sábado, 21 de março de 2009

Novela das oito

Quando você faz planos para o fim de semana, normalmente não está incluído no programa de sábado à noite descobrir que você tem uma família bastarda.

Pois é, mas foi com essa revelação que eu cheguei à conclusão definitiva de que eu vivo numa novela mexicana. Agora apertem os cintos porque hoje estréia a mais nova história de ficção latino-brasileira:



A história começa quando uma senhora com um sobrenome idêntico ao meu resolve me adicionar no MSN e pergunta se eu quero falar com ela. Com toda a sinceridade do mundo, e com o meu belo tom "oiteconheçodealgumlugar?", respondi:

- Não, você que me adicionou... e eu só aceitei...!
- Você é linda. Tem raiva de mim?


Podem falar, eu sou um imã de malucos não é? Educadamente respondi:

- Eu nem te conheço... Como posso ter raiva?!

Nessa hora a câmera dá um zoom no computador, e começa a tocar aquela música de suspense:

- Eu sou a Fulana De Tal, uma dos 8 filhos do seu avô materno. E sou uma pedra no sapato da sua mãe.

Soco no estômago é pouco para descrever o que eu senti. Como é que uma coisa dessas é dita assim?! A única coisa que eu consegui responder foi:

- Ah, legal Fulana!

E ela continuou:

- Pensei que você ia brigar comigo. Eu sou "a tal" que coloca fotos pelada Orkut.

Quer dizer, não bastava ter uma tia bastarda, ela ainda tinha que ser maluca?!
E ela continuou:

- Eu fiz um álbum provocando a tua família. Eu provoquei a tua mãe, porque exijo o amor dela e ela não me dá atenção. Olha só.

E mandou o link do orkut. Um álbum com um monte de gente que eu nunca vi, onde as legendas faziam referência a como a minha avó e a minha mãe tinham estragado aquela família e roubado tudo deles. Gente, eu acho que nunca senti tanta raiva na minha vida. Se ela estivesse na minha frente eu juro que lhe tera sentado a mão na fuça.

Mas, a um oceano de distância, consegui racionalizar e ver que ela queria mesmo era bater boca via MSN, já que (e como ela própria disse) a minha mãe não lhe dá atenção. Respirei fundo e fui buscar forças para dizer apenas:

- Prefiro não comentar.

Fade out na imagem. E com isso encerra-se o capítulo.

Ela ainda insistiu para eu dizer alguma coisa, e xingá-la se eu quisesse. Acho que uma pessoa dessas nem sequer merece que eu gaste o meu latim nem as pontas dos dedos digitando quaisque palavras.

Não sei se a novela vai ter mais desenvolvimentos. Sinceramente, espero que não. Mas se por acaso tiver, estarei aqui para contar para vocês em primeira mão!

5 comentários:

Janaína Cordeiro de Moura disse...

Oi, Ana Lu, acompanho teu blog com frequencia... E gosto muito dele. Deixei um selinho e um desafio para ti, lá no meu... Acesse o post: http://avoltadomistureba.blogspot.com/2009/03/selinhos-e-desafio.html
Beijão.

By Mari Molina disse...

Caramba!!! Não é lá uma maneira muito agradável de se ter um primeiro contato com alguém da família (ser apresentado)... Não acho uma atitude ética da parte dela, mas... o que é ético hoje em dia, ou quem?!
Espero que fiques bem, depois dessa. Supere!
Beijos

Dione disse...

Definitivamente alguns coisas devem ser deletadas da nossa vida... Essa seria uma delas... Que loucura...

Beijos!!

Lari Bohnenberger disse...

Socorro!
Essa chegou a ser pior que minha ex colega de faculdade com quem nunca conversei na vida, que veio me perguntar via MSN se eu já tinha usado cinta liga.
Que tipo de drogas as pessoas tem usado hoje em dia???
Bjs!

Patrycia disse...

Nossa! Que maneira de dizer "oi, sou sua tia..." E mais bizarro ainda a forma de mostrar que está carente de carinho, amor e atenção. Parece aqueles filmes de suspense...