quinta-feira, 31 de julho de 2008

Foi mal aê

Desculpem a falta de notícias, mas é que tenho a família toda aqui encafuada em casa.

Salve-se quem puder!!!

domingo, 27 de julho de 2008

Carpe Diem

Esse é um post triste. E eu nem sei se eu devia falar disso aqui. Mas que se dane! Essa semana não foi das melhores pra mim.

De quinta para sexta tive que lidar com uma situação nova em termos profissionais: Acidente de trabalho. Fatal.

Se não fosse pelo acidente, muito provavelmente ele e eu nunca teríamos nos cruzado. E, mesmo que nos esbarrássemos na rua, eu não teria reparado nele. Eu sei pouco sobre o homem. Pouco mais do que os dados pessoais que precisei preencher no papel. Não sei se ele ela boa pessoa, se tratava bem da família, que tipo de música gostava, qual a comida preferida... Não sei.

É claro que eu devia tratar tudo só como trabalho, mas mexeu comigo sabem? Tive que me segurar muito para manter a pose de "doutora" quando me entregaram os documentos do senhor para tratar da papelada. É porque você vê a nossa fragilidade assim tão de perto... Numa hora o senhor está trabalhando e um minuto depois... Zapt!

Aí é claro que não dá para não pensar que podia ser eu, ou qualquer pessoa. Dá desconforto, medo. A gente nunca sabe o dia de amanhã, não é?

Por isso, e sem pretensão de dar qualquer lição de vida e correndo o risco de cair no clichê, aproveitem o dia. Vão abraçar os seus pais, conversar com os avós, rolar no chão com os primos e os irmãos. Liguem para os amigos e se declarem para o "mais que tudo". Visitem um tio distante, brinquem com o cachorro, façam o possível, tentem o impossível. Vivam.

Afinal, é só hoje que o podem fazer.

terça-feira, 22 de julho de 2008

Sem reticências

É engraçado quando o amor, a paixão ou até mesmo o tesão somem e dão lugar a um vazio. A este vácuo de sentimento nos habituamos a chamar de indiferença. Chegando aí a gente se cumprimenta pelo protocolo. Ao telefone vamos pouco além do “Oi, tudo bem?”. Porque, na verdade, a gente pergunta sem se interessar pela resposta.

E, mesmo que tenha tudo ficado mal resolvido (ou seria não resolvido?) entre nós sabemos que chegou ao fim. Ninguém precisou declarar tréguas ou hastear a bandeira branca porque a nossa guerra sempre foi uma guerra fria, não oficial.

A gente acaba descobrindo que alguns pontos finais são tácitos, subentendidos. E não dão lugar às reticências.

Como esse aqui

quinta-feira, 17 de julho de 2008

Família - ê, Família - á, Famíiiiilia!

Eu aqui reclamando de rotina e rolou um convite para um fim de semana fora. Um puta festão numa zona de praia. Ah, beleza! Claro que, arroz de festa como só eu sou, aceitei na hora, muito embora estivesse com aquele sentimento de “Eu acho que estou esquecendo de alguma coisa...”

Fiquei matutando sobre o que tinha marcado para o próximo fim de semana. Nada de bofescândalos, nem aniversários... Hummm... Deixa eu ver quando é que o meu pai tinha dito que vinha me visitar em Portugal com a minha madrasta e mais dois irmãos... E eis que eu me deparo com o seguinte e-mail:

Finalmente as passagens e as reservas de hotel foram feitas e viajo dia 18/07, às 19:10h.

Olhei para o calendário e, tcharan... Hoje é dia 17! PUTAQUEL!!! O vôo do meu pai é amanhã!!! Quase morri de susto! Eu nem marquei férias no escritório, a casa tá uma zona e eu nem tenho comida na despensa. Caraleo!!! E agora?!?!

Mas como o meu pai já não me dizia nada sobre a viagem há muito tempo (desde abril), eu ainda pensei que ele tivesse desmarcado e resolvido não vir. Ainda em estado de choque resolvi ligar para o meu pai para confirmar. Preparei a voz de pessoa tranquila e serena e marquei o número:

- Alô?
- Oi, pai?
- Lu?
- Sim. Tudo bem?
- Tudo. E vocês?
- Tudo ok. Eu ia agora mesmo escrever um e-mail pra você.
- Sério? É que eu estava pensando quando é que você vinha e vi aqui um e-mail seu antigão... Dizendo que você chegava no dia 19. Depois de amanhã...
- É. Nossa, tem sido uma correria com as malas e tudo mais.
- Mas vocês vêm MESMO?
- Claro!
- (silêncio, sensação de soco no estômago)
- Lu? Oi?
- (silêncio, sensação de entranhas a derreterem)
- Você ainda está aí?
- ... ahn, sim...
- Ficou emocionada?
- ... é.... muito... Mas acho que foi mais o susto.
- Susto de quê?
- Nada não.
- Mas a gente alterou as coisas. Vamos ficar primeiro pela Espanha e depois chegamos aí no dia 27, às 9:00 da manhã.
- (suspiro de alívio) Tá bem...
- Então eu vou te mandar um mail com os detalhes todos da viagem, tá?
- Tá bem.
- A gente vai se falando então. Beijo.
- Tá bem.

Neste momento continuo em estado de choque e meio catatônica. Estou na fase da negação. Ainda tenho que percorrer a raiva, a negociação e a depressão. Quando finalmente entrar na fase da aceitação vou arrumar a casa, comprar um colchão extra, comida e me preparar para que a minha kirchinette de 37m2 se torne num mini acampamento cigano com 5 pessoas e um coelho malocados ali dentro.

O último apaga a luz.

quarta-feira, 16 de julho de 2008

Não morri não!

É só falta de assunto mesmo. Alguém aí tem um memê??

domingo, 13 de julho de 2008

I will survive (iééééééé!)

Desde sexta-feira que a palavra que eu mais tenho utilizado é:"Ai!". Neste momento tenho dores em músculos que eu nem sequer sabia que existiam. Pois é... Duas horas e meia de aula de jiu jitsu depois de um ano sem exercícios físicos renderam os seus frutos.

Mas, mesmo assim, adorei! Eu não sei se eu falei aqui, mas eu desconhecia completamente o jiu jitsu. Achei que era mais uma arte marcial com chutes e socos. Pra quem não sabe, é essencialmente uma luta de chão que utiliza técnicas de imobilização. Falei bonito agora, não foi?

Ou seja, o negócio é rolar pelo tatame tentando quebrar braços, pernas e enforcar o adversário. Ah, tá... Bom, mas eu disse que queria uma coisa violenta para descontar o stress do trabalho, não foi?

Como todas as aulas, começou com o aquecimento básico de meia hora: pular no mesmo lugar, correr, girar os braços e fazer abdominais. E foi por causa das 150 abdominais que espirrar e rir tornaram-se experiências muito dolorosas nas últimas 48 horas. Claro que depois do aquecimento eu já estava pronta para ir para casa. Só que ainda faltavam duas horas de treino.

Foi no treino que a diversão começou. O primeiro exercício consistia em sentar em cima da outra pessoa e dar uma volta com o pé por cima da cabeça do adversário e ficar segurando o braço com o intuito de o partir. Claro que eu e a minha deficiente coordenação motora tivemos bastante dificuldade de entender como se fazia.

Aí é que foram elas... Que eu me lembre, eu nunca sentei em cima de ninguém que não fose para... Hummm... Digamos que eu nunca sentei em cima de ninguém usando roupas. Por isso, a cada exercício eu só pensava besteira.

E, acreditem, não fosse o facto de estarmos usando um pijama ridículo (também conhecido como Kimono) aquilo poderia ser encarado como terapia sexual. Juro! Nas duas horas que se seguiram fui ouvindo as seguintes instruções do mestre:

"Agora deita de costas e abre as pernas. Isso! Agora eu vou entrar aqui e você vai cruzar as pernas atrás de mim. Muito bem! Agora monta em mim. Pega ali entre as pernas. Assim. Fica de quatro. Levanta mais a bunda."

... E por aí adiante. Ah, e quase ia me esquecendo do meu medo de machucar o adversário. Sim, porque eu estava montada na colega (sem duplo sentido, viu?) e ficava o tempo todo perguntando: "Mas eu te machuquei? Estou usando muita força? Tá bom assim?". Acho que demorei até entender que aquilo era uma luta, e não balé.

A cereja em cima do bolo foi quando eu fui lutar com o mestre perto do fim da aula. Obviamente ele não teve qualquer dificuldade de se pôr em cima de mim e me imobilizar, apesar de ter sido simpático e ter me permitido usar algumas técnicas. Mas quando (ao fim de 30 segundos) ele estava por cima, não aguentei e disse:

- E é agora que você vai me chamar para jantar?

Ele riu, baixou a guarda e eu consegui sair. Rá! Ponto para mim. Acho que levo jeito pra isso do jiu-jitsu.

quinta-feira, 10 de julho de 2008

Eu vou à luta!

Já há um ano que eu larguei a academia. Afinal, sou mãe solteira de uma coelha e o dinheiro não dá para tudo. Mas, ultimamente, essa vida sedentária vem me incomodando. Nem é tanto pelo aspecto visual, se é que vocês me entendem. É mesmo porque eu me sinto cansada, fora de forma. Sinto falta do pique que eu tinha quando estava no ginásio.

Ultimamente tinha considerado praticar uma luta. Algo assim bem violento, pra sentar a mão em faces alheias e me sentir renovada. Claro que ia apanhar muito também, mas faz parte, né?

Aí descobri que uma amiga minha voltou a praticar jiu-jitsu. Essa tipo de luta não me fascina muito. Eu preferia bater em alguém, mas tenho que admitir que a ideia de rolar no chão com bofescâdalos sarados é muito apelativa. Daí que eu, de bicão, resolvi fazer um test drive nesta arte marcial. A minha primeira aula vai ser amanhã.

No entanto, e como existem algumas chances de depois da aula de amanhã eu virar uma papa disforme e ter dores até a piscar os olhos, resolvi repassar logo o selinho que a Carol me deu há um tempão e eu ainda não tinha postado aqui. Esse vai para o Magal que deu um susto dizendo que ia sair da blogosfera, mas que voltou com um blog novo, super interessante e de muito bom gosto.

Obrigada Carol!


Entretanto, se eu sobreviver ao treino e se gostar, eu me inscrevo na academia, compro um pit bull e saio por aí assutando as velhinhas na rua.

terça-feira, 8 de julho de 2008

Pé de pato, mangalô três vezes

Não sei se foi do vento do noroeste ou se foi porque Júpiter alinhou com Saturno. Mas a verdade é que esta semana ainda vai na terça feira e eu já estou rezando a todos os santinhos pelo sábado.

Pois que ontem foi um motor de um navio da minha empresa que avariou. O barquinho vai ficar parado pelo menos seis semanas. Hoje, um inquérito policial (a coisa é séria, nem me arrisco a falar disso aqui).

Amanhã vai ser o quê?! Atentado terrorista?! Terremoto?! Praga de gafanhotos?!

Claro que esses pepinões sobram sempre pra mim, né?! Depois eu ainda consigo arrumar forças para pensar bobagem enquanto falo com os clientes ao telefone. Porque não é que eu estava explicando para um senhor o procedimento para fazer um seguro e ele pergunta:

- Mas eu posso "segurar" isso também?

A minha vontade foi levantar, colocar a mão nos genitais e gritar:

- Segura aqui, ó!!!

Como devem calcular, eu respirei fundo e esperei o pensamento tosco passar e respondi:
- Sim, basicamente o senhor pode "segurar" o que o senhor quiser.

Legal Department my ass!!! Prontofalei!!!

sábado, 5 de julho de 2008

Enquanto isso, no meu Ipod



The Story - Brandi Carlile


All of these lines across my face
Tell you the story of who I am
So many stories of where I've been
And how I got to where I am
But these stories don't mean anything
When you've got no one to tell them to
It's true...I was made for you

I climbed across the mountain tops
Swam all across the ocean blue
I crossed all the lines and I broke all the rules
But baby I broke them all for you
Because even when I was flat broke
You made me feel like a million bucks
Yeah you do and I was made for you

You see the smile that's on my mouth
Is hiding the words that don't come out
And all of my friends who think that I'm blessed
They don't know my head is a mess
No, they don't know who I really am
And they don't know what I've been through like you do
And I was made for you...

quarta-feira, 2 de julho de 2008

Rapidinha do Watson

O Sir Arthur Conan Doyle deve ter se revirado no túmulo hoje à tarde. E se o "pai" de Sherlock Holmes ainda fosse vivo, duvido que não tivesse tido uma síncope após ter ouvido o que eu ouvi.

É que, no trem de volta para casa, um cidadão transformou o bordão do mais famoso dos detetives da literatura nisso aqui:

- Elementar Cumpadi Washington!




Rala o Tchan, Sherlock!!!

terça-feira, 1 de julho de 2008

Força do hábito

Está quase fazendo um ano que eu vim morar sozinha. Desde aí quase toquei fogo na casa umas quantas vezes (note to myself: não fazer pipocas de microondas e ligar para a amiga), quase provoquei um dilúvio (other note: antes de ligar a máquina da roupa, verificar se o cano de escoamento da água está devidamente encaixado; não dormir enquanto a casa está sendo invadida por água com sabão), fora as vezes que me queimei fazendo comida e me cortei abrindo lata de atum. Resumindo: eu sou aquilo a que se chama “Dona de Casa Desesperada” (tá, eu não matei ninguém como as mulheres da série. Mas isso é apenas uma questão de tempo).

Mas, mesmo com todos os percalços, eu fui me virando. Por isso me habituei a fazer tudo pelas minhas próprias mãos. Não quer dizer que dê certo todas as vezes, mas eu bem me esforço. Fiz mudança, montei móveis, troquei lâmpada, matei aranhas, carreguei compras, enfim tudo.

E esse discurso todo foi pra explicar que eu estou acostumada a fugir dos meus dragões sem esperar que o príncipe venha me salvar num corcel. Claro que isso acaba originando situações engraçadas com o “mais que tudo” e levando a episódios como esse aqui:

Cenário: Praça de uma cadeia de fast-food cujo símbolo é um gigantesco “M” amarelo. Eu e o bofescândalo íamos comer qualquer coisa antes do show do Jack Johnson. Claro que eu fiquei ali na fila pronta para pedir e de carteira em punho. O “mais que tudo” pergunta:

- O que você vai querer?
- Um double cheese. E você?
- Um big mac. E pra beber?
- Um sprite. Não... Peraí! Uma fanta.
- É. Fanta é legal. (quem é que diz “Fanta é legal”?! Mas, whateva, o assunto de hoje não é esse!).

A nossa vez se aproxima e ele olha fixamente pra mim. Eu fique ali, impávida e serena, pronta para pedir pelos dois. Aí ele não aguentou. Fechou a cara e disparou:

- Você pode fazer o favor de me deixar pedir???
- Hã?! Você está falando de quê?
- Você faz tudo!!! (ele tava ficando vermelho. Juro!) Você dirige o carro, abre a porta, carrega as sacolas... Posso pelo menos pedir a comida? Você deixa?????
- ... er... Sim... Toma o dinheiro então...
- Você está maluca? Guarda a carteira! Vai sentar e fica quietinha que eu levo a comida.

Eu fui, né? Completamente de queixo caído. Não tanto pela ataque de pelanca do tipo “deixa eu mostrar quem veste as calças nessa porra” do bofinho, mas porque a maioria das vezes eu faço isso de forma quase insconsciente. Não tem nada a ver com feminismo ou por querer ser uma mulher moderna. É força do hábito, sabem?

Ah, e não estou nem aí se vocês acham que foi machismo. Eu achei fofo...! (*suspiro*)