terça-feira, 7 de dezembro de 2010
Ilha
Você já alguma vez sentiu que as coisas acontecem à sua volta sem que você faça parte delas? Como se você nem sequer fizesse parte do elenco do filme da sua vida?
sexta-feira, 5 de novembro de 2010
Dia 5 - Uma citação de alguém
Acho que essa nem precisa dizer, né? Basta olhar aqui para a esquerda!
quinta-feira, 4 de novembro de 2010
Dia 04 – Livro favorito
Não tenho.
Simples assim. Não consigo identificar um livro que tenha mudado a minha vida, o meu modo de pensar ou qualquer coisa. Todos os livros que li contribuíram de alguma forma para o meu jeito de pensar.
Houveram livros que gostei mais, outros que gostei menos e uns que não consegui terminar de ler.
Meu gênero preferido é, sem dúvida, o policial. E, mais que livros preferidos, tenho autores preferidos. Neste momento leio tudo do Daniel Silva.
De vez em quando pego um daqueles livros "clássicos" ou "consagrados" para ler no intuito de saber se os livros são mesmo bons. E, na categoria "livros-que-todo-mundo-gostou-menos-eu" entra sem dúvida "O Perfume". Sim, aquele do serial killer que cheirava tudo. Ô coisinha sem graça.
Mas parando para pensar, porque agora que eu estou escrevendo eu penso mesmo nisso, eu tenho alguns livros que me vêm logo à cabeça quando eu penso nas melhores coisas que li. "Ensaio sobre a Cegueira" é definitivamente um deles. O Outro é o "Capitães de Areia".
E eu leio um pouco de tudo. Tem gente que baba em frente a lojas de roupa e sapatos. Para mim a tentação são as livrarias. Tenho pena que os livroes sejam tão caros. Pagar 18 Euros por 200 páginas não cabe na cabeça nem no bolso de ninguém. No entanto, e como uma luz no fim do túnel, descobri a literatura de bolso.
Aí virei compradora compulsiva de livros. Compro tudo o que custe menos de 3 Euros. Acho que literatura de bolso tem esse nome justamente porque pesa menos. Em todos os sentidos!
Simples assim. Não consigo identificar um livro que tenha mudado a minha vida, o meu modo de pensar ou qualquer coisa. Todos os livros que li contribuíram de alguma forma para o meu jeito de pensar.
Houveram livros que gostei mais, outros que gostei menos e uns que não consegui terminar de ler.
Meu gênero preferido é, sem dúvida, o policial. E, mais que livros preferidos, tenho autores preferidos. Neste momento leio tudo do Daniel Silva.
De vez em quando pego um daqueles livros "clássicos" ou "consagrados" para ler no intuito de saber se os livros são mesmo bons. E, na categoria "livros-que-todo-mundo-gostou-menos-eu" entra sem dúvida "O Perfume". Sim, aquele do serial killer que cheirava tudo. Ô coisinha sem graça.
Mas parando para pensar, porque agora que eu estou escrevendo eu penso mesmo nisso, eu tenho alguns livros que me vêm logo à cabeça quando eu penso nas melhores coisas que li. "Ensaio sobre a Cegueira" é definitivamente um deles. O Outro é o "Capitães de Areia".
E eu leio um pouco de tudo. Tem gente que baba em frente a lojas de roupa e sapatos. Para mim a tentação são as livrarias. Tenho pena que os livroes sejam tão caros. Pagar 18 Euros por 200 páginas não cabe na cabeça nem no bolso de ninguém. No entanto, e como uma luz no fim do túnel, descobri a literatura de bolso.
Aí virei compradora compulsiva de livros. Compro tudo o que custe menos de 3 Euros. Acho que literatura de bolso tem esse nome justamente porque pesa menos. Em todos os sentidos!
sexta-feira, 29 de outubro de 2010
Dia 3 - Programa de Televisão Favorito
Essa é fácil: Séries, séries, séries. Montes. Listei aqui embaixo as séries que eu acompanho atualmente, por ordem crescente da ansiedade pelos próximos episódios:
- House: Tem seus altos e baixos. Vejo mais por hábito que outra coisa. Pergunto-me se já esgotaram-se todas as doenças raras para o House descobrir, já que agora resolvem passar muito tempo falando da vida pessoal dos personagens. Sem dúvida que as primeiras temporadas foram as melhores.
- Bones: Série policial, na esteira dos vários CSI, só que com personagens mais carismáticos. Não é essencial, mas entretem.
- Big Bang Theory: Diversão garantida ou o seu dinheiro de volta. Não é uma grande série, mas diverte e cumpre o seu propósito de entreter.
- How I Met Your Mother: Elenco maravilhoso e bem entrosado. Fala de relacionamentos de forma leve, divertida e bastante contemporânea.
- Donas de Casa Desesperadas: Tem altos e baixos. Exagera no suspense mas as personagens e a interacção entre as donas de casa de Wisteria Lane valem mais que a trama.
- Gossip Girl: Comecei a ver num desespero de verão, quando as outras séries que eu gostava foram de férias. Fiquei viciada neste mundo completamente errado de NY onde dinheiro e menoridade nunca são problema.
E a campeã...
- Grey's Anatomy: Oh sim. Há muito que me rendi a esta série mulherzinha. Que eu gosto de séries de médicos, isso todo mundo sabe. Só que esta série, mais que a medicina, fala das pessoas. Relações humanas. O receio dos médicos recém formados, as relaçoes médico-paciente, médico-médico... E, cá entre nós, como existem relações médico-médico naquele hospital, viu?
- House: Tem seus altos e baixos. Vejo mais por hábito que outra coisa. Pergunto-me se já esgotaram-se todas as doenças raras para o House descobrir, já que agora resolvem passar muito tempo falando da vida pessoal dos personagens. Sem dúvida que as primeiras temporadas foram as melhores.
- Bones: Série policial, na esteira dos vários CSI, só que com personagens mais carismáticos. Não é essencial, mas entretem.
- Big Bang Theory: Diversão garantida ou o seu dinheiro de volta. Não é uma grande série, mas diverte e cumpre o seu propósito de entreter.
- How I Met Your Mother: Elenco maravilhoso e bem entrosado. Fala de relacionamentos de forma leve, divertida e bastante contemporânea.
- Donas de Casa Desesperadas: Tem altos e baixos. Exagera no suspense mas as personagens e a interacção entre as donas de casa de Wisteria Lane valem mais que a trama.
- Gossip Girl: Comecei a ver num desespero de verão, quando as outras séries que eu gostava foram de férias. Fiquei viciada neste mundo completamente errado de NY onde dinheiro e menoridade nunca são problema.
E a campeã...
- Grey's Anatomy: Oh sim. Há muito que me rendi a esta série mulherzinha. Que eu gosto de séries de médicos, isso todo mundo sabe. Só que esta série, mais que a medicina, fala das pessoas. Relações humanas. O receio dos médicos recém formados, as relaçoes médico-paciente, médico-médico... E, cá entre nós, como existem relações médico-médico naquele hospital, viu?
quinta-feira, 28 de outubro de 2010
Dia 2 - Filme Preferido
O ano era 1998. Matei uma aula para ir ao cinema com umas amigas. Nem era que quisesse ir ao cinema. Era aquela vadiagem adolescente, de fazer coisa errada.
O filme começa. Baixa produção. Que merda, nem é em inglês! É o que dá ir nesses cinemas meia boca que só passam filme que ninguém vê. Resolvi ficar, já que tinha pago o bilhete e as pipocas. E se minha mãe me visse na rua...
Ao fim de 5 minutos comecei a sorrir. Aos 20 minutos já ria como se não houvesse amanhã. Depois chorei. E até hoje fico com uma lagriminha no canto do olho cada vez que assisto esse filme.
Foi ele que me fez querer aprender italiano, que me ajudou a gostar de História e foi ele que me mostrou que a vida, mesmo nos piores momentos, pode ser... Bela!
O filme começa. Baixa produção. Que merda, nem é em inglês! É o que dá ir nesses cinemas meia boca que só passam filme que ninguém vê. Resolvi ficar, já que tinha pago o bilhete e as pipocas. E se minha mãe me visse na rua...
Ao fim de 5 minutos comecei a sorrir. Aos 20 minutos já ria como se não houvesse amanhã. Depois chorei. E até hoje fico com uma lagriminha no canto do olho cada vez que assisto esse filme.
Foi ele que me fez querer aprender italiano, que me ajudou a gostar de História e foi ele que me mostrou que a vida, mesmo nos piores momentos, pode ser... Bela!
quarta-feira, 27 de outubro de 2010
Leitura na Escola
A professora de português do meu irmão de 14 inventou um programa que tendencialmente aumenta os hábitos de leitura das crianças. Quer dizer, não sei se ela inventou. Talvez tenha copiado essa ideia de uma época pré-internet, onde essa ideia realmente funcionaria.
O negócio é o seguinte: todos os meses cada aluno tem que levar para a escola um livro que pretende ler durante aquele mês. Ele chega na aula com o livro, lê a contracapa e cerca de duas páginas e depois se compromete a ler o dito cujo. No final do mês, para mostrar que leu, tem que entregar para a professora um resumo do livro em duas páginas A4.
No primeiro mês o meu irmão assaltou a minha biblioteca e levou o "Capitães de Areia". A professora achou muito bonito que ele lesse um mestre da literatura brasileira. E ficou muito impressionada com o resumo que ele fez, copiado quase integralmente da Wikipédia.
*Pausa para lembrar a infância nos anos 80*
Eu sou do tempo que você fazia trabalhos em cartolinas e folhas de papel almaço. Que quando errava, tinha que começar tudo do zero. E ia para a biblioteca fazer pesquisas em enciclopédias. Nessa época os trabalhos de grupo eram bem mais divertidos. Hoje, com a internet, basta uma boa pesquisa porque, se existe, está no Google.
*De volta para o futuro*
Ontem a minha mãe foi chamada na escola do meu irmão. O que nós estranhamos, porque o meu irmão, apesar de preguiçoso, é bom aluno e se comporta bem. E ele chega em casa, rindo. A minha mãe lança ares de reprovação para mim. PARA MIM!!!
- O que aconteceu, Bê?
- Foi por causa do livro desse mês. *Diz ele, rindo*
- É que eu levei para a escola um livro teu que era fininho e tinha um título legal. Aí quando eu comecei a ler para a turma eu tive que parar...
- Por quê?
- Ah você sabe... Aí a professora tomou o livro da minha mão e começou a ficar vermelha e mandou eu sentar e chamou a minha mãe.
- Mas que raio de livro era esse?
- A Casa dos Budas Ditosos.
Ploft. Morri.
Bom, mas tendo em conta o interesse que o meu irmão apresentou para realmente ler este livro... Podemos dizer que a estratégia da professora foi um sucesso!
O negócio é o seguinte: todos os meses cada aluno tem que levar para a escola um livro que pretende ler durante aquele mês. Ele chega na aula com o livro, lê a contracapa e cerca de duas páginas e depois se compromete a ler o dito cujo. No final do mês, para mostrar que leu, tem que entregar para a professora um resumo do livro em duas páginas A4.
No primeiro mês o meu irmão assaltou a minha biblioteca e levou o "Capitães de Areia". A professora achou muito bonito que ele lesse um mestre da literatura brasileira. E ficou muito impressionada com o resumo que ele fez, copiado quase integralmente da Wikipédia.
*Pausa para lembrar a infância nos anos 80*
Eu sou do tempo que você fazia trabalhos em cartolinas e folhas de papel almaço. Que quando errava, tinha que começar tudo do zero. E ia para a biblioteca fazer pesquisas em enciclopédias. Nessa época os trabalhos de grupo eram bem mais divertidos. Hoje, com a internet, basta uma boa pesquisa porque, se existe, está no Google.
*De volta para o futuro*
Ontem a minha mãe foi chamada na escola do meu irmão. O que nós estranhamos, porque o meu irmão, apesar de preguiçoso, é bom aluno e se comporta bem. E ele chega em casa, rindo. A minha mãe lança ares de reprovação para mim. PARA MIM!!!
- O que aconteceu, Bê?
- Foi por causa do livro desse mês. *Diz ele, rindo*
- É que eu levei para a escola um livro teu que era fininho e tinha um título legal. Aí quando eu comecei a ler para a turma eu tive que parar...
- Por quê?
- Ah você sabe... Aí a professora tomou o livro da minha mão e começou a ficar vermelha e mandou eu sentar e chamou a minha mãe.
- Mas que raio de livro era esse?
- A Casa dos Budas Ditosos.
Ploft. Morri.
Bom, mas tendo em conta o interesse que o meu irmão apresentou para realmente ler este livro... Podemos dizer que a estratégia da professora foi um sucesso!
quinta-feira, 21 de outubro de 2010
Happy
Os meus dois textos preferidos são sobre ex-namorados e relações que fracassaram. Coisas tristes, portanto. E agora com este, que me faz tão bem e com quem é tudo tão simples, não consigo escrever nem uma linha. Confesso que me sinto culpada por isso, mas ele ocupa muito do meu tempo me fazendo feliz.
domingo, 17 de outubro de 2010
Dia 1 - Música preferida
In my Life - Beatles
É saudosista, é Beatles, fala de amor.
Pode não ser uma grande música, mas é a minha preferida. Porque eu passei anos tentando encontrar "o cara" a quem dedicar essa música. Até que finalmente um dia eu cansei de procurar o "príncipe encantado" onde só me aparecia o cavalo e decidi que, se eu tenho que amar alguém mais que tudo na minha vida, esse alguém sou eu.
Por isso, essa música é egoísta. É aquela que eu me dedico quando parece que o caos cotidiano vai me engolir. Na minha vida eu me amo mais.
quinta-feira, 14 de outubro de 2010
Etico
Intorrompemos esse memê que ainda não começou para mostrar o resultado do projecto que eu andei trabalhando nos últimos dias. Pronto, ok, na última semana:
Visitem!!! É o site que eu fiz (sim, euzinha) para dar de presente ao namorado. Pois é, uma pessoa fica sem dinheiro e arruma presentes desses tipo, digamos... Alternativo.
Mas é sério gente, passem lá e escutem as músicas, que são todas originais. É o raio do homem ainda por cima é talentoso... Tem como não gostar?
Ele curtiu para caramba e agora vai me ajudar em alguns detalhes finais, para ficar mais com a cara dele.
E por falar em cara eu vou tomar vergonha na minha e botar esse blog para funcionar. Mesmo que a inspiração não venha, mesmo que seja só para dar "oi". Porque eu acho que eu estou devendo isso a mim mas, principalmente a quem perde um pouco do seu dia visitando esse canto aqui.
Visitem!!! É o site que eu fiz (sim, euzinha) para dar de presente ao namorado. Pois é, uma pessoa fica sem dinheiro e arruma presentes desses tipo, digamos... Alternativo.
Mas é sério gente, passem lá e escutem as músicas, que são todas originais. É o raio do homem ainda por cima é talentoso... Tem como não gostar?
Ele curtiu para caramba e agora vai me ajudar em alguns detalhes finais, para ficar mais com a cara dele.
E por falar em cara eu vou tomar vergonha na minha e botar esse blog para funcionar. Mesmo que a inspiração não venha, mesmo que seja só para dar "oi". Porque eu acho que eu estou devendo isso a mim mas, principalmente a quem perde um pouco do seu dia visitando esse canto aqui.
quarta-feira, 6 de outubro de 2010
Dando as caras
Isso aqui está meio morto, não é? É que agora eu ando numa vibe apaixonada. Não é que eu não tenha o que falar da "vida de casal" e nem histórinhas engraçadas. Mas, sei lá, me dei conta de um monte de gente que conhece ele "de verdade" e conhece esse canto aqui. Aí fiquei meio encanada com essas coisas de privacidade.
E, para falar a verdade, as coisas estão correndo tão bem que eu tenho medo d botar "no papel" e estragar tudo. Pois é gente, de tanto que minha mãe meteu histórias na minha cabeça, eu cresci acreditando em mau olhado.
Então eu meio que tenho andado fugida daqui.
Mas eu sempre volto. Só que, dessa vez, para dar uma mexida nas coisas, resovi copiar descaradamente o memê que vi aqui. Pareceu interessante e já me deu um novo gás para voltar a escrever.
A ideia é simples. Seguir o seguinte calendário de postagens:
Dia 01 – Sua música favorita
Dia 02 – Seu filme preferido
Dia 03 – Seu programa de televisão favorito
Dia 04 – Seu livro favorito
Dia 05 – Uma citação de alguém
Dia 06 – Uma experiência inesquecível
Dia 07 – Uma foto que te faz feliz
Dia 08 – Uma foto que te deixa irritado / triste
Dia 09 – Uma foto que você tirou
Dia 10 – Uma foto de você há mais de dez anos
Dia 11 – Uma foto sua recente
Dia 12 – Um conto
Dia 13 – Um livro de ficção
Dia 14 – Um livro não-ficcional
Dia 15 – Uma fotomontagem
Dia 16 – Uma musica que faz você chorar (ou quase)
Dia 17 – Uma obra de arte (pintura, desenho, escultura, etc)
Dia 18 – Um poema
Dia 19 – Um talento seu
Dia 20 – Um hobby
Dia 21 – Uma receita
Dia 22 – Um site
Dia 23 – Um vídeo do YouTube
Dia 24 – Seu lugar preferido
Dia 25 – O seu dia, em grande detalhe
Dia 26 – Sua semana, em grande detalhe
Dia 27 – Este mês, em grande detalhe
Dia 28 – Este ano, em grande detalhe
Dia 29 – O que você espera, os sonhos e planos para os próximos 365 dias
Dia 30 – O que você quiser
Dia 31 – O Bônus ou O Fim
Vamos começar?
E, para falar a verdade, as coisas estão correndo tão bem que eu tenho medo d botar "no papel" e estragar tudo. Pois é gente, de tanto que minha mãe meteu histórias na minha cabeça, eu cresci acreditando em mau olhado.
Então eu meio que tenho andado fugida daqui.
Mas eu sempre volto. Só que, dessa vez, para dar uma mexida nas coisas, resovi copiar descaradamente o memê que vi aqui. Pareceu interessante e já me deu um novo gás para voltar a escrever.
A ideia é simples. Seguir o seguinte calendário de postagens:
Dia 01 – Sua música favorita
Dia 02 – Seu filme preferido
Dia 03 – Seu programa de televisão favorito
Dia 04 – Seu livro favorito
Dia 05 – Uma citação de alguém
Dia 06 – Uma experiência inesquecível
Dia 07 – Uma foto que te faz feliz
Dia 08 – Uma foto que te deixa irritado / triste
Dia 09 – Uma foto que você tirou
Dia 10 – Uma foto de você há mais de dez anos
Dia 11 – Uma foto sua recente
Dia 12 – Um conto
Dia 13 – Um livro de ficção
Dia 14 – Um livro não-ficcional
Dia 15 – Uma fotomontagem
Dia 16 – Uma musica que faz você chorar (ou quase)
Dia 17 – Uma obra de arte (pintura, desenho, escultura, etc)
Dia 18 – Um poema
Dia 19 – Um talento seu
Dia 20 – Um hobby
Dia 21 – Uma receita
Dia 22 – Um site
Dia 23 – Um vídeo do YouTube
Dia 24 – Seu lugar preferido
Dia 25 – O seu dia, em grande detalhe
Dia 26 – Sua semana, em grande detalhe
Dia 27 – Este mês, em grande detalhe
Dia 28 – Este ano, em grande detalhe
Dia 29 – O que você espera, os sonhos e planos para os próximos 365 dias
Dia 30 – O que você quiser
Dia 31 – O Bônus ou O Fim
Vamos começar?
quarta-feira, 29 de setembro de 2010
Fail Baby Making
Inclusão Digital
Ana Lu: Você tem que entrar no Facebook.
Irmão: Pra quê?
Ana Lu: Para me aceitar como sua irmã.
Irmão: Eu te aceito como minha irmã já há 20 anos, afinal não é que eu tenha tido escolha nisso.
Ana Lu: Mas vai lá aceitar no Facebook. Não interessa o que a mamãe diz. Se não está no Facebook não é oficial.
Irmão: Pra quê?
Ana Lu: Para me aceitar como sua irmã.
Irmão: Eu te aceito como minha irmã já há 20 anos, afinal não é que eu tenha tido escolha nisso.
Ana Lu: Mas vai lá aceitar no Facebook. Não interessa o que a mamãe diz. Se não está no Facebook não é oficial.
quinta-feira, 16 de setembro de 2010
Delicada
- Amoooooorrr...
- Diz.
- *voz melosa* Beija aqui perto do meu ouvido...
- Tá bem. *Beija*
- É que tá doendo sabe?
- Por que, é da gripe, inflamou o ouvido?
- Não, foi de um soco que eu levei no Muay Thai.
- Diz.
- *voz melosa* Beija aqui perto do meu ouvido...
- Tá bem. *Beija*
- É que tá doendo sabe?
- Por que, é da gripe, inflamou o ouvido?
- Não, foi de um soco que eu levei no Muay Thai.
quinta-feira, 9 de setembro de 2010
Paz
Pelo Dicionário:
(latim pax, pacis)
s. f.
1. Quietação de ânimo.
2. Sossego, tranquilidade.
3. Ausência de guerra, de dissensões.
4. Boa harmonia.
5. Concórdia, reconciliação.
Pela Wikipédia:
Paz é geralmente definida como um estado de calma ou tranquilidade, uma ausência de perturbações ou agitação. Derivada do latim Pacem = Absentia Belli, pode referir-se à ausência de violência ou guerra. Neste sentido, a paz entre nações, e dentro delas, é o objetivo assumido de muitas organizações, designadamente a ONU.
Por mim:
1. Ausência de contas para pagar.
2. Domingos de sol e nada para fazer.
3. Abraços sem urgência.
4. Fim de tarde na praia.
5. Cheiro de grama molhada.
Pela Natureza:
(latim pax, pacis)
s. f.
1. Quietação de ânimo.
2. Sossego, tranquilidade.
3. Ausência de guerra, de dissensões.
4. Boa harmonia.
5. Concórdia, reconciliação.
Pela Wikipédia:
Paz é geralmente definida como um estado de calma ou tranquilidade, uma ausência de perturbações ou agitação. Derivada do latim Pacem = Absentia Belli, pode referir-se à ausência de violência ou guerra. Neste sentido, a paz entre nações, e dentro delas, é o objetivo assumido de muitas organizações, designadamente a ONU.
Por mim:
1. Ausência de contas para pagar.
2. Domingos de sol e nada para fazer.
3. Abraços sem urgência.
4. Fim de tarde na praia.
5. Cheiro de grama molhada.
Pela Natureza:
(Gatinho encontrado no sul de Portugal, adotado ontem por um amigo)
quinta-feira, 2 de setembro de 2010
Esquecimento
Outro dia eu estava votando de ônibus para casa. Viagem de três horas, vindo do sul de Portugal. Tempo livre, a cabeça voa por lugares semi desconhecidos, encontra lembranças antigas de uma vida que você não lembra que é sua.
Lembrei do sítio de São Lourenço, onde eu passei todas as férias da minha infância. Subia a serra de ônibus com você e tomava coca cola para não enjoar. Aquelas curvas desafiavam os estômagos mais resistentes e era frequente vermos carros parados na beira da estrada, para as pessoas tomarem um ar. Numa viagem de 5 horas as pernas cansavam de não fazer nada.
Resende era parada obrigatória para um pão de queijo e um café. Mas naquela época eu ainda não tomava café. Quando ia de carro com os meus pais a gente parava um pouco mais em cima, no lugar do pastel de vento.
E sabe, teve aquela vez que eu queria uma bala na rodoviária e você não tinha trocado para comprar. Por azar ia no ônibus uma menina com o mesmo doce que eu queria. Bem na nossa frente. Mal sabia eu, mas naquela época já sofria ataques randômicos de Lei de Murphy. Eu passei metade da viagem fazendo birra porque queria aquilo. Você, pacientemente dizia baixinho que aquela bala era dura, que era ruim, que ia me fazer doer os dentes, doer a barriga.
Umas três horas depois a menina se tocou que a confusão que vinha do banco de trás era por causa do pacote de balas e me ofereceu uma. Eu, mais por timidez que por educação, disse que não queria. Você se espantou e brigou comigo porque eu passei a viagem inteira te enchendo o saco por causa da bala e agora dizia que não. Minha resposta foi simples:
- Você ficou o tempo todo dizendo que a bala era ruim...
Lembra disso, Vó?
Não?
...
Lembrei do sítio de São Lourenço, onde eu passei todas as férias da minha infância. Subia a serra de ônibus com você e tomava coca cola para não enjoar. Aquelas curvas desafiavam os estômagos mais resistentes e era frequente vermos carros parados na beira da estrada, para as pessoas tomarem um ar. Numa viagem de 5 horas as pernas cansavam de não fazer nada.
Resende era parada obrigatória para um pão de queijo e um café. Mas naquela época eu ainda não tomava café. Quando ia de carro com os meus pais a gente parava um pouco mais em cima, no lugar do pastel de vento.
E sabe, teve aquela vez que eu queria uma bala na rodoviária e você não tinha trocado para comprar. Por azar ia no ônibus uma menina com o mesmo doce que eu queria. Bem na nossa frente. Mal sabia eu, mas naquela época já sofria ataques randômicos de Lei de Murphy. Eu passei metade da viagem fazendo birra porque queria aquilo. Você, pacientemente dizia baixinho que aquela bala era dura, que era ruim, que ia me fazer doer os dentes, doer a barriga.
Umas três horas depois a menina se tocou que a confusão que vinha do banco de trás era por causa do pacote de balas e me ofereceu uma. Eu, mais por timidez que por educação, disse que não queria. Você se espantou e brigou comigo porque eu passei a viagem inteira te enchendo o saco por causa da bala e agora dizia que não. Minha resposta foi simples:
- Você ficou o tempo todo dizendo que a bala era ruim...
Lembra disso, Vó?
Não?
...
segunda-feira, 30 de agosto de 2010
Cinderella Time
Ok, pelos últimos posts melosos, já deu para notar que eu ando apaixonada. É gente, tô namorando. E feliz.
*Pausa para um suspiro*
Dentre os muitos motivos (acreditem, são mesmo muitos) que eu tenho para gostar dele, um deles é que ele me fez romper com alguns preconceitos e acreditar em seres fantásticos e míticos, como o famoso "Pé Grande".
A foto abaixo é a evidência que este ser existe e que tem passado algumas noites na minha casa. Tirem as crianças da sala, porque a próxima imagem é chocante:
E isto caros leitores, é a prova que sapatos 40 bico largo podem ser considerados pequenos e delicados.
*Pausa para um suspiro*
Dentre os muitos motivos (acreditem, são mesmo muitos) que eu tenho para gostar dele, um deles é que ele me fez romper com alguns preconceitos e acreditar em seres fantásticos e míticos, como o famoso "Pé Grande".
A foto abaixo é a evidência que este ser existe e que tem passado algumas noites na minha casa. Tirem as crianças da sala, porque a próxima imagem é chocante:
He & She
E isto caros leitores, é a prova que sapatos 40 bico largo podem ser considerados pequenos e delicados.
quarta-feira, 25 de agosto de 2010
As vezes
Às vezes tudo o que eu quero é sentar perto de você, com a cabeça no teu colo. Às vezes vamos ter a música ligada, outras vezes não. Eu quero assistir a filmes ruins com você. E às vezes vamos rir juntos. Porém, na maioria das vezes nem vamos chegar ao fim do filme porque vamos nos perder na nossa própria história.
Eu quero planejar coisas com você. Às vezes coisas pequenas, às vezes não. E algumas coisas que podemos nem sequer chegar a fazer, mas apenas dividir os planos contigo já é suficiente. Eu quero conversar com você sobre o tudo e sobre o nada. Quero ter silêncios confortáveis às vezes.
Eu quero fazer palhaçadas e dizer piadas que nem sempre terão graça. Mas a gente vai rir do mesmo jeito. Às vezes só um sorriso, às vezes até a barriga doer.
Eu quero me apaixonar por você todos os dias. Talvez até chegue um dia que a gente não se aguente mais. Porém, até lá, eu quero você. Só você. Todas as vezes.
Eu quero planejar coisas com você. Às vezes coisas pequenas, às vezes não. E algumas coisas que podemos nem sequer chegar a fazer, mas apenas dividir os planos contigo já é suficiente. Eu quero conversar com você sobre o tudo e sobre o nada. Quero ter silêncios confortáveis às vezes.
Eu quero fazer palhaçadas e dizer piadas que nem sempre terão graça. Mas a gente vai rir do mesmo jeito. Às vezes só um sorriso, às vezes até a barriga doer.
Eu quero me apaixonar por você todos os dias. Talvez até chegue um dia que a gente não se aguente mais. Porém, até lá, eu quero você. Só você. Todas as vezes.
quarta-feira, 18 de agosto de 2010
Simples assim
Esse blog já viu metáforas demais. Sempre inventei jeitos e subtrefúgios para falar sem dizer. Mas, quando a coisa é de verdade, não há nada melhor que ser simples e direta.
EU TE AMO.
sexta-feira, 13 de agosto de 2010
Ganhe 30 minutos
A primeira vez que eu ouvi falar em Carpinejar foi numa madrugada sem sono, há uns anos três ou quatro atrás. Tropecei num blog por acaso. Provavelmente relacionado com uma pesquisa qualquer do google. Li um texto que não se relacionava em nada com a pesquisa. Mas falava de mim.
Me apaixonei, claro. Depois de um veio a vontade de ler outro. E outro. Só mais um. Quando vi, já era manhã e eu tinha passado a noite com ele.
Decidi escrever-lhe um e-mail. Naquela época eu ainda não sabia que os blogs mereciam comentários. No dia seguinte, ele me surpreendeu com uma linha:
Desnecessário dizer que ele ganhou uma fã. Leio-o, devoro-o sempre que possível. Ah, e caso vocês não saibam, ele é um dos responsáveis pela existência desse cantinho virtual.
Hoje assisti a entrevista dele no Jô. Dei gargalhada demais e achei injusto não partilhar com vocês.
São 30 minutos de aula sobre amor, ciúme e relacionamentos, temperada com muito humor.
Me apaixonei, claro. Depois de um veio a vontade de ler outro. E outro. Só mais um. Quando vi, já era manhã e eu tinha passado a noite com ele.
Decidi escrever-lhe um e-mail. Naquela época eu ainda não sabia que os blogs mereciam comentários. No dia seguinte, ele me surpreendeu com uma linha:
Obrigado pela ternura, Ana Lu. Por isso estou dormindo tão bem, tua insônia está me cuidando.
beijos
Fabro
Desnecessário dizer que ele ganhou uma fã. Leio-o, devoro-o sempre que possível. Ah, e caso vocês não saibam, ele é um dos responsáveis pela existência desse cantinho virtual.
Hoje assisti a entrevista dele no Jô. Dei gargalhada demais e achei injusto não partilhar com vocês.
São 30 minutos de aula sobre amor, ciúme e relacionamentos, temperada com muito humor.
segunda-feira, 9 de agosto de 2010
You make it real
Verdade que eu nunca pensei que você fosse gostar de mim. Quer dizer, claro que você ia gostar de mim, porque eu sou simpática e absolutamente gostável. Mas não desse jeito. Porque eu estava de calções largos até o joelho, o cabelo desgrenhado e coberta de areia.
A gente nem trocou muitas palavras. Quer dizer, dissemos coisas. Mas não desse jeito. Eu te chamei para jogar e falamos sobre o jogo. Porque eu não gosto de perder então não ia ficar de conversa mole com a bola rolando.
Achei que nós fôssemos ficar amigos. Quer dizer, nós somos amigos. Mas não desse jeito. Porque eu sou à vontade, eu rio alto e falo palavrão. Eu sofro o mal de rapidamente me tornar "one of the guys".
Mas nada do que eu achei estava certo. E, quer saber? Nunca gostei tanto de estar errada!
A gente nem trocou muitas palavras. Quer dizer, dissemos coisas. Mas não desse jeito. Eu te chamei para jogar e falamos sobre o jogo. Porque eu não gosto de perder então não ia ficar de conversa mole com a bola rolando.
Achei que nós fôssemos ficar amigos. Quer dizer, nós somos amigos. Mas não desse jeito. Porque eu sou à vontade, eu rio alto e falo palavrão. Eu sofro o mal de rapidamente me tornar "one of the guys".
Mas nada do que eu achei estava certo. E, quer saber? Nunca gostei tanto de estar errada!
domingo, 8 de agosto de 2010
Ruiva, eu?
Essas coisas de vaidade chegaram bem tarde em mim. A primeira vez que eu pintei as unhas foi há uns 3 anos. E até hoje carrego com orgulho uma sobrancelha digna de Frida Khalo porque arrancar um a um os pelinhos que ornam a minha cara parece tortura medieval demais para o efeito que tem.
Aliás, eu acho que as mulheres deveriam passar mais tempo fazendo exercício do que fazendo sobrancelha. Porque, convenhamos, as chances do lindão olhar primeiro para a sua bunda são muito maiores.
E, coomo tenho uma mãe viciada em tintura, sempre tive algum receio de pintar o cabelo. É que eu e já vi verdadeiros desastres na cabecinha dela. Sério gente, ela já chegou em casa de cabelo rosa e vermelho! Por isso sempre preferi jogar pelo seguro e manter o meu da cor natural.
Recentemente fiz algumas incursões pelo mundo do cabelo cor de rosa, mas foi uma coisa bem light. Umas mechas que saíam ao fim de mês e meio. Mas, há poucos dias vi no orkut de uma amiga minha um cabelo que eu adorei. Uma coisa meio maluca, pintado de vermelho só nas pontas. Aquilo que eu sempre quis fazer durante os anos rebeldes da minha adolescência mas que mamãe nunca deixou.
Pois bem, peguei na foto e mandei para o cabeleireiro. Ontem ele veio me transformar. O resultado foi esse aqui:
Ok, o resultado não tem nada a ver com aquilo que eu imaginei. Mas a verdade é que eu adorei! Estou largando a minha morenice por uns tempos para assumir essa cor hibrida entre o loiro e o ruivo.
Aliás, eu acho que as mulheres deveriam passar mais tempo fazendo exercício do que fazendo sobrancelha. Porque, convenhamos, as chances do lindão olhar primeiro para a sua bunda são muito maiores.
E, coomo tenho uma mãe viciada em tintura, sempre tive algum receio de pintar o cabelo. É que eu e já vi verdadeiros desastres na cabecinha dela. Sério gente, ela já chegou em casa de cabelo rosa e vermelho! Por isso sempre preferi jogar pelo seguro e manter o meu da cor natural.
Recentemente fiz algumas incursões pelo mundo do cabelo cor de rosa, mas foi uma coisa bem light. Umas mechas que saíam ao fim de mês e meio. Mas, há poucos dias vi no orkut de uma amiga minha um cabelo que eu adorei. Uma coisa meio maluca, pintado de vermelho só nas pontas. Aquilo que eu sempre quis fazer durante os anos rebeldes da minha adolescência mas que mamãe nunca deixou.
Pois bem, peguei na foto e mandei para o cabeleireiro. Ontem ele veio me transformar. O resultado foi esse aqui:
Pequeno Jedi, se você não nota nada de diferente, lamento te informar, mas você é daltônico.
Ok, o resultado não tem nada a ver com aquilo que eu imaginei. Mas a verdade é que eu adorei! Estou largando a minha morenice por uns tempos para assumir essa cor hibrida entre o loiro e o ruivo.
quarta-feira, 4 de agosto de 2010
Vida Sonora
Em modo aleatório:
Tom Waits: I hope that I don't fall in love with you.
(Well the music plays and you display Your heart for me to see)
Chico Buarque: João e Maria
(E pela minha lei a gente era obrigada a ser feliz)
Nirvana: Lithium
(I'm so happy, 'Cause today I've found my friends, They're in my head)
Fugees: Ready or Not
(Gonna Find You and Make you want me)
Goo Goo Dolls: Iris
(You're the closest to heaven that I'll ever be)
Des'ree: Life
(I'm a superstitious girl, I'm the worst in the world)
Lighthouse Family: Loving Every Minute
(How many times you gonna let me down?)
Elvis Presley: You are always on my mind
(If I made you feel second best, I'm sorry, I was blind.)
Norah Jones: Come away with me
(Come away with me and we'll kiss)
Carlos Gardel: Por una Cabeza
(Su boca que besa, borra la tristeza, calma la amargura.)
Enquanto houver vida, que haja música
Tom Waits: I hope that I don't fall in love with you.
(Well the music plays and you display Your heart for me to see)
Chico Buarque: João e Maria
(E pela minha lei a gente era obrigada a ser feliz)
Nirvana: Lithium
(I'm so happy, 'Cause today I've found my friends, They're in my head)
Fugees: Ready or Not
(Gonna Find You and Make you want me)
Goo Goo Dolls: Iris
(You're the closest to heaven that I'll ever be)
Des'ree: Life
(I'm a superstitious girl, I'm the worst in the world)
Lighthouse Family: Loving Every Minute
(How many times you gonna let me down?)
Elvis Presley: You are always on my mind
(If I made you feel second best, I'm sorry, I was blind.)
Norah Jones: Come away with me
(Come away with me and we'll kiss)
Carlos Gardel: Por una Cabeza
(Su boca que besa, borra la tristeza, calma la amargura.)
Enquanto houver vida, que haja música
sábado, 31 de julho de 2010
...
Tudo o que você queria era uma vida calma. E eu, bem, eu queria abraçar o mundo. Você sabia disso. O que você não sabia é que o meu mundo era você.
De olho em mim
- Mãe, eu me inscrevi no Big Brother.
Ela olha para mim em silêncio.
- Não vai dizer nada?
- O que você quer que eu diga?
- Que você vai me acreditar em mim quando eu for para debaixo do edredon com alguém e disser que nós somos só amigos.
- Eu sei a filha que eu tenho.
(Por outras palavras: "Eu não acredito nem agora!")
- Então quando me entrevistarem eu só vou mandar beijos para o Napoleão!
Não gente, eu não me inscrevi no Big Brother. Só quis deixar mamãe com mais 4 ou 5 cabelos brancos. Bom, confesso que estive perto. Sabe quando você em casa de bobeira, sem TV, já leu todos os livros, blogs e etc? Aí eu comecei a vadiar pela internet e vi que vai ter um novo Big Brother.
Confesso que não resisti ao impulso de clicar no botão "Inscreva-se aqui". No entanto, um questionário de aproximadamente 100 perguntas e algum resquício de sanidade mental me impediram de completar o cadastro.
Ela olha para mim em silêncio.
- Não vai dizer nada?
- O que você quer que eu diga?
- Que você vai me acreditar em mim quando eu for para debaixo do edredon com alguém e disser que nós somos só amigos.
- Eu sei a filha que eu tenho.
(Por outras palavras: "Eu não acredito nem agora!")
- Então quando me entrevistarem eu só vou mandar beijos para o Napoleão!
Não gente, eu não me inscrevi no Big Brother. Só quis deixar mamãe com mais 4 ou 5 cabelos brancos. Bom, confesso que estive perto. Sabe quando você em casa de bobeira, sem TV, já leu todos os livros, blogs e etc? Aí eu comecei a vadiar pela internet e vi que vai ter um novo Big Brother.
Confesso que não resisti ao impulso de clicar no botão "Inscreva-se aqui". No entanto, um questionário de aproximadamente 100 perguntas e algum resquício de sanidade mental me impediram de completar o cadastro.
domingo, 25 de julho de 2010
Encontros imediatos de 3º grau
Já há muito tempo que eu não me envergonho aqui no blog, não é? Mas não é que eu tenha perdido o dom de me meter em situações patéticas, é só que faltava tempo e inspiração para contar. Essa história é velhinha, do ano passado, mas outro dia me peguei dando muita risada ao contá-la a uns amigos.
O que aconteceu foi o seguinte, eu estava saindo com um cara... Oh, sim, tinha que ter um "cara" no meio da história. E agora vocês já devem estar se perguntando qual era o defeito que esse tinha. Calma gente, defeito ele tinha, mas até nem é relevante para a historia.
Como ele morava no centro de Lisboa, ele frequentemente me chamava para dormir na casa dele, para eu não ter que ir para casa e dirigir com sono a altas horas da madrugada. Ele era uma alma caridosa que zelava pelo meu bem estar. O programa era o típico jantar + balada ou jantar + cinema. Resultado, a gente sempre chegava na casa dele por volta das três, quatro da manhã.
Como ele dividia o apartamento com uma mulher, eu sempre tive o cuidado de fazer o mínimo de barulho possível para não incomodar. Mamãe me deu educação, viram? Nós chegávamos, tomávamos banho - um de cada vez porque o quarto dela era do lado do banheiro - e depois íamos dormir.
Ela sempre saía para o trabalho antes da gente acordar. Ou seja, mesmo tendo dormido lá umas 7 ou 8 vezes, nunca tinha encontrado com a fulana. Não é que eu me incomodasse com isso. Ok, incomodava um pouquinho. Porque é estranho você estar na casa de outra pessoa várias vezes sem nunca a ter visto.
Aí um dia voltamos de não sei onde e eu fui tomar banho primeiro, como era costume. Fechei a porta e, só depois de estar dentro do chuveiro, pronta para sair do banho, me dei conta que eu tinha esquecido de levar a toalha.
Eu não ia gritar pelo fulano. Como eu falei, tínhamos que ser silenciosos para não acordar a companheira de casa dele.
"Não há problema! Eu sacudo o corpo um pouco para tirar o excesso de água e dou uma corridinha até ao fundo do corredor", pensei eu.
Ia ser muito azar se a companheira de casa dele acordasse nesse exacto momento e desse de cara comigo correndo pelada pelo apartamento nos 5 segundos que separavam o wc do quarto do benzão.
"Vou arriscar."
Sequei os pés no tapete do banheiro para não correr o risco de escorregar e rodei a maçaneta para abrir a porta. Puxei a porta... E vocês agora se perguntam: o que aconteceu?
Nada. Nadinha.
A porta não abriu.
Rodei de novo a maçaneta. A porta não cedeu nem um milímetro. Ah claro, esqueci que tinha trancado a porta. Rodei a chave. Ou melhor, tentei rodar a chave. Ela não se mexeu.
Isso foi uma lição que eu aprendi para a minha vida, sabem? Quando você acha que estar num banheiro estranho sem toalha é ruim, a situação pode piorar. Porque você pode ficar trancada num banheiro estranho sem toalha.
Primeiro eu esperei pacientemente o fulano aparecer. Claro, ele ia deixar de ouvir o barulho da água a correr e viria para o banheiro tomar o banho dele. Só que (e agora entra a Lei de Murphy) foi justamente neste dia o bofescândalo bebeu um pouquinho a mais e apagou no quarto enquanto eu estava no banho.
Ao fim de uns 10 minutos - que do lado de cá da porta pareceram duas horas - comecei a chamar o nome dele baixinho, coisa que não se revelou muito eficaz.
Foi aí que me baixou o espírito MacGyver. Comecei a olhar em desespero à minha volta e procurar por coisas que pudessem servir para destrancar uma porta. Ou para fazer uma bomba, o que viesse primeiro.
A primeira ideia que eu tive foi besuntar a chave com sabão. Não sei onde eu fui buscar isso, mas pensei que a chave pudesse escorregar melhor e abrir a fechadura. Não.
Encontrei um grampo de cabelo. Ah, se isso é tão clichê em filme é porque deve funcionar na vida real, certo? Errado. Merda!
Bom, mas nem tudo está perdido. O importante é ter fé. Continuei a tentar, podia ser que desse para vencer a fechadura pelo cansaço.
Força um pouquinho a chave, empurra a porta, puxa a porta, força mais a chave... Está quase... Ao fim do que me pareceram cinco horas eu finalmente ouço barulho do outro lado. Aleluia. Deve ser a equipe de busca e salvação que a minha mãe contratou para me resgatar e eles me encontraram aqui no banheiro. Ou então é só o fulano mesmo. Mas agora já não interessa. Estou quase sendo salva.
- Hmmm... Já vi que te trancaste no banheiro. Passa a chave por baixo da porta que eu destranco-te.
Mas que raio de voz feminina é essa?! Oh merda! Com o barulho acordei a companheira de casa do bofe... Passei a chave e comecei a dizer:
- Olha, eu sou a namorada do fulano e eu estava tomando banho e...
Mas ela não me deixou terminar. Botou a chave na fechadura, deu um encontrão na porta. A fechadura cedeu, a chave rodou, a porta abriu. E eu, do outro lado, fazia o possível para me tapar com uma toalhinha de mãos.
- Errr... Prazer, eu sou a Ana, namorada do fulano.
Ela deu um sorriso amarelo e tentou fingir naturalidade enquanto disfarçava a surpresa. Eu acenei com a cabeça, porque achei que da dois beijinhos ia pegar mal naquela situação. Juntei o resto de dignidade que me sobrava e, com o ar de quem aparece pelada todos os dias em banheiros alheios, acrescentei:
- Finalmente eu te conheço! Adoro a decoração que você fez aqui na casa.
Ela continuou sorrindo e eu fui me esgueirando pelo corredor, de bunda virada para a parede. Entrei no quarto, vi o benzão babando na cama. Resisti ao impulso de sufocá-lo com o travesseiro e apenas empurrei-o para fora da cama.
O que aconteceu foi o seguinte, eu estava saindo com um cara... Oh, sim, tinha que ter um "cara" no meio da história. E agora vocês já devem estar se perguntando qual era o defeito que esse tinha. Calma gente, defeito ele tinha, mas até nem é relevante para a historia.
Como ele morava no centro de Lisboa, ele frequentemente me chamava para dormir na casa dele, para eu não ter que ir para casa e dirigir com sono a altas horas da madrugada. Ele era uma alma caridosa que zelava pelo meu bem estar. O programa era o típico jantar + balada ou jantar + cinema. Resultado, a gente sempre chegava na casa dele por volta das três, quatro da manhã.
Como ele dividia o apartamento com uma mulher, eu sempre tive o cuidado de fazer o mínimo de barulho possível para não incomodar. Mamãe me deu educação, viram? Nós chegávamos, tomávamos banho - um de cada vez porque o quarto dela era do lado do banheiro - e depois íamos dormir.
Ela sempre saía para o trabalho antes da gente acordar. Ou seja, mesmo tendo dormido lá umas 7 ou 8 vezes, nunca tinha encontrado com a fulana. Não é que eu me incomodasse com isso. Ok, incomodava um pouquinho. Porque é estranho você estar na casa de outra pessoa várias vezes sem nunca a ter visto.
Aí um dia voltamos de não sei onde e eu fui tomar banho primeiro, como era costume. Fechei a porta e, só depois de estar dentro do chuveiro, pronta para sair do banho, me dei conta que eu tinha esquecido de levar a toalha.
Eu não ia gritar pelo fulano. Como eu falei, tínhamos que ser silenciosos para não acordar a companheira de casa dele.
"Não há problema! Eu sacudo o corpo um pouco para tirar o excesso de água e dou uma corridinha até ao fundo do corredor", pensei eu.
Ia ser muito azar se a companheira de casa dele acordasse nesse exacto momento e desse de cara comigo correndo pelada pelo apartamento nos 5 segundos que separavam o wc do quarto do benzão.
"Vou arriscar."
Sequei os pés no tapete do banheiro para não correr o risco de escorregar e rodei a maçaneta para abrir a porta. Puxei a porta... E vocês agora se perguntam: o que aconteceu?
Nada. Nadinha.
A porta não abriu.
Rodei de novo a maçaneta. A porta não cedeu nem um milímetro. Ah claro, esqueci que tinha trancado a porta. Rodei a chave. Ou melhor, tentei rodar a chave. Ela não se mexeu.
Isso foi uma lição que eu aprendi para a minha vida, sabem? Quando você acha que estar num banheiro estranho sem toalha é ruim, a situação pode piorar. Porque você pode ficar trancada num banheiro estranho sem toalha.
Primeiro eu esperei pacientemente o fulano aparecer. Claro, ele ia deixar de ouvir o barulho da água a correr e viria para o banheiro tomar o banho dele. Só que (e agora entra a Lei de Murphy) foi justamente neste dia o bofescândalo bebeu um pouquinho a mais e apagou no quarto enquanto eu estava no banho.
Ao fim de uns 10 minutos - que do lado de cá da porta pareceram duas horas - comecei a chamar o nome dele baixinho, coisa que não se revelou muito eficaz.
Foi aí que me baixou o espírito MacGyver. Comecei a olhar em desespero à minha volta e procurar por coisas que pudessem servir para destrancar uma porta. Ou para fazer uma bomba, o que viesse primeiro.
A primeira ideia que eu tive foi besuntar a chave com sabão. Não sei onde eu fui buscar isso, mas pensei que a chave pudesse escorregar melhor e abrir a fechadura. Não.
Encontrei um grampo de cabelo. Ah, se isso é tão clichê em filme é porque deve funcionar na vida real, certo? Errado. Merda!
Bom, mas nem tudo está perdido. O importante é ter fé. Continuei a tentar, podia ser que desse para vencer a fechadura pelo cansaço.
Força um pouquinho a chave, empurra a porta, puxa a porta, força mais a chave... Está quase... Ao fim do que me pareceram cinco horas eu finalmente ouço barulho do outro lado. Aleluia. Deve ser a equipe de busca e salvação que a minha mãe contratou para me resgatar e eles me encontraram aqui no banheiro. Ou então é só o fulano mesmo. Mas agora já não interessa. Estou quase sendo salva.
- Hmmm... Já vi que te trancaste no banheiro. Passa a chave por baixo da porta que eu destranco-te.
Mas que raio de voz feminina é essa?! Oh merda! Com o barulho acordei a companheira de casa do bofe... Passei a chave e comecei a dizer:
- Olha, eu sou a namorada do fulano e eu estava tomando banho e...
Mas ela não me deixou terminar. Botou a chave na fechadura, deu um encontrão na porta. A fechadura cedeu, a chave rodou, a porta abriu. E eu, do outro lado, fazia o possível para me tapar com uma toalhinha de mãos.
- Errr... Prazer, eu sou a Ana, namorada do fulano.
Ela deu um sorriso amarelo e tentou fingir naturalidade enquanto disfarçava a surpresa. Eu acenei com a cabeça, porque achei que da dois beijinhos ia pegar mal naquela situação. Juntei o resto de dignidade que me sobrava e, com o ar de quem aparece pelada todos os dias em banheiros alheios, acrescentei:
- Finalmente eu te conheço! Adoro a decoração que você fez aqui na casa.
Ela continuou sorrindo e eu fui me esgueirando pelo corredor, de bunda virada para a parede. Entrei no quarto, vi o benzão babando na cama. Resisti ao impulso de sufocá-lo com o travesseiro e apenas empurrei-o para fora da cama.
quinta-feira, 22 de julho de 2010
Obsessão
Nunca soube ao certo quando aquilo a começou a incomodar.
Talvez porque fizesse parte do ser humano observar as particularidades da vida alheia. Talvez por não querer ver os próprios erros. Ou talvez por vê-los demais, e querer, com toda a força, acreditar em erros alheios. Sentir que, como todo mundo, não era perfeita.
Reparava nos colegas de escritório que repetiam a toilette, no desequilíbrio de quem insistia em usar saltos sem a necessária perícia, nos erros de escrita, no pó dos móveis, nos livros de cabeça para baixo em estantes, garrafas quase vazias na geladeira. Via migalhas de comida, sabia quem boicotava dieta, quem abusava no vinho ao almoço e quem tentava em vão deixar de fumar. Ia catalogando imperfeições. Vivia num infinito mundo de detalhes.
Em casa era o vizinho que satisfazia o seu desejo de erros alheios. Observava atentamente a roupa que ele deixava estendida no varal. Sabia que ele não separava a as peças brancas e que, por isso, tingia sempre as camisetas quando lavava as calças azul marinho. Via cuecas gastas demais. Daquelas que já pediam aposentadoria há alguns anos.
Até que um dia, ao contar as meias, ficou radiante quando viu que tinha um número ímpar de pés a secarem ao sol. Riu-se com descoberta. Primeiro por dentro, baixinho. Depois, mais gargalhou sozinha na janela. Foi para o trabalho a pensar onde estaria a meia fugitiva. Nem quis saber das migalhas, não fechou gavetas entreabertas, não reparou em sapatos gastos. O mundo lhe passou ao lado.
Estaria atrás do sofá? Perto daquela pipoca que ele inadvertidamente deixou cair? Ou teria caído debaixo da máquina da roupa sem que ele reparasse? E dormia mal, sem saber onde estava a meia figutiva. O vizinho nem parecia se importar, e era isso que a incomodava mais.
Decidiu que não podia viver nesse mistério. Tinha que saber. Reuniu uma dose pequena de coragem e outra maior de loucura. Entrou com facilidade no apartamento. Vasculhou. Resistiu ao impulso de cuidar louça por lavar e de arrumar copos em cima da mesa. Tinha um objetivo.
Ali, naquele pequeno ecossistema de erros alheios, esqueceu de anotar a única falha que lhe seria útil. Uma falha nos sistemas da empresa que fez com que o vizinho retornasse mais cedo a casa.
A cena foi dantesca. Ela ajoelhada com a cara enfiada debaixo do tapete da sala. Ele abria a porta. Ele encontrou-a em sua casa. Ela encontrou a meia por trás do sofá. Junto da pipoca. Ele gritou de susto. Ela gritou: "Achei"!
Claro que nenhuma desculpa foi suficiente para livrar-lhe de uma visita à delegacia. Mas, enquanto prestava depoimento, reparava que o delegado tinha o terrível hábito de roer as unhas...
Talvez porque fizesse parte do ser humano observar as particularidades da vida alheia. Talvez por não querer ver os próprios erros. Ou talvez por vê-los demais, e querer, com toda a força, acreditar em erros alheios. Sentir que, como todo mundo, não era perfeita.
Reparava nos colegas de escritório que repetiam a toilette, no desequilíbrio de quem insistia em usar saltos sem a necessária perícia, nos erros de escrita, no pó dos móveis, nos livros de cabeça para baixo em estantes, garrafas quase vazias na geladeira. Via migalhas de comida, sabia quem boicotava dieta, quem abusava no vinho ao almoço e quem tentava em vão deixar de fumar. Ia catalogando imperfeições. Vivia num infinito mundo de detalhes.
Em casa era o vizinho que satisfazia o seu desejo de erros alheios. Observava atentamente a roupa que ele deixava estendida no varal. Sabia que ele não separava a as peças brancas e que, por isso, tingia sempre as camisetas quando lavava as calças azul marinho. Via cuecas gastas demais. Daquelas que já pediam aposentadoria há alguns anos.
Até que um dia, ao contar as meias, ficou radiante quando viu que tinha um número ímpar de pés a secarem ao sol. Riu-se com descoberta. Primeiro por dentro, baixinho. Depois, mais gargalhou sozinha na janela. Foi para o trabalho a pensar onde estaria a meia fugitiva. Nem quis saber das migalhas, não fechou gavetas entreabertas, não reparou em sapatos gastos. O mundo lhe passou ao lado.
Estaria atrás do sofá? Perto daquela pipoca que ele inadvertidamente deixou cair? Ou teria caído debaixo da máquina da roupa sem que ele reparasse? E dormia mal, sem saber onde estava a meia figutiva. O vizinho nem parecia se importar, e era isso que a incomodava mais.
Decidiu que não podia viver nesse mistério. Tinha que saber. Reuniu uma dose pequena de coragem e outra maior de loucura. Entrou com facilidade no apartamento. Vasculhou. Resistiu ao impulso de cuidar louça por lavar e de arrumar copos em cima da mesa. Tinha um objetivo.
Ali, naquele pequeno ecossistema de erros alheios, esqueceu de anotar a única falha que lhe seria útil. Uma falha nos sistemas da empresa que fez com que o vizinho retornasse mais cedo a casa.
A cena foi dantesca. Ela ajoelhada com a cara enfiada debaixo do tapete da sala. Ele abria a porta. Ele encontrou-a em sua casa. Ela encontrou a meia por trás do sofá. Junto da pipoca. Ele gritou de susto. Ela gritou: "Achei"!
Claro que nenhuma desculpa foi suficiente para livrar-lhe de uma visita à delegacia. Mas, enquanto prestava depoimento, reparava que o delegado tinha o terrível hábito de roer as unhas...
sábado, 17 de julho de 2010
A maldição dos No Doubt
Essa semana, não sei bem a que propósito, eu me peguei lembrando os anos 90 e me deu uma vontade danada de ouvir músicas dessa década. Entre outras coisas, eu lembrei do meu primeiro beijo. Back in 1996. Beijo de língua, lembro perfeitamente.
Eu ia fazer treze anos e todas as minhas amigas tinham beijado, menos eu. Claro, eu era a mais nova da turma e não tinha peitinhos. Ok, não é que eles tenham crescido muito mais depois disso... Mas eu me sentia o verdadeiro patinho feio e aos 12 anos já fazia planos de ser uma empresária bem sucedida e não casar nunca.
Até que, na festa de aniversário de 15 anos da Claudiane um menino veio na minha direção e disse:
- O meu amigo quer conversar com você.
Podem rir, mas naquela época era assim que se fazia. O menino, quando estava interessado, mandava o amigo para dar o recado "botar você na fita dele". Aí eu fui, né? Desde pequena eu aprendi a não desperdiçar oportunidades.
Fomos para um canto da sala e eu beijei o cara. Ou ele me beijou. Nem sei. Mas a questão aqui nem é essa. Gente, estava tocando o "Don't Speak" dos No Doubt!
Essa música era o maior sucesso e eu, que não sabia chongas de inglês, achava que era a música mais romântica do mundo. Afinal tinha uma moça loura que cantava com uma voz chorosa e estava rodeada de homens. Isso só podia ser amor, certo?
Errado. Como eu vim a entender uns anos mais tarde, essa música é sobre um relacionamento que deu super errado e a voz chorosa é porque ela está triste de tudo estar terminando.
O pior é que foi ao som disso que eu dei o meu primeiro beijo!!! Não é que eu seja supersticiosa, afinal eu tenho um gato preto, mas ter o "Don't Speak" como música de primeiro beijo é pedir pelamordedeus para ter uma vida amorosa que se assemelhe a um acidente de viação.
Neste caso, o que me resta agora é fazer um blog e reclamar sobre isso.
Eu ia fazer treze anos e todas as minhas amigas tinham beijado, menos eu. Claro, eu era a mais nova da turma e não tinha peitinhos. Ok, não é que eles tenham crescido muito mais depois disso... Mas eu me sentia o verdadeiro patinho feio e aos 12 anos já fazia planos de ser uma empresária bem sucedida e não casar nunca.
Até que, na festa de aniversário de 15 anos da Claudiane um menino veio na minha direção e disse:
- O meu amigo quer conversar com você.
Podem rir, mas naquela época era assim que se fazia. O menino, quando estava interessado, mandava o amigo para dar o recado "botar você na fita dele". Aí eu fui, né? Desde pequena eu aprendi a não desperdiçar oportunidades.
Fomos para um canto da sala e eu beijei o cara. Ou ele me beijou. Nem sei. Mas a questão aqui nem é essa. Gente, estava tocando o "Don't Speak" dos No Doubt!
Essa música era o maior sucesso e eu, que não sabia chongas de inglês, achava que era a música mais romântica do mundo. Afinal tinha uma moça loura que cantava com uma voz chorosa e estava rodeada de homens. Isso só podia ser amor, certo?
Errado. Como eu vim a entender uns anos mais tarde, essa música é sobre um relacionamento que deu super errado e a voz chorosa é porque ela está triste de tudo estar terminando.
O pior é que foi ao som disso que eu dei o meu primeiro beijo!!! Não é que eu seja supersticiosa, afinal eu tenho um gato preto, mas ter o "Don't Speak" como música de primeiro beijo é pedir pelamordedeus para ter uma vida amorosa que se assemelhe a um acidente de viação.
Neste caso, o que me resta agora é fazer um blog e reclamar sobre isso.
sexta-feira, 16 de julho de 2010
Skinny Bitch
Que eu sou filha da Lei de Murphy e que eu vim ao mundo para ser piloto de teste dos bofescândalos mais bizarros que o Criador inventou, isso ninguém duvida.
Agora, a prova definitiva que a natureza me odeia é eu estar me matando pra fazer dieta, suando pra emagrecer cem gramas e ouvir o colega de trabalho declarar:
- Meu corpo está horrível. Desde que eu comecei a trabalhar aqui eu parei de fazer exercício, só como porcaria e emagreci 3 quilos.
Espera aí que eu vou ali cortar os pulsos e já venho.
Agora, a prova definitiva que a natureza me odeia é eu estar me matando pra fazer dieta, suando pra emagrecer cem gramas e ouvir o colega de trabalho declarar:
- Meu corpo está horrível. Desde que eu comecei a trabalhar aqui eu parei de fazer exercício, só como porcaria e emagreci 3 quilos.
Espera aí que eu vou ali cortar os pulsos e já venho.
quinta-feira, 8 de julho de 2010
Here, there and everywhere
quarta-feira, 7 de julho de 2010
sexta-feira, 2 de julho de 2010
Dieta da saudade
A saudade é um sentimento curioso. É, provavelmente, dos sentimentos mais urgentes que existem. Acho que todas as canções e poemas sobre saudade devem ter sido escritos nos primeiros dias da partida do ser amado.
Porque, convenhamos, saudade - essa palavra que só existe no nosso idioma - se esgota ao fim de um tempo. Essa dor tamanha, que parece que não vai passar nunca, também passa. E aí a gente passa só a sentir falta, quando lembra, de vez em quando. Por fim, a gente se acostuma com a ausência, que se torna presença constante. E vira lembrança. Às vezes doce, às vezes agri-doce.
É que nem fazer dieta. A gente pena nos primeiros tempos para se habituar a viver sem aquilo que (parece que) faz tanta falta. Depois se habitua à saladinha light, grelhados e só escorrega no açúcar vez por outra porque ninguém é de ferro.
Afinal, e todo nutricionista que se preze sabe disso, o segredo de uma vida amorosa saudável é evitar comer frituras e tudo o mais que faça mal ao coração.
Porque, convenhamos, saudade - essa palavra que só existe no nosso idioma - se esgota ao fim de um tempo. Essa dor tamanha, que parece que não vai passar nunca, também passa. E aí a gente passa só a sentir falta, quando lembra, de vez em quando. Por fim, a gente se acostuma com a ausência, que se torna presença constante. E vira lembrança. Às vezes doce, às vezes agri-doce.
É que nem fazer dieta. A gente pena nos primeiros tempos para se habituar a viver sem aquilo que (parece que) faz tanta falta. Depois se habitua à saladinha light, grelhados e só escorrega no açúcar vez por outra porque ninguém é de ferro.
Afinal, e todo nutricionista que se preze sabe disso, o segredo de uma vida amorosa saudável é evitar comer frituras e tudo o mais que faça mal ao coração.
sexta-feira, 25 de junho de 2010
L.U.S.T.
Ele tem um efeito sobre mim. Não é porque ele conhece poemas de Fernando Pessoa. Nem porque cita Quintana. Não. Coisa física mesmo. O cheiro. Da pele, não do pefume.
Entre um sussuro e outro toque, ele brinca com meus sentidos e eu me sinto tonta. É um turbilhão de impulsos nervosos que nervosamente percorrem o meu corpo. O arrepio que começa atrás da orelha e termina onde fica a tatuagem. A dele, não a minha. Porque nessa hora, já não sabemos quem é ele, quem sou eu. Numa profusão de fluidos e carícias somos dois que são um.
Movimento rítmico. Toca. Provoca. Falta-me o ar, o chão, o juízo. Ele se entrega, meu corpo recebe. Difícil dizer de quem é aquele braço e onde foi parar a outra perna. É esse o efeito que ele tem. Tudo em mim se debate. Estremece. As pernas, que sempre estiveram em par, já não se vêem juntas. As costas arqueiam. Já não faz frio.
A unha na carne, a carne na boca. O sabor. Gosto dele. Gosto dele em mim.
Entre um sussuro e outro toque, ele brinca com meus sentidos e eu me sinto tonta. É um turbilhão de impulsos nervosos que nervosamente percorrem o meu corpo. O arrepio que começa atrás da orelha e termina onde fica a tatuagem. A dele, não a minha. Porque nessa hora, já não sabemos quem é ele, quem sou eu. Numa profusão de fluidos e carícias somos dois que são um.
Movimento rítmico. Toca. Provoca. Falta-me o ar, o chão, o juízo. Ele se entrega, meu corpo recebe. Difícil dizer de quem é aquele braço e onde foi parar a outra perna. É esse o efeito que ele tem. Tudo em mim se debate. Estremece. As pernas, que sempre estiveram em par, já não se vêem juntas. As costas arqueiam. Já não faz frio.
A unha na carne, a carne na boca. O sabor. Gosto dele. Gosto dele em mim.
segunda-feira, 21 de junho de 2010
Up
Se você não ficou com nem uma lagriminha no canto do olho depois de assistir aos primeiros dez minutos de "Up", parabéns, você é um robô.
domingo, 20 de junho de 2010
As Intermitências da Morte
"De Deus e da morte não se tem contado senão histórias, e esta é mais uma delas."
Eu lembro que foi numa tarde de verão que eu o conheci. Em meados de 2000, talvez. Sei que foi antes de entrar para a faculdade. Eu estava na biblioteca de Cascais procurando alguma coisa interessante para ler quando ele apareceu diante dos meus olhos. Simples e modesto.
- O disco amarelo iluminou-se.
Foi a primeira coisa que ele disse. Sem me dar tempo para responder, ele continuou:
- Dois dos automóveis da frente aceleraram antes que o sinal vermelho aparecesse.
Gostei da simplicidade das suas palavras e da força que elas transmitiam. Ele falou-me de cegueira. De uma cegueira diferente. Branca, leitosa. Falou-me de um médico, da sua mulher, de uma menina de óculos escuros, entre outros. E,durante 3 dias, eu fiquei ali sentanda, hipnotizada, ouvindo toda a trajectória dos personagens.
No fim, quando "a cidade ainda ali estava" eu não me contive. Não queria que aquela voz calasse. Ele falou-me sobre morte e que teve um dia que ela não veio. Depois, falou-me sobre uma unidade ibérica quando Joana Carda riscou o chão com a vara de negrilho.
Foram muitas histórias que ele me contou desde que o conheci. Mas agora ele foi embora. Morreu. Não vou dizer que foi para um lugar melhor. Convenhamos, ele não me perdoaria! Do pó ao pó. Mas nada acabou, sobra a memória, os poemas, os contos.
Sobra também o vazio. O mesmo que a gente sente quando acaba de ler um livro. E permance a certeza de termos perdido todas as histórias que ficaram por escrever.
terça-feira, 15 de junho de 2010
Andar com fé eu vou...
E eis que na noite de Santo Antônio, no meio da maior festa de Lisboa, uma amiga declara:
- Eu não passo essa noite sem acender a minha velinha para o Santo.
- Ah fala sério! Esse Santo não é para casar? Eu não quero casar!
- Não mas eu acendo para ter abundância.
- De homem?
- Claro!
- Ah... Se é assim...
- Eu não passo essa noite sem acender a minha velinha para o Santo.
- Ah fala sério! Esse Santo não é para casar? Eu não quero casar!
- Não mas eu acendo para ter abundância.
- De homem?
- Claro!
- Ah... Se é assim...
segunda-feira, 14 de junho de 2010
Oh si cariño, más fuerte!*
Desde ya pido desculpa a todos españoles por los crimes cometidos diariamente contra su idioma.
En toda mi vida solo tuve 6 meses de clases de español y todo lo que yo aprendi fue con los filmes que no se recomendan a los niños. Yo no sé hablar español, mucho menos escribir. Todavia, en mi nuevo trabajo tengo que hablar español todos los dias, durante todo el dia.
No es facil, por supuesto que no! Pero ya descubri que el secreto es hablar con conviccion. E con tanta conviccion que yo tengo en el tolefono, ya hay personas que piensam que yo hablo muy bien el español. La verdad es que estoy intentando crear un nuevo idioma, el "embromation", primo distante de el portuñol.
El embromation requiere todo un trabajo y preparaccion. La diferencia es que hay que mantener una cara seria porque el más importante és hacer todo el possible para que su patron no desconfie que tu no estas comprendendo puerra ninguna do que la otra persona esta diciendo!
*Oh si cariño, más fuerte!: estas foran las primeras palabras que yo aprendi en español. No preguntem por que!
En toda mi vida solo tuve 6 meses de clases de español y todo lo que yo aprendi fue con los filmes que no se recomendan a los niños. Yo no sé hablar español, mucho menos escribir. Todavia, en mi nuevo trabajo tengo que hablar español todos los dias, durante todo el dia.
No es facil, por supuesto que no! Pero ya descubri que el secreto es hablar con conviccion. E con tanta conviccion que yo tengo en el tolefono, ya hay personas que piensam que yo hablo muy bien el español. La verdad es que estoy intentando crear un nuevo idioma, el "embromation", primo distante de el portuñol.
El embromation requiere todo un trabajo y preparaccion. La diferencia es que hay que mantener una cara seria porque el más importante és hacer todo el possible para que su patron no desconfie que tu no estas comprendendo puerra ninguna do que la otra persona esta diciendo!
*Oh si cariño, más fuerte!: estas foran las primeras palabras que yo aprendi en español. No preguntem por que!
Mais uma vez mudei!
Foi com muita alegria que eu vi que o blogger está de cara nova. Talvez para competir com o tumblr, ou com outras plataformas, não sei.
Mas a verdade é que eu matei horas procurando um layout legalzinho. E o melhor que eu consegui foi isso. Nem vale a pena se acostumarem porque com esse. Muito provavelmente ainda vou mudar muitas vezes!
Mas a verdade é que eu matei horas procurando um layout legalzinho. E o melhor que eu consegui foi isso. Nem vale a pena se acostumarem porque com esse. Muito provavelmente ainda vou mudar muitas vezes!
sexta-feira, 4 de junho de 2010
Simpatia de Santo Antônio
Junho. Mês de Santo Antônio e de dia dos namorados no Brasil. Péssima hora para se estar solteira, não é meninas? Então, pensando nisso, resolvi deixar para vocês uma simpatia para se arrumar namorado. Podem fazer que é sucesso garantido!
1) Vocês vão precisar de uma camisa branca de mangas compridas. Amarrem as mangas com força, como os laços da paixão.
2) Com a camisa na bolsa, vocês têm de dar um jeito de entrarem na casa do benzão sem ele saber. Claro, simpatia que é simpatia dá trabalho.
3) Depois de driblarem a mãe, o porteiro, o cachorro e a vizinha fofoqueira, entrem no quarto do mais que tudo e deitem-se na cama.
4) Tirem a roupa toda e fiquem de barriga para cima. Peguem na camisa branca e deixem perto da cabeça, para canalizar as energias.
5) O passo seguinte é escrever o nome dele no seu corpo três vezes. Escrevam onde vocês quiserem. Lembrem-se que o nome deverá ser escrito com uma substância doce para a relação nunca azedar. Recomenda-se mel, chocolate ou chantilly. Atenção, é muito importante verificar se o benzão não é diabético.
6) Aí é só esperar que o ser adorado chegue em casa e se depare com o cenário montado. O melhor é não acender velas para ele não achar que é macumba.
7) Se tudo der certo, é só correr para o abraço. Quer dizer, o ideal é você ficar ali paradinha enquanto o fofuxo limpa o nome dele do seu corpinho. Aproveite todos os momentos.
8) Se ele não achar muita graça, peguem na camiseta branca (lembram?!) e vistam com os braços para trás. Isso vai fazer com que ele apenas ache que você fugiu do hospício mais próximo e evita de ele chamar a polícia.
1) Vocês vão precisar de uma camisa branca de mangas compridas. Amarrem as mangas com força, como os laços da paixão.
2) Com a camisa na bolsa, vocês têm de dar um jeito de entrarem na casa do benzão sem ele saber. Claro, simpatia que é simpatia dá trabalho.
3) Depois de driblarem a mãe, o porteiro, o cachorro e a vizinha fofoqueira, entrem no quarto do mais que tudo e deitem-se na cama.
4) Tirem a roupa toda e fiquem de barriga para cima. Peguem na camisa branca e deixem perto da cabeça, para canalizar as energias.
5) O passo seguinte é escrever o nome dele no seu corpo três vezes. Escrevam onde vocês quiserem. Lembrem-se que o nome deverá ser escrito com uma substância doce para a relação nunca azedar. Recomenda-se mel, chocolate ou chantilly. Atenção, é muito importante verificar se o benzão não é diabético.
6) Aí é só esperar que o ser adorado chegue em casa e se depare com o cenário montado. O melhor é não acender velas para ele não achar que é macumba.
7) Se tudo der certo, é só correr para o abraço. Quer dizer, o ideal é você ficar ali paradinha enquanto o fofuxo limpa o nome dele do seu corpinho. Aproveite todos os momentos.
8) Se ele não achar muita graça, peguem na camiseta branca (lembram?!) e vistam com os braços para trás. Isso vai fazer com que ele apenas ache que você fugiu do hospício mais próximo e evita de ele chamar a polícia.
quarta-feira, 2 de junho de 2010
Sua Consciência, Ltda
- Alô?!
- Boa noite, a dona Ana Lu está?
- É a própria. Quem fala?
- Olá Dona Ana Lu, fala da Sua Consciência.
- Sua Consciência? O que você quer?
- Dona Ana Lu, nós estamos entrando em contato relativamente ao Serviço Vida Amorosa. Podemos conversar nesse momento?
- Errr... Sim, mas tem que ser rápido.
- Eu estou contactando, Dona Ana Lu, pois verifiquei que a senhora utiliza bastante a opção de Relacionamentos Passageiros, correcto?
- Sim.
- Por isso nós gostaríamos de estar lhe apresentando a opção Namoro Sério, que é uma alternativa mais cômoda que o Relacionamentos Passageiros.
- Já sei. Experimentei os Modelos Paulo e João e não fiquei muito satisfeita.
- Pode explicar melhor senhora?
- Esses modelos tinham um desgaste rápido. A função de "Jantar fora" só funcionou no primeiro mês. Depois de um tempo eles começaram a dar problemas no arranque. Aí começaram a executar muito rápido. Era problema atrás de problema...
- Dona Ana Lu, nós da Sua Consciência entendemos as suas dificuldades com o Namoro Sério. Por isso, pensando no seu conforto temos para lhe apresentar a promoção Alma Gêmea. A Senhora conhece esta promoção?
- Não.
- Pois bem Dona Ana Lu, a Alma Gêmea é o serviço que a Sua Consciência apresenta para pessoas que já não ficaram satisfeitas com o Serviço de Namoro Sério.
- Sei.
- Então, efectuando já a adesão à promoção Alma Gêmea a senhora terá direito a um modelo exclusivo, com design personalizado e funções especiais de Sexo e Presentes. Trata-se de um upgrade do serviço Príncipe Encantado, que teve bastante sucesso.
- E quanto custa?
- Ora Dona Ana Lu, a Sua Consciência oferece a Alma Gêmea por apenas dois Jantares em Casa por semana, um telefonema todos os dias, Sábados Vendo Futebol e Domingos com a Sogra.
- Ahhhh... Mas isso é muito caro!
- Veja bem Dona Ana Lu, se a senhora escolher o pagamento com a opção do Cartão Fidelidade, ainda receberá inteiramente gratuito o pacote de minutos extra de mimimi ao telefone e sessões de "desliga você. não, desliga você".
- Vamos fazer assim, eu vou pensar nisso e você me liga outra hora. É que já estou atrasada para o Muay Thai.
- Está combinado Dona Ana Lu. Estaremos retornando a ligação a seguir ao seu treino. A Sua Consciência agradece pela sua atenção e tenha uma boa tarde.
Mais tarde nessa noite o telefone toca. Ana Lu vê que são novamente os chatos da Sua Consciência e ignora a ligação. Argh! Odeio Telemarketing!!!
segunda-feira, 31 de maio de 2010
Million Dollar Baby
Não é segredo para ninguém que eu mudo de esporte como mudo de trabalho. Literalmente. Porque se o esporte não for perto do escritório, nada vai me fazer desviar do meu caminho habitual para suar, sofrer e sentir dor.
Por isso, com o novo emprego perto de casa, veio também um novo esporte. Aliás, acabei agora mesmo de voltar do primeiro treino.
Finalmente eu entendo porque dizem que quando a gente morre a gente vê a luz. É que no meio do aquecimento eu já estava vendo focos luminosos pela sala. O meu irmão, que foi arrastado para me fazer companhia, me olhava com ares de desespero. Creio que ele também estava vendo luzes.
Seguindo os conselhos de todos os blockbusters hollywoodianos, meu irmão e eu nos mantivemos longe da luz. E sobrevivemos. Quer dizer, mais ou menos. Não sinto direito os meus braços, acho que eles ficaram perdidos no meio das séries de flexões.
Enfim, mas por essa altura vocês estarão se perguntando onde raios eu fui me meter. Confesso que eu também estou me perguntando isso até agora. Segundo dizem, o esporte se chama Muay Thai. Isso aqui ó:
(detalhe para a musiquinha zen enquanto os moleques se matam)
E agora vocês estão pensando que eu pirei de vez. Não, para além de ser a única moça do Muay Thai, ao fim de 10 minutos eu já estava a suar horrores. Ou seja: queimar gorduras vai ser fácil. Nem que seja na base da porrada!
Por isso, com o novo emprego perto de casa, veio também um novo esporte. Aliás, acabei agora mesmo de voltar do primeiro treino.
Finalmente eu entendo porque dizem que quando a gente morre a gente vê a luz. É que no meio do aquecimento eu já estava vendo focos luminosos pela sala. O meu irmão, que foi arrastado para me fazer companhia, me olhava com ares de desespero. Creio que ele também estava vendo luzes.
Seguindo os conselhos de todos os blockbusters hollywoodianos, meu irmão e eu nos mantivemos longe da luz. E sobrevivemos. Quer dizer, mais ou menos. Não sinto direito os meus braços, acho que eles ficaram perdidos no meio das séries de flexões.
Enfim, mas por essa altura vocês estarão se perguntando onde raios eu fui me meter. Confesso que eu também estou me perguntando isso até agora. Segundo dizem, o esporte se chama Muay Thai. Isso aqui ó:
(detalhe para a musiquinha zen enquanto os moleques se matam)
E agora vocês estão pensando que eu pirei de vez. Não, para além de ser a única moça do Muay Thai, ao fim de 10 minutos eu já estava a suar horrores. Ou seja: queimar gorduras vai ser fácil. Nem que seja na base da porrada!
quarta-feira, 26 de maio de 2010
Perto de casa!
E aí que eu mudei de emprego. Nem foi só pelo salário porque nem é muito diferente do anterior. Só que agora estou pertinho de casa. 9 quilômetros, 15 minutos de carro separam a minha cama do meu escritório. Melhor ainda: 6 quilômetros separam a minha nova mesa da comidinha da minha mãe.
Foi isso, qualidade de vida, que motivou a mudança. Em uma semana já estou notando a diferença. Acordar mais tarde, sair de casa tranquila sem o estresse de trânsito e fila e, por fim, chegar em casa cedo.
Parece tudo fácil, não é? E se eu disser que é para trabalhar maioritariamente com brasileiros? Parece ainda melhor, certo? Pois, aí é que está! Ao fim de 12 anos em Portugal, eu tenho que reaprender a "falar brasileiro". Posso deixar fluir o sotaque desde as gírias, ao jeito de colocar a voz e ao próprio tratamento com as pessoas, que é completamente diferente da minha experiência de trabalho até hoje.
Então ando me reeducando para me habituar a falar "celular" em vez de "telemóvel", "meia" em vez de "seis" e trocar o "levantar o dinheiro" por "sacar". Mas, convenhamos, falar a nossa lingua é que nem andar de bicicleta!
Foi isso, qualidade de vida, que motivou a mudança. Em uma semana já estou notando a diferença. Acordar mais tarde, sair de casa tranquila sem o estresse de trânsito e fila e, por fim, chegar em casa cedo.
Parece tudo fácil, não é? E se eu disser que é para trabalhar maioritariamente com brasileiros? Parece ainda melhor, certo? Pois, aí é que está! Ao fim de 12 anos em Portugal, eu tenho que reaprender a "falar brasileiro". Posso deixar fluir o sotaque desde as gírias, ao jeito de colocar a voz e ao próprio tratamento com as pessoas, que é completamente diferente da minha experiência de trabalho até hoje.
Então ando me reeducando para me habituar a falar "celular" em vez de "telemóvel", "meia" em vez de "seis" e trocar o "levantar o dinheiro" por "sacar". Mas, convenhamos, falar a nossa lingua é que nem andar de bicicleta!
domingo, 23 de maio de 2010
Rapidinha da História
Teste de História do meu irmão mais novo:
"Joana DARK (sic) foi a fundadora do movimento gótico. Ela viveu muito escondida e foi queimada na fogueira porque as pessoas achavam que ela era bruxa. Isso só porque ela usava roupa preta e maquiagem".
"Joana DARK (sic) foi a fundadora do movimento gótico. Ela viveu muito escondida e foi queimada na fogueira porque as pessoas achavam que ela era bruxa. Isso só porque ela usava roupa preta e maquiagem".
domingo, 16 de maio de 2010
A razão
O motivo pelo qual eu não posto com mais frequencia é que eu fiquei sem assunto. Não sei como aconteceu, mas acho que as palavras me faltam. Casa - trabalho - volei - casa - festa. Virou rotina, sei lá.
Saí uns tempos com um carinha meio mole. Tá, não é bonito de se dizer. Mas desde quando eu só digo coisas bonitas? Ai gente, quando é que homem vai perceber que mulher detesta aquele cara sempre bonzinho, carinhozinho e queridinho? Aliás, um homem que a gente descreve sempre no diminutivo não é um homem com quem a gente queira realmente estar.
Ah, e nesse meio tempo sem escrever eu tive também uma gripe e uma amigdalite. A primeira da minha vida. E como eu nunca tinha tido amigdalites, não sabia direito os sintomas. Então eu fiquei tomando remédio pra gripe, crente que estava abafando.
E a dor no corpo nada de passar, dor de cabeça nada de passar. E demorou 10 dias. Sim, 10! Até eu notar que talvez fosse qualquer coisa pior que gripe. Eu até cheguei a procurar no google os sintomas da gripe A porque, como eu tenho espírito de porco, eu achei que fosse grupo de risco da gripe suína.
Isso durou até que uma colega de trabalho disse que eu estava com a cara inchada. Tudo bem, eu engordei mas dizer assim...?
Bom, fui no banheiro e reparei que o meu pescoço estava enooorme! Enfim, entre injecções de penicilina eu me mudei de malas e bagagens para ser mimada pelos pais. E não é que eu gostei?!
Mas para falar a verdade, mesmo a verdade... O motivo pelo qual eu não escrevo mais é que quando eu chego em casa e me preparo para escrever... O Napoleão vem deitar na almofada preferida:
Saí uns tempos com um carinha meio mole. Tá, não é bonito de se dizer. Mas desde quando eu só digo coisas bonitas? Ai gente, quando é que homem vai perceber que mulher detesta aquele cara sempre bonzinho, carinhozinho e queridinho? Aliás, um homem que a gente descreve sempre no diminutivo não é um homem com quem a gente queira realmente estar.
Ah, e nesse meio tempo sem escrever eu tive também uma gripe e uma amigdalite. A primeira da minha vida. E como eu nunca tinha tido amigdalites, não sabia direito os sintomas. Então eu fiquei tomando remédio pra gripe, crente que estava abafando.
E a dor no corpo nada de passar, dor de cabeça nada de passar. E demorou 10 dias. Sim, 10! Até eu notar que talvez fosse qualquer coisa pior que gripe. Eu até cheguei a procurar no google os sintomas da gripe A porque, como eu tenho espírito de porco, eu achei que fosse grupo de risco da gripe suína.
Isso durou até que uma colega de trabalho disse que eu estava com a cara inchada. Tudo bem, eu engordei mas dizer assim...?
Bom, fui no banheiro e reparei que o meu pescoço estava enooorme! Enfim, entre injecções de penicilina eu me mudei de malas e bagagens para ser mimada pelos pais. E não é que eu gostei?!
Mas para falar a verdade, mesmo a verdade... O motivo pelo qual eu não escrevo mais é que quando eu chego em casa e me preparo para escrever... O Napoleão vem deitar na almofada preferida:
terça-feira, 4 de maio de 2010
Doce
- Bom dia moço. Tem Beijinho?
- Tem sim. Aqui ó.
- Queria três por favor... Não, quatro. Para levar.
- Aqui está.
- Aquilo ali é Bom Bocado?
- É e está fresquinho. Vai querer senhora?
- Sim. Seis, também para levar, por favor.
- Mais alguma coisa, senhora?
- Um Sonho por favor.
- Também é para levar?
- Não. O Sonho é sempre para consumo imediato. Se levar para casa acaba ficando esquecido na geladeira e estraga-se.
- Tem sim. Aqui ó.
- Queria três por favor... Não, quatro. Para levar.
- Aqui está.
- Aquilo ali é Bom Bocado?
- É e está fresquinho. Vai querer senhora?
- Sim. Seis, também para levar, por favor.
- Mais alguma coisa, senhora?
- Um Sonho por favor.
- Também é para levar?
- Não. O Sonho é sempre para consumo imediato. Se levar para casa acaba ficando esquecido na geladeira e estraga-se.
segunda-feira, 19 de abril de 2010
Did it again
Eu às vezes me espanto a ouvir certas músicas e ver como elas servem como luvas na minha vida. E, entre alguns gemidos, a Shakira acertou em cheio!
When it comes to men, it’s known
That I end up choosing wrong
‘Cause I always trip and fall
The same old rock and repeat and go back
That I end up choosing wrong
‘Cause I always trip and fall
The same old rock and repeat and go back
How blind a girl can be
To miss you hide your ring
Thought about everything
I’m so naive imagining all that
I Did It Again now
I’ve got it all wrong
But it felt so right
I can’t believe it
All the mistakes that
Went on for too long
Wish there was a way
I could delete ‘em
To miss you hide your ring
Thought about everything
I’m so naive imagining all that
I Did It Again now
I’ve got it all wrong
But it felt so right
I can’t believe it
All the mistakes that
Went on for too long
Wish there was a way
I could delete ‘em
quinta-feira, 15 de abril de 2010
Assim assim
Gente, há uma semana que eu ando meio que com a boca cheia de aftas, meio gripada, meio com febre, meio com dor no corpo, meio com dor de cabeça, meio com dor no dente do siso, meio mole, meio na merda.
Ah... Mas a TPM... Essa veio por inteiro!
Mas, pra vocês não dizerem que eu sumo e depois só apareço aqui para reclamar, vou mandar um beijo enooorme pra vocês todos que me aturam!
Ah... Mas a TPM... Essa veio por inteiro!
Mas, pra vocês não dizerem que eu sumo e depois só apareço aqui para reclamar, vou mandar um beijo enooorme pra vocês todos que me aturam!
quarta-feira, 7 de abril de 2010
Life is a Beatles' Song
As minhas lembranças enchem o espaço em tons de sépia e cheiro a naftalina. Dentre as coisas que nunca mudaram eu vejo a cômoda, o porta-retratos e o falso brilhante. Tudo o mais está diferente. E, no meio do caos aqui instalado, restam algumas coisas por arrumar. Resta o conjunto de chá e as toalhas bordadas. Resta você e resto eu. Entretanto, você não chega mais. Por isso distraio-me a juntar os nossos restos ao som de Beatles. "Yesterday" parece-me adequado.
domingo, 4 de abril de 2010
Amar é...
Dia desses encontrei um album de figurinhas. Coisa antigona mesmo. Daquelas que você guarda e esquece que tem. Era aquela coleção "Amar é...". Para quem não conhece, são dois bonequinhos peladinhos - ele moreno, ela loura - representando pequenas cenas de amor.
Meus pais terminaram esse álbum juntos, quando eram casados. Por isso, durante muito tempo, eu achei que amar era colecionar as mesmas figurinhas.
Cheia desse espírito saudosista, levei o álbum para mostrar ao meu irmão de 12 anos que havia vida antes da internet.
Ele passou os olhos pelas figurinhas, comentando algumas e rindo de outras. E, ao fim de duzentas e tal formas de amor, ele olhou muito sério para mim e disse:
- Poxa Ana, amar é difícil!
Meus pais terminaram esse álbum juntos, quando eram casados. Por isso, durante muito tempo, eu achei que amar era colecionar as mesmas figurinhas.
Cheia desse espírito saudosista, levei o álbum para mostrar ao meu irmão de 12 anos que havia vida antes da internet.
Ele passou os olhos pelas figurinhas, comentando algumas e rindo de outras. E, ao fim de duzentas e tal formas de amor, ele olhou muito sério para mim e disse:
- Poxa Ana, amar é difícil!
quinta-feira, 1 de abril de 2010
Final Feliz
Poderia ter sido uma cena de filme. O cenário perfeito, os personagens impecáveis. O metrô ia menos cheio que o habitual. Uma das primeiras manhãs de sol da primavera. Ele na casa dos trinta, solteirão - a indicar pelos tênis, óculos escuros e falta de aliança. Ela, vinte e alguns, à procura de qualquer coisa mais que um "one night stand".
Aí vem a acção. Coisa simples. Ela vai sentar num banco vazio bem no momento que o metrô arranca. Desequilibra-se. Quase cai em cima dele.
Se fosse um filme ele teria feito uma observação cômico-sarcástica. Ela teria achado graça. Trocariam olhares. Ela lançaria um último olhar antes de sair da carruagem e ele, sentindo uma brecha, iria atrás dela.
Provavelmente seriam felizes para sempre embalados por uma trilha sonora em tons de pop-rock romântico.
Mas não. Não era um filme. Era uma quinta-feira de manhã, bem real. Ele tinha sono, logo não reparou que ela era bonita. Beleza de pequenos detalhes, feições delicadas e cabelo levemente despenteado. Ela tinha pressa. Murmurou um pedido de desculpas que ele retribuiu com um aceno de cabeça, em jeito de dizer: "não há problema".
A iluminação não era a correcta e a trilha sonora que ouviam era um hip-hop que vinha do MP3 do moço ao lado, cujo volume demasiado alto fazia com que a música saísse dos fones e ocupasse o espaço.
Não houve observação cômico-sarcástica, nem troca de olhares. Ela saiu na estação de todos os dias sem olhar para trás. Ele permaneceu sentado, absorto em planos e pensamentos.
Meses mais tarde, ela conheceu um outro cara e ao fim de ano e meio de namoro resolveram morar juntos. Depois casram e parece que têm filhos e cachorro. Ele continuou solteiro, com uns namoros ocasionais. Não era um filme, mas nada os impediu de serem felizes.
Aí vem a acção. Coisa simples. Ela vai sentar num banco vazio bem no momento que o metrô arranca. Desequilibra-se. Quase cai em cima dele.
Se fosse um filme ele teria feito uma observação cômico-sarcástica. Ela teria achado graça. Trocariam olhares. Ela lançaria um último olhar antes de sair da carruagem e ele, sentindo uma brecha, iria atrás dela.
Provavelmente seriam felizes para sempre embalados por uma trilha sonora em tons de pop-rock romântico.
Mas não. Não era um filme. Era uma quinta-feira de manhã, bem real. Ele tinha sono, logo não reparou que ela era bonita. Beleza de pequenos detalhes, feições delicadas e cabelo levemente despenteado. Ela tinha pressa. Murmurou um pedido de desculpas que ele retribuiu com um aceno de cabeça, em jeito de dizer: "não há problema".
A iluminação não era a correcta e a trilha sonora que ouviam era um hip-hop que vinha do MP3 do moço ao lado, cujo volume demasiado alto fazia com que a música saísse dos fones e ocupasse o espaço.
Não houve observação cômico-sarcástica, nem troca de olhares. Ela saiu na estação de todos os dias sem olhar para trás. Ele permaneceu sentado, absorto em planos e pensamentos.
Meses mais tarde, ela conheceu um outro cara e ao fim de ano e meio de namoro resolveram morar juntos. Depois casram e parece que têm filhos e cachorro. Ele continuou solteiro, com uns namoros ocasionais. Não era um filme, mas nada os impediu de serem felizes.
domingo, 28 de março de 2010
Offline
Se por um lado o rato rói a roupa do rei de Roma, aqui em casa o gato rói o cabo do computador da An@Lu.
quinta-feira, 18 de março de 2010
À francesa
Às vezes a gente se dá conta que está numa situação em que coloca mais energia a tentar "vencer" o fim de uma relação do que o tempo que passou procurando fazer com que as coisas resultassem enquanto estiveram juntos.
Como vocês devem calcular, isso não é bonito - muito menos saudável. Se eu tivesse que escolher uma palavra, penso que a mais adequada seria "patético". Duas pessoas, dois adultos, numa relação completamente destrutiva que mais parece um campeonato para ver que magoa mais o outro. Com direito a jantares desmarcado no último minuto, utilização de terceiros para fazer ciúmes entre outras coisas que seriam de esperar se tivéssemos doze anos.
Aí é a hora de uma pessoa reconhecer que a retirada estratégica é a melhor solução. Mesmo que seja uma saída de fininho, pela porta dos fundos... à francesa.
Como vocês devem calcular, isso não é bonito - muito menos saudável. Se eu tivesse que escolher uma palavra, penso que a mais adequada seria "patético". Duas pessoas, dois adultos, numa relação completamente destrutiva que mais parece um campeonato para ver que magoa mais o outro. Com direito a jantares desmarcado no último minuto, utilização de terceiros para fazer ciúmes entre outras coisas que seriam de esperar se tivéssemos doze anos.
Aí é a hora de uma pessoa reconhecer que a retirada estratégica é a melhor solução. Mesmo que seja uma saída de fininho, pela porta dos fundos... à francesa.
sábado, 13 de março de 2010
Fala sério
Eu nunca quis um relacionamento sério. Quando eu estiver com alguém, eu quero que seja tudo menos sério. Quero risos, gargalhadas, cores e sabores.
Eu gosto de guardar a seriedade para quando ela é realmente necessária. Porque, quando eu estiver com alguém eu quero falar bobagem, olhar a lua, ver formas nas nuvens, xingar o árbitro em jogo de fuebol. Quero a alegria do reencontro e pintar de todas as cores os nossos momentos.
Por isso, gosto de amizades coloridas. Quer dizer, todas as minhas amizades são coloridas. E tenho-as nas mais diversas cores e tons. O preto e branco ficam para o mundo lá fora. Aqui dentro mora o arco-íris.
Eu gosto de guardar a seriedade para quando ela é realmente necessária. Porque, quando eu estiver com alguém eu quero falar bobagem, olhar a lua, ver formas nas nuvens, xingar o árbitro em jogo de fuebol. Quero a alegria do reencontro e pintar de todas as cores os nossos momentos.
Por isso, gosto de amizades coloridas. Quer dizer, todas as minhas amizades são coloridas. E tenho-as nas mais diversas cores e tons. O preto e branco ficam para o mundo lá fora. Aqui dentro mora o arco-íris.
terça-feira, 2 de março de 2010
Com a bola em alta
Decidi acabar com a vida sedentária. É que eu parei o jiu-jitsu desde o ano passado quando fiquei sem emprego e não voltei por causa do horário. Todos os fins de semana juro para mim mesma que vou levantar e correr na praia. Como vocês devem calcular, eu fiz isso cerca de... uma vez. Não adianta. Praticar esporte sozinha não é para mim.
Aí surgiu uma oportunidade de voltar ao vôlei, uma vez por semana. E sendo o treino sempre às segundas, pode-se dizer que eu encontrei um motivo para deixar de sofrer de "sunday blues".
Eu já tinha começado a jogar volei no Brasil, quando tinha 12 anos. Na altura em que o vôlei masculino foi campeão olímpico. No tempo do Tande, do Giovanni e do Marcelo Negrão. Parei aos 14 anos quando vim para Portugal e desde aí que nunca mais tinha tocado numa bola de vôlei por mais de meia hora.
Estava morrendo de medo de não conseguir fazer nada, por estar enferrujada. Mas, tirando uns serviços que não saíram, podia ter sido bem pior. Pdia ter sido bem melhor também. Mas, realmente é como andar de bicicleta. Por isso para além das vantagens óbvias de praticar um esporte, o vôlei tem para mim um signicado especial. Tem esse gostinho de pré-adolescência.
Mas se vocês acham que eu melhorei, porque jiu-jitsu era muito violento e essas coisas... Dá só uma olhada no estado que o meu braço estava quando eu cheguei em casa ontem:
~
Também tenho feito caminhadas durante a hora do almoço. Mas aí a questão nem é tanto de saúde. É que entre almoçar com os novos colegas de trabalho e andar um quilômetro sozinha, a segunda opção é, de longe, bem mais aliciante.
E tenho lido. E como tenho lido. Terminei de ler "A Moça com Brinco de Pérola" que recomendo muito e agora comecei o "Deus das Pequenas Coisas", que começou bem franquinho mas acho que agora está tomando o embalo.
Isso tudo (e fica a dica para quem mora em Portugal) graças à colecção que a revista Sábado lançou, com livros de autores contemporâneos pelo módico preço de 1 Euro. Desse jeito não há desculpa para não ler!
Aí surgiu uma oportunidade de voltar ao vôlei, uma vez por semana. E sendo o treino sempre às segundas, pode-se dizer que eu encontrei um motivo para deixar de sofrer de "sunday blues".
Eu já tinha começado a jogar volei no Brasil, quando tinha 12 anos. Na altura em que o vôlei masculino foi campeão olímpico. No tempo do Tande, do Giovanni e do Marcelo Negrão. Parei aos 14 anos quando vim para Portugal e desde aí que nunca mais tinha tocado numa bola de vôlei por mais de meia hora.
Estava morrendo de medo de não conseguir fazer nada, por estar enferrujada. Mas, tirando uns serviços que não saíram, podia ter sido bem pior. Pdia ter sido bem melhor também. Mas, realmente é como andar de bicicleta. Por isso para além das vantagens óbvias de praticar um esporte, o vôlei tem para mim um signicado especial. Tem esse gostinho de pré-adolescência.
Mas se vocês acham que eu melhorei, porque jiu-jitsu era muito violento e essas coisas... Dá só uma olhada no estado que o meu braço estava quando eu cheguei em casa ontem:
~
Também tenho feito caminhadas durante a hora do almoço. Mas aí a questão nem é tanto de saúde. É que entre almoçar com os novos colegas de trabalho e andar um quilômetro sozinha, a segunda opção é, de longe, bem mais aliciante.
E tenho lido. E como tenho lido. Terminei de ler "A Moça com Brinco de Pérola" que recomendo muito e agora comecei o "Deus das Pequenas Coisas", que começou bem franquinho mas acho que agora está tomando o embalo.
Isso tudo (e fica a dica para quem mora em Portugal) graças à colecção que a revista Sábado lançou, com livros de autores contemporâneos pelo módico preço de 1 Euro. Desse jeito não há desculpa para não ler!
quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010
Pródiga
De vez em quando eu tenho necessidade de vir avisar que eu não morri. E o blog tambem não.
Por um lado tenho algum receio de me ter tornado demasiado quotidiana. Sinto saudades da inspiração que me fez escrever os textos que até hoje são os meus preferidos. Porque até sair com os amigos quase todas as noites já virou rotina.
Inclusive os bofescândalos não têm tido nenhuma característica especial. O que é bom, tendo em conta que os que fazem história são sempre os patéticos.
Tem tudo sido normal, rotineiro. E eu não quis transformar este blog num diário da minha vida com o gato. Mas a verdade é que todos os dias ele me rende histórias. Ele meio que se tornou a personagem central do meu dia-a-dia. E eu bem que acertei no nome. Napoleão Augusto é bastante adequado para o gato que eu tenho.
Porque só mesmo um imperador para me fazer ralar que nem uma besta para pagar as contas enquanto ele passa os dias estirado no sofá. Ah, e quando eu chego em casa, não posso sequer tirar a roupa se não falar com ele antes. Eu tenho o gato mais carente do universo que deita no meu lado da cama, morde o meu dedão do pé quando eu estou dormindo e deita em cima do teclado quando eu estou no computador.
Por isso, fazer malabarismo para juntar trabalho, família, amigos, gato, lazer, arrumar a casa, e otras coistas más não tem sido fácil.
Ah, e sem contar que eu ultimamente tenho sido bem mais leitora que escritora. Mas de livros mesmo, porque tenho passado menos tempo em frente ao pc. Pode ser que venha mais inspração desse jeito. Veremos.
Mas escrever eu vou sempre. É uma necessidade que eu tenho. Só que ultimamente tenho preferido aliar imagens às palavras e brincar com alguns conceitos. Daí que O Outro Blog da Ana agora tem também uma versão Tumblr. Se vai durar? Não sei. O propósito? Não existe. O que existe sou só eu, e uma vontade enorme de alargar os dias, de me inspirar mais, de poder escrever mais.
E, enquanto o tempo não estica, agradeço aos que se mantêm fiéis. Porque essa é a minha casa, onde a filha pródiga sempre retorna.
Por um lado tenho algum receio de me ter tornado demasiado quotidiana. Sinto saudades da inspiração que me fez escrever os textos que até hoje são os meus preferidos. Porque até sair com os amigos quase todas as noites já virou rotina.
Inclusive os bofescândalos não têm tido nenhuma característica especial. O que é bom, tendo em conta que os que fazem história são sempre os patéticos.
Tem tudo sido normal, rotineiro. E eu não quis transformar este blog num diário da minha vida com o gato. Mas a verdade é que todos os dias ele me rende histórias. Ele meio que se tornou a personagem central do meu dia-a-dia. E eu bem que acertei no nome. Napoleão Augusto é bastante adequado para o gato que eu tenho.
Porque só mesmo um imperador para me fazer ralar que nem uma besta para pagar as contas enquanto ele passa os dias estirado no sofá. Ah, e quando eu chego em casa, não posso sequer tirar a roupa se não falar com ele antes. Eu tenho o gato mais carente do universo que deita no meu lado da cama, morde o meu dedão do pé quando eu estou dormindo e deita em cima do teclado quando eu estou no computador.
Por isso, fazer malabarismo para juntar trabalho, família, amigos, gato, lazer, arrumar a casa, e otras coistas más não tem sido fácil.
Ah, e sem contar que eu ultimamente tenho sido bem mais leitora que escritora. Mas de livros mesmo, porque tenho passado menos tempo em frente ao pc. Pode ser que venha mais inspração desse jeito. Veremos.
Mas escrever eu vou sempre. É uma necessidade que eu tenho. Só que ultimamente tenho preferido aliar imagens às palavras e brincar com alguns conceitos. Daí que O Outro Blog da Ana agora tem também uma versão Tumblr. Se vai durar? Não sei. O propósito? Não existe. O que existe sou só eu, e uma vontade enorme de alargar os dias, de me inspirar mais, de poder escrever mais.
E, enquanto o tempo não estica, agradeço aos que se mantêm fiéis. Porque essa é a minha casa, onde a filha pródiga sempre retorna.
terça-feira, 16 de fevereiro de 2010
Cinquenta minutos
Eu não sei o que dá na cabeça desses homens de acharem que 50 minutos de "entra e sai" confere-lhes automaticamente uma entrada na pole position do sexo.
Gente, isso só pode ser minhoca que andaram enfiando nas respectivas cabeças. Ou então excesso de horas de exposição a material pornográfico. Porque só mesmo aí os caras aguentam ficar hora e meia no fuck-fuck e as mulheres permanecem lá achando tudo lindo.
Eu não conheço nenhuma menina que pense que 50 minutos, sem pit stop ou pausa para um suquinho de laranja, seja a marca do deus grego do sexo. Não quero dizer que não exista mulher que goste, só que eu não conheço nenhuma.
Só que, por muito que as revistas femininas não dêem a entender, mulher de vez em quando também gosta de uma rapidinha. Aí é que a coisa já não joga bem. Porque lá fica o "pornstar wannabe" querendo impressionar, e você querendo dormir.
Cinquenta minutos é, no máximo, a marca da dormência. Marca a hora em que você vira de quatro e dá um cochilo. Ou isso ou cabeça feminina vai longe, delirando por umas novas cortinas no quarto, pensando em consertar o lustre quebrado ou apenas imaginando que poderia estar trepando sob o teto da capela Sistina.
Assim pelo menos teria alguma coisa interessante para se entreter enquanto o cara fica se sentindo o verdadeiro Rocco Siffredi.
Gente, isso só pode ser minhoca que andaram enfiando nas respectivas cabeças. Ou então excesso de horas de exposição a material pornográfico. Porque só mesmo aí os caras aguentam ficar hora e meia no fuck-fuck e as mulheres permanecem lá achando tudo lindo.
Eu não conheço nenhuma menina que pense que 50 minutos, sem pit stop ou pausa para um suquinho de laranja, seja a marca do deus grego do sexo. Não quero dizer que não exista mulher que goste, só que eu não conheço nenhuma.
Só que, por muito que as revistas femininas não dêem a entender, mulher de vez em quando também gosta de uma rapidinha. Aí é que a coisa já não joga bem. Porque lá fica o "pornstar wannabe" querendo impressionar, e você querendo dormir.
Cinquenta minutos é, no máximo, a marca da dormência. Marca a hora em que você vira de quatro e dá um cochilo. Ou isso ou cabeça feminina vai longe, delirando por umas novas cortinas no quarto, pensando em consertar o lustre quebrado ou apenas imaginando que poderia estar trepando sob o teto da capela Sistina.
Assim pelo menos teria alguma coisa interessante para se entreter enquanto o cara fica se sentindo o verdadeiro Rocco Siffredi.
domingo, 7 de fevereiro de 2010
Bocão
Eu tenho muito que agradecer à Angelina Jolie. Tá, eu sei que começar o texto com essa frase, fora de contexto, fica muito sem sentido. Mas é a mais pura verdade. Foi ela que botou os lábios carnudos na moda e fez com que o meu complexo diminuísse substancialmente.
Sim, pode-se dizer que a Angelina me poupou algumas centenas de euros em terapia, só por aparecer com o bocão e se orgulhar disso.
É que talvez vocês não saibam, mas desde sempre eu morria de vergonha da minha boca. Até porque eu me identificava muito com o boneco da gelatina Royal, o Bocão. Das poucas vezes que experimentei botar um baton vermelho, sempre me senti o clone do Bozo. Ou então aquelas menininhas que aos oito anos resolvem experimentar o baton da mãe. Portanto sempre usei tons discretos ou então o belo do gloss que deixa a gente com o ar de que comeu uma galnha gordurosa.
E tem aquela coisa que homem costuma detestar baton. Não porque eles acham feio na gente, mas porque eles acham feio neles. Aí resolvi aproveitar a minha solterice e meio que por brincadeira, um dia resolvi assumir o bocão. Passei o tom mais vermelho que encontrei na loja e saí. Porque às vezes eu gosto de botar uma coisa bem diferente do que eu costumo usar. Sei lá, mania de quebrar os meu tabus pra mim mesma.
Enfim, timdamente lá fui eu passear o bocão vermelho. E, ao que parece, se combinado com uma certa personalidade (sim, porque boca de pin up precisa de personalidade a condizer) o negócio faz o maior sucesso.
Aí adoptei o visual vermelhão. O problema é que só que, quando a noite corre bem e rola um bofescândalo, o resultado é meio desastroso. Porque normalmente a cara de fim de noite dos dois é mais ou menos essa aqui:
Sim, pode-se dizer que a Angelina me poupou algumas centenas de euros em terapia, só por aparecer com o bocão e se orgulhar disso.
É que talvez vocês não saibam, mas desde sempre eu morria de vergonha da minha boca. Até porque eu me identificava muito com o boneco da gelatina Royal, o Bocão. Das poucas vezes que experimentei botar um baton vermelho, sempre me senti o clone do Bozo. Ou então aquelas menininhas que aos oito anos resolvem experimentar o baton da mãe. Portanto sempre usei tons discretos ou então o belo do gloss que deixa a gente com o ar de que comeu uma galnha gordurosa.
E tem aquela coisa que homem costuma detestar baton. Não porque eles acham feio na gente, mas porque eles acham feio neles. Aí resolvi aproveitar a minha solterice e meio que por brincadeira, um dia resolvi assumir o bocão. Passei o tom mais vermelho que encontrei na loja e saí. Porque às vezes eu gosto de botar uma coisa bem diferente do que eu costumo usar. Sei lá, mania de quebrar os meu tabus pra mim mesma.
Enfim, timdamente lá fui eu passear o bocão vermelho. E, ao que parece, se combinado com uma certa personalidade (sim, porque boca de pin up precisa de personalidade a condizer) o negócio faz o maior sucesso.
Aí adoptei o visual vermelhão. O problema é que só que, quando a noite corre bem e rola um bofescândalo, o resultado é meio desastroso. Porque normalmente a cara de fim de noite dos dois é mais ou menos essa aqui:
sábado, 6 de fevereiro de 2010
Napoleão
Já há uns tempos que eu não dou as caras por aqui, né? Mas de vez em quando é assim. A vda fica corrida e entre trabalho e vida social mal sobra tempo para dormir.
E eu tenho que confessar que agora quando eu chego em casa eu já não vou correndo para o computador. É que agora eu arrumei uma companhia masculina para aqueles momentos mais solitários.
E gente, ele é um gatinho! Um negão de olhos verdes muito do carinhoso e cheio das vontades. Eu não costumo dizer os nomes dos meus amores aqui no blog, sou discreta em relação a essas coisas. Mas esse é especial e fez com que eu me apaixonasse à primeira vista.
Talvez tenha sido pelo jeito discreto e elegante de andar. Ou pela forma de se aninhar em mim quando estamos no sofá. Eu vendo televisão e ele aproveitando o carinho.
Espero que seja uma relação para durar muito tempo. Por isso tenho que apresentar para vocês o novo (e de momento mais importante) personagem da minha vida.
Esse é o Napoleão Augusto. Eu não disse que ele era gostoso? E o pior é que ele sabe disso. Ele me conquistou no minuto que passou pelas minhas pernas com aquele olhar de "eu sei que eu sou gostoso e que você me quer".
O nome foi fácil de escoher. Napoleão Augusto. Dois nomes de imperadores porque já deu pra ver que quem vai mandar aqui em casa é ele!
E eu tenho que confessar que agora quando eu chego em casa eu já não vou correndo para o computador. É que agora eu arrumei uma companhia masculina para aqueles momentos mais solitários.
E gente, ele é um gatinho! Um negão de olhos verdes muito do carinhoso e cheio das vontades. Eu não costumo dizer os nomes dos meus amores aqui no blog, sou discreta em relação a essas coisas. Mas esse é especial e fez com que eu me apaixonasse à primeira vista.
Talvez tenha sido pelo jeito discreto e elegante de andar. Ou pela forma de se aninhar em mim quando estamos no sofá. Eu vendo televisão e ele aproveitando o carinho.
Espero que seja uma relação para durar muito tempo. Por isso tenho que apresentar para vocês o novo (e de momento mais importante) personagem da minha vida.
Esse é o Napoleão Augusto. Eu não disse que ele era gostoso? E o pior é que ele sabe disso. Ele me conquistou no minuto que passou pelas minhas pernas com aquele olhar de "eu sei que eu sou gostoso e que você me quer".
O nome foi fácil de escoher. Napoleão Augusto. Dois nomes de imperadores porque já deu pra ver que quem vai mandar aqui em casa é ele!
segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010
Quem sabe ainda sou uma garotinha... Not!
sábado, 30 de janeiro de 2010
Voltando
Gente, eu tô voltando. Eu juro que o blog não foi para o espaço. Mas recompor-me levou seu tempo. E, verdade seja dita, eu sempre fico sem jeito de escrever depois de colocar um texto como o anterior.
É que parece que falar do meu novo baton vermelho, da minha teoria sobre sobrnacelhas, do novo bofescândalo ou de qualquer outra coisa mais leve, vai tirar solenidade ao que se passou. Daí a ausência prolongada.
Mas aos poucos a programação volta ao normal. Enquanto isso, eu vou aproveitar os meus 15 segundos de fama que (mais) uma reportagem sobre a Roda de Choro me trouxe:
É que parece que falar do meu novo baton vermelho, da minha teoria sobre sobrnacelhas, do novo bofescândalo ou de qualquer outra coisa mais leve, vai tirar solenidade ao que se passou. Daí a ausência prolongada.
Mas aos poucos a programação volta ao normal. Enquanto isso, eu vou aproveitar os meus 15 segundos de fama que (mais) uma reportagem sobre a Roda de Choro me trouxe:
terça-feira, 19 de janeiro de 2010
Estrela no País das Maravilhas
"Mas, quando o Coelho tirou mesmo o relógio do bolso do colete, viu as horas e continuou o seu caminho todo apressado, então é que Alice se pôs de pé num salto, pois de repente passou-lhe pela cabeça a ideia de que nunca tinha visto um Coelho de colete, com um relógio de bolso".
Isso é porque Alice nunca morou aqui em casa. Caso contrário, já teria presenciado um coelho usando óculos escuros, chapéu de cowboy, gorro de Papai Noel, entre outras coisas que essa dona tosca que vos fala achou que ficaria bem num bichinho.
No entanto, e como o Coelho Branco, Estrelinha também tinha pressa. "Tempus fugit", o tempo foge, não é assim que se diz? Quando se vê passaram quatro anos. Quando se vê, aquele coelhinho que ainda é pequenininho nos teus braços (porque afinal, não deixa de ser um coelho anão) já é velhinho.
E ele foge. Irreversivelmente o tempo foge. Quando se vê, numa sexta-feira, que não foi treze mas bem poderia ter sido, a Estrela que brilhava na minha casa, resolve que é hora de brilhar no Céu.
Essa é a pior parte. Porque sabem de uma coisa? A despedida dói. Dói mesmo, de chorar, espernear e de querer que alguém diga que vai ficar tudo bem.
Mas não fica. Porque chegar em casa e vê-la verdadeiramente vazia é ruim demais. É o gosto amargo que fica na boca. Arrumar a gaiola que não vai ser mais usada, a água que ficou por beber, o resto do feno, a areia para o fundo da gaiola. Tudo que fazia sentido quando tinha uma Estrela em casa.
É difícil desabituar da rotina. Controlar o impulso de olhar para aquele canto da casa e esperar um olhar de volta. Saber que eu vou dormir a manhã de sábado toda porque não vai ter ninguém na sala derrubando as garrafas do móvel para me acordar em sobressalto. Que eu não vou me atrasar para o trabalho porque estive correndo atrás do bicho que não queria, por nada desse mundo, entrar na gaiola.
É um azedo inexplicável. Um nó na garganta que só o tempo consegue desfazer. Mas que vinca o tecido. Porque há coisas que nunca vão embora, você apenas meio que se acostuma a viver sem elas.
Talvez seja isso que os entendidos chamam de saudade. Mas para mim, agora saudade é assim:
Isso é porque Alice nunca morou aqui em casa. Caso contrário, já teria presenciado um coelho usando óculos escuros, chapéu de cowboy, gorro de Papai Noel, entre outras coisas que essa dona tosca que vos fala achou que ficaria bem num bichinho.
No entanto, e como o Coelho Branco, Estrelinha também tinha pressa. "Tempus fugit", o tempo foge, não é assim que se diz? Quando se vê passaram quatro anos. Quando se vê, aquele coelhinho que ainda é pequenininho nos teus braços (porque afinal, não deixa de ser um coelho anão) já é velhinho.
E ele foge. Irreversivelmente o tempo foge. Quando se vê, numa sexta-feira, que não foi treze mas bem poderia ter sido, a Estrela que brilhava na minha casa, resolve que é hora de brilhar no Céu.
Essa é a pior parte. Porque sabem de uma coisa? A despedida dói. Dói mesmo, de chorar, espernear e de querer que alguém diga que vai ficar tudo bem.
Mas não fica. Porque chegar em casa e vê-la verdadeiramente vazia é ruim demais. É o gosto amargo que fica na boca. Arrumar a gaiola que não vai ser mais usada, a água que ficou por beber, o resto do feno, a areia para o fundo da gaiola. Tudo que fazia sentido quando tinha uma Estrela em casa.
É difícil desabituar da rotina. Controlar o impulso de olhar para aquele canto da casa e esperar um olhar de volta. Saber que eu vou dormir a manhã de sábado toda porque não vai ter ninguém na sala derrubando as garrafas do móvel para me acordar em sobressalto. Que eu não vou me atrasar para o trabalho porque estive correndo atrás do bicho que não queria, por nada desse mundo, entrar na gaiola.
É um azedo inexplicável. Um nó na garganta que só o tempo consegue desfazer. Mas que vinca o tecido. Porque há coisas que nunca vão embora, você apenas meio que se acostuma a viver sem elas.
Talvez seja isso que os entendidos chamam de saudade. Mas para mim, agora saudade é assim:
quinta-feira, 14 de janeiro de 2010
quarta-feira, 13 de janeiro de 2010
Mala pronta
- Não se esqueça de guardar as calcinhas.
- Já estão.
- Uma vez, só quando eu cheguei no hotel é que eu dei conta tinha esquecido o saco com as calcinhas em casa.
- Não, já está aqui.
- E pijama, tá levando?
- Só um, vou passar pouco tempo.
- O das nuvenszinhas?
- É.
- Não gosto muito desse... Enfim... E pasta de dente, escova, essas coisas?
- Também.
- Remédio pra dor de cabeça, pra enjôo? Olha que você enjoa na estrada.
- Sim.
- O hotel tem toalha?
- Acho que sim.
- Melhor levar...Vai que não tem...
- Tem razão. Vou pegar.
- E não esquece de levar chinelos!
- Ok.
- Ah, e carregador de celular, baterias para a máquina, mp3... Tá levando?
- Sim, tenho tudo isso. Tirando meu coração que está contigo, tenho tudo.
- Já estão.
- Uma vez, só quando eu cheguei no hotel é que eu dei conta tinha esquecido o saco com as calcinhas em casa.
- Não, já está aqui.
- E pijama, tá levando?
- Só um, vou passar pouco tempo.
- O das nuvenszinhas?
- É.
- Não gosto muito desse... Enfim... E pasta de dente, escova, essas coisas?
- Também.
- Remédio pra dor de cabeça, pra enjôo? Olha que você enjoa na estrada.
- Sim.
- O hotel tem toalha?
- Acho que sim.
- Melhor levar...Vai que não tem...
- Tem razão. Vou pegar.
- E não esquece de levar chinelos!
- Ok.
- Ah, e carregador de celular, baterias para a máquina, mp3... Tá levando?
- Sim, tenho tudo isso. Tirando meu coração que está contigo, tenho tudo.
Por aqui
Eu não me fui embora para a Pársagada, não.
Também nem é falta de inspiração. É só cansaço. Tenho uns textos "na gaveta". Muitos são só começos de texto. Outros são meios. Porque tem coisas que a gente começa pelo meio pra terminar no começo. E tens uns que são só ideia ainda.
Mas é falta de tempo pra trabalhar nas coisas. E não falo de ter uma hora de bobeira. Tem que ser "aquela hora". E agora, quase fechando os olhos de tanto sono, não é uma boa hora. Só que ficar uma semana longe daqui me incomoda.
Esse blog tem uma familiaridade estranha. Sou eu, que se transforma em outra e escreve, que se transforma em ouvidos e que vira desabafo, que fala do dia-a-dia com uma banalidade quase infantil e que vem aqui conhecer-se. Porque eu escrevo por um imperativo de ordem biológica, mais que por qualquer outro motivo.
E agora que eu já me justifiquei, eu vou dormir. Porque essa vida boêmia de sair a meia da semana e acordar cedo pra trabalhar está acabando comigo.
Também nem é falta de inspiração. É só cansaço. Tenho uns textos "na gaveta". Muitos são só começos de texto. Outros são meios. Porque tem coisas que a gente começa pelo meio pra terminar no começo. E tens uns que são só ideia ainda.
Mas é falta de tempo pra trabalhar nas coisas. E não falo de ter uma hora de bobeira. Tem que ser "aquela hora". E agora, quase fechando os olhos de tanto sono, não é uma boa hora. Só que ficar uma semana longe daqui me incomoda.
Esse blog tem uma familiaridade estranha. Sou eu, que se transforma em outra e escreve, que se transforma em ouvidos e que vira desabafo, que fala do dia-a-dia com uma banalidade quase infantil e que vem aqui conhecer-se. Porque eu escrevo por um imperativo de ordem biológica, mais que por qualquer outro motivo.
E agora que eu já me justifiquei, eu vou dormir. Porque essa vida boêmia de sair a meia da semana e acordar cedo pra trabalhar está acabando comigo.
quarta-feira, 6 de janeiro de 2010
Ciúme, esse incompreendido
Ainda outro dia eu estava falando sobre ciúme. Mentira, eu tive essa conversa hoje. Só que achei que começar com "ainda outro dia" era mais charmoso. Enfim, continuemos.
Acho engraçado como as pessoas se enchem de orgulho ao declararem que não são ciumentas. Pois bem, eu encho o peito para dizer exatamente o oposto. Sou ciumenta sim senhor!
O ciúme deve ser, provavelmente, o mais incompreendido dos sentimentos. Mas sentir ciúme é tão natural como ficar alegre, ter fome ou sede. Ciúme é a defesa do território. Porque, antes de tudo, nós somos bichos. E esse sentimento nada mais é que uma resposta animal a um estímulo exterior.
Todo mundo que já tentou mexer na comida de um cachorro enquanto ele está com o focinho na tigela sabe que ele vai rosnar, como que dizendo: "fica na tua que isso aqui é meu!".
O ciúme é essa coisa que nos rói por dentro. E rói mesmo. Por algum motivo essas "coisas" se chamam sentimentos. É porque a gente sente mesmo. Tristeza realmente dói no peito, susto causa falta de ar, raiva ruboriza a face e o ciúme... Bem, o ciúme é azia. Aquele mal estarzinho que mói e faz franzir a sobrancelha, cerrar os dentes e... rosnar! É instintivo.
Chico Buarque, que tem todo o meu respeito e admiração, entende bem dessas coisas e defendeu a nobreza do ciúme em "Leite Derramado":
O problema é que muita gente não sabe diferenciar o ciúme da paranóia. E olha que a diferença é simples. Ciúme é ver o mais-que-tudo conversando com aquela oferecida e tascar-lhe um beijão daqueles de tirar o fôlego (no maís-que-tudo, não na oferecida!). É a marcação do território. Tão natural (mas bem menos nojenta) que quando Estrela Regina resolve fazer xixi nos cantinhos da casa para mostrar o que (ela acha que) é dela.
Paranóia, por sua vez, é encher a cabeça do benzão, achando, desconfiando, supondo, que ele já pegou a mulher em todas as posições possíveis.
Ciúme é não gostar do que se vê. Paranóia é ver o que não existe.
Por isso eu continuo defendendo a minha bandeira. Sou da escola do "quem gosta cuida" e sou ciumenta sem qualquer pudor nisso. Nada dessa coisa de mulher mega moderna, desapegada e que não está nem aí. Não faço esse gênero super mulher e me contento em ser meramente... humana!
Acho engraçado como as pessoas se enchem de orgulho ao declararem que não são ciumentas. Pois bem, eu encho o peito para dizer exatamente o oposto. Sou ciumenta sim senhor!
O ciúme deve ser, provavelmente, o mais incompreendido dos sentimentos. Mas sentir ciúme é tão natural como ficar alegre, ter fome ou sede. Ciúme é a defesa do território. Porque, antes de tudo, nós somos bichos. E esse sentimento nada mais é que uma resposta animal a um estímulo exterior.
Todo mundo que já tentou mexer na comida de um cachorro enquanto ele está com o focinho na tigela sabe que ele vai rosnar, como que dizendo: "fica na tua que isso aqui é meu!".
O ciúme é essa coisa que nos rói por dentro. E rói mesmo. Por algum motivo essas "coisas" se chamam sentimentos. É porque a gente sente mesmo. Tristeza realmente dói no peito, susto causa falta de ar, raiva ruboriza a face e o ciúme... Bem, o ciúme é azia. Aquele mal estarzinho que mói e faz franzir a sobrancelha, cerrar os dentes e... rosnar! É instintivo.
Chico Buarque, que tem todo o meu respeito e admiração, entende bem dessas coisas e defendeu a nobreza do ciúme em "Leite Derramado":
"Com o tempo aprendi que o ciúme é um sentimento para proclamar de peito aberto, no instante mesmo de sua origem. Porque ao nascer, ele é realmente um sentimento cortês, deve ser logo oferecido à mulher como uma rosa. Senão, no instante seguinte ele se fecha em repolho, e dentro dele todo mal fermenta."
O problema é que muita gente não sabe diferenciar o ciúme da paranóia. E olha que a diferença é simples. Ciúme é ver o mais-que-tudo conversando com aquela oferecida e tascar-lhe um beijão daqueles de tirar o fôlego (no maís-que-tudo, não na oferecida!). É a marcação do território. Tão natural (mas bem menos nojenta) que quando Estrela Regina resolve fazer xixi nos cantinhos da casa para mostrar o que (ela acha que) é dela.
Paranóia, por sua vez, é encher a cabeça do benzão, achando, desconfiando, supondo, que ele já pegou a mulher em todas as posições possíveis.
Ciúme é não gostar do que se vê. Paranóia é ver o que não existe.
Por isso eu continuo defendendo a minha bandeira. Sou da escola do "quem gosta cuida" e sou ciumenta sem qualquer pudor nisso. Nada dessa coisa de mulher mega moderna, desapegada e que não está nem aí. Não faço esse gênero super mulher e me contento em ser meramente... humana!
Dance like no one's watching
Sabe quando você lê uma coisa que parece que dá um "clique" dentro de você? Pois bem, isso aconteceu quando eu li esse texto. Tanto que eu tomei a liberdade de o traduzir aqui, da maneira que eu o entendi.
Eu sei que vai parecer aquelas coisas que você recebe num powerpoint com imagens de flores e tocando "Aleluia" no fundo. Mas... E daí?
Dance como se ninguém estivesse olhando:
Nós nos convencemos que a vida será bem melhor depois de casarmos, termos um filho, ou qualquer outra coisa.
Depois ficamos frustrados quando as crianças não têm idade suficiente e que ficaremos mais contentes quando elas chegarem lá.
Depois nos frustramos por ter de lidar com a adolescência. E nós certamente seremos mais felizes quando eles saírem dessa fase.
Dizemos a nós mesmos que a vida será mais completa quando a nossa cara metade resolver os seus problemas, quando tivermos um carro melhor, quando pudermos ir numas boas férias, quando nos aposentarmos.
A verdade é que não existe melhor hora para ser feliz do que agora.
Por que se não for agora... Quando?
Sua vida vai ser sempre cheia de desafios. É melhor aceitar isso e resolver ser feliz de qualquer maneira.
Uma das minhas citações favoritas é de Alfred D Souza:
"Por muito tempo pareceu-me que a vida estava prestes a começar. Mas haviam sempre obstáculos no caminho, alguma coisa que tinha que ser resolvida primeiro, alguns assuntos por terminar, tempo para ser cumprido, dívidas por pagar. Só então a vida começaria. Por fim enteni que esses obstáculos eram a minha vida."
Essa perspectiva me ajudou a ver que não existe caminho para a felicidade. A felicidade é o caminho.
Dessa forma, valorize todos os seus momentos. E valorize mais ainda por tê-los partilhado com alguém especial, especial o suficiente para você ter passado o seu tempo... E lembre-se que o tempo não espera por ninguém.
Portanto pare de esperar até que você termine a faculdade, ou que volte a estudar. Até perder cinco quilos, até ganhar cinco quilos. Até ter filhos, até que seus filhos saiam de casa. Até que você comece a trabalhar, até que se aposente. Até que se case, que se divorcie. Até sexta à noite, até domingo de manhã. Até que você tenha um novo carro ou casa, até que a casa ou o carro estejam pagos. Até a primavera, até o verão, até o outono, até o inverno. Até ao dia 1 ou dia 15. Até que toque a sua música. Até que você tenha bebido, até que tenha ficado sóbrio. Até que você morra... Até que nasça de novo para decidir que não existe tempo melhor que agora para ser feliz.
A felicidade é a jornada, não o destino.
Então pense nisso:
"Trabalhe como se não precisasse de dinheiro, ame como se nunca tivesse se magoado e dance como se ninguém estivesse olhando".
Eu sei que vai parecer aquelas coisas que você recebe num powerpoint com imagens de flores e tocando "Aleluia" no fundo. Mas... E daí?
Dance como se ninguém estivesse olhando:
Nós nos convencemos que a vida será bem melhor depois de casarmos, termos um filho, ou qualquer outra coisa.
Depois ficamos frustrados quando as crianças não têm idade suficiente e que ficaremos mais contentes quando elas chegarem lá.
Depois nos frustramos por ter de lidar com a adolescência. E nós certamente seremos mais felizes quando eles saírem dessa fase.
Dizemos a nós mesmos que a vida será mais completa quando a nossa cara metade resolver os seus problemas, quando tivermos um carro melhor, quando pudermos ir numas boas férias, quando nos aposentarmos.
A verdade é que não existe melhor hora para ser feliz do que agora.
Por que se não for agora... Quando?
Sua vida vai ser sempre cheia de desafios. É melhor aceitar isso e resolver ser feliz de qualquer maneira.
Uma das minhas citações favoritas é de Alfred D Souza:
"Por muito tempo pareceu-me que a vida estava prestes a começar. Mas haviam sempre obstáculos no caminho, alguma coisa que tinha que ser resolvida primeiro, alguns assuntos por terminar, tempo para ser cumprido, dívidas por pagar. Só então a vida começaria. Por fim enteni que esses obstáculos eram a minha vida."
Essa perspectiva me ajudou a ver que não existe caminho para a felicidade. A felicidade é o caminho.
Dessa forma, valorize todos os seus momentos. E valorize mais ainda por tê-los partilhado com alguém especial, especial o suficiente para você ter passado o seu tempo... E lembre-se que o tempo não espera por ninguém.
Portanto pare de esperar até que você termine a faculdade, ou que volte a estudar. Até perder cinco quilos, até ganhar cinco quilos. Até ter filhos, até que seus filhos saiam de casa. Até que você comece a trabalhar, até que se aposente. Até que se case, que se divorcie. Até sexta à noite, até domingo de manhã. Até que você tenha um novo carro ou casa, até que a casa ou o carro estejam pagos. Até a primavera, até o verão, até o outono, até o inverno. Até ao dia 1 ou dia 15. Até que toque a sua música. Até que você tenha bebido, até que tenha ficado sóbrio. Até que você morra... Até que nasça de novo para decidir que não existe tempo melhor que agora para ser feliz.
A felicidade é a jornada, não o destino.
Então pense nisso:
"Trabalhe como se não precisasse de dinheiro, ame como se nunca tivesse se magoado e dance como se ninguém estivesse olhando".
segunda-feira, 4 de janeiro de 2010
Choro é bom demais!
Tem gente que vai pra missa todo domingo e reza o terço. Eu, da minha parte, confesso que não entendo muito de terço, mas entendo de terça. E as melhores terças-feiras de Lisboa são passadas no Lusitano Clube, em Alfama.
Eu me apaixonei pela Roda de Choro desde a primeira vez que pus lá os pés para dançar, em Julho. Não há nada que me prenda em casa numa noite de terça-feira. Posso estar ruim da cabeça ou doente do pé, mas ali cura-se tudo. Quem disse que "quem canta seus males espanta" é porque nunca experimentou dançar.
Não sei explicar direito, mas todas as terças eu exorcizo tudo de ruim entre música, o suor e os amigos. Não tem problema que resista a um Choro, nem tem preocupação que fale mais alto que o "shake da anca".
Como uma imagem vale mais que mil palavras, eu deixo vocês com três minutos e meio de uma reportagem feita pela Paulinha,amiga e jornalista super talentosa.
Sério gente, assistam esse vídeo, mais especificamente os últimos 30 segundos. E se quiserem um autógrafo da gostosa da cena final, já sabem... Eu só assino partes do corpo!
Eu me apaixonei pela Roda de Choro desde a primeira vez que pus lá os pés para dançar, em Julho. Não há nada que me prenda em casa numa noite de terça-feira. Posso estar ruim da cabeça ou doente do pé, mas ali cura-se tudo. Quem disse que "quem canta seus males espanta" é porque nunca experimentou dançar.
Não sei explicar direito, mas todas as terças eu exorcizo tudo de ruim entre música, o suor e os amigos. Não tem problema que resista a um Choro, nem tem preocupação que fale mais alto que o "shake da anca".
Como uma imagem vale mais que mil palavras, eu deixo vocês com três minutos e meio de uma reportagem feita pela Paulinha,amiga e jornalista super talentosa.
Sério gente, assistam esse vídeo, mais especificamente os últimos 30 segundos. E se quiserem um autógrafo da gostosa da cena final, já sabem... Eu só assino partes do corpo!
sexta-feira, 1 de janeiro de 2010
Ao ano novo
Oi ano novo, tudo bem?
Eu vim aqui porque eu precisava conversar. Na verdade até nem era com você que eu queria falar. Só que, ao que parece, está todo mundo ocupado demais curando ressacas. Eu não. Dessa vez me comportei lindamente!
Primeiro porque eu fiquei até a meia noite na casa dos meus pais. Essa é a minha única tradição de ano novo. Eu nem como as uvas, não faço desejos, não pulo com o pé direito e nem uso calcinha nova. Mas o primeiro brinde, os primeiros beijos e os primeiros abraços são destinados aos meus "mais que mais que tudo".
E beber na casa dos pais não rola. Não é que eu não possa ou tenha vergonha. Simplesmente parece que não tem graça. Até o meu amado vinho verde perde todo o gosto quando é mamãe que me serve um copinho.
Ah, isso sem contar que o meu fígado não fala comigo desde terça-feira por causa daquela bebida romena que eu ingeri. Mas não vamos tocar nesse assunto, combinado?
Então fiz o brinde com champanhe e tomei duas cervejinhas só pra constar. Mas, como eu me divirto mesmo sóbria, a noite foi um show. Teve banho de chuva, teve baby-sitting a bêbados, teve espanhol tocando bossa-nova, música africana, karaoke, É o Tchan, teve sorrisos, gargalhadas, abraços (muitos abraços) e fechou com um café da manhã ao nascer do sol.
É ano novo, você chegou causando. Se todas as noites forem como as de ontem então eu vou ter que pedir muitas desculpas pelo trocadilho infame, porque você vai ser 10!
Eu vim aqui porque eu precisava conversar. Na verdade até nem era com você que eu queria falar. Só que, ao que parece, está todo mundo ocupado demais curando ressacas. Eu não. Dessa vez me comportei lindamente!
Primeiro porque eu fiquei até a meia noite na casa dos meus pais. Essa é a minha única tradição de ano novo. Eu nem como as uvas, não faço desejos, não pulo com o pé direito e nem uso calcinha nova. Mas o primeiro brinde, os primeiros beijos e os primeiros abraços são destinados aos meus "mais que mais que tudo".
E beber na casa dos pais não rola. Não é que eu não possa ou tenha vergonha. Simplesmente parece que não tem graça. Até o meu amado vinho verde perde todo o gosto quando é mamãe que me serve um copinho.
Ah, isso sem contar que o meu fígado não fala comigo desde terça-feira por causa daquela bebida romena que eu ingeri. Mas não vamos tocar nesse assunto, combinado?
Então fiz o brinde com champanhe e tomei duas cervejinhas só pra constar. Mas, como eu me divirto mesmo sóbria, a noite foi um show. Teve banho de chuva, teve baby-sitting a bêbados, teve espanhol tocando bossa-nova, música africana, karaoke, É o Tchan, teve sorrisos, gargalhadas, abraços (muitos abraços) e fechou com um café da manhã ao nascer do sol.
É ano novo, você chegou causando. Se todas as noites forem como as de ontem então eu vou ter que pedir muitas desculpas pelo trocadilho infame, porque você vai ser 10!
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