Tem um dia no ano que a gente marca de ficar mais velho. Parece que é uma data em que tudo muda. "Ah, agora eu sou mais velha!". Tá, até parece...
Enfim, aqui estou eu comemorando 26 anos de existência. Sim, porque de vida eu devo ter menos tempo. Todo mundo tem alturas que parece que se limita só a existir. Aqueles domingos preguiçosos no sofá, aquelas semanas em que a rotina casa-trabalho-casa estressa tanto que nem dá pra pensar em mais nada. São tempos onde você liga o "piloto automático" e interage com os outros mais por hábito do que por outra coisa. "Bom dia, tudo bem?", "Por favor", "obrigada" e "até amanhã" parecem saídos do estudo de Pavlov.
Aí eu fico pensando que se eu somar o meu tempo de vida, talvez eu ainda não tenha atingido a maioridade. Mas, ainda assim é ocasião de celebrar.
Mas eu mal entrei nos 26 e já estou filosofando?! Deve ser do dente do siso que resolveu dar as caras justamente essa semana.
Hoje, como presente, ganhei um novo emprego. Ainda não é "o" emprego, mas um passo em frente.
E o que interessa, no fundo, é que nunca se deixe de caminhar.
segunda-feira, 30 de novembro de 2009
quinta-feira, 26 de novembro de 2009
O bonequinho viu: 2012
Eita filmezinho ruim, viu?! A história é bem simples: o mundo vai acabar. Assim sem mais nem menos. Sem motivo, sem explicação. Vai acabar e salve-se quem puder.
Aí é aquele festival de efeitos especiais e más actuações. A carga emocional do filme é tão grande como qualquer um dos "Fast and Furious". Ainda inventaram um pequeno drama familiar só para dar algumas falas ao John Cusack, que faz um papel igualzinho ao do Tom Cruise na "Guerra dos Mundos": o pai divorciado que tenta não perder o afecto dos filhos. Digam "oi" ao clichê!
Vi o 2012 entre um cochilo e outro, tendo deixado uma rodela de baba na camiseta do meu irmão.
Existem filmes que não são feitos para se ver depois do almoço.
segunda-feira, 23 de novembro de 2009
In vino veritas
Sabe quando você passa das marcas na bebida e exagera de propósito no vexame só pra não deixar claro que você faria a mesma coisa se estivesse sóbria? Ontem tive uma noite dessas.
O vinho tinto me deixou tonta. E eu agora rio com esse semi trocadilho, enquanto ontem eu ria de tudo. O vinho tinto me deixou tonta. Com problemas de equilíbrio. Difícil ser mulher e manter a pose em cima do salto 10. Daquele sapatinho incomodativo que você só usa quando sabe que não vai andar muito.
Porque mulher tem dessas coisas. Compra sapatos que doem no pé por pura vaidade, esperando usá-los em jantares sem muita locomoção.
Essa combinação vinho mais sapato fez com que manter o equilíbrio de pé não fosse uma das tarefas mais fáceis do planeta. Por isso eu uso do recurso mais básico: eu abraço. Abraço para manter a pose, abraço para manter o equilíbrio.
Aí, como o vinho também me dá para a emoção, eu aproveito e disfarço carência com tontura. E abraço mais apertado. Porque, e falando bem a verdade... Mesmo sem salto, mesmo sem vinho, eu me sinto desequilibrada.
O vinho tinto me deixou tonta. E eu agora rio com esse semi trocadilho, enquanto ontem eu ria de tudo. O vinho tinto me deixou tonta. Com problemas de equilíbrio. Difícil ser mulher e manter a pose em cima do salto 10. Daquele sapatinho incomodativo que você só usa quando sabe que não vai andar muito.
Porque mulher tem dessas coisas. Compra sapatos que doem no pé por pura vaidade, esperando usá-los em jantares sem muita locomoção.
Essa combinação vinho mais sapato fez com que manter o equilíbrio de pé não fosse uma das tarefas mais fáceis do planeta. Por isso eu uso do recurso mais básico: eu abraço. Abraço para manter a pose, abraço para manter o equilíbrio.
Aí, como o vinho também me dá para a emoção, eu aproveito e disfarço carência com tontura. E abraço mais apertado. Porque, e falando bem a verdade... Mesmo sem salto, mesmo sem vinho, eu me sinto desequilibrada.
domingo, 22 de novembro de 2009
Entrevista
Sabe quando você vê um memê tão legal que você ia fazer, mesmo que não fosse convidada? A Larissa me passou um memê assim.
Em tempos de falta de inspiração eu me agarro a esses memês como se não houvesse amanhã. Mãos à obra!
1 - Há dez anos:
Eu tinha quase 16 anos. Escola, televisão e amigos faziam parte da rotina. Internet nem tanto. Eu provavelmente estava de castigo porque foi nesse ano que a minha mãe descobriu que eu pulava a janela de casa no meio da madrugada para ir à discoteca. É, eu dei muita dor de cabeça à senhora dona minha mãe. Mas eu fiquei gelada no dia que eu pulei a janela de volta e ela estava no meu quarto, sentada na minha cama. Se eu não tive um enfarto nessa hora, acho que o meu coração está pronto pra tudo! Mais tarde nesse mesmo ano, precisamente na minha festa de aniversário, conheci o cara com quem eu acabei quase casando. Com 15 anos a gente não tem cabeça nenhuma, né?
2 - Há cinco anos:
Em 2004 eu estava no terceiro ano da faculdade e odiando. Comecei a trabalhar num Call Center onde fiz amigos que guardo até hoje. Em 2004 eu não tinha vida pessoal. Estudava das nove à uma e trabalhava das duas às onze. Chegava em casa e dormia. Os fins de semana eram dedicados exclusivamente ao estudo e descanso. O namorado, pacientemente, ficava com as sobras do meu tempo.
3 - Há dois anos:
2007 foi um ano agri-doce. Eu comecei o ano dormindo, por causa de uma injecção de Voltaren que levei à conta de uma lesão nas costas. Mais tarde nesse ano fui à Roma, uma das cidades que mais gostei. Tirei a carteira de motorista e meus pais me deram o meu 1º carro. Tive o meu 1º pneu furado. Tive o 2º pneu furado duas semanas depois do primeiro. Pouco depois de Roma, terminei com o então namorado. Foram episódios de divisão de bens e divisão de coelhos. Fui morar sozinha comecei o blog e conheci um personagem que inspirou muito dos meus textos mas que hoje, felizmente, já não faz parte da minha vida. Comecei a receber os meus estrangeiros em casa. Só em 2007 foi um alemão, dois ingleses, dois canadenses e uma holandesa.
4 - Há um ano:
Continuei recebendo os estrangeiros, me estressando cada vez mais com o trabalho, alguns bofescândalos, outros bofes não tão escândalo assim. Mas, 2008 foi definitivamente o ano das viagens. Sevilla, Berlin, Barcelona e Paris. E, uma vez que você pega o "bichinho das viagens", não quer parar mais!
5 - Ontem:
Jantar vegetariano na casa de um amigo. Boa companhia, vinho, gargalhadas e música. Ninguém ali era 100% vegetariano, mas decidimos experimentar uma coisa diferente. Cada um levou um prato e eu, para não variar, deixei meu copo cair. Nossa, vai ser desastrada assim na...
6 - Amanhã:
Tenho planos para arrumar a casa e voltar a dormir na minha cama. É que eu de vez em quando mudo e fico um tempão dormindo no sofá. Além do que é terça-feira, dia de ir dançar chorinho, a coisa mais gostosa que eu faço na semana.
7 - Cinco coisas sem as quais não posso viver:
Essa tá no orkut. E eu continuo com a mesma resposta: Família e Amigos. O resto é acessório.
8 - Cinco coisas que eu compraria com mil reais:
Isso dá mais ou menos 300€. Eu preciso de uma mesa nova para a minha sala... Mas acho que o que eu faria era a festa com passagens low cost de avião!
9 - Cinco maus hábitos:
Roer unhas. Procrastinar (parece uma coisa meio pervertida, mas não é!). Espalhar roupa pela casa: casacos nas costas das cadeiras, calças no sofá, meias no chão... É que eu chego em casa, vou andando e fazendo strip-tease. Tomar leite condensado na lata, água no gargalo, leite na caixinha. Copos são coisas que eu só uso para as visitas! Ah, e a mania de só começar coisas nas horas certas. Talvez isso seja mais o meu lado obsessivo compulsivo falando, mas eu só começo alguma coisa quando o minuto termina em zero ou cinco.
10 - Três coisas que me assustam:
Perder pessoas que eu amo, ver filmes de terror sozinha e contas para pagar.
11 - Três coisas que eu estou vestindo neste momento:
Calcinha, meias e camiseta.
12 - Quatro das minhas bandas/cantores favoritos (as):
Eu tenho 2 em comum com a Larissa: Beatles e Chico Buarque. Paixões de sempre. Tem também o Led Zeppelin, banda que me ensinou a gostar de música. Porque mesmo não sabendo nada de nada, eu vibro com o Jimmy Page. Ah... E eu voltaria para os anos 70 só para pegar o Robert Plant. Por último, a única moça do time: Marisa Monte. Não é por nenhuma razão especial, mas eu sempre achei que ela tinha uma vozinha tão doce e, sem querer, tenho um repertório completo dela na minha vida.
13 - Três coisas que eu realmente quero agora:
Um emprego novo, um namorado novo e uma máquina de fotos que a minha quebrou e está fazendo a maior falta.
14 - Três lugares aonde quero ir nas férias:
Só três? Bom, ok... Grécia, Praga e Londres. Ah... Se eu pudesse e meu dinheiro desse...
Em tempos de falta de inspiração eu me agarro a esses memês como se não houvesse amanhã. Mãos à obra!
1 - Há dez anos:
Eu tinha quase 16 anos. Escola, televisão e amigos faziam parte da rotina. Internet nem tanto. Eu provavelmente estava de castigo porque foi nesse ano que a minha mãe descobriu que eu pulava a janela de casa no meio da madrugada para ir à discoteca. É, eu dei muita dor de cabeça à senhora dona minha mãe. Mas eu fiquei gelada no dia que eu pulei a janela de volta e ela estava no meu quarto, sentada na minha cama. Se eu não tive um enfarto nessa hora, acho que o meu coração está pronto pra tudo! Mais tarde nesse mesmo ano, precisamente na minha festa de aniversário, conheci o cara com quem eu acabei quase casando. Com 15 anos a gente não tem cabeça nenhuma, né?
2 - Há cinco anos:
Em 2004 eu estava no terceiro ano da faculdade e odiando. Comecei a trabalhar num Call Center onde fiz amigos que guardo até hoje. Em 2004 eu não tinha vida pessoal. Estudava das nove à uma e trabalhava das duas às onze. Chegava em casa e dormia. Os fins de semana eram dedicados exclusivamente ao estudo e descanso. O namorado, pacientemente, ficava com as sobras do meu tempo.
3 - Há dois anos:
2007 foi um ano agri-doce. Eu comecei o ano dormindo, por causa de uma injecção de Voltaren que levei à conta de uma lesão nas costas. Mais tarde nesse ano fui à Roma, uma das cidades que mais gostei. Tirei a carteira de motorista e meus pais me deram o meu 1º carro. Tive o meu 1º pneu furado. Tive o 2º pneu furado duas semanas depois do primeiro. Pouco depois de Roma, terminei com o então namorado. Foram episódios de divisão de bens e divisão de coelhos. Fui morar sozinha comecei o blog e conheci um personagem que inspirou muito dos meus textos mas que hoje, felizmente, já não faz parte da minha vida. Comecei a receber os meus estrangeiros em casa. Só em 2007 foi um alemão, dois ingleses, dois canadenses e uma holandesa.
4 - Há um ano:
Continuei recebendo os estrangeiros, me estressando cada vez mais com o trabalho, alguns bofescândalos, outros bofes não tão escândalo assim. Mas, 2008 foi definitivamente o ano das viagens. Sevilla, Berlin, Barcelona e Paris. E, uma vez que você pega o "bichinho das viagens", não quer parar mais!
5 - Ontem:
Jantar vegetariano na casa de um amigo. Boa companhia, vinho, gargalhadas e música. Ninguém ali era 100% vegetariano, mas decidimos experimentar uma coisa diferente. Cada um levou um prato e eu, para não variar, deixei meu copo cair. Nossa, vai ser desastrada assim na...
6 - Amanhã:
Tenho planos para arrumar a casa e voltar a dormir na minha cama. É que eu de vez em quando mudo e fico um tempão dormindo no sofá. Além do que é terça-feira, dia de ir dançar chorinho, a coisa mais gostosa que eu faço na semana.
7 - Cinco coisas sem as quais não posso viver:
Essa tá no orkut. E eu continuo com a mesma resposta: Família e Amigos. O resto é acessório.
8 - Cinco coisas que eu compraria com mil reais:
Isso dá mais ou menos 300€. Eu preciso de uma mesa nova para a minha sala... Mas acho que o que eu faria era a festa com passagens low cost de avião!
9 - Cinco maus hábitos:
Roer unhas. Procrastinar (parece uma coisa meio pervertida, mas não é!). Espalhar roupa pela casa: casacos nas costas das cadeiras, calças no sofá, meias no chão... É que eu chego em casa, vou andando e fazendo strip-tease. Tomar leite condensado na lata, água no gargalo, leite na caixinha. Copos são coisas que eu só uso para as visitas! Ah, e a mania de só começar coisas nas horas certas. Talvez isso seja mais o meu lado obsessivo compulsivo falando, mas eu só começo alguma coisa quando o minuto termina em zero ou cinco.
10 - Três coisas que me assustam:
Perder pessoas que eu amo, ver filmes de terror sozinha e contas para pagar.
11 - Três coisas que eu estou vestindo neste momento:
Calcinha, meias e camiseta.
12 - Quatro das minhas bandas/cantores favoritos (as):
Eu tenho 2 em comum com a Larissa: Beatles e Chico Buarque. Paixões de sempre. Tem também o Led Zeppelin, banda que me ensinou a gostar de música. Porque mesmo não sabendo nada de nada, eu vibro com o Jimmy Page. Ah... E eu voltaria para os anos 70 só para pegar o Robert Plant. Por último, a única moça do time: Marisa Monte. Não é por nenhuma razão especial, mas eu sempre achei que ela tinha uma vozinha tão doce e, sem querer, tenho um repertório completo dela na minha vida.
13 - Três coisas que eu realmente quero agora:
Um emprego novo, um namorado novo e uma máquina de fotos que a minha quebrou e está fazendo a maior falta.
14 - Três lugares aonde quero ir nas férias:
Só três? Bom, ok... Grécia, Praga e Londres. Ah... Se eu pudesse e meu dinheiro desse...
sexta-feira, 20 de novembro de 2009
24
Eu acho o mundo engraçado. A quantidade de gente se desdobra numa quantidade infinita de histórias e vivências. Existem pessoas com muitas vicências, daquele tipo que parecem que experimentaram de tudo um pouco. Pelo que tenho me aprecebido, as pessoas mais interessantes acabam por ser aquelas que sentam quietas num canto.
E ainda outro dia tive a prova disso. Eu e uma amiga estávamos numa sala a propósito de um workshop de teatro. No meio de nós um cara que tinha toda a pinta de não ser daqui, apesar de ter uma cara bastante "normal".
Nós começamos a falar com ele. Em inglês, porque nossas suspeitas estavam correctas. Português ele não era. Descobrimos que era holandês. De uma cidadezinha que só os holandeses (e às vezes nem esses) conhecem. Conversa vai, conversa vem, perguntamos o que ele fazia em Portugal. Entre um "eu moro aqui" e outro "mas você faz o que?", ouvimos a seguinte resposta:
- Eu trabalho para as Nações Unidas.
Imediatamente eu e a amiga nos entreolhamos. "Nações Unidas, sério?", seguida de uma resposta afirmativa. De repente, o meu trabalho e o dela deixaram de ter importância. Engraçado como você se sente pequeno, como uma "corporative bitch", perto de um cara que trabalha para a ONU.
Mas existem muitos trabalhos na ONU, tipo tradutor, secretária e coisas que nos fizessem sentir melhor com o nosso trabalhinho. Por isso eu quis esclarecer se era um trabalho de campo ou mais de escritório. Ao que o ser do meu lado responde:
- Tem um pouco das duas componentes, mas talvez mais de campo.
- Ah, você tem cara de polícia! - diz a minha amiga
Ele sorri e responde:
- Está perto. Para falar a verdade eu trabalho em contra terrorismo.
Ploft. Morri. Houve um silêncio enquanto a amiga e eu procurávamos os nossos queixos, que tinham caído a duas léguas de distência.
E é engraçado como você espera ouvir tudo, menos que está sentado ao lado do Jack bauer da vida real...
E ainda outro dia tive a prova disso. Eu e uma amiga estávamos numa sala a propósito de um workshop de teatro. No meio de nós um cara que tinha toda a pinta de não ser daqui, apesar de ter uma cara bastante "normal".
Nós começamos a falar com ele. Em inglês, porque nossas suspeitas estavam correctas. Português ele não era. Descobrimos que era holandês. De uma cidadezinha que só os holandeses (e às vezes nem esses) conhecem. Conversa vai, conversa vem, perguntamos o que ele fazia em Portugal. Entre um "eu moro aqui" e outro "mas você faz o que?", ouvimos a seguinte resposta:
- Eu trabalho para as Nações Unidas.
Imediatamente eu e a amiga nos entreolhamos. "Nações Unidas, sério?", seguida de uma resposta afirmativa. De repente, o meu trabalho e o dela deixaram de ter importância. Engraçado como você se sente pequeno, como uma "corporative bitch", perto de um cara que trabalha para a ONU.
Mas existem muitos trabalhos na ONU, tipo tradutor, secretária e coisas que nos fizessem sentir melhor com o nosso trabalhinho. Por isso eu quis esclarecer se era um trabalho de campo ou mais de escritório. Ao que o ser do meu lado responde:
- Tem um pouco das duas componentes, mas talvez mais de campo.
- Ah, você tem cara de polícia! - diz a minha amiga
Ele sorri e responde:
- Está perto. Para falar a verdade eu trabalho em contra terrorismo.
Ploft. Morri. Houve um silêncio enquanto a amiga e eu procurávamos os nossos queixos, que tinham caído a duas léguas de distência.
E é engraçado como você espera ouvir tudo, menos que está sentado ao lado do Jack bauer da vida real...
quarta-feira, 18 de novembro de 2009
Leite Derramado
Ontem eu me peguei com 3 horas livres entre uma entrevista de emprego e o Chorinho. Resolvi aproveitar esse tempo indo para um dos lugares mais tranquilos que eu conheço: a sala de leitura da Fnac Chiado.
A Fnac tem esse conceito super especial onde ninguém fica em cima de você enquanto você manuseia as obras. Eu já li livros inteiros na Fnac e, em compensação, sempre que eu quero comprar alguma coisa - livros, DVDs, jogos - é lá que eu vou.
Me agarrei a um livro pequeno que já queria ler desde que eu soube que foi lançado. Ah, falta dizer que para mim um livro pequeno é um que tem menos de 300 páginas. Ou seja, daqueles que se lêem facilmente num dia pouco atribulado.
Eu já conhecia o trabalho do autor na música. Logo ele que é um dos meus preferidos. Por falha minha, nunca tinha lido nenhum dos seus livros.
Consegui ler 193 das 223 páginas do livro. Ou seja, ainda falta o fimzinho, mas já dá para ter uma ideia geral.
A história é contada na primeira pessoa por um velhinho internado. Tem um tom de conversa, de confissão. Para quem tem avós, daqueles que gostam de falar e contar os "causos" é fácil sentir o personagem. Eu mesma me senti ao dele enquanto ele rendilhava suas histórias.
A narrativa é perfeita. Embaralhada o suficiente para você não entender quem é quem e, só ao fim de tantas páginas, conseguir perceber que esse era o filho daquele e a mulher era mãe de não sei quem lá. Como memórias que voltam em catadupa e repetem-se.
Repetem-se. Esse pra mim é o toque de gênio que traz o personagem para a realidade. O senhor Eulálio Assumpção repete memórias, confunde personagens e divaga. Pula de um assunto para o outro como quem muda o canal da televisão.
O modo como foi escrito, faz com que você não queira tirar os olhos das páginas, que se tornam um grande monólogo e você senta-se ali - e sente-se ali - na Fnac, ao lado da cama de hospital, lendo, ouvindo e acenando em concordância.
A Fnac tem esse conceito super especial onde ninguém fica em cima de você enquanto você manuseia as obras. Eu já li livros inteiros na Fnac e, em compensação, sempre que eu quero comprar alguma coisa - livros, DVDs, jogos - é lá que eu vou.
Me agarrei a um livro pequeno que já queria ler desde que eu soube que foi lançado. Ah, falta dizer que para mim um livro pequeno é um que tem menos de 300 páginas. Ou seja, daqueles que se lêem facilmente num dia pouco atribulado.
Eu já conhecia o trabalho do autor na música. Logo ele que é um dos meus preferidos. Por falha minha, nunca tinha lido nenhum dos seus livros.
Consegui ler 193 das 223 páginas do livro. Ou seja, ainda falta o fimzinho, mas já dá para ter uma ideia geral.
A história é contada na primeira pessoa por um velhinho internado. Tem um tom de conversa, de confissão. Para quem tem avós, daqueles que gostam de falar e contar os "causos" é fácil sentir o personagem. Eu mesma me senti ao dele enquanto ele rendilhava suas histórias.
A narrativa é perfeita. Embaralhada o suficiente para você não entender quem é quem e, só ao fim de tantas páginas, conseguir perceber que esse era o filho daquele e a mulher era mãe de não sei quem lá. Como memórias que voltam em catadupa e repetem-se.
Repetem-se. Esse pra mim é o toque de gênio que traz o personagem para a realidade. O senhor Eulálio Assumpção repete memórias, confunde personagens e divaga. Pula de um assunto para o outro como quem muda o canal da televisão.
O modo como foi escrito, faz com que você não queira tirar os olhos das páginas, que se tornam um grande monólogo e você senta-se ali - e sente-se ali - na Fnac, ao lado da cama de hospital, lendo, ouvindo e acenando em concordância.
domingo, 15 de novembro de 2009
Afff...
É por essas e por outras que eu adoro ter um blog. Porque quando parece que o mundo vai desabar - e eu vou cair com ele - eu venho aqui. Melhor que um diário, aqui eu tenho o compromisso de assentar as ideias e não ir escrevendo tudo, atropelando as ideias. Só que isso hoje não aconteceu...
O dia está chuvoso, o que não ajuda o meu humor. E o namorado, bem, esse achou por bem se enfiar num retiro espiritual e esquecer da minha existência. Há uma semana! Uma semana!!!
Aí eu resolvi dar um ataque "mulherzinha". Porque de vez em quando a gente cansa de manter a pose de phyna e só quer fazer birra pra ter atenção.
E sem falar no meu rim direito, que achou por bem inflamar. Eu num jantar com amigas e de repente uma dor horrorosa nas costas. Daquelas que você deseja que o apocalipse chegue mais cedo. Resultado, lá foram as minhas amigas correndo para o pronto socorro comigo. Agora é antibiótico e nada de álcool.
Sim estou mal humorada e resmungona. E até Chico Buarque, que costuma me acalmar, hoje está com medo de mim.
Com isso, a ira para com o sexo oposto vai crescendo. Deus, homens têm duas bolas bolas, por que raios uma delas não poderia fazer alguma coisa útil e ser tipo uma bola de cristal?
O dia está chuvoso, o que não ajuda o meu humor. E o namorado, bem, esse achou por bem se enfiar num retiro espiritual e esquecer da minha existência. Há uma semana! Uma semana!!!
Aí eu resolvi dar um ataque "mulherzinha". Porque de vez em quando a gente cansa de manter a pose de phyna e só quer fazer birra pra ter atenção.
E sem falar no meu rim direito, que achou por bem inflamar. Eu num jantar com amigas e de repente uma dor horrorosa nas costas. Daquelas que você deseja que o apocalipse chegue mais cedo. Resultado, lá foram as minhas amigas correndo para o pronto socorro comigo. Agora é antibiótico e nada de álcool.
Sim estou mal humorada e resmungona. E até Chico Buarque, que costuma me acalmar, hoje está com medo de mim.
Com isso, a ira para com o sexo oposto vai crescendo. Deus, homens têm duas bolas bolas, por que raios uma delas não poderia fazer alguma coisa útil e ser tipo uma bola de cristal?
quinta-feira, 12 de novembro de 2009
quarta-feira, 11 de novembro de 2009
Maria Gadu
Eu já tinha ouvido falar de "Maria-vai-com-as-outras", "Maria-chuteira" e "Maria-Gasolina". Mas, apenas há dois dias ouvi falar de Maria Gadu.
Na verdade eu ouvi uma musiquinha muito gostosa no carro, procurei no google por um trecho que eu lembrava e fui parar em um montão de vídeos do youtube. As músicas são doces, a voz é melodiosa e eu me apaixonei, em particular, por uma versão de Ne me quitte pas.
Desde aí, ela não sai do meu MP3. E, enquanto eu termino de ler o novo livro do Dan Brown (ah, eu gosto de Dan Brown, e daí?!), deixo vocês em boa companhia.
Na verdade eu ouvi uma musiquinha muito gostosa no carro, procurei no google por um trecho que eu lembrava e fui parar em um montão de vídeos do youtube. As músicas são doces, a voz é melodiosa e eu me apaixonei, em particular, por uma versão de Ne me quitte pas.
Desde aí, ela não sai do meu MP3. E, enquanto eu termino de ler o novo livro do Dan Brown (ah, eu gosto de Dan Brown, e daí?!), deixo vocês em boa companhia.
segunda-feira, 9 de novembro de 2009
Meet the Flintstones
Desde que eu terminei com o meu antigo namorado a minha mãe sonha com o dia que eu vou entrar na casa dela de mãos dadas com o meu novo amor. Coisa de mãe. Vocês sabem, né?
Aí eu contei para a mãe que estava namorando. Minha mãe quase pulou de alegria e ficou com aquela carinha de "Que bom, afinal você ainda não está encalhada!". Logo a seguir veio o interrogatório: nome, idade, profissão, tipo físico, marca da pasta de dentes que ele usa... Acho que seria uma boa dar ao meu "mais que tudo" um daqueles cadernos de perguntas, daqueles que a gente fazia na quarta série.
Depois de uma bateria de perguntas, chegamos à questão final:
- Quando é que você traz ele aqui em casa?
Aí eu fiquei sem saber o que responder. Da última vez que eu levei um cara na casa dos meus pais eu tinha 16 anos. Depois eu quase casei com ele. Como vocês devem calcular, isso não abona muito a meu favor.
Por isso ainda não falei para o bofescândalo do convite para um almoço na casa dos meus pais, seguido de um ensaio e uma sessão de jamming com a família. Porque se ele não se assustar com a música, com certeza ele vai se assustar com os olhinhos da minha mãe, vislumbrando o meu namorado com aquele olhar de "esse é o futuro pai dos meus netos"!
Aí eu contei para a mãe que estava namorando. Minha mãe quase pulou de alegria e ficou com aquela carinha de "Que bom, afinal você ainda não está encalhada!". Logo a seguir veio o interrogatório: nome, idade, profissão, tipo físico, marca da pasta de dentes que ele usa... Acho que seria uma boa dar ao meu "mais que tudo" um daqueles cadernos de perguntas, daqueles que a gente fazia na quarta série.
Depois de uma bateria de perguntas, chegamos à questão final:
- Quando é que você traz ele aqui em casa?
Aí eu fiquei sem saber o que responder. Da última vez que eu levei um cara na casa dos meus pais eu tinha 16 anos. Depois eu quase casei com ele. Como vocês devem calcular, isso não abona muito a meu favor.
Por isso ainda não falei para o bofescândalo do convite para um almoço na casa dos meus pais, seguido de um ensaio e uma sessão de jamming com a família. Porque se ele não se assustar com a música, com certeza ele vai se assustar com os olhinhos da minha mãe, vislumbrando o meu namorado com aquele olhar de "esse é o futuro pai dos meus netos"!
quinta-feira, 5 de novembro de 2009
Fame
Tem uma coisa que eu acho que nunca contei aqui no blog. É que essa que vos fala nasceu no seio da Família Dó-Ré-Mi.
Pois é. Para quem não sabe a minha família tem uma banda. É verdade que é uma banda de garagem. Eles estão só à espera que o Luciano Huck adentre aquelas portas para estarem no quadro "olha a minha banda".
Mas, enquanto eles sonham com o estrelato, eu fico imaginando o micão que eu vou ter que pagar em rede internacional. Claro, porque eu sou a ovelha negra da família e a única coisa que eu sei tocar é a campainha de casa para perguntar se o almoço está pronto.
Para desespero dos vizinhos, a minha mãe toca bateria. Ou melhor: acha que toca. Porque eu não vejo muita diferença entre o som que ela faz e um martelo pneumático. Mas isso sou eu que não tenho ouvido para a música. O meu padrasto, mentor da ideia, comanda a banda e toca guitarra.
Depois tem os Jacksons 5. Ou melhor os Jacksons 3. Tem o irmão que toca baixo e está aprendendo contrabaixo. O pior é que ele se empolgou de tal maneira que agora também toca na banda da faculdade. Tem outro que toca teclado. Quer dizer, tenta. Porque eu já disse quinhentas vezes que acertar nas teclas correctas não é tocar teclado. Ah, e tem a Lisa Simpson: o irmão que toca saxofone.
E eu? Bem, já me deram um pandeirinho para tocar, só para eu não me sentir rejeitada. Mas eu tenho uma tendência para dormir nos ensaios. Dormir ferrada mesmo. Talvez eles possam tentar me ensinar uma espécie de percussão com o ronco, sei lá.
Até aí tudo bem. Mas isso foi até eu começar a namorar com a Noviça Rebelde. Todo mundo acha o máximo essa história de namorar um músico. E é. Na teoria.
Acho que não tem ninguém que não goste de música e vocês podem achar que eu estou reclamando de graça. Só que agora parece que eu vivo no High School Musical. Por tudo e por nada alguém começa a cantar perto de mim.
Vou para a casa dos pais, tem ensaio. É ouvir a música nova e as músicas velhas pela enésima vez. Vou para a casa do namorado, tem ensaio, tem ele passando música, tem que ouvir às gravações. Os amigos dele são músicos. Ah... E sem contar a quantidade de shows em barzinhos que eu tenho ido. Graças a isto meu fígado odeia o meu namorado.
Só que isso tem sido muito bom para a minha cultura musical. Não que eu tenha aprendido a direferenciar notas e tons. Nem sei ler pauta. Mas leio a cara dele e sei as notas que falharam e aquelas que não saíram tão bem como deveriam.
Mas o meu desespero é quando ele chega no meu silencioso lar doce lar de violão em punho. O pior é que ele não se satisfaz em tocar. Quer que eu cante também. Foi aí que eu percebi que era amor. Porque apesar de eu não acertar uma nota, ele ainda diz que eu canto bem.
Nesse caso o amor não é cego... é surdo!
Pois é. Para quem não sabe a minha família tem uma banda. É verdade que é uma banda de garagem. Eles estão só à espera que o Luciano Huck adentre aquelas portas para estarem no quadro "olha a minha banda".
Mas, enquanto eles sonham com o estrelato, eu fico imaginando o micão que eu vou ter que pagar em rede internacional. Claro, porque eu sou a ovelha negra da família e a única coisa que eu sei tocar é a campainha de casa para perguntar se o almoço está pronto.
Para desespero dos vizinhos, a minha mãe toca bateria. Ou melhor: acha que toca. Porque eu não vejo muita diferença entre o som que ela faz e um martelo pneumático. Mas isso sou eu que não tenho ouvido para a música. O meu padrasto, mentor da ideia, comanda a banda e toca guitarra.
Depois tem os Jacksons 5. Ou melhor os Jacksons 3. Tem o irmão que toca baixo e está aprendendo contrabaixo. O pior é que ele se empolgou de tal maneira que agora também toca na banda da faculdade. Tem outro que toca teclado. Quer dizer, tenta. Porque eu já disse quinhentas vezes que acertar nas teclas correctas não é tocar teclado. Ah, e tem a Lisa Simpson: o irmão que toca saxofone.
E eu? Bem, já me deram um pandeirinho para tocar, só para eu não me sentir rejeitada. Mas eu tenho uma tendência para dormir nos ensaios. Dormir ferrada mesmo. Talvez eles possam tentar me ensinar uma espécie de percussão com o ronco, sei lá.
Até aí tudo bem. Mas isso foi até eu começar a namorar com a Noviça Rebelde. Todo mundo acha o máximo essa história de namorar um músico. E é. Na teoria.
Acho que não tem ninguém que não goste de música e vocês podem achar que eu estou reclamando de graça. Só que agora parece que eu vivo no High School Musical. Por tudo e por nada alguém começa a cantar perto de mim.
Vou para a casa dos pais, tem ensaio. É ouvir a música nova e as músicas velhas pela enésima vez. Vou para a casa do namorado, tem ensaio, tem ele passando música, tem que ouvir às gravações. Os amigos dele são músicos. Ah... E sem contar a quantidade de shows em barzinhos que eu tenho ido. Graças a isto meu fígado odeia o meu namorado.
Só que isso tem sido muito bom para a minha cultura musical. Não que eu tenha aprendido a direferenciar notas e tons. Nem sei ler pauta. Mas leio a cara dele e sei as notas que falharam e aquelas que não saíram tão bem como deveriam.
Mas o meu desespero é quando ele chega no meu silencioso lar doce lar de violão em punho. O pior é que ele não se satisfaz em tocar. Quer que eu cante também. Foi aí que eu percebi que era amor. Porque apesar de eu não acertar uma nota, ele ainda diz que eu canto bem.
Nesse caso o amor não é cego... é surdo!
Você com a sua música esqueceu o principal
Que no peito dos desafinados
No fundo do peito bate calado
Que no peito dos desafinados também bate um coração
Que no peito dos desafinados
No fundo do peito bate calado
Que no peito dos desafinados também bate um coração
quarta-feira, 4 de novembro de 2009
Amizade Internauta
E não é que a Larissa resolveu me presentear com esse selinho?
É engraçado isso da amizade internauta. Porque, parecendo que não, mas vocês já fazem parte da minha vida. Às vezes muito mais do que as pessoas que eu conheço da "vida real". O que, de certa forma, me faz repensar sobre esse conceito.
Porque tem gente que fala comigo no MSN, e já sabe das minhas histórias. Gente que pergunta sobre a família e trabalho. Que dá conselhos e empresta ombros para eu reclamar da vida como se já me conhecesse há anos. E conhece. Porque já são dois anos e tal de blog. Dois anos e tal onde eu venho aqui, às vezes com menos tempo ou inspiração que deveria, e falo.
É, porque eu raramente escrevo. Eu conto histórias, eu converso, eu dou opinião. Faço isso por necessidade. Eu preciso vir aqui e botar para fora algumas coisas que tenho na cabeça. Mas, saber que tenho leitores me traz um compromisso extra. Uma preocupação com o conteúdo e com a forma de o transmitir. Um desafio novo.
Por isso, hoje esse selo vai para você. Sim, para você que está lendo isso, esse selo é teu.
Muito obrigada!
É engraçado isso da amizade internauta. Porque, parecendo que não, mas vocês já fazem parte da minha vida. Às vezes muito mais do que as pessoas que eu conheço da "vida real". O que, de certa forma, me faz repensar sobre esse conceito.
Porque tem gente que fala comigo no MSN, e já sabe das minhas histórias. Gente que pergunta sobre a família e trabalho. Que dá conselhos e empresta ombros para eu reclamar da vida como se já me conhecesse há anos. E conhece. Porque já são dois anos e tal de blog. Dois anos e tal onde eu venho aqui, às vezes com menos tempo ou inspiração que deveria, e falo.
É, porque eu raramente escrevo. Eu conto histórias, eu converso, eu dou opinião. Faço isso por necessidade. Eu preciso vir aqui e botar para fora algumas coisas que tenho na cabeça. Mas, saber que tenho leitores me traz um compromisso extra. Uma preocupação com o conteúdo e com a forma de o transmitir. Um desafio novo.
Por isso, hoje esse selo vai para você. Sim, para você que está lendo isso, esse selo é teu.
Muito obrigada!
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