- Ô vocês aí! Vamo pará com essa confusão senão eu vô descer o cacete em todo mundo.
- Qualé patrão, vai bater na gente por quê? Aqui é todo mundo igual... eu, você...
- Igual o quê?
- Você está preso aqui, que nem a gente.
- Tá louco? Daqui a duas horas eu vou pra casa, pegar minha mulher, ver um futebol... E você? Fica aí com esse bando de gente imunda.
- É, mas quando você sai você leva isso aqui com você. A gente imunda te acompanha onde você estiver. E eu? Eu tô aqui dentro, mas tenho o mundo lá fora dentro de mim.
- ...
- Agora me diz, quem de nós está preso de verdade?
*música de Asa, aqui.
sexta-feira, 20 de maio de 2011
quinta-feira, 19 de maio de 2011
terça-feira, 10 de maio de 2011
Fique bem
Muita coisa aconteceu com a gente. Você faz parte da minha história. E tem muita história para contar.
Faz o quê, uns cinco anos que a gente se conhece, né?
Nesse tempo foram várias as vezes que eu já fiquei tão feliz de não conseguir dormir. Mas também foram algumas em que eu chorei sozinha no escuro até adormecer. Você estava lá, para amparar as lágrimas.
Passei algumas noites em claro. Algumas no silêncio da preocupação. Outras, entre suspiros e arquejos. Você acompanhou tudo, sempre cúmplice.
Já acordei ao som de violão, com café da manhã na cama e já dormi até perder a hora.
Vi a Estrela Regina perecer e não consegui chegar até você na noite que ela foi embora. Aliás, fiquei uma semanas sem te ver porque não tinha coragem de entrar no meu quarto. Você foi paciente e esperou eu me recuperar.
Você acolheu o Napoleão. Mesmo ele te maltratando algumas vezes. Depois Napoleão descobriu-se fêmea e a gente riu um bocado, lembra?
Passei dias desanimada sem sair de perto de você. Você me confortou e nunca reclamou de todas as vezes que eu te abandonei para viajar. Eu sei que às vezes fui meio ingrata. Fiquei dias sem te ver, sem dizer nada. Você teria todas as razões do mundo para não me receber mais.
Só que eu sempre voltei. Eu viajo porque preciso, mas volto porque não existe nada melhor que voltar para você depois de uns dias fora. Para o nosso conforto tão familiar.
Mas agora eu vou de vez. Deixar você com outra pessoa será deixar um pouco de mim. Nossas lembranças ganhando outra decoração, perdidas entre outras peças de mobiliário.
Fique bem.
Faz o quê, uns cinco anos que a gente se conhece, né?
Nesse tempo foram várias as vezes que eu já fiquei tão feliz de não conseguir dormir. Mas também foram algumas em que eu chorei sozinha no escuro até adormecer. Você estava lá, para amparar as lágrimas.
Passei algumas noites em claro. Algumas no silêncio da preocupação. Outras, entre suspiros e arquejos. Você acompanhou tudo, sempre cúmplice.
Já acordei ao som de violão, com café da manhã na cama e já dormi até perder a hora.
Vi a Estrela Regina perecer e não consegui chegar até você na noite que ela foi embora. Aliás, fiquei uma semanas sem te ver porque não tinha coragem de entrar no meu quarto. Você foi paciente e esperou eu me recuperar.
Você acolheu o Napoleão. Mesmo ele te maltratando algumas vezes. Depois Napoleão descobriu-se fêmea e a gente riu um bocado, lembra?
Passei dias desanimada sem sair de perto de você. Você me confortou e nunca reclamou de todas as vezes que eu te abandonei para viajar. Eu sei que às vezes fui meio ingrata. Fiquei dias sem te ver, sem dizer nada. Você teria todas as razões do mundo para não me receber mais.
Só que eu sempre voltei. Eu viajo porque preciso, mas volto porque não existe nada melhor que voltar para você depois de uns dias fora. Para o nosso conforto tão familiar.
Mas agora eu vou de vez. Deixar você com outra pessoa será deixar um pouco de mim. Nossas lembranças ganhando outra decoração, perdidas entre outras peças de mobiliário.
Fique bem.
sábado, 7 de maio de 2011
Soul
Não entendo muito de música. Mal consigo diferenciar notas musicais. Entendo pouco de gêneros. Mas entendo de sentimento. Por isso, digo com toda a propriedade que meus 27 anos permitem que é difícil, quase impossível é ouvir o CD da Adele sem sentir o coração ficar apertadinho. E, se você teve o coração partido recentemente, não recomendo escutar "Someone like you" em lugares públicos. Eventualmente uma lágrima talvez uma cachoeira) irá escorrer. Não sei se isto é soul music, mas é música para a alma.
quarta-feira, 4 de maio de 2011
Pode isso?
Como assim uma pessoa dorme, acorda no outro dia e o Bin Laden está morto?
Como assim gente???
Como assim gente???
segunda-feira, 2 de maio de 2011
Enquanto isso no casamento real
Eu assumo, vi o casamento real inteirinho. Não vou dar uma de blasé "tô nem aí para o William e a Kate". Ah, eu estava curiosa sim! Não ao ponto de mudar a minha rotina por isso, mas ao ponto de espiar a boda pela internet.
Não sei quanto a vocês, mas o William era o meu sonho de consumo durante a pré-adolescecia. Ele e o Léozinho Di Caprio. Nem era o fato de ele ser príncipe, nunca foi coisa que eu tivesse sonhado. É que eu, no alto dos meus 13 anos, achava ele super pegável. Para dar uns beijinhos atrás do colégio. E ainda acho, apesar da careca.
Por isso, às 11 da manhã eu e mais 3 colegas estávamos grudadas no computador acompanhando tudo e tentando descobrir o que é que a Kate tem que eu não tenho. Comentamos o vestido, os chapéus, a careca do príncipe, a cara de bunda da Camila e a irmã da noiva que estava uma gracinha.
A meio da cerimônia eu, no alto da minha falta de cultura, perguntei para a minha colega, que não é muito fluente em português:
- Mas não vai ter comunhão?
- Não sei, acho que a Igreja deles não tem isso.
- Mas eles não são católicos?
- Não, eles fazem parte da Igreja dos "Protistutos".
- O queeeeee?
Protestantes, gente. Protestantes. E não, eles são Anglicanos.
Não sei quanto a vocês, mas o William era o meu sonho de consumo durante a pré-adolescecia. Ele e o Léozinho Di Caprio. Nem era o fato de ele ser príncipe, nunca foi coisa que eu tivesse sonhado. É que eu, no alto dos meus 13 anos, achava ele super pegável. Para dar uns beijinhos atrás do colégio. E ainda acho, apesar da careca.
Por isso, às 11 da manhã eu e mais 3 colegas estávamos grudadas no computador acompanhando tudo e tentando descobrir o que é que a Kate tem que eu não tenho. Comentamos o vestido, os chapéus, a careca do príncipe, a cara de bunda da Camila e a irmã da noiva que estava uma gracinha.
A meio da cerimônia eu, no alto da minha falta de cultura, perguntei para a minha colega, que não é muito fluente em português:
- Mas não vai ter comunhão?
- Não sei, acho que a Igreja deles não tem isso.
- Mas eles não são católicos?
- Não, eles fazem parte da Igreja dos "Protistutos".
- O queeeeee?
Protestantes, gente. Protestantes. E não, eles são Anglicanos.
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