sexta-feira, 23 de novembro de 2012

Sometimes I wonder what the hell I am teaching these people. Because I really wanna know whose Past is really simple and whose Present is really perfect.

segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Maybe there's no right side to this fight. Actually, there's probably no right side to this. Wars will always be wars, and there are no winners in that. But a friend of mine asked for a favor and her suffering, her people's suffering, spoke louder. I had to choose sides and, more because of friendhsip than political beliefs, I'm 100% israeli.

quinta-feira, 8 de novembro de 2012

Da urgência e do amor

O mundo hoje sofre de urgências. As pessoas querem amar, precisam amar. Nessa carência exarcebadada, acabamos caindo na banalização do amor. Você começa um relacionamento e ama. Arruma um novo amigo e ama. Vai comprar pão e ama. Ama tanto que já nem sabe mais a quem se destina tanto amor.

É nesse afã de amar tudo o que respira e mexe que se denota uma impaciência tão característica da nossa condição humana. Queremos um grande amor, já. Queremos para ontem o que temos medo de não ter jamais. Procuramos alguém que nos traga a pessoa amada em três dias. Em duas horas. No intervalo da novela. Enquanto a pizza não chega. Enquanto se esquenta a comida no microondas.

Já não sabemos esperar. Queremos fotos digitais que se vêem na hora. Internet mais rápida. Carros mais velozes. Fast food. Computadores mais eficientes. Tudo para ganhar tempo.

Mas... Tempo para quê?

Tempo para tirarmos mais fotos mais rápidas. Para fazermos mais downloads de filmes que não teremos tempo pra ver. Para chegarmos mais rápido e fazermos mais coisas simultaneamente, sem perda de tempo porque, como reza o adágio: "Tempo é dinheiro". Contudo, ao poupar esse bem tão precioso, perdemos a vida.

Perdemos as horas de ansiedade gostosa na espera de fotos por serem reveladas. Perdemos o borbulhar da água fervendo no fogão e o cheiro de refogado que inunda a casa. A riqueza de detalhes de um passeio a pé. O sabor da comida feita a partir do nada. Sobretudo, perdemos a beleza da conquista de um amor que, ao contrário de um pacotinho de miojo, não é instantâneo.

sexta-feira, 26 de outubro de 2012

B.

Não sei como textos tristes te arrancam sorrisos tão lindos mas, pra te fazer sorrir, eu seria triste a minha vida inteira.

Crônica à Morte

Então ela olhou bem fundo nos olhos do abismo da sua existência. Lá de baixo, a miséria lhe sorria, zombeteira. Tinha cabelos grisalhos e sonhos destruídos. Longe ia o tempo da mocidade alegre e pensamentos distraídos.

O rosto encovado escondia o sorriso que já há muito deixara sua face. Os olhos baços não lembravam nem de longe o olhar esperançoso que costumavam exibir sem pudor. Sim, andava encurvada por todo peso de uma existência vazia. Pés cansados, calejados de vagar sem destino por um tempo que parecia correr ao contrário. Mãos grossas, pesadas que eram nada mais que um testemunho de uma vida passada a escorar lágrimas que jorravam feito tempestade. Sem delicadeza. Sem beleza. Sem nada que remotamente trouxesse algo de bom.

Quis sorrir mais uma vez. Em vão. Quis calar, mas da sua boca sairam duas palavras que não conseguiu conter. E, enquanto o abismo lhe devorava, expirou:

- À Deus.

quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Oração

... mas livrai-nos do mal. E dos sorrisos forçados. Das alegrias que faltam. Das tristezas que duram. Dos amores que secam. Dos beijos que amargam. Dos abraços que afrouxam. Da rotina que sufoca. Das manhãs solitárias. Das noites sem dormir. Da solidão que ataca. Da desilusão que habita. Das palavras que machucam. Dos nós na garganta. Da ansiedade que aperta. Da desesperança que mata.  Das falsas promessas. Das despedidas que doem. Da culpa que pesa. Dos pesos que curvam.
Livrai-nos de todo o mal.
Amém.

Food for thought

If your children grew up to be like you, would you be happy with that?

terça-feira, 23 de outubro de 2012

João


- Oi, eu queria cortar o cabelo.
- Sim, por aqui. Já sabe como quer cortar?
- Joãozinho.

Silêncio. Ela me olha incrédula. Olha em volta para as colegas que também permanecem boquiabertas. Ela quer dizer muita coisa, quer me convencer do contrário e me mandar fazer dois anos de terapia, mas só consegue balbuciar:

- Tem... Tem... Certeza?
- Sim.

E foi com essa palavra que eu selei meu destino.

Mas ok, certeza, assim certeza, daquelas absolutas, eu não tinha. Passei uma hora dentro do ônibus decidindo que iria transformar o meu Channel em Natalie Portman e tomando coragem para isso.

Daí a urgência. Eu sabia que teria que saltar do ônibus e procurar imediatamente um cabeleireiro. Se deixasse para depois, perderia aquele fiozinho de determinação. It's now or never, como diria o Rei.

O resto do salão aguardava apreensivo o resultado. Ela começou. Pegou a tesoura com pesar e aparou minhas madeixas.

- Está bom?
- Mais curto, por favor.

Ela deu um suspiro de resignação. Corta daqui, apara dali, repica. Voilá.

- Está bom?
- Está.

Mas não estava. Com cabelo molhado e aquela capa de cabeleireiro em volta do pescoço eu estava xingando a Emma Watson de todos os nomes por parecer tão bonitinha com aquele cabelo, enganando jovens adultas como eu.

Olhei para o meu cabelo no chão. Pensei em guardar para reimplantação mas a assistente varreu tudo. Droga. Vou ter mesmo que esperar crescer.

Ela tira o manto preto, seca meu cabelo, passa cera e ajeita a franja. Meio desanimada, me olho novamente no espelho. Me surpreendo. Gosto muito do que me olha de volta.

Sorrio. Por ter tido coragem de mudar. E a coragem me foi devidamente recompensada:




"Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades,
Muda-se o ser, muda-se a confiança;
Todo o mundo é composto de mudança,
Tomando sempre novas qualidades."

sábado, 20 de outubro de 2012

Enfim sós

Nós dois éramos dois sós.
Nós dois viramos um só.
Nós dois brilhamos como sóis.
Nós dois já não somos nós.
Nós dois que ficamos sós.
Nós dois que viramos pó.

quinta-feira, 4 de outubro de 2012

Falta


Giro a chave. Destranco a porta. Rodo a maçaneta e dói. Dói o primeiro passo, dói o segundo. Dói cada segundo. Respiro para tomar coragem e me assusto porque me dói o respirar sem você.

Deixo a bolsa no sofá, me dirijo para a cozinha. Café, cigarro, um destilado e sua ausência me acompanharão hoje. E como dói. Me tortura o vazio dos seus olhos, que enche a casa e ilumina os cômodos com a sua sombra. Me torturam as suas palavras mas, mais ainda, me tortura o sussurro do seu silêncio.

Começo ler um livro, ouvir uma música, ver um filme. Termino de ver o livro e de ouvir o filme. A música emudece como a sua fala e me assombra. Me assombra saber que sua sombra está longe daqui. Me assombra minha sombra sombria e sozinha na meia luz.

Vejo nosso quarto. A bagunça deixada na mesa de televisão. O prato com o resto do jantar. A bagunça deixada  no que resta de mim. O seu lado do armário, o seu lado da cama. O seu lado longe do meu lado me faz ficar sem jeito. Sem jeito de arrumar as coisas, sem jeito de fazer comida, sem jeito de escolher limões. Tudo é sem jeito sem você. Até eu, desajeitada e desajustada com a saudade que você me traz.

O relógio não cede, as horas travam. Passo a passo pela casa vazia, meu coração descompassado bate em sentido anti horário. Nada mais tem sentido e eu sinto cada pedaço de você que falta em mim.

Falta seu cheiro nos meus cabelos e os seus cabelos fazendo nós nos nós dos meus dedos. Faltam os seus sonhos, partilhados pela manhã com o café. Faltam ainda seis horas para o nascer do sol. Faltam muitos dias para o fim do mês e faltam três meses para o fim do ano.  Talvez ainda me restem muitos anos na vida mas, com a sua falta, faltará toda a vida nos meus anos.


segunda-feira, 12 de março de 2012

O dia D

Eu não ligo para datas. Não, não estou tentando fazer gênero. Você me conhece bem para saber que eu não sou dessas coisas. Na verdade eu tenho uma vaga ideia de quando começamos a namorar devido às festas que nós fomos. Sim, vivemos em festa. E sabemos fazer a festa!

Talvez por eu já estar demasiado calejada de lembrar de dias que há muito perderam o significado e de datas que, já não sendo minhas, ainda voltam na cabeça vez por outra, meu cérebro decidiu parar de processar esse tipo de informação.

Por isso amor, talvez eu não lembre de comemorar meses de namoro. Talvez eu esqueça datas que parecem relevantes para tanta gente. A verdade é que eu odeio ter dias estipulados para ser feliz. Porque desde que te conheci sou feliz todos os dias.

domingo, 4 de março de 2012

Enquanto isso por aqui...

... se continua vendo as coisas com óculos cor de rosa:



"And I love that you are the last person I want to talk to before I go to sleep at night. And it's not because I'm lonely, and it's not because it's New Year's Eve. I came here tonight because when you realize you want to spend the rest of your life with somebody, you want the rest of your life to start as soon as possible."

quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

(Imper)Feito pra mim

Pode acordar de mau humor, que eu também não sou de falar de manhã. E pode não tolerar que se conte o final dos filmes porque eu também odeio quem tem essa mania. Pode não suportar funk que isso também é coisa que não entra no meu MP3 (embora eu adore dançar, confesso).

Se não tomar cerveja não importa, o meu veneno de eleição é a vodka. Também pode odiar ser interrompido quando está concentrado. Eu sei bem o quanto isso é terrível. Até pode odiar multidões porque apesar de eu ser social, aprecio ficar em casa vendo um filme no típico "programinha a dois".

Reclamar para caramba não é problema porque eu me junto no coro dos revoltosos. Acha que não dança mas não deixa de me tirar para dançar. Se não for de ficar ligando não há problemas, porque eu detesto falar ao telefone. E se for do tipo que não tira a mão de cima tanto melhor, porque eu sou igualzinha.

Pode não perfeito mas, nas susas imperfeições, parece que foi feito pra mim.

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Tocando em repeat


Eu gosto de andar pela rua, bater papo, de lua e de amigo engraçado.
Eu gosto do estilo do Zorro,  o visual lá do morro e de abraço apertado.
Eu gosto mais de bicho com asa, mais de ficar em casa e mais de tênis usado.
Eu gosto do volume, do perfume do ciúme, do desvelo e do cabelo enrolado.
Eu gosto de artistas diversos, de crianças de berço e do som do atchim.
Eu gosto de trem fora do trilho, de andar com meu filho e da cor do marfim.
Tem gente, muita gente que eu gosto que eu quase aposto que não gosta de mim.

Eu gosto é de cantar: Vamos celebrar, celebrar, celebrar... Vamos celebrar Vamos celebrar, celebrar, celebrar... Vamos celebrar

Eu gosto de artista circense, de astista que pense e de artista voraz.
Eu gosto de olhar pra frente, de amar pra sempre o que fica pra trás.
Eu gosto de quem sempre acredita, a violência é maldita e já foi longe demais.
Eu gosto do repique do atabaque, do alambique badulaque do cachimbo da paz.
Eu gosto de inventar melodia, da palavra poesia e de palavra com til.
Eu gosto é de beijo na boca, de cantora bem rouca e de morar no Brasil.
Eu gosto assim do canto do povo e de tudo que é novo e do que a gente já viu.

Eu gosto é de cantar Vamos celebrar, celebrar, celebrar... Vamos celebrar Vamos celebrar, celebrar, celebrar... Vamos celebrar

Eu gosto de atores que choram ali por nós e namoram ali por nós na TV.
Eu gosto assim de quem é eterno, de quem é moderno e de quem não quer ser.
Eu gosto de varar madrugada, de quem conta piada e não consegue entender.
Eu gosto da risada, gargalhada, da beleza recriada pra que eu possa rever.
Eu gosto de quem quer dar ajuda e acredita que muda o que não anda legal.
Eu gosto de quem grita no morro que a alegria é socorro e que miséria é fatal.
Eu gosto do começo, do avesso, do tropeço do bebum que dança no carnaval.

Eu gosto é de cantar Vamos celebrar, celebrar, celebrar... Vamos celebrar Vamos celebrar, celebrar, celebrar... Vamos celebrar

Eu gosto é de ver coisa rara, a verdade na cara é do que gosto mais.
Eu gosto porque assim vale a pena, a nossa vida é pequena e tá guardada em cristais.
Eu gosto é que Deus cante em tudo e que não fique mudo morto em mil catedrais.

Eu gosto é de cantar Vamos celebrar, celebrar, celebrar... Vamos celebrar Vamos celebrar, celebrar, celebrar... Vamos celebrar

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Querida Nicki Minaj,

Eu sei que é difícil ser mulher. A gente não quer sair com a mesma roupa e faz sempre um esforcinho extra para causar na night. Por isso eu entendo a sua ideia de ir para os Grammys parecendo o ET naquela cena em que ele se veste de mulher e acompanhada do sósia do João Paulo II.

Realmente vocês dois faziam um casal muito carismático. No entanto essa vibe Lady-Gaga-wannabe-vou vestir-uma-coisa-para-espantar-a-galere já é meio 2009. Já cansou. Nem a própria Lady Gaga está conseguindo mais chamar a atenção com isso.

Eventualmente até o bizarro vira rotina e o sósia de um Papa falecido não é mais tão chocante assim. Ainda mais estando nós perto da época do Carnaval em que, como diz o ditado, ninguém leva a mal.

Entendo que no mundo selvagem dos mídia o pior crime é passar despercebido.  No entanto, creio que nessa história você acabou ficando como a menina esquisitinha que quer chocar a qualquer custo, feito criança que se joga no chão do supermercado para chamar a atenção dos pais.

Mas lamento te dizer, Nicki... Seu esforço foi em vão. Porque ganhou a noite quem fez música para o público alvo correto: os ouvidos e o coração. E, para isso, bastou que ela usasse um pretinho básico.

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Soma

E essa gente que adora se ocupar com a vida alheia, hein?

Vocês podem não acreditar, mas algumas almas mal amadas - mas bem intencionadas - disseram para ele que eu não prestava. Pode isso, gente? Curiosamente, as mesmíssimas criaturas me disseram que ele também não prestava!

O resultado, todavia, foi diferente do esperado.

Porque somando-se os dois que não prestavam separados esperava-se um zero. Mas não, nós dois formamos um. Um casal que, ok, tenho que admitir: não presta. Que não presta contas aos outros, que não presta atenção às fofocas e, principalmente, que não se presta a pensar pela cabeça de terceiros.

Porém, num ponto as más línguas acertaram: nós não fomos feitos para ter relacionamentos sérios. Já passamos por isso, não deu certo. Então agora escolhemos experimentar uma coisa diferente, meio "new age". Resolvemos ter um relacionamento engraçado, onde a gente é livre para rir o tempo todo.

Tem funcionado, sabe? Estranhamente desenvolvemos o hábito de confiar um no outro. Uma mania que nasceu entre as piadas, o sarcasmo, o riso de doer a barriga e as longas conversas em que um assunto emenda no outro. Foi mais ou menos quando surgiram também os silêncios. Aqueles que não incomodavam e que diziam tudo sem necessidade de palavras. Em que falamos com os olhos e em que sorrimos cúmplices.

Silêncios onde nos reconhecemos refletidos um no outro e que tivemos a certeza que, prestando ou não, a gente se merece.

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Te quero bem, te quero perto. Bem perto.

terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Rua da Saudade

Às vezes tenho noites de nada para fazer. Ainda mais agora, com a proibição dos downloads, me pego sem nenhum episódio das minhas séries para assistir. A televisão não ajuda e confesso que tenho tido alguma falta de motivação para a leitura.

Os amigos até chamam para sair mas, sabe aqueles dias em que é gostoso ficar em casa? Não, não é tristeza e nem sempre é cansaço. Quem me conhece sabe o quanto eu gosto de sair. Mas, quem me conhece de verdade, sabe também o quanto eu gosto de ficar no meu cantinho.

Nessas noites o único passeio que eu dou é pela Rua da Saudade quando, entre Hey Jude e  Stairway to Heaven, eu abro pastas antigas da minha vida, armazenadas toscamente em forma de zeros e uns. Aí moram amigos com quem eu perdi o contato por desleixo ou simplesmente porque a vida nos levou para lugares diferentes.

Revejo ex-amores aqui e uns casinhos sem importância acolá. Passo em silêncio por eles. Me pergunto como estarão, se continuam sendo os mesmos babacas de antigamente ou se... Abano a cabeça e afasto esses pensamentos. Sigo em frente porque é para lá que a vida caminha.

Chego ao meu lugar preferido: a esquina das viagens. Relembro a vez que dormi na porta de uma igreja em Madrid porque não sabia que o estacionamento fechava após a meia noite. O cheiro enjoado dos coffee shops de Amsterdam e do cara que me pediu em casamento após uma conversa de meia hora. O frio de Berlim. A minha incursão pela "sopa dos pobres" em Genebra e a épica viagem rumo à Tomatina: sem hotel, sem ideia de onde ficar e sem um banheiro. Foi aí que eu virei hippie.

Ah, sim, claro! Os monumentos. Mas nem é tanto por ter visto a Monalisa assim, de "pertinho" - separada apenas pelo vidro, pelo cordão de segurança e pelos setecentos e trinta e oito turistas japoneses que se acotovelavam para tirar fotos sem olhar diretamente para ela uma única vez. É por estar lá e por ser das pessoas que pode se gabar de ter visto o quadro gigantesco na parede oposta à obra do Sr. Da Vinci. Nem foi tanto por ver a Torre Eiffel, mas sim pelo que eu ri sozinha quando eu descobri que tinha comprado o bilhete errado e teria que subir a bagaça toda a pé. E a soneca que eu tirei por baixo da torre, depois de descer.

Mais do que o que eu vi, gosto de lembrar o que senti. E esses passeios pela memória me fazem um bem danado. No entanto, não me posso prender apenas a isso. Porque bem que dizem que recordar é viver. Mas é preciso viver para recordar.

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Arte de Marinheiro


Para manter um amor são precisos nós.
Nós simples, sem complicações.
Amarrados com naturalidade.
Nós fortes e seguros, sem pontas soltas.
Nós enrolados um no outro, mas sem enrolação.
Nós para resistir ao tempo e às tempestades.
Nós que ninguém separe.
Nós unidos um no outro.
Nós dois.

sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

Privacidade

- Eu tenho que começar a tomar sol sempre com o mesmo biquini. Estou a começar a ficar com várias marcas esdrúxulas diferentes.
- Verdade.
- Se eu pudesse eu faria era topless, para acabar com essas marcas todas.
- Ué, e por que não faz? Você está em casa, não tem vizinhos que possam ver...
- É. Tem razão.
(Tira o biquíni timidamente)
- Ana...
- Que foi, mãe?
- Não é topless se você ficar cobrindo os peitos com as mãos.

quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

6 meses depois...


... eu continuo achando essa sensação de estar em casa a coisa mais deliciosa do mundo!

sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

- Eu não entendo quem ainda usa o Hotmail como e-mail principal.
- Provavelmente são as mesmas pessoas que usam o Internet Explorer como browser.
- Então gente, o amigo oculto vai ser assim: cada um traz um presente e a gente tira os nomes na hora.
- E qual é o valor?
- Até 10 Reais. O que vocês acham?
- Legal. Mas e como a gente vai saber o que comprar?
- Tem que comprar uma coisa genérica, um presente bissexual.
- Bissexual?!
- É. Que dá para homem e para mulher.

terça-feira, 3 de janeiro de 2012

M.

Eu vou lembrar sempre de você com a lágrima mais alegre e o sorriso mais triste. Doeu a sua partida. Ainda está doendo. O ano, que mal aprendeu a engatinhar, já me levou o sabor do teu corpo e trouxe o amargo da saudade. Ainda assim continuo sorrindo. Porque você me puxou do precipício do não sentir e me trouxe de volta a vontade de ficar. Mesmo sabendo desde o começo que não seria para sempre, você me fez confiante para largar as amarras me permitir a entrega.

Você devolveu minhas asas em madrugadas de sol. Me enxergou. E eu, refletida nos seus olhos, me enxerguei também. Mudou o rumo da minha trilha sonora. Desde que eu te conheci que não paro de ouvir Marcelo Jeneci e Tulipa Ruiz. Suave, leve e florido, como todas as coisas que fizemos. Enchemos nossas memórias com os melhores clichês. Povoamos as noites com música e dança. Mesmo as noites de chuva. Especialmente as noites de chuva.  Principalmente debaixo daquela chuva, em que você me segurou quando o céu se vestia de todas as cores.

Enquanto o mundo brindava um recomeço, eu transbordava felicidade pelos olhos, já que só o sorriso não era mais suficiente. Porque com você, todos os momentos foram um recomeço. Feliz dois mil e doce.



Destilando um veneninho básico, porque ninguém é de ferro:

- Ele faz mesmo o tipo dela: é loirinho, bonitinho e está ficando com outra pessoa.

domingo, 1 de janeiro de 2012

A gente faz um sacrifício danado nessa vida. Vai trilhando o nosso caminho na marra, no grito, no sufoco... Não é fácil, e a recompensa nem sempre é imediata. Mas o engraçado é que existe até quem, dia após dia e contra todas as expectativas, continue com essa mania absurda de ser feliz apesar disso. Ou será por causa disso?

Recomeço

- Olha, quer saber? É ano novo e eu tô feliz pra caramba. Não sei se é da festa, dos fogos, do álcool ou do clima... Então, que se foda! Eu te amo.