alho na comida!) e sal de acordo com a sua tendência para a retenção de líquidos. No meu caso isso são duas colheres de sobremesa. Botei ainda duas folhas de louro. Eu nunca uso louro na comida porque acho que não dá diferença nenhuma no sabor. Mas o chef mandou botar e eu não sou ninguém para dizer que não!
Em seguida você mexe essa bagaça toda até ficar um molho uniforme. Joga em cima do camarão na assadeira e deixa três horas descansando na geladeira, que é para não estragar. Aproveite e descanse você também, e não se esqueça de tomar o resto da cerveja porque é pecado desperdiçar.
Por fim, coloque a assadeira com os camarões o molho no forno por 25-30 minutos, a 180º. Para quem não tem forno com temperatura, é perto do máximo.
Aí é só tirar do forno e servir com uma saladinha light, para descontar todo o azeite que você já usou no molho.
Fica uma delícia, super sofisticado e fácil. Tirando o camarão, até é uma receita bem barata.
Agora é só correr para o abraço!
Se existe coisa que eu valorizo na cozinha é a praticidade. Odeio aquela coisa de ter que botar um ingrediente, mexer que nem uma condenada para não empelotar, para não desandar e o escambau. Por isso quando vi essa receita fiquei maravilhada.
Então é assim: 3 horas antes de servir, você tira os camarões (de um tamanho médio), já descongelados mas com casca e cabeça. Corta uma cebola grande em rodelas mais ou menos finas e faz tipo uma caminha numa assadeira daquelas de porcelana ou barro. Coloca os camarões por cima. Dá para fazer sem a cebola, mas eu gosto mais assim.
Depois numa vasilha à parte você prepara o molho dos camarões. O meu querido amigo que me deu a receita esqueceu de falar em medidas. Sendo chef, para ele deve ser fácil, mas para mim foi uma aventura adivinhar quanto levava de cada ingrediente. O que vale é que o resultado ficou bom. Por isso, vou colocar as quantidades que eu usei para meio quilo de camarões..
Para começar você coloca uma garrafa e meia de cerveja. Eu usei Superbock mini, ou seja 30cl no total. Coloca também azeite suficiente para o seu fígado começar a se revirar. Eu diria que são mais ou menos 10cl de azeite. Suco de dois limões, 7 dentes de alho cortados em pedacinhos (eu adoro alho na comida!) e sal de acordo com a sua tendência para a retenção de líquidos. No meu caso isso são duas colheres de sobremesa. Botei ainda duas folhas de louro. Eu nunca uso louro na comida porque acho que não dá diferença nenhuma no sabor. Mas o chef mandou botar e eu não sou ninguém para dizer que não!
Em seguida você mexe essa bagaça toda até ficar um molho uniforme. Joga em cima do camarão na assadeira e deixa três horas descansando na geladeira, que é para não estragar. Aproveite e descanse você também, e não se esqueça de tomar o resto da cerveja porque é pecado desperdiçar.
Por fim, coloque a assadeira com os camarões o molho no forno por 25-30 minutos, a 180º. Para quem não tem forno com temperatura, é perto do máximo.
Aí é só tirar do forno e servir com uma saladinha light, para descontar todo o azeite que você já usou no molho.
Fica uma delícia, super sofisticado e fácil. Tirando o camarão, até é uma receita bem barata.
Agora é só correr para o abraço!
Fall Season.
Não pessoal, não é nada disso que eu me apaixonei e fugi com o novo amor para uma ilha tropical sem acesso à internet.
O motivo do meu sumiço prende-se com a "fall season". Agora tenho passado as minhas noites na companhia do Dr. House, do pessoal do Seattle Grace, com as enjoadinhas da Gossip Girl, em Wisteria Lane, estudando na Cyprus Rhodes, decifrando as mentiras de Lie To Me e com o meu mais novo amor: Flash Forward. Sin gente, assistam Flash Forward porque é tudo de bom.
A única que falta voltar é o Nip / Tuck. E tem que voltar urgentemente, porque eu preciso do Dr. Christian Troy na minha vida para ser feliz.
As séries que eu abandonei foram o Lost, o Heroes e o Prison Break. Acho que perderam o rumo com o tempo.
Como eu moro no fim do mundo e as séries demoram a chegar, além do que eu não tenho paciência para sentar em frente à televisão na hora que elas passam, eu vejo tudo pela internet. E prefiro ver streaming ao invés de fazer os downloads. Por isso, ficadica: se vocês não precisarem de legendas, podem ver tudo a partir desse site aqui.
E, mesmo que no começo seja mais complicado, é uma questão de hábito. Eu melhorei bastante o meu inglês vendo séries sem legendas.
O motivo do meu sumiço prende-se com a "fall season". Agora tenho passado as minhas noites na companhia do Dr. House, do pessoal do Seattle Grace, com as enjoadinhas da Gossip Girl, em Wisteria Lane, estudando na Cyprus Rhodes, decifrando as mentiras de Lie To Me e com o meu mais novo amor: Flash Forward. Sin gente, assistam Flash Forward porque é tudo de bom.
A única que falta voltar é o Nip / Tuck. E tem que voltar urgentemente, porque eu preciso do Dr. Christian Troy na minha vida para ser feliz.
As séries que eu abandonei foram o Lost, o Heroes e o Prison Break. Acho que perderam o rumo com o tempo.
Como eu moro no fim do mundo e as séries demoram a chegar, além do que eu não tenho paciência para sentar em frente à televisão na hora que elas passam, eu vejo tudo pela internet. E prefiro ver streaming ao invés de fazer os downloads. Por isso, ficadica: se vocês não precisarem de legendas, podem ver tudo a partir desse site aqui.
E, mesmo que no começo seja mais complicado, é uma questão de hábito. Eu melhorei bastante o meu inglês vendo séries sem legendas.
domingo, 11 de outubro de 2009
Criação
... E eis que com um movimento teu os meus lábios se contorceram de modo involuntário. A este espasmo, você deu o nome de sorriso.
sexta-feira, 9 de outubro de 2009
Trilha sonora
A gente não tem uma música. Já temos uma trilha sonora inteira, feito novela. Com direito a CD nacional e internacional. Ele toca "Beatriz" enquanto eu preparo o jantar. Dedilha coisas sem nexo num violão esquecido na minha casa. Mas não descura da cultura pop e [acha que] canta "Single Ladies". Me ensinou que música cigana vai bem além de Gipsy Kings.
Ainda é cedo para fazer elocubrações sobre o "felizes para sempre" e me perguntar se ele é "o tal". Mas a verdade é que ele me faz sentir bem. Me surpreende com chocolate, vinho e comida japonesa. Me abraça e me faz sentir minúscula, no alto do meu metro e setenta.
Ele enche a minha casa e a minha vida de música. Me faz querer largar o cepticismo e o sarcasmo, tão característicos de mim.
Prva disso é que hoje, vejam só, eu acordei suspirando...
Ainda é cedo para fazer elocubrações sobre o "felizes para sempre" e me perguntar se ele é "o tal". Mas a verdade é que ele me faz sentir bem. Me surpreende com chocolate, vinho e comida japonesa. Me abraça e me faz sentir minúscula, no alto do meu metro e setenta.
Ele enche a minha casa e a minha vida de música. Me faz querer largar o cepticismo e o sarcasmo, tão característicos de mim.
Prva disso é que hoje, vejam só, eu acordei suspirando...
quarta-feira, 7 de outubro de 2009
segunda-feira, 5 de outubro de 2009
Vê se se toca, valeu?
Se eu for parar para pensar, minhas roupas são quase todas em tons de vermelho, preto, azul e verde. O amarelo nem entra no meu armário. Detesto essa cor!
Mas, esse mês, resolvi sair do meu mundinho vermelho abraçar o cor de rosa.
Há uns 4 anos atrás meu pai, que mora no Brasil, me surpreendeu com a bomba atômica: "Vovó Glorinha estava com câncer de mama". Ela fez tratamento, quimioterapia, radioterapia, operou e, felizmente, hoje está livre desta doença.
Eu não acompanhei o câncer de perto. Não vi vovó perder o cabelo, nem estive lá no dia em que ela operou e deu um alívio em todos por sabermos que o tumor não se tinha espalhado. Mas sei que foi duro para todo mundo. Meu pai falava numa voz carregada, cheia de preocupação. E eu, em plena época de exames da faculdade, me sentia uma nulidade por não poder estar lá, nem que fosse só para dar a mão e dizer que ia ficar tudo bem.
Por isso, resolvi lembrar aqui que Outubro é o mês mundial de conscientização sobre o câncer de mama. Como vocês sabem, o câncer é uma doença silenciosa e imprevisível. A melhor forma de o combater é através do diagnóstico precoce da doença. E isso só se consegue através da informação.
Daí que nunca seja demais falar no auto-exame. Ele não previne o câncer, não é um tratamento, nem muito menos uma cura. Mas é a chave do diagnóstico precoce do câncer de mama. É simples de fazer, rápido, não dói nada e você até pode pedir ajuda do bofescândalo durante o processo.
Por causa do jiu jitsu, eu morro de medo que alguma pancada mais bruta possa mascarar outro problema. Portanto, e também talvez por pura paranóia, faço o auto-exame numa base semanal. Mas, de acordo com o que tenho lido, uma vez por mês é suficiente para estar sempre antenada no problema.
E, para quem ainda não sabe, fica aqui o toque de amiga:
Mas, esse mês, resolvi sair do meu mundinho vermelho abraçar o cor de rosa.
Há uns 4 anos atrás meu pai, que mora no Brasil, me surpreendeu com a bomba atômica: "Vovó Glorinha estava com câncer de mama". Ela fez tratamento, quimioterapia, radioterapia, operou e, felizmente, hoje está livre desta doença.
Eu não acompanhei o câncer de perto. Não vi vovó perder o cabelo, nem estive lá no dia em que ela operou e deu um alívio em todos por sabermos que o tumor não se tinha espalhado. Mas sei que foi duro para todo mundo. Meu pai falava numa voz carregada, cheia de preocupação. E eu, em plena época de exames da faculdade, me sentia uma nulidade por não poder estar lá, nem que fosse só para dar a mão e dizer que ia ficar tudo bem.
Por isso, resolvi lembrar aqui que Outubro é o mês mundial de conscientização sobre o câncer de mama. Como vocês sabem, o câncer é uma doença silenciosa e imprevisível. A melhor forma de o combater é através do diagnóstico precoce da doença. E isso só se consegue através da informação.
Daí que nunca seja demais falar no auto-exame. Ele não previne o câncer, não é um tratamento, nem muito menos uma cura. Mas é a chave do diagnóstico precoce do câncer de mama. É simples de fazer, rápido, não dói nada e você até pode pedir ajuda do bofescândalo durante o processo.
Por causa do jiu jitsu, eu morro de medo que alguma pancada mais bruta possa mascarar outro problema. Portanto, e também talvez por pura paranóia, faço o auto-exame numa base semanal. Mas, de acordo com o que tenho lido, uma vez por mês é suficiente para estar sempre antenada no problema.
E, para quem ainda não sabe, fica aqui o toque de amiga:
Agora cabe a você. Vê se se toca, valeu?
sexta-feira, 2 de outubro de 2009
quarta-feira, 30 de setembro de 2009
Diferente
Outro dia fui almoçar com uns amigos do antigo trabalho. Foi bom porque, mal eu cheguei, fui coberta de elogios: que eu estou mais magra, que estou com boa cara, que o meu cabelo está lindo, e que eu pareço feliz e descansada.
Claro que eu tenho preocupações de dinheiro. Arrumei um emprego só para me manter e dar tempo para procurar coisa melhor sem a corda no pescoço. Ainda não desisti do meu projecto, que tem avançado lentamente.
Me senti há anos luz de diferença do pessoal. Senti, definitivamente, que aquele já não é o meu mundo. Eu falei das festas, da animação, dos estrangeiros. Eles reclamaram do patrão, da empresa que está cada vez pior, do mercado que não está fácil. Só de pensar que há três meses atrás eu estava sentada do "outro lado", amarga, sisuda, cansada e reclamando, me deu um frio na espinha.
E isso, sem contar que estou me apaixonando... Bom, mas essa história fica para outro dia!
Claro que eu tenho preocupações de dinheiro. Arrumei um emprego só para me manter e dar tempo para procurar coisa melhor sem a corda no pescoço. Ainda não desisti do meu projecto, que tem avançado lentamente.
Me senti há anos luz de diferença do pessoal. Senti, definitivamente, que aquele já não é o meu mundo. Eu falei das festas, da animação, dos estrangeiros. Eles reclamaram do patrão, da empresa que está cada vez pior, do mercado que não está fácil. Só de pensar que há três meses atrás eu estava sentada do "outro lado", amarga, sisuda, cansada e reclamando, me deu um frio na espinha.
E isso, sem contar que estou me apaixonando... Bom, mas essa história fica para outro dia!
terça-feira, 29 de setembro de 2009
Amelie Poulin
Não adianta, talvez eu não seja talhada para filmes de culto. Talvez eu seja um ser de cultura de massas... Mas a vontade que eu tenho de esganar a Amélie Poulin cena sim, cena sim é absurda!
Ainda outro dia estava falando disso com um amigo. Ele, claro, defensor acérrimo do filme. E eu sem entender todo o "hype" gerado pela história. Eu já tinha visto a "Amelie" há muito tempo e lembro de não ter gostado. Resolvi ver de novo. Existem uns filmes que fazem mais sentido noutras fases da nossa vida.
Mas este não é o caso. A minha opinião mantem-se firme! Porque sabem aqueles personagens que te tiram do sério?! Ela consegue fazer isso comigo. Mulherzinha boboca e sem graça, passa o filme inteiro com cara de cachorro que caiu do caminhão da mudança. Aliás, a mesma cara que a atriz transpôs para o Código de Da Vinci.
Existem alguns atores que só tem uma expressão facial, tipo a mulher do Tim Burton, que só sabe fazer cara de louca. A Audrey Tatou é a mesmíssima coisa. A diferença é que ela só sabe fazer cara de bunda.
Eu adoro personagens paranóicos, mal humorados e sarcásticos (oi, mais alguém vê o Dr. House?!) e me identifico com eles. E a Amelie, para mim, é simplesmente boba. Talvez eu seja demasiado céptica, talvez tenha perdido o sentido de romance, mas a verdade é cada cinco segundos a minha vontade era entrar pela tela a dentro e dar um abanão na Amélie.
O que vale é que o namorado dela era outro chato de galochas. E o fabuloso destino deles será terem filhinhos chatinhos, a cara da mãe!
Ainda outro dia estava falando disso com um amigo. Ele, claro, defensor acérrimo do filme. E eu sem entender todo o "hype" gerado pela história. Eu já tinha visto a "Amelie" há muito tempo e lembro de não ter gostado. Resolvi ver de novo. Existem uns filmes que fazem mais sentido noutras fases da nossa vida.
Mas este não é o caso. A minha opinião mantem-se firme! Porque sabem aqueles personagens que te tiram do sério?! Ela consegue fazer isso comigo. Mulherzinha boboca e sem graça, passa o filme inteiro com cara de cachorro que caiu do caminhão da mudança. Aliás, a mesma cara que a atriz transpôs para o Código de Da Vinci.
Existem alguns atores que só tem uma expressão facial, tipo a mulher do Tim Burton, que só sabe fazer cara de louca. A Audrey Tatou é a mesmíssima coisa. A diferença é que ela só sabe fazer cara de bunda.
Eu adoro personagens paranóicos, mal humorados e sarcásticos (oi, mais alguém vê o Dr. House?!) e me identifico com eles. E a Amelie, para mim, é simplesmente boba. Talvez eu seja demasiado céptica, talvez tenha perdido o sentido de romance, mas a verdade é cada cinco segundos a minha vontade era entrar pela tela a dentro e dar um abanão na Amélie.
O que vale é que o namorado dela era outro chato de galochas. E o fabuloso destino deles será terem filhinhos chatinhos, a cara da mãe!
domingo, 27 de setembro de 2009
Obladi Oblada
Eu sempre digo que para cada situação da vida há uma música dos Beatles. E esses quatro rapazes sabiam do que falavam quando cantaram que: "life goes on bra,
Lala how the life goes on".
Porque eu já era para ter escrito outra coisa, mas o que escrever depois de um post que diz: "oi, minha avó tem alzheimer"?
Parece errado falar da festa que teve, do bofescândalo alemão que está na minha casa ou fazer uma piada sobre uma situação qualquer. Mas a verdade é que a vida não para, quem para somos nós. E, com certeza, vovó não ia querer que eu parasse.
Talvez o melhor seja começar por agradecer a todos pelo carinho.
Estrela Regina agradece também. Aliás, ela tinha escrito um post, mas estava cheio de erros. Então, antes de eventualmente publicá-lo por aqui, eu queria esclarecer que ela foi alfabetizada em coelhês.
Lala how the life goes on".
Porque eu já era para ter escrito outra coisa, mas o que escrever depois de um post que diz: "oi, minha avó tem alzheimer"?
Parece errado falar da festa que teve, do bofescândalo alemão que está na minha casa ou fazer uma piada sobre uma situação qualquer. Mas a verdade é que a vida não para, quem para somos nós. E, com certeza, vovó não ia querer que eu parasse.
Talvez o melhor seja começar por agradecer a todos pelo carinho.
Estrela Regina agradece também. Aliás, ela tinha escrito um post, mas estava cheio de erros. Então, antes de eventualmente publicá-lo por aqui, eu queria esclarecer que ela foi alfabetizada em coelhês.
quarta-feira, 23 de setembro de 2009
A vovó e o alemão
No tempo em que muitas meninas faziam pouco mais do que aprenderem a tocar piano e a serem futuras esposas, ela rompeu com as tradições. O pai morreu num naufrágio e alguém tinha que trabalhar em casa. Por isso mesmo, nunca aprendeu a cozinhar.
Isso fez com que a moral da minha mãe para me ensinar tarefas domésticas baixasse bastante. Desde pequenininha me lembro de responder:
- Mas a vovó não sabe nem fritar um ovo.
Ela é sagitariana, mas daquelas que não fala muito. Viajou bastante. Trabalhou numa companhia aérea. Visitou Portugal e fez compras na "Rua do Ouro" quando esta era ainda quase exclusiva dos ourives. Foi morar sozinha, nunca casou e nem teve filhos.
E agora é legítimo que vocês perguntem como eu tenho uma avó que não tem filhos. Verdade seja dita, ela é tia-avó. Mas sempre foi beeeem mais avó do que tia. Ai de quem disser que ela não é minha avó!
Ela trazia presentes das viagens. Todo ano ia ao Paraguai comprar muamba. Daí que eu tenha sido a primeira da minha turma a ter um iô-iô com luzes e música. Depois que eu cresci, ela me deu uma colcha feita a mão que é uma verdadeira obra de arte. Daquelas que a gente nem põe na cama para não estragar.
Foi a vovó que me ensinou a importância de um voto consciente, porque mesmo depois da idade obrigatória, nunca falhou uma eleição. Também tentou me ensinar tricô, mas isso não teve jeito. Sempre foi a pessoa mais organizada que eu já conheci. Super pontual e perfeccionista, nunca deixou ninguém de casa esquecer nenhum compromisso.
Isso foi até a gente descobrir um senhor alemão que passou a chatear-lhe a cabeça. Talvez vocês o conheçam e, alguns, de certeza que já o viram bem de perto. Mas nunca pelos melhores motivos.
Pois é, vovó - e agora todos nós - temos que conviver com o tal senhor. Nem sempre é fácil. Ele chaga-lhe tanto o juízo que as vezes ela esquece das coisas mais bobas. Logo ela que nunca falhou um compromisso, agora tem de ser diariamente lembrada da hora do remédio.
É estranho vê-la com ele. Porque ela sempre foi aquela pessoa ligada em tudo. Mesmo quando estava sentada lendo, ela sabia de tudo ao seu redor. E agora é diferente. Parece alheia do mundo, olhando para tudo como se fosse a primeira vez.
A minha outra avó diz que vive rezando para o alemão ir embora mas, segundo ouvi dizer, ele quando vem é para ficar. E ele é daquele tipinho tipo espaçoso, sabem? Daqueles que vai se infiltrando aos poucos até tomar a casa toda.
Isso dói. Dói a cada pergunta, dói a cada frase fora de contexto, dói ver vazio onde a gente sempre viu luz. E eu, que até nem sou assim muito ciumenta, dessa vez estou a beira de um ataque.
Qualquer dia eu sento a mão na cara desse fulano por estar roubando a minha vovó de mim!
Isso fez com que a moral da minha mãe para me ensinar tarefas domésticas baixasse bastante. Desde pequenininha me lembro de responder:
- Mas a vovó não sabe nem fritar um ovo.
Ela é sagitariana, mas daquelas que não fala muito. Viajou bastante. Trabalhou numa companhia aérea. Visitou Portugal e fez compras na "Rua do Ouro" quando esta era ainda quase exclusiva dos ourives. Foi morar sozinha, nunca casou e nem teve filhos.
E agora é legítimo que vocês perguntem como eu tenho uma avó que não tem filhos. Verdade seja dita, ela é tia-avó. Mas sempre foi beeeem mais avó do que tia. Ai de quem disser que ela não é minha avó!
Ela trazia presentes das viagens. Todo ano ia ao Paraguai comprar muamba. Daí que eu tenha sido a primeira da minha turma a ter um iô-iô com luzes e música. Depois que eu cresci, ela me deu uma colcha feita a mão que é uma verdadeira obra de arte. Daquelas que a gente nem põe na cama para não estragar.
Foi a vovó que me ensinou a importância de um voto consciente, porque mesmo depois da idade obrigatória, nunca falhou uma eleição. Também tentou me ensinar tricô, mas isso não teve jeito. Sempre foi a pessoa mais organizada que eu já conheci. Super pontual e perfeccionista, nunca deixou ninguém de casa esquecer nenhum compromisso.
Isso foi até a gente descobrir um senhor alemão que passou a chatear-lhe a cabeça. Talvez vocês o conheçam e, alguns, de certeza que já o viram bem de perto. Mas nunca pelos melhores motivos.
Pois é, vovó - e agora todos nós - temos que conviver com o tal senhor. Nem sempre é fácil. Ele chaga-lhe tanto o juízo que as vezes ela esquece das coisas mais bobas. Logo ela que nunca falhou um compromisso, agora tem de ser diariamente lembrada da hora do remédio.
É estranho vê-la com ele. Porque ela sempre foi aquela pessoa ligada em tudo. Mesmo quando estava sentada lendo, ela sabia de tudo ao seu redor. E agora é diferente. Parece alheia do mundo, olhando para tudo como se fosse a primeira vez.
A minha outra avó diz que vive rezando para o alemão ir embora mas, segundo ouvi dizer, ele quando vem é para ficar. E ele é daquele tipinho tipo espaçoso, sabem? Daqueles que vai se infiltrando aos poucos até tomar a casa toda.
Isso dói. Dói a cada pergunta, dói a cada frase fora de contexto, dói ver vazio onde a gente sempre viu luz. E eu, que até nem sou assim muito ciumenta, dessa vez estou a beira de um ataque.
Qualquer dia eu sento a mão na cara desse fulano por estar roubando a minha vovó de mim!
segunda-feira, 21 de setembro de 2009
Lisbon Film Orchestra
Eu nunca fui muito dada à música. Aliás, no meu caso, a falta de talento musical é absurda. Eu sou completamente desprovida da capacidade de distinguir notas musicais e, por vezes, até instrumentos numa banda. Por isso, ver uma orquestra tocar ao vivo, nunca foi coisa que me despertasse interesse.
Só que, como todo mundo, eu também tenho uma quedinha por algumas trilhas sonoras. Sei lá, músicas que eu cresci ouvindo. Todo natal passava a "Noviça Rebelde" na televisão. Eu adorava todas as músicas. E, mesmo não sendo bem da minha época, eu já me acabei cantando "tell me more" no chveiro. Foi assim que me convenceram a ver a apresentação do "Lisbon Film Orchestra".
A proposta era simples: uma orquestra que se dedica a tocar trilhas sonoras de filmes. Parece legal, certo? E é demais! Foi uma das melhores noites de ultimamente!
Eu, que nunca tinha visto uma orquestra ao vivo, fiquei boquiaberta! É um espectáculo lindo. Todos tocando juntos, fazendo música e dando vida aos clássicos do cinema.
E que clássicos... Mágico de Oz, Indiana Jones, Psycho, Phantom of the Opera, Harry Potter, entre outros... Tudo desfilando na minha frente. Tão real que eu sentia que se esticasse o braço seria capaz de tocar na música.
Os violinos parecem coreografados. O maestro dança. O contrabaixo impõe respeito. Tudo é lindo, tudo é harmonioso.
Não sei se existe uma definição exacta para magia, mas creio que será algo semelhante ao que eu vivi ontem!
Só que, como todo mundo, eu também tenho uma quedinha por algumas trilhas sonoras. Sei lá, músicas que eu cresci ouvindo. Todo natal passava a "Noviça Rebelde" na televisão. Eu adorava todas as músicas. E, mesmo não sendo bem da minha época, eu já me acabei cantando "tell me more" no chveiro. Foi assim que me convenceram a ver a apresentação do "Lisbon Film Orchestra".
A proposta era simples: uma orquestra que se dedica a tocar trilhas sonoras de filmes. Parece legal, certo? E é demais! Foi uma das melhores noites de ultimamente!
Eu, que nunca tinha visto uma orquestra ao vivo, fiquei boquiaberta! É um espectáculo lindo. Todos tocando juntos, fazendo música e dando vida aos clássicos do cinema.
E que clássicos... Mágico de Oz, Indiana Jones, Psycho, Phantom of the Opera, Harry Potter, entre outros... Tudo desfilando na minha frente. Tão real que eu sentia que se esticasse o braço seria capaz de tocar na música.
Os violinos parecem coreografados. O maestro dança. O contrabaixo impõe respeito. Tudo é lindo, tudo é harmonioso.
Não sei se existe uma definição exacta para magia, mas creio que será algo semelhante ao que eu vivi ontem!
domingo, 20 de setembro de 2009
Mulher fala...
- Ele é legal, bonitinho e rola química.
- Bacana.
- Só lhe faltam uns centímetros.
- Ele é baixinho, né?
- ... não estava falando disso!
- Bacana.
- Só lhe faltam uns centímetros.
- Ele é baixinho, né?
- ... não estava falando disso!
sábado, 19 de setembro de 2009
David Garrett
Para tudo! Vocês ficarão felizes por saber que eu encontrei o futuro marido!
Morram de inveja porque ele é liiindo até não poder mais. Alemão, 28 aninhos, cabelo comprido e cara de top model. Tem uma tatuagem no braço direito. Usa um "gangsta hat" que está super na moda aqui na Europa (sim, também quero comprar um!). Ele é músico e tem tudo para ser o vocalista numa banda de Rock famosa.
Mas, o que vocês imaginam que esse ser humano faz da vida? Pois é, eu fiquei surpresa ao descobrir que ele toca violino!
Além de tornar os clássicos bem mais agradáveis à vista, ele também toca os "clássicos" actuais como "Nothing Else Matters", "Smooth Criminal", entre outros, chamando a atenção a um público mais jovem e trazendo a orquestra ao povão.
Para vocês entenderem melhor o que eu estou dizendo, fica aqui uma amostra. Quando eu vi o vídeo, eu lembrei daqueles restaurantes românticos, à luz de velas e com um violinista tocando ao vivo. Aquele cenário perfeito para uma noite a dois.
O problema é que, se eu estivesse num restaurante com um bofescândalo e me aparecesse esse deus germânico à frente, num instantinho a atenção se voltaria única e exclusivamente para o violinista!
Morram de inveja porque ele é liiindo até não poder mais. Alemão, 28 aninhos, cabelo comprido e cara de top model. Tem uma tatuagem no braço direito. Usa um "gangsta hat" que está super na moda aqui na Europa (sim, também quero comprar um!). Ele é músico e tem tudo para ser o vocalista numa banda de Rock famosa.
Mas, o que vocês imaginam que esse ser humano faz da vida? Pois é, eu fiquei surpresa ao descobrir que ele toca violino!
Além de tornar os clássicos bem mais agradáveis à vista, ele também toca os "clássicos" actuais como "Nothing Else Matters", "Smooth Criminal", entre outros, chamando a atenção a um público mais jovem e trazendo a orquestra ao povão.
Para vocês entenderem melhor o que eu estou dizendo, fica aqui uma amostra. Quando eu vi o vídeo, eu lembrei daqueles restaurantes românticos, à luz de velas e com um violinista tocando ao vivo. Aquele cenário perfeito para uma noite a dois.
O problema é que, se eu estivesse num restaurante com um bofescândalo e me aparecesse esse deus germânico à frente, num instantinho a atenção se voltaria única e exclusivamente para o violinista!
quinta-feira, 17 de setembro de 2009
quarta-feira, 16 de setembro de 2009
Almost 4
- Can you walk me to my car?
- Why?
- Well... 'Cuz it's almost 4 in the morning and it may be dangerous for me walking alone...
- I don't buy it.
- Sorry?
- You're not the type of girl who is afraid to walk 2 blocks alone... And I like this!
- ...
- But if what you want is an excuse to be alone with me, I'm ok with that.
- Why?
- Well... 'Cuz it's almost 4 in the morning and it may be dangerous for me walking alone...
- I don't buy it.
- Sorry?
- You're not the type of girl who is afraid to walk 2 blocks alone... And I like this!
- ...
- But if what you want is an excuse to be alone with me, I'm ok with that.
segunda-feira, 14 de setembro de 2009
O rumo da prosa
Desde que eu aprendi a desenhar as primeiras letras, eu peguei logo o gosto pela escrita. Tenho dias inspirados, dias mais ou menos, e dias em que o texto pura e simplesmente não vem.
Isso não quer dizer que eu escreva bem, simplesmente quer dizer que eu me sinto bem escrevendo.
Vocês não têm ideia da quantidade de rascunhos inacabados que compõem esse blog. Eu já tentei escrever alguma poesia, mas acho que não é o meu forte. Eu sou mesmo uma mulher de prosa. Prosa lembra conversa, e eu acho que não faço mais que conversar com um interlocutor desconhecido.
Talvez tenha a ver com as minhas idas para Minas Gerais na infância, para o sítio da minha avó em São Lourenço. Lá todo mundo sentava na soleira da porta e dava "dois dedos de prosa" com o vizinho. Coisa gostosa de interior.
Aqui em Lisboa isso não existe. A única coisa que sei dos meus vizinhos do lado é que eles se chamam Sara e Paulo. Não, eu nunca perguntei-lhes o nome. Só que as paredes são finas e dá para ouvi-los bringando. Mesmo que eu não queira. Ele grita o nome dela e ela chora e grita o nome dele.
Gente, e como eles brigam... Pelo menos uma vez por semana a III Guerra Mundial se instaura no apartamento ao lado. Eu fico sem entender essa gente que briga o tempo todo mas continua junto. E não, nem acredito que seja o sexo de reconciliação, porque isso eu não ouço! Talvez eles sejam do tipo silêncioso. Ela geme baixinho e ele encolhe os dedinhos do pé como única demonstração que está gostando. Ok, vou parar de especular sobre a vida sexual dos meus vizinhos.
Bom, mas quem sou eu para falar de casais que brigam e não se separam. Afinal, o meu último relacionamento acabou porque a gente já nem brigava mais. É, mas eu não quero falar disso agora. Aliás, eu já nem sei sobre o que eu estava escrevendo. Nos últimos quatro parágrafos eu falei sobre tudo. E tudo o que eu falei não é nada daqilo que eu tinha pensado em escrever hoje.
Deve ser por isso que eu gosto de prosa. A gente nunca sabe o rumo que ela vai tomar.
Isso não quer dizer que eu escreva bem, simplesmente quer dizer que eu me sinto bem escrevendo.
Vocês não têm ideia da quantidade de rascunhos inacabados que compõem esse blog. Eu já tentei escrever alguma poesia, mas acho que não é o meu forte. Eu sou mesmo uma mulher de prosa. Prosa lembra conversa, e eu acho que não faço mais que conversar com um interlocutor desconhecido.
Talvez tenha a ver com as minhas idas para Minas Gerais na infância, para o sítio da minha avó em São Lourenço. Lá todo mundo sentava na soleira da porta e dava "dois dedos de prosa" com o vizinho. Coisa gostosa de interior.
Aqui em Lisboa isso não existe. A única coisa que sei dos meus vizinhos do lado é que eles se chamam Sara e Paulo. Não, eu nunca perguntei-lhes o nome. Só que as paredes são finas e dá para ouvi-los bringando. Mesmo que eu não queira. Ele grita o nome dela e ela chora e grita o nome dele.
Gente, e como eles brigam... Pelo menos uma vez por semana a III Guerra Mundial se instaura no apartamento ao lado. Eu fico sem entender essa gente que briga o tempo todo mas continua junto. E não, nem acredito que seja o sexo de reconciliação, porque isso eu não ouço! Talvez eles sejam do tipo silêncioso. Ela geme baixinho e ele encolhe os dedinhos do pé como única demonstração que está gostando. Ok, vou parar de especular sobre a vida sexual dos meus vizinhos.
Bom, mas quem sou eu para falar de casais que brigam e não se separam. Afinal, o meu último relacionamento acabou porque a gente já nem brigava mais. É, mas eu não quero falar disso agora. Aliás, eu já nem sei sobre o que eu estava escrevendo. Nos últimos quatro parágrafos eu falei sobre tudo. E tudo o que eu falei não é nada daqilo que eu tinha pensado em escrever hoje.
Deve ser por isso que eu gosto de prosa. A gente nunca sabe o rumo que ela vai tomar.
Literalmente!
Imaginem que a música descreve exactamente o que está acontecendo no video clipe. Seria uma ideia interessante, principalmente para vídeos non-sense que de vez em quando inventam. Eu ri demais com isso e resolvi partilhar com vocês.
sábado, 12 de setembro de 2009
Rapidinha da franja
- Viu mãe, agora tô usando franja.
- Legal! Assim disfarça a tua testa grande.
- Como assim grande?! É normal...
- Não. É grande.
O mundo é cruel e, para quem tem uma mãe como a minha, nem precisa sair de casa pra saber.
- Legal! Assim disfarça a tua testa grande.
- Como assim grande?! É normal...
- Não. É grande.
O mundo é cruel e, para quem tem uma mãe como a minha, nem precisa sair de casa pra saber.
sexta-feira, 11 de setembro de 2009
Crônica do anti-amor
Por hoje podem deixar as crianças na sala. É que eu resolvi falar de amor. Não, nem adianta começarem a suspirar. Na verdade, vou falar de "não amor".
Eu tenho ódio dos estúdios hollywoodianos que inventaram essa história de "amor da minha vida". Não é que eu não acredite no romance e no amor. Eu acredito. No entanto, é essa história de "amor da vida" que não me passa pela goela.
Uma vez um cara terminou comigo porque, segundo ele, ele ficou muito desapontado quando me perguntou se era o amor da minha vida e eu respondi um honesto e categórico: "não sei".
Tudo bem, não era o que ele queria ouvir. Mas é a mais pura verdade. Porque vocês me digam: como é que uma pessoa de 24 anos sabe se encontrou o amor da vida?!
Saber quem é o amor da sua vida só é possível em duas ocasiões: ou você já viveu toda a sua vida e consegue olhar para trás e ver, dentre todas as pessoas com quem você esteve, qual delas foi o amor da sua vida; ou então você já esteve com todas as pessoas do mundo e consegue dizer qual delas seria "a tal".
Fora isso, é impossível! Há sempre amanhã, há sempre alguém esperando numa esquina. E aí é que está a beleza do amor. É saber que, por mais um dia, você quer voltar para casa e estar com "ele". É estar um dia mais perto de chegar à conclusão que ele é mesmo "o cara".
Declarações de amor eterno não são mais do que a expressão que naquele momento, num dado instante, eu sinto que poderia passar o resto da vida com o outro. Porém, nada me garante que amanhã eu sentirei o mesmo. O mundo muda, nós mudamos. Todos os dias morrem células e nascem outras novas no lugar. E será que esse novo "eu" sentirá as mesmas coisas? Só vivendo para saber.
Por isso é importante que o romance esteja sempre presente. Porque o outro precisa saber que aquele amontoado de órgãos, coberto por um tecido que se renova diariamente, continua sentido o mesmo e querendo o mesmo: Para sempre... Pelo menos por hoje.
Eu tenho ódio dos estúdios hollywoodianos que inventaram essa história de "amor da minha vida". Não é que eu não acredite no romance e no amor. Eu acredito. No entanto, é essa história de "amor da vida" que não me passa pela goela.
Uma vez um cara terminou comigo porque, segundo ele, ele ficou muito desapontado quando me perguntou se era o amor da minha vida e eu respondi um honesto e categórico: "não sei".
Tudo bem, não era o que ele queria ouvir. Mas é a mais pura verdade. Porque vocês me digam: como é que uma pessoa de 24 anos sabe se encontrou o amor da vida?!
Saber quem é o amor da sua vida só é possível em duas ocasiões: ou você já viveu toda a sua vida e consegue olhar para trás e ver, dentre todas as pessoas com quem você esteve, qual delas foi o amor da sua vida; ou então você já esteve com todas as pessoas do mundo e consegue dizer qual delas seria "a tal".
Fora isso, é impossível! Há sempre amanhã, há sempre alguém esperando numa esquina. E aí é que está a beleza do amor. É saber que, por mais um dia, você quer voltar para casa e estar com "ele". É estar um dia mais perto de chegar à conclusão que ele é mesmo "o cara".
Declarações de amor eterno não são mais do que a expressão que naquele momento, num dado instante, eu sinto que poderia passar o resto da vida com o outro. Porém, nada me garante que amanhã eu sentirei o mesmo. O mundo muda, nós mudamos. Todos os dias morrem células e nascem outras novas no lugar. E será que esse novo "eu" sentirá as mesmas coisas? Só vivendo para saber.
Por isso é importante que o romance esteja sempre presente. Porque o outro precisa saber que aquele amontoado de órgãos, coberto por um tecido que se renova diariamente, continua sentido o mesmo e querendo o mesmo: Para sempre... Pelo menos por hoje.
quinta-feira, 10 de setembro de 2009
Um pequeno passo para o homem...
Porque terça feira é dia de Roda de Choro em Lisboa, eu me vesti toda linda com meu salto plataforma de 10 centímetros para dançar a noite toda.
Só que não rolou. Uma coceirinha chata no pé esquerdo fez com que dançar não fosse uma tarefa agradável. Dizem que quando a mão coça é dinheiro. Fiquei o resto da noite desejando que isso valesse para o pé também.
Bom, dinheiro eu não ganhei, mas ganhei três cervejas grátis. É o que dá não dançar e ficar ali perto do bar de bobeira. Decidi que coceira no pé esquerdo não quer dizer dinheiro, mas sim cerveja.
Tudo bem, fui para casa menos dançante mas mais bêbada.
Acordei para uma Lisboa chuvosa, com relâmpagos e trovões em pleno verão. Virei para o lado e voltei a dormir. Coisa mais gostosa é dormir quando o mundo se acaba lá fora. Acho que quando 2012 vier com o apocalipse, eu vou ficar ali toda feliz debaixo do meu cobertor de bolinhas cor de laranja.
A coceira no pé e a chuva tinham passado, mas a primeira deu lugar a uma bolha que doía. Merda, e logo hoje que eu tinha que mostrar Lisboa a uns canadenses. Andar com isso vai ser trevas. Mas, a girl's gotta do what a girl's gotta do... Por isso, calcei os meus tênis de corrida e umas meias bem grossas.
Andar por Lisboa com aquilo foi um verdadeiro calvário. Deve ter sido a vingança por ter feito xixi atrás igreja na madrugada de terça. Mas a culpa foi das cervejas grátis que me deram e da falta de um banheiro decente no bar. Por causa da experiência hippie na Tomatina, já me habituei ao banheiro público. Arrgh, tenho mesmo que exorcizar esse ser exu riponga que baixou em mim.
Enfim, acordei hoje e vi que a bolha tinha se transformado num pequeno planeta com atmosfera própria, sentado bem no meio do sistema solar do meu pé. Tocar com o pé no chão tornou-se doloroso. Andar de saltos altos, impensável. Mas logo hoje que eu tinha uma entrevista de emprego. Oh merda! Realmente a história do castigo divino funciona. Mas por que raios eu fui me aliviar atrás da igreja?!
Como é óbvio, botei o salto alto e estacionei quase em frente ao local da entrevista. Fui pulando num salto só até o prédio, onde substituí estilo saci-pererê por um mancar politicamente correcto.
Saí da entrevista directo para a casa de mamãe. Se alguém iria acabar com o pequeno planeta era ela. Ahhhh, ela cansou de tirar bicho do pé quando eu era pequena... Que diferença mais 20 anos fazem?
Ok, aparentemente devem fazer bastante diferença, visto que mamãe não quis acabar com a minha bolha. Tudo bem que eu sou filha, mas acho que ela teve medo que o Alien saísse do meu pé.
No entanto, mãe é mãe e ela levou-me a uma clínica. Agora imaginem a sitação: euzinha, sentada numa cadeira com os pés para o alto, morrendo de dor. Mamãe segurando a minha mão porque, nessas horas, 20 anos não fazem qualquer diferença.
Acabou que a bolha não era uma bolha. Foi uma mordida de alguma coisa que infectou. Sim, blerrrgh! O estrago foi grande, porque foi preciso fazer uma micro-cirurgia pra me livrar daquilo. Nada de especial, mas doeu até não poder mais. Agora e tenho que estar em repouso e não forçar o pé. Vocês bem podem me invejar, porque eu tenho uma descupa para estar de pernas para o ar!
Literalmente eu não sei que bicho me mordeu, mas espero que não tenha sido nenhuma aranha radioativa. Contudo, pelo sim pelo não, deixo já o aviso: se me virem subindo paredes, não é pela falta de bofescândalos, tsá?!
Só que não rolou. Uma coceirinha chata no pé esquerdo fez com que dançar não fosse uma tarefa agradável. Dizem que quando a mão coça é dinheiro. Fiquei o resto da noite desejando que isso valesse para o pé também.
Bom, dinheiro eu não ganhei, mas ganhei três cervejas grátis. É o que dá não dançar e ficar ali perto do bar de bobeira. Decidi que coceira no pé esquerdo não quer dizer dinheiro, mas sim cerveja.
Tudo bem, fui para casa menos dançante mas mais bêbada.
Acordei para uma Lisboa chuvosa, com relâmpagos e trovões em pleno verão. Virei para o lado e voltei a dormir. Coisa mais gostosa é dormir quando o mundo se acaba lá fora. Acho que quando 2012 vier com o apocalipse, eu vou ficar ali toda feliz debaixo do meu cobertor de bolinhas cor de laranja.
A coceira no pé e a chuva tinham passado, mas a primeira deu lugar a uma bolha que doía. Merda, e logo hoje que eu tinha que mostrar Lisboa a uns canadenses. Andar com isso vai ser trevas. Mas, a girl's gotta do what a girl's gotta do... Por isso, calcei os meus tênis de corrida e umas meias bem grossas.
Andar por Lisboa com aquilo foi um verdadeiro calvário. Deve ter sido a vingança por ter feito xixi atrás igreja na madrugada de terça. Mas a culpa foi das cervejas grátis que me deram e da falta de um banheiro decente no bar. Por causa da experiência hippie na Tomatina, já me habituei ao banheiro público. Arrgh, tenho mesmo que exorcizar esse ser exu riponga que baixou em mim.
Enfim, acordei hoje e vi que a bolha tinha se transformado num pequeno planeta com atmosfera própria, sentado bem no meio do sistema solar do meu pé. Tocar com o pé no chão tornou-se doloroso. Andar de saltos altos, impensável. Mas logo hoje que eu tinha uma entrevista de emprego. Oh merda! Realmente a história do castigo divino funciona. Mas por que raios eu fui me aliviar atrás da igreja?!
Como é óbvio, botei o salto alto e estacionei quase em frente ao local da entrevista. Fui pulando num salto só até o prédio, onde substituí estilo saci-pererê por um mancar politicamente correcto.
Saí da entrevista directo para a casa de mamãe. Se alguém iria acabar com o pequeno planeta era ela. Ahhhh, ela cansou de tirar bicho do pé quando eu era pequena... Que diferença mais 20 anos fazem?
Ok, aparentemente devem fazer bastante diferença, visto que mamãe não quis acabar com a minha bolha. Tudo bem que eu sou filha, mas acho que ela teve medo que o Alien saísse do meu pé.
No entanto, mãe é mãe e ela levou-me a uma clínica. Agora imaginem a sitação: euzinha, sentada numa cadeira com os pés para o alto, morrendo de dor. Mamãe segurando a minha mão porque, nessas horas, 20 anos não fazem qualquer diferença.
Acabou que a bolha não era uma bolha. Foi uma mordida de alguma coisa que infectou. Sim, blerrrgh! O estrago foi grande, porque foi preciso fazer uma micro-cirurgia pra me livrar daquilo. Nada de especial, mas doeu até não poder mais. Agora e tenho que estar em repouso e não forçar o pé. Vocês bem podem me invejar, porque eu tenho uma descupa para estar de pernas para o ar!
Literalmente eu não sei que bicho me mordeu, mas espero que não tenha sido nenhuma aranha radioativa. Contudo, pelo sim pelo não, deixo já o aviso: se me virem subindo paredes, não é pela falta de bofescândalos, tsá?!
terça-feira, 8 de setembro de 2009
Random
- ... And why won't you kiss me?
- You should know by now...
- Know what?
- ... That the good guys like yourself, Mr. Farr, do never get the girl.
- And why is that?
- Because while cute guys try to figure out a way to talk to us girls, the bad guys have already passed the arms around our waists and are on the good way for a kiss.
- You should know by now...
- Know what?
- ... That the good guys like yourself, Mr. Farr, do never get the girl.
- And why is that?
- Because while cute guys try to figure out a way to talk to us girls, the bad guys have already passed the arms around our waists and are on the good way for a kiss.
segunda-feira, 7 de setembro de 2009
The Ex-Files
Tudo começou quando ele me adicionou no facebook pensando que eu era uma garota que ele conheceu em Milão. E eu aceitei, pensando que ele era um inglês perdido em Lisboa que eu tinha conversado, numa das noites no Bairro Alto.
Começamos a conversar e não tardou muito a descobrirmos que eu nunca tinha estado em Milão e que ele detestava o Bairro Alto. Só que, como a conversa estava interessante - e eu confesso que eu tenho um fraquinho pelos súbditos de Sua Majestade - continuei falando com ele.
Aí combinamos um jantar. Ele impecavelmente vestido, super cavalheiro e com aquele sotaque charmosíssimo do Hugh Grant. Me levou num restaurantezinho em Cascais, pediu vinho e ainda arranhou uma conversa em português.
Disse que já tinha morado 5 meses no Brasil com uma namorada, depois vieram para cá e terminaram pouco tempo depois de ele largar Londres para acompanhá-la pelo mundo.
- É que ela tem um emprego que tem facilidade de mudar de país, pode alterar a cada seis meses se quiser.
- Legal. Eu também queria uma coisa desse jeito. Adoro viajar. Também tenho uma amiga brasileira que é assim, já morou no México e agora está em Lisboa, com planos de ir para a Alemanha.
- Sério?! Como se chama a tua amiga?
- Fulana.
- Fulana de Tal? De São Paulo?
- errrr... Sim.
- Essa é a minha ex.
Pronto. Só me faltava essa. Talvez vocês já tenham experimentado essa sensação de "como o mundo é pequeno" mas, nesse caso, foi um balde de água fria. Tudo bem, era ex dele, mas é minha amiga actual. Tá, para muita gente pode ser meio nada a ver, mas eu não ando com ex de amigas. Principalmente quando eles moraram juntos por quase um ano. Principalmente quando ele largou o país para correr atrás dela. Arrrgh!!!
Claro que a partir daí o encontro se tornou uma conversa sobre a Fulana. Poxa, ela é tão legal e ele também é tão bacana que eu fiquei me perguntando por que teria dado errado. Sendo mulher, assumi automaticamente que a culpa foi dele.
Ele continuou sendo gentil e educado o jantar todo, mas eu já estava pronta para dar o capítulo como encerrado. Ele me levou até ao meu carro e combinamos de combinar de novo. Sabe aquela coisa de: "Vamos marcar para não nos vermos nunca mais?"
Combinei com a Fulana de sairmos com o pessoal e marcamos num barzinho. Claro que eu contei tudo sobre o encontro imediato de 3º grau com o ex dela. E ela respondeu assim:
- Ah... Pode sair com ele, ele é boa pessoa e eu não fico chateada.
Foi só ela acabar a frase que "ele" aparece no bar. Sim, Lisboa é um ovo e a gente vive se esbarrando. E a cena que se sucedeu provavelmente entrará no Top 10 de saias justas da minha vida.
Ele veio cumprimentar a gente. Claro, sendo inglês, tinha que ser educado. Mas ficou ali parado na nossa frente, sem saber com qual das duas falar primeiro. Fulana tomou a iniciativa e ele depois me deu os tradicionais dois beijinhos no rosto. Para completar, Fulana disse:
- Olha, a An@Lu me contou tudo. Por mim vocês podem sair juntos à vontade.
Ele corou. Eu dei um sorriso amarelo. Ele fez "small talk" com o sotaque British. Eu dei cinco minutinhos e saí à francesa.
Começamos a conversar e não tardou muito a descobrirmos que eu nunca tinha estado em Milão e que ele detestava o Bairro Alto. Só que, como a conversa estava interessante - e eu confesso que eu tenho um fraquinho pelos súbditos de Sua Majestade - continuei falando com ele.
Aí combinamos um jantar. Ele impecavelmente vestido, super cavalheiro e com aquele sotaque charmosíssimo do Hugh Grant. Me levou num restaurantezinho em Cascais, pediu vinho e ainda arranhou uma conversa em português.
Disse que já tinha morado 5 meses no Brasil com uma namorada, depois vieram para cá e terminaram pouco tempo depois de ele largar Londres para acompanhá-la pelo mundo.
- É que ela tem um emprego que tem facilidade de mudar de país, pode alterar a cada seis meses se quiser.
- Legal. Eu também queria uma coisa desse jeito. Adoro viajar. Também tenho uma amiga brasileira que é assim, já morou no México e agora está em Lisboa, com planos de ir para a Alemanha.
- Sério?! Como se chama a tua amiga?
- Fulana.
- Fulana de Tal? De São Paulo?
- errrr... Sim.
- Essa é a minha ex.
Pronto. Só me faltava essa. Talvez vocês já tenham experimentado essa sensação de "como o mundo é pequeno" mas, nesse caso, foi um balde de água fria. Tudo bem, era ex dele, mas é minha amiga actual. Tá, para muita gente pode ser meio nada a ver, mas eu não ando com ex de amigas. Principalmente quando eles moraram juntos por quase um ano. Principalmente quando ele largou o país para correr atrás dela. Arrrgh!!!
Claro que a partir daí o encontro se tornou uma conversa sobre a Fulana. Poxa, ela é tão legal e ele também é tão bacana que eu fiquei me perguntando por que teria dado errado. Sendo mulher, assumi automaticamente que a culpa foi dele.
Ele continuou sendo gentil e educado o jantar todo, mas eu já estava pronta para dar o capítulo como encerrado. Ele me levou até ao meu carro e combinamos de combinar de novo. Sabe aquela coisa de: "Vamos marcar para não nos vermos nunca mais?"
Combinei com a Fulana de sairmos com o pessoal e marcamos num barzinho. Claro que eu contei tudo sobre o encontro imediato de 3º grau com o ex dela. E ela respondeu assim:
- Ah... Pode sair com ele, ele é boa pessoa e eu não fico chateada.
Foi só ela acabar a frase que "ele" aparece no bar. Sim, Lisboa é um ovo e a gente vive se esbarrando. E a cena que se sucedeu provavelmente entrará no Top 10 de saias justas da minha vida.
Ele veio cumprimentar a gente. Claro, sendo inglês, tinha que ser educado. Mas ficou ali parado na nossa frente, sem saber com qual das duas falar primeiro. Fulana tomou a iniciativa e ele depois me deu os tradicionais dois beijinhos no rosto. Para completar, Fulana disse:
- Olha, a An@Lu me contou tudo. Por mim vocês podem sair juntos à vontade.
Ele corou. Eu dei um sorriso amarelo. Ele fez "small talk" com o sotaque British. Eu dei cinco minutinhos e saí à francesa.
domingo, 6 de setembro de 2009
O Santo Peladão
Num jantar o pessoal começa a conversar sobre nomes. An@Lu está caladinha, em meio a uns copos de sangria, mas prestando atenção na conversa.
- O nome da minha avó é Terezinha, em homenagem à Santa.
- Essa não era aquela Santa pecadora?
- Como assim? Não sei nada disso. Aliás, nem sei muito da história dos Santos.
E neste momento, desejando mostrar um pouco do seu conhecimento geral, An@Lu diz:
- Eu também não. Sei de Santo Antônio, que saiu de Lisboa e morreu em Pádua. Ah, e tem também aquele Santo Peladão, como é o nome dele?
Gargalhada geral.
- Comequié? Santo Peladão? Que história é essa?
- Sim, aquele Santo que foi andando pela cidade e tirando a roupa. Protentando contra sei lá o quê. Teve até um filme na televisão...
- Ah, o São Francisco de Assis! Melhor contar a história direito. O que ele queria era se despojar dos bens materiais e talz.
- É né?! Do jeito que eu falei mais parecia que ele era o primeiro Santo Nudista da História.
- O nome da minha avó é Terezinha, em homenagem à Santa.
- Essa não era aquela Santa pecadora?
- Como assim? Não sei nada disso. Aliás, nem sei muito da história dos Santos.
E neste momento, desejando mostrar um pouco do seu conhecimento geral, An@Lu diz:
- Eu também não. Sei de Santo Antônio, que saiu de Lisboa e morreu em Pádua. Ah, e tem também aquele Santo Peladão, como é o nome dele?
Gargalhada geral.
- Comequié? Santo Peladão? Que história é essa?
- Sim, aquele Santo que foi andando pela cidade e tirando a roupa. Protentando contra sei lá o quê. Teve até um filme na televisão...
- Ah, o São Francisco de Assis! Melhor contar a história direito. O que ele queria era se despojar dos bens materiais e talz.
- É né?! Do jeito que eu falei mais parecia que ele era o primeiro Santo Nudista da História.
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