sexta-feira, 31 de agosto de 2007

Codinome Beija-Flor

E lá estava eu, linda, deitada na rede ouvindo Cazuza. Apesar de ser de 83, eu amo Rock Brasileiro dos anos 80: Barão Vermelho, Cazuza, Paralamas, Legião, Cássia Eller (embora ache que ela é mais anos 90, ou não?)... Bom, mas eu estava lá, meio na fossa, cantando: “Prá que mentir, fingir que perdoou... Tentar ficar amigos, sem rancor... A emoção acabou, que coincidência é o amor...”. E aí fez aquele “clique”... Inspiração!

Que coincidência é o amor”... Brilhante! Afinal, existe maior coincidência que o amor?! Amar alguém é fácil. Mas reunir todas as condições para um relacionamento é difícil. É preciso que muita coisa coincida.

Quem nunca encontrou a pessoa certa na hora errada? Porque às vezes acontece assim. Você conhece aquela pessoa que te corta a respiração e te dá calafrios. Mas aí você está comprometida. Quem nunca esteve o maior tempão solteira, idealizando “o” cara, e ele só aparece quando você começa a namorar de novo? Pessoa certa na hora errada.

Aí não tem como não admitir que realmente é preciso haver muita coincidência para duas pessoas ficarem juntas... Arrumar alguém para beijar na boca? Ah, isso é fácil! Basta querer. Mas para o amor é preciso coincidência. Porque ninguém ama uma generalidade indefinida de pessoas. Ninguém ama “alguém”. Muito embora todo mundo queira arrumar “alguém”. E aí você pega no teu “alguém” que você arrumou, passa o maior tempão com ele e acaba se apaixonando, casando, tendo filhos lindos, netos e indo passar as férias em Recife na casa da prima dele. E não haja dúvidas que dá para ser muito feliz assim. Porque o amor vem também da convivência.

Mas... E quando você não quer “alguém” mas sim “ele”? Já parou para pensar que não é fácil gostar daquela pessoa e ela gostar de você de volta assim, do nada? Porque às vezes você gosta de alguém “do nada”. Não sabe porquê, mas gosta. O amor nem sempre tem explicação. Você gosta porque gosta. Não adianta dizer que gosta porque ele é bonito, inteligente, sabe dançar, cozinha, é fã de Chico Buarque. Se não acredita, faça o seguinte exercício: pense na pessoa que você ama. Nas características dela. Agora vá retirando uma a uma. Você consegue definir a fronteira para o seu amor assim? Se consegue, parabéns. Eu não.

Amor para mim é coisa de pele, de olhar e frio na barriga. Senão seria fácil: eu sentiria frio na barriga por todas as pessoas que gostam de ler, sabem dançar, são minimamente atraentes e gostam de sair à noite. Mas não é assim! Pelo menos para mim não é. O meu amor não tem pré-requisitos.

Por isso eu concordo com o Cazuza. O amor é pura coincidência. E às vezes, simplesmente, é preciso sorte. Sorte de você esbarrar com a pessoa num shopping, sorte de entrar na internet ao mesmo tempo e descobrir que ela está solteira, sorte de o carro quebrar e você ter que pedir carona.

Há quem diga que é destino. Eu não sei. Prefiro acreditar na sorte. Sorte é mais leve, faz vocês viverem um dia de cada vez e lutarem para se conquistar. Destino não. Destino traz muita responsabilidade, é muito peso para uma relação que acabou de começar. Dizer que é destino é não assumir a própria vontade. Porque botar a culpa dos encontros e desencontros numa força superior é covardia. E assim não vale.

Afinal, é preciso mais que ter Júpiter alinhado com Vênus passando por pela constelação de sagitário. É preciso os dois se encontrem, estejam “na mesma onda”, que o momento seja propício, que o beijo combine, que haja aquele encaixe, que o jeito de ser se harmonize...É preciso tanta para um relacionamento que quando tudo se reúne só mesmo dizendo: haja coincidência!!!
"Não responda nunca, meu amor... A qualquer um na rua Beija-flor..."

quinta-feira, 30 de agosto de 2007

Não tem preço

Finalmente chegou o fim do mês! Mas, como alegria de pobre dura pouco, já estou novamente falida.

O dinheiro já nem chega a esquentar lugar na conta bancária. Acho que aquilo está muito árido por lá. Vou botar uns sofaszinhos, umas redes e servir umas bebidas. Pode ser que o meu dinheiro goste mais do ambiente, se sinta melhor e mais aconchegado na minha conta e não se vá embora tão rápido... O meu salário está parecendo uma ejaculação precoce: quando você começa a se animar, já acabou.

Ainda bem que, como diz aquela propaganda do cartão de crédito, ainda existem coisas que não têm preço. Aqui estão algumas que, para mim, não existe dinheiro no mundo que pague:

- Deitar na rede e sentir o sol
- Ajudar um amigo
- Poder contar com a família
- O cheirinho "dele" pela manhã
- Sentir-se linda
- Reencontrar um amigo que já não se vê há muito tempo e sentir aquela química como se nunca estivessem estado separados
- Saber que fez um bom trabalho e ser reconhecida por isso
- Ganhar colo
- Soltar "aquela" gargalhada gostosa
- Ter um ombro amigo para desabafar
- Fazer cafuné até "ele" ficar completamente despenteado. E depois dar risada do cabelo despenteado "dele".
- Ouvir a chuva e não ter que sair da cama
- Lembrar de coisas boas
- Estar apaixonada

*Suspiro... Olhar perdido... Brilhozinho nos olhos...Começa a cantarolar Barão Vermelho...*
Por você, eu dançaria tango no teto,
eu limparia os trilhos do metrô,
Eu iria a pé do Rio a Salvador...

quarta-feira, 29 de agosto de 2007

Meu dia "pop"

Ontem eu me senti "pop". Mal entrei no MSN pularam 8 janelinhas! Não uma, não duas, mas oito! Eu nunca tinha tido que gerir 8 conversas ao mesmo tempo. E, acredita, não é tarefa fácil. Fiquei com pena de não dar a tenção deivda a todos, mas eu tentei.

E num espaço de 15 minutos preenchi a minha agenda de uma semana. Vejam só o meu programa:
- Quarta: Café com AB, ex-colega de senzala no mundo Oni.
- Sexta: Despedida de solteiro com pessoal do trabalho.
- Sábado: Jantar com a Quintas
- Domingo: Almoço com Ân e Sil, amigas e ex-colegas de senzala do mundo Oni.
- Segunda: Sessão de sexo selvagem com o Ashton Kutcher.

Fiquei com a quinta feira livre. Mas "ele" não pode. Hummm....

Acho que vou mudar o Ashton para quinta e na segunda "dou uns pega" no Jude Law. Se bem que o Sawyer estava se oferecendo para me fazer umas massagens. Mas ele é chato. Depois fica dizendo que me ama e não larga do meu pé... Já quis até me levar na escotilha Dharma e tudo!!!

Assim não dá! Depois eu fico me achando a "última bolacha do pacote" e ninguém me atura. Por isso, e só mesmo para evitar ficar muito convencida, vou deixar a quinta feira livre e vou jantar na minha mãe mesmo.

Ah, mas na segunda o programa mantém-se de pé com o Ashton!

terça-feira, 28 de agosto de 2007

Como se chama aquilo?

No meu trabalho tem uma cozinha para os funcionários que queiram trazer comida de casa e não gastar o mísero subsídio de alimentação se alimentando.


Depois de comer leite com cereais ao almoço fui lavar a tigelinha que eu tinha sujado. E reparei que a água não descia da pia. Conclusão brilhante: A pia está entupida. Começo a abrir os armários à procura do "coiso para desentupir a pia". Eu quando não lembro dos nomes tenho a mania de dizer coiso. Em vão. Não encontrei o dito "coiso".

Com um ar muito normal, saio da cozinha e me dirijo a um colega no escritório e começo:
- Olha, eu tava lavando a minha coisa na pia...
Risos maldosos
- É que eu às vezes esqueço o nome das coisas, mas enfim... Eu tava lavando a coisa...
Mais risos maldosos
- ... e a água não desce... Acho que a pia está entupida.
O colega faz aquela cara de "o que eu tenho a ver com isso?". E eu continuei.
- E eu queria saber se aqui tem aquele coiso para fazer assim.

Imagina um desentupidor de pia. Agora imagina a tua mão a volta do cabo do desentupidor, que é cilíndrico. Agora imagina o movimento para desentupir a pia. Para cima e para baixo. Conforme a seguinte ilustração.

Pois é senhoras e senhores... Agora imaginem este movimento no ar sem o desentupidor e adicionem a isso uma mente perversa...

Risos ecoam pela sala. Eu com cara de bunda sem entender por quê.

domingo, 26 de agosto de 2007

Não se revele

Mais um texto mimimi. Ultimamente tenho me sentido assim... Fazer o quê?!

Quero te conhecer, mas não se revele por completo. Quero preservar aquele bocadinho em você que é só teu. Não me diga seus defeitos todos, eu descubro com o tempo. E eu vou amar você por inteiro, e suportar teus espinhos, e contornar os problemas.

Eu tenho medo de te conhecer demais. E conviver e saber tudo sobre você. Ao ponto de não precisar falar. O olhar que já diz tudo, as reacções que você antecipa, a falta de surpresa... Isso me assusta.

Gosto de não saber. E buscar nos olhos uma resposta, na boca as palavras, nas mãos um gesto... Eu quero imprevisibilidade. Quero me angustiar imaginando teus pensamentos. Mesmo sem palavras, quero falar com o teu olhar.

Não me leve a mal, eu também adoro a química que existe quando você termina uma frase que eu começo, quando você já sabe o que eu vou pedir no restaurante e quando você dá colo porque já sentiu minha carência. A gente nem precisa dizer nada porque o olhar falou por nós.

Custa-me imaginar que, um dia, posso olhar para você e ver um vazio. Um rosto sem expressão. Eu falo muito, e falo atabalhoadamente, jorros de palavras que parecem não ter fim. E você ouve, se interessa, questiona... E, se um dia, isso acabar? Você cansar de me ouvir, as palavras secarem, gestos que são automáticos, respostas prontas...

E se, um dia, eu enjoar do teu cheiro? Se eu já não quiser sentir o perfume que fica naquela dobrinha no fim do pescoço? Tenho medo, sabe? De ver vazio no olhar, de só conhecer o teu silêncio, não conseguir interpretar teus gestos.

Por isso, guarde seus segredos. Naquela caixinha no fundo da memória. Não misture o seu eu com o "nós". Não se perca nem se esvazie. Vamos deixar que o nosso amor seja composto de 3 pessoas: Tu, eu e nós. E os 3 vão ser muito felizes juntos

sábado, 25 de agosto de 2007

Hostel II



Sugestão de cinema: Hostel II.

Eu sou daquelas pessoas que tapa a cara nos momentos de suspense. Fico no cinema parecendo uma criança, toda encolhida, vendo o filme só pela fresta que existe entre os dedos.

Para ver este filme é necessário muito estômago. É sinistro, escuro, doentio... Mais uma vez Tarantino nos surpreende, nos deixa de queixo caído e até faz rir da morte na cena final. E pior, ele ainda transforma o acto de matar em uma coisa quase poética.

Esta é daquelas "partes 2" de filmes em que não é preciso ver a primeira. Basta saber a história em traços gerais. Eu mesma não vi a primeira parte. Mas é mais ou menos assim: Imagine-se passeando pela Europa no melhor estilo mochileiro. E aí você conhce alguém que fala muito bem de um albergue num país do leste europeu, fazendo você acreditar que é um paraíso festas e curtições. Mas, o que acontece na verdade é que neste país existe uma rede de tráfico humano na qual você acabou de cair. A tua cabeça é posta em leilão e quem ganha o leilão, ganha o direito de matar você. E não é um "matar" qualquer. É com muito estilo, requinte, tortura e crueldade. Basicamente a pessoa ganha carta branca para fazer que quiser com você. Imaginou? Pois, isto é o Hostel.

O pior do filme é que se trata de uma história completamente credível. Pode mesmo acontecer... Se tiverem nessa onda, vejam o filme.

Ah, ontem fez uma noite óptima. Dormi na rede. Tão bom...

quinta-feira, 23 de agosto de 2007

Lado poético

Porque nem todos os dias acontece alguma coisa engraçada. E às vezes o dia é assim "normalzinho" só. Hoje acordei meio poética. Olha o resultado:

Paixão Noturna

Eu me apaixonei pelos teus olhos tristes
Pelo ar cansado
Pelo peso nos teus ombros
Pela tua melancolia

Eu me apaixonei pelas tuas mãos calejadas
Pelos pés descalços
Pelas noites sem dormir

E pelos sonhos desfeitos
Pela esperança perdida
Pela tua preocupação exagerada

O teu jeito sombrio
O sorriso triste
E os momentos de desespero

Mas principalmente pelo olhar
Tão pesado, sofrido, carregado...

Ai o que eu não daria
Para que esses olhos me vissem,
Me enxergassem, me despissem
E eu seria o teu primeiro raio de sol.

quarta-feira, 22 de agosto de 2007

Tudo uma questão de fé

Eu não tenho nada contra religião, sério. Acho legal quem acredita em algum ente superior. Eu estudei 10 anos num colégio católico. Eu estive no Vaticano, em Fátima, fiz primeira comunhão, sei rezar, mas... Não sei se acredito. Por favor não me critiquem. É uma questão de fé (no meu caso, falta de fé).

Esse blá blá blá foi só para explicar mais ou menos a minha relação com a religião. Sou a favor da liberdade. Liberdade para acreditar ou não. Por isso não gosto que venham "pregar" na minha porta. Mas, de qualquer modo, tem sempre um religioso desavisado pronto a tentar converter a louca do 113.

Aqui em Portugal existe um culto que eu não conhecia (não sei se é uma vertente do protestantismo) basicamente de ingleses. Os "difusores" da palavra são normalmente rapazes na faixa dos 20 anos, loiros e de olhos azuis... Ai ai... Suspira... Eles andam sempre em par. E eis que dois moços batem na minha porta.

Eu tinha acabado de chegar do trabalho, num daqueles dias que você só quer tomar banho e dormir. E toca a campainha. Olhei pelo olho mágico, vi aqueles 2 deuses gregos parados na minha porta e abri.
- Boa tarde senhora.
Poxa... Que gatos... Sorte a minha! Hehehehe
- Boa tarde.
- Desculpa incomodar mas gostaríamos de falar um pouco com a senhora.
- Claro, pode me chamar de você.
- A senhora acredita em Deus?
Pronto! Tinha que ser! Dois gatos maravilhosos tinham que vir tentar me converter... Grunf...
- Não.
- Mas você sabe que foi ele que nos criou, nos deu vida, blá blá blá
Começa a perder a paciência... Recita o mantra...
- Blá blá blá... Vida eterna... Blá blá blá... Os pecados...
Que saco, eu só queria dormir um pouquinho... Será que eles não vão embora?!
- Gente, a conversa está muito boa mas eu...
- E será que a gente não podia entrar para falar mais do Senhor?
Aí eu pirei o cabeção de vez! Perdi mesmo a noção dos meus actos... Vejam só!

Eu dei um passo em frente na direcção do loirinho mais gatinho, botei a mão no ombro dele de um jeito provocador e disse numa voz melosa:
- Ah... Vocês podem entrar sim... A gente fica mais a vontade para falar... dos pecados... da tentação... da luxúria...

Os dois meninos arregalaram os olhos de susto, começaram a se afastar devagarzinho da minha porta e disseram:
- Não, obrigada...
- É estamos atrasados.
- Fica para a próxima...
- Ohhhhhhh........ Mas agora que eu estava gostando da conversa?!

Fechei a porta e ri sozinha em casa. Dei um susto nos pobres rapazes! Ainda não foi dessa que me converteram. Pode ser que um dia apareça um exército desses loirinhos com água benta e tal...

Eu acredito na vida eterna, na remissão dos pecados, no Governo Lula, Amén!

terça-feira, 21 de agosto de 2007

Fali

É sério! Acabei de abrir falência. A partir de agora não saio mais de casa. Não me convidem para nada que não seja de graça ou que me paguem para ir.

Sabem quanto custou o arranjo dos meus pneus???? 213,20€.

Não entendeu? Eu repito: 213,20 €!!!

E isso porque eu chorei e o homem me fez um desconto de 15%. E quando eu digo que eu chorei é porque eu chorei MESMO. Foi assim: eu cheguei na oficina com o pneu completamente retalhado. Parecia que alguém tinha cortado a borracha com faca. E tinha lugares em que havia mesmo buracos. A oficina já tinha passado 10 minutos da hora do fecho. E o mecânico disse:
- Agora só amanhã, já estamos fechados.
E eu que não podia mais andar com a roda daquele jeito comecei a me lamentar:
- Mas moço, não dá para dar só uma olhadinha?
- Não, venha cá amanhã.

Aí desabou tudo. Comecei a chorar e a soluçar no meio da oficina entre palavras lamentos de “e agora?”, “eu não consigo andar com o pneu assim”, “eu não tenho onde deixar o carro”, “me ajuda moço...”.

O mecânico lá se comoveu com a minha choradeira e foi ver o meu carro. Disse mesmo que agora só amanhã mas que eu podia deixar o carro na oficina e ficava seguro. E fez o orçamento simpático que eu já citei.

Agora é esperar. Se não ficar pronto hoje no fim do dia fica pronto amanhã. O tempo nem é o problema. O pior mesmo é o dinheirinho que vai embora.

É sério, tou aceitando donativos. O que vale é que existem algumas coisas que ainda são de graça. Pelo menos por enquanto. Acho que vou começar a cobrar!!! Hihihihihihi

domingo, 19 de agosto de 2007

A posição preferida

- E qual é a sua posição preferida?
- É aquela do peito...
- Hã?! Essa eu não conheco...
- É normal. Pouca gente conhece.
- E como é?
- É fácil. Você vira de barriga pra cima, eu fico do teu lado, encosto a cabeça no teu peito, bem enroscada e digo: "Faz um cafuné!".

quinta-feira, 16 de agosto de 2007

Você já deu?

O excerto do texto abaixo é polêmico. Mas eu gostei.


Pot-pourri de assuntos - Tatiane Bernardi
"(...)
E por falar em dar... dar não é fazer amor. Dar é dar. Fazer amor é lindo, é sublime, é encantador, é esplêndido, mas dar é bom pra cacete. Dar é aquela coisa que alguém te puxa os cabelos da nuca, te chama de nomes que eu não escreveria, não te vira com delicadeza, não sente vergonha de ritmos animais. Dar é bom. Melhor do que dar, só dar por dar. Dar sem querer casar, sem querer apresentar pra mãe, sem querer dar o primeiro abraço no Ano Novo. Dar porque o cara te esquenta a coluna vertebral, te amolece o gingado, te molha o instinto. Dar porque a vida de uma publicitária em começo de carreira é estressante e dar relaxa. Dar porque se você não der para ele hoje, vai dar amanhã, ou depois de amanhã. Tem caras que você vai acabar dando, não tem jeito. Dar sem esperar ouvir promessas, sem esperar ouvir carinhos, sem esperar ouvir futuro.

Dar é bom. Na hora. Durante um mês. Para as mais desavisadas, talvez por anos. Mas dar é dar demais e ficar vazia. Dar é não ganhar. É não ganhar um "eu te amo" baixinho, perdido no meio do escuro. É não ganhar uma mão no ombro quando o caos da cidade parece querer te abduzir. É não ter alguém pra querer casar, para apresentar pra mãe, pra dar o primeiro abraço de Ano Novo e pra falar: "Que cê acha, amor?". Dar é inevitável, dê mesmo, dê sempre, dê muito. Mas dê mais ainda, muito mais do que qualquer coisa, uma chance ao amor, esse sim é o maior tesão. Esse sim relaxa, cura o mau humor, ameniza todas as crises e faz você flutuar o suficiente pra nem perceber as catarradas na rua."



Frase do dia: na minha horta não chove, tem Tsunami

quarta-feira, 15 de agosto de 2007

Mais uma da aranha


Estou extravazando todo o meu sadismo nas aranhas aqui de casa. Vou contar.

Ela era enorme, do tamanho de uma maçã. Estava escondida debaixo do banco de cimento da minha varanda. Eu me muni de toda a minha coragem e disse: "Sai desta casa que não te pertence!". E ela ficou paradona, fingindo que não ouviu. Eu peguei o inseticida e dei uma sprayzada. Ela gemeu e se encolheu. Peguei a vassoura e puxei a bicha mais para perto de mim. A covarde estava fugindo. Mal ela chegou perto, peguei minha havaiana azul e zás. Ela gemeu mais um pouco. No fim, joguei a criatura pela varanda abaixo.
Ela foi forte, uma boa adversária. Morreu na queda, claro. E eu, vendo a aranha lá de cima, soltei a minha risada maléfica: HahaHAhAhAHahahHahA.
Estou ficando profissional na matança de aranhas-invasoras-do-lar.

Depois deste episódio fui cantar vitória no MSN. Diálogo com amiga:
- Menina, matei um aranhão há uns 10 minutos...
- Sério?! E tem matado muito cabrito também??!! rsrsrsrsrs
- Hum... Tá mais fácil matar cachorro a grito... rsrsrsrsrs


Olha aí a minha varandinha... E o meu carrinho no fundo... Sniffff.....

Inferno astral

Ontem a festa foi aqui em casa. Primeiro churrasquinho na casa nova. Em plena terça-feira: 3 de férias, 1 de baixa. Parecia sábado.

Fui buscar as "loiras" no Jumbo de Cascais com Má. Trouxe um vinho branco pra mim mas depois acabei na loira com o pessoal. A gente quer fingir que é chique e toma vinho mas é difícil resistir à loira geladinha!

Minha varanda deu um show! Aquelas duas cadeirinhas, o banco de cimento pra botar a churrasqueira e uma rede. Quer mais alguma coisa dessa vida? Eu não! É o meu canto preferido da casa. E quando bate um solzinho então... Delícia! Depois eu boto um fotinho aqui da varanda.

Os meninos trataram de tudo na minha cozinha de meio metro quadrado. Fizeram arroz, temperaram a carne, fizeram a carne, arrumaram a mesa, lavaram a louça, serviram a comida, e no fim ainda levaram o lixo pra jogar fora. Espetáculo. Eu e a Ana adoramos. Até comidinha na boca teve. Assim a gente fica mal-acostumada...

Depois do churrasco, praia. Depois da praia voltamos para o "segundo round" do churrasco. A Ana foi embora com os meninos e eu fiquei de terminar de arrumar tudo para ir no Armazém F.

E ia eu muito bem dirigindo, toda sorridente, quando começo a ouvir um barulho estranho vindo do meu carro. Parei o carro e não é que o pneu tava furado?! Pô... De novo não... Dessa vez foi o de trás. Não consegui encher aquilo com a bomba. Fiquei a pé mesmo. Aí já era. Não tinha clima pra sair.

Minha moral ficou lá em baixo... Sentei no carro e chorei durante uns quize minutos. Daí o texto de ontem.

Fala sério... Dois pneus em menos de uma semana?! O que falta me acontecer agora?! Bom, eu prefiro acreditar que foi o meu anjo da guarda que furou o meu pneu a fim de me salvar de um atentado terrorista que teria lugar no armazém F...

Mas pronto, pneu furado é coisa que acontece. Pode ter sido coincidência ou, simplesmente estou no meu inferno astral.

A vida continua. E até recebi um SMS de um carinha às 7 da manhã (quer dizer, às 6:52 da manhã) me chamando para ir para a praia à tarde. Li a mensagem, virei para o lado e dormi. Acordei às 10:30 e, pasmem, estava chovendo!!! Ninguém merece né? Chuva em pleno verão... No último dia de férias. Depois de ter combinado de ir à praia.

Pelamordedeus!!! Vai ter azar assim na p******!!!!!

Gente, saiam de perto de mim. Sério! Ultimamente estar do meu lado é considerado uma atividade de risco! Pode cair um prédio a qualquer momento. Ontem até a luz do poste apagou quando eu passei. Quando o inferno astral passar eu prometo que chamo todo mundo de volta. Quem avisa amigo é!

terça-feira, 14 de agosto de 2007

Permita-se

Hoje fiquei triste. Amanhã explico. Da tristeza resultou esse texto.

Passamos a vida toda nos preparando para não ceder em momentos de pressão. Quem nunca ouviu: seja forte! Chorar não vale a pena! Não adianta se desesperar... Entre outras frases de "encorajamento" deste gênero?

Mas a verdade é que ser forte é difícil. Apesar de necessário, não é tarefa fácil. Diante de uma situação stressante é complicado não perder a cabeça nem por um momento, não chorar, aguentar a barra com calma e tranquilidade.

Eu acho que todo mundo deve se permitir um pequeno momento de desespero. Não leva a nada, eu sei. Mas pelo menos alivia. Quando alguma coisa tiver corrido mal, pare. Não seja forte. Permita-se um momento de desespero. Chore, xingue a mãe de quem for necessário, role no chão se isso te fizer sentir melhor. Grite, brade aos céus: "Por quê eu??!!".

Permita-se. Deixe a loucura invadir você e toldar os seus pensamentos. Só depois que você achar que não tem solução é que você vai encontrar o caminho. Porque ele existe. Só para a morte não há remédio. Todo o resto pode ser consertado. Está certo, você não vai melhorar a sua situação chorando que nem um bebê. Mas essa descarga de emoções não é necessariamente má.

Se você tentar ser forte, você vai ficar procurando a solução ao mesmo tempo que combate o bichinho do medo que está dentro de você. Por isso, solte esse bichinho. Deixe as angústias tomarem conta de você. Por um momento, não eternamente. Marque um tempo no relógio se isso te fizer sentir mais confortável. Mas, acima de tudo, dê um tempo ao seu desespero.

E, depois de ter despejado todas as mágoas, aí sim concentre-se na solução do seu problema. Experimenta! Vai ver que é muito mais simples encontrar uma resposta depois de ter aliviado as frustrações, do que enquanto luta para fingir que está tudo bem. O pensamento fica mais focado e nenhuma ideia parece absurda, porque você já se desesperou achando que não havia maneira de remediar.

Permita-se ser frágil num mundo em que esperam que você supere todos os obstáculos. As lágrimas não são o sintoma do fracasso. Elas são o primeiro passo para o sucesso.

Permita-se.

segunda-feira, 13 de agosto de 2007

Você acredita Eduardo e Mônica?

"E quem um dia irá dizer que exise razão nas coisas feitas pelo coração? E quem irá dizer que não existe razão...?"

Assim começava a história de Eduardo e Mônica, contada pelo grande Renato Russo. Duas pessoas de mundos completamente diferentes que se cruzaram, se apaixonaram e viveram felizes para sempre. O perfeito conto de fadas moderno.

Mas agora eu me pergunto, até que ponto dá para viver uma relação "Eduardo e Mônica"? Imagina só, domingão você quer sair e andar de bicicleta, ele quer ficar em casa. Sábado à noite você quer curtir um cineminha, ele quer ir para o boteco com os amigos... E esse é só o começo...

- Pôxa, eu me amarro no rock brasileiro dos anos 80: Paralamas, Legião, Cazuza...
- Ah Mina, meu negócio é Bruno e Marrone, Rio Negro e Solimões (Sem ofensas pra quem curte. Porque gosto é igual a cu, cada um tem o seu)...
- Ih, abriu um restaurante de comida japonesa lá em Cascais, vamos?
- Que comida esquisita mulher! É muito melhor ir no rodízio.
- Tá, eu também gosto de rodízio mas...
- Então vamos pro rodízio gata!

Tá certo que quando você namora você tem que respeitar o outro, aceitar as diferenças, fazer algumas cedências e tal. Mas... E quando a única coisa que vocês concordam é que vocês discordam em tudo!?

Aí você tenta driblar as diferenças. Você gosta de ler ele gosta de jogar futebol. Beleza, ele sai pra jogar e você fica em casa lendo. Ele gosta de boteco você gosta de cinema. Resolvido, ele sai com a turma e você vai no cinema com as amigas. Você gosta de ficar na internet e ele gosta de novela. Simples, você fica no computador e ele na televisão.

Assim é fácil. Mas isso é uma "não relação". É evitar problemas. Pra quê estarem juntos se vocês fazem tudo separados?

Isso de relacionamento é muito complicado. O sucesso de uma relação - seja ela namoro, casamento, rolo, curtição ou qualquer outra coisa - não tem uma fórmula pré definida. Depende de cada casal. Cada um tem um jeito de lidar com as diferenças e semelhanças. Mas para mim têm que existir semelhanças. Eu não consigo viver só com as diferenças. Eu não consigo ser a Mônica do Eduardo. Acho que eu iria procurar um Rafael, um Pedro, um Alexandre.... Alguém com mais coisas em comum comigo.

Para mim Eduardo e Mônica são uma utopia. Um sonho de um cara que acreditava que "é preciso amar as pessoas como se não houvesse amanhã"...

sábado, 11 de agosto de 2007

E aí veio o príncipe encantado

Eu sempre amei dizer que era uma mulher forte, independente e segura. Mas hoje eu precisei de um príncipe encantado. E o melhor de tudo é que ele estava ali.

O meu príncipe não veio de cavalo branco para me salvar da bruxa má. Aliás, o meu prícipe até estava de carona comigo no meu Smart preto. E o pneu furou...

Eu ia deixar ele ali no Cais do Sodré, quando ele sai do carro e diz: "Aí princesa, teu pneu tá embaixo". A recém intitulada "princesa" sai do carro para ver a situação. E o pneu tava ali, murchinho, tristonho... E diz:
- Ooohhhh.... E agora?
- Ué, agora a gente troca!
- Mas o meu carro não tem step...
- Como assim? Tem que ter!
- Não, os Smarts não têm steps.

Liga para a mãe e a mãe não atende. Liga para o cara que vendeu o carro e não atende. Liga de novo pra mãe e não atende. Quase em desespero liga para o ex que desliga na cara. E diz para o príncipe:
- É melhor vc ir, pra não atrasar mais.
- Eu vou ficar aqui com você princesa.
Pausa, música romântica em off, câmera lenta e brilhozinho nos olhos
- Obrigada...

Lá descobri que o meu carro tem um "kit pneu furado" que é composto de um liquidozinho branco que você põe no pneu e depois tem uma bombazinha que você liga no isqueiro do carro e enche o pneu. O meu príncipe tratou de tudo. Eu só fiquei dando palpite.

De pneu cheio me despedi do príncipe e agradeci e pedi mil desculpas pelo sucedido. Voltei para casa de pneu remendado. Como eu tava morrendo de medo que aquilo arrebentasse eu fiz a Marginal TODINHA a 30Kms/h. Claro, liguei os 4 piscas porque pensei assim: "Eu estou andando anormalmente devagar. Mais vale ligar os 4 piscas para os carros saberem que eu não vou passar dessa velocidade". Esse pensamento foi muito simples e lógico pra mim. Mas aparentemente não ficou claro o suficiente para os 12 condutores simpáticos que fizeram sinais me avisando que eu tinhaos quatro piscas ligados... Deu vontade de pôr um sinal luminoso dizendo: "Eu estou com problemas no pneu. Ultrapasse logo que possível."...

Depois cheguei em casa e a família da princesa veio me buscar para jantar. Claro, tava nervosa e fiquei carente. Nada melhor que um colinho da mamãe, né?

Ai ai... Independência, a quanto obrigas... A gente custa a assumir, mas um príncipe de vez em quando quebra um galho enorme. A gente quer ser forte, mas as vezes é bom ter alguém que nos apoie, que nos dê colinho, que diga que vai ficar tudo bem. É muito gostoso ouvir: "deixa que eu cuido disso", mesmo quando a gente finge que não gosta.

Feministas, não me batam! Mas toda mulher precisa de um príncipe. Nem que seja só pra fazer companhia enquanto a gente resolve o problema.

quinta-feira, 9 de agosto de 2007

O dia em que o retrovisor caiu

Hoje sou uma mulher realizada. Consegui estacionar o meu carro pela 1ª vez entre dois carros (de lado), sozinha. Sem ninguém ajudando. Só eu, meu Smart e dois pedreiros rindo da minha cara como se não houvesse amanhã.


É que eu tenho uma relação de amor e ódio com a condução. Eu detesto dirigir, mas amo meu carrinho. Eu fico muito nervosa no trânsito, tendo que prestar atenção aos sinais, aos outros carros, ao caminho que eu tenho que tomar... É muita coisa.

Eu só tenho carteira há 5 meses, mas já tenho cada história... Parece que tudo acontece comigo.


Foi como daquela vez em que eu estava dando carona para a Vivi na volta do trabalho.

Vínhamos conversando e perto de Algés a Vivi diz assim:

- Ué, você não tem retrovisor do lado direito?

- Duh... Claro que tenho retrovisor do lado direito!!!

- Ai não tens não...

(Olha para o lado, repara que não tem retrovisor... Faz cara de bunda...)

- Ohhh... Mas hoje de manhã eu tinha...


O meu retrovisor simplesmente caiu. Não sei onde, e tive que botar um espelho novo. Ele cansou de estar grudado ao meu carro e suicidou-se... Pulou para fora da caixinha e deve ter ficado estatelado na rua... Os outros dois espelhos ficaram um pouco traumatizados e demoraram a se habituar ao novo irmão que veio substituir o espelho suicida. Mas hoje os 3 retrovisores trabalham harmoniosamente auxiliando a minha condução. Ah, e de vez em quando ajudam a retocar o batom e dar uma caprichada no visual.



O meu carro é o da frente. Meu Smart pretinho lindo!

quarta-feira, 8 de agosto de 2007

Você tem lingerie?

Eu e amiga na praia:
- Nossa amiga, teu marido tá ficando com peitinho... Olha lá!
- É, ele tem uma barriguinha e tal...
- Não, eu tou falando de peitinho mesmo! Olha!
(cara de quem acabou de reparar que o marido tinha peitinho)
- ESTÚPIDA
- Eu também te amo

Deus me puniu com marcas de óculos de sol na cara. Bem no meio do bronzeado. Pôxa, só porque eu reparei que ele tinha peitinho... Não é justo!

E depois você conta pra amiga que vc está solteira. E de repente surge o primo do namorado da amiga. E aí você conversa no MSN até as 2 da manhã. E o assunto vai acabando, e vc vai ficando com sono... E de repente a pérola:
- Vc tem lingerie?
Pausa. Respira e recita o mantra...
- Sim. Acho que todo mundo tem...
- Posso ver?
Conta até 10... Pede força aos santinhos...
- Pode. Eu estendo a roupa no varal e todo mundo vê... Acho que não tem problema...
- Ah não, mas eu quero ver em vc... Desfila pra mim...
Pelamordedeus... São 2 da manhã e eu nem te conheço! Acha que eu vou ficar pagando o mico de desfilar de calcinha em frente a webcam?! Tem dó!
- Assim, sem mais nem menos?! Sem jantar nem cinema?! Querido, eu sou das antigas. Não faço isso não. Não vem que não tem!!!

Não sei

"NÃO SEI" - MAX GEHRINGER

Se vc ainda não sabe qual é a sua verdadeira vocação, imagine a seguinte cena: Você está olhando pela janela, não há nada de especial no céu, somente algumas nuvens aqui e alí... aí chega alguém que também não tem nada para fazer e pergunta:

- Será que vai chover hoje?

Se você responder "com certeza"...a sua área é Vendas:
- o pessoal de Vendas é o único que sempre tem certeza de tudo.

Se a resposta for "sei lá, estou pensando em outra coisa"... então a sua área é Marketing:
- o pessoal de Marketing está sempre pensando no que os outros não estão pensando.

Se você responder "sim há uma boa probabilidade"...você é da área de Engenharia:
- o pessoal da Engenharia está sempre disposto a transformar o universo em números.

Se a resposta for "depende"...você nasceu para Recursos Humanos:
- uma área em que qualquer fato sempre estará na dependência de outros fatos.

Se você responder "ah, a meteorologia diz que não"...você é da área de Contabilidade:
- o pessoal da Contabilidade sempre confia mais nos dados no que nos próprios olhos.

Se a resposta for "sei lá, mas por via das dúvidas eu trouxe um guarda-chuvas":
- então seu lugar é na área Financeira que deve estar sempre bem preparadapara qualquer virada de tempo.

Agora, se você responder "não sei" há uma boa chance que você tenha uma carreira de sucesso e acabe chegando à diretoria da empresa. De cada 100 pessoas, só uma tem a coragem de responder "não sei" quando não sabe. Os outros 99 sempre acham que precisam ter uma resposta pronta, seja ela qual for, para qualquer situação. "Não sei", é sempre uma resposta que economiza o tempo de todo mundo e pré dispõe os envolvidos a conseguir dados mais concretos antes de tomar uma decisão. Parece simples, mas responder "não sei" é uma das coisas mais difíceis de se aprender na vida corporativa. Por quê? Eu sinceramente "não sei."

Amei esse texto. E acho que tem um fundo de verdade. Quem é que nunca teve medo de dizer que não sabia e preferiu se esconder atrás de uma desculpa esfarrapada? Eu aqui dou a minha cara a tapa. Pode bater! Eu já inventei desculpa, contornei a resposta, fiz das tripas coração só para não dizer que não sabia.

Acho que a gente tem medo de dizer que não sabe e ser rotulado de burro, ignorante ou incompetente. Mas a verdade é que é muito mais certo dizer: "não sei, vou verificar".

terça-feira, 7 de agosto de 2007

Momento nostalgia

Hoje tive o meu momento nostalgia. E foi originado por um jogo de queimado no parque de Mafra. As equipes eram: Renan, João e Eu contra Bê, minha mãe e Gui. Muito legal. Ganhamos a primeira, mas perdemos na melhor de três.

Foi muito bom. Teve aquele gostinho de infância/pré-adolescência. Dos tempos em que eu brincava no play do prédio com a molecada toda. Eu sempre fui daquele tipo de criança lerdinha e era quase sempre das últimas a ser escolhida. Normalmente quem ficava por último era sempre o mesmo grupinho: o Zé perneta (que ainda assim era escolhido antes de mim), a Marcela Bicho-Feio, a Viviane e eu. Dá para ver que eu não era muito popular, né?!

E nessa época eu gostava do Victor Hugo, do Fernando, do Vicente e do Bruno Dutra. Eu sempre tive um coração muito grande... Claro que nenhum deles gostava de mim, né?! Eu era mesmo "Loser" quando era criança...

Na escola tinha o meu grupinho de amigas. Renata, Maria Danielle, Claudiane, Roberta e Danielle Brant. Perdi o contacto depois que vim para Portugal. Mas recentemente descobri o Orkut e voltei a falar com a Dani Brant. Uma pessoa 5 estrelas. No ano que vem quando eu for ao Brasil no carnaval, já falei com ela que temos que nos encontrar.

É muito bom ter amigos de infância. Aquela gente que diz: "E lembra aquela vez que você ia beber coca-cola e tinha um percevejo dentro da lata?" ou "Lembra quando você esborrachou aquela manga na mão e saiu correndo atrás da gente dizendo que era a maldição da manga?!"... É, eu fiz mesmo isso... LOSER...

Sabe, eu tive uma infância bobinha, mas foi gostosa. Dá saudade de tanta coisa...




This is South Park Me

segunda-feira, 6 de agosto de 2007

O meu blog é diarinho, e daí?!

Ontem, fuçando na internet, acabei ficando com a ideia que existe um movimento contra blogs diarinhos. Aí fiquei pensando no conteúdo do meu blog... Crise de identidade blogueira, sabe?!


Mas resolvi não mudar a minha "linha". Esse blog é despretensioso e é um espaço só meu! É um passatempo, um desabafo, um ombro amigo. Por isso tem que ter a minha cara. E daí se eu não comento os grandes acontecimentos do ano?! E daí se eu escrevo de um jeito simples?! E daí se eu relato o meu dia a dia?!


Meu blog tem o meu ponto de vista, a minha rotina e uma coleção de coisas que eu gosto: poesias, músicas, vídeos, fotos, piadas... É um pouco de mim na internet. Pode ser que um dia eu me torne mais eloquente e ache uma bobeira isso tudo que eu escrevi. Pode ser. Mas até lá vou curtir essa fase gostosa da vida.


Ah, eu acho que cansa ser sempre "cabeça". Quem me conhece sabe que eu detesto os falsos intelectuais, moralistas e sem senso de humor. Eu adoro da risada, falar bobagem e sonhar... Sonhar muito, sonhar alto, sonhar enquanto o despertador não toca.


Querer mudar meu blog é como querer mudar um pouco de mim. É como diz a personagem da Susan Sarandom no filme "Shall we Dance" que eu passo a citar:


"We need a witness to our lives. There's a billion people on the planet... I mean, what does any one life really mean? But in a marriage, you're promising to care about everything. The good things, the bad things, the terrible things, the mundane things... all of it, all of the time, every day. You're saying 'Your life will not go unnoticed because I will notice it. Your life will not go un-witnessed because I will be your witness'."


Dá para ser mais explícito que isso? O meu blog vai ser a minha testemunha. Por isso vou botar aqui a minha bandeira:Este é o meu blog diarinho. Não gostou?! Então faz assim: clica num botão que tem um X no canto superior direito da janela. Pronto! Problema resolvido!!!

Morar sozinha

Estou morando sozinha pela primeira vez na minha vida. É muito estranho porque eu sempre morei acompanhada. Saí da casa dos meus pais para ir morar com uma colega de trabalho. Não deu certo e voltei para os meus pais. Depois juntei as escovas de dentes e fui morar com o Nuno.

Agora estou sozinha. Completamente. Já faz uma semana inteirinha. Até agora, sobrevivi! Existem muitas coisas que eu estranho ainda. Já consigo dormir quase normalmente, para bem das pessoas que convivem comigo (eu andava muito mau-humorada quando não conseguia dormir). Mas ainda não consegui tirar o cheiro estranho da despensa...

Também é estranho sair de casa. Eu sempre tive alguém para dizer: "olha, eu vou ali e já volto". Agora sair de casa é tão simples como abrir a porta e ir embora. Só assim, sem dar satisfação, sem dizer tchau.

E teve um dia que eu cheguei em casa e ia morrendo petrificada. Tinha uma aranha do tamanho da minha cabeça arrastando-se pela parede... Ela era enorme. Ficamos ali nos encarando mutuamente... Eu de chinelo na mão, ela com um ar feroz... Eu ataquei primeiro. Dei uma chinelada e um mortal encarpado para a frente. Ela esquivou-se pela direita e riu da minha cara. Mas aí ela teve o que merecia! Lembrei das minhas aulas de body combat e dei-lhe vários upper-cuts e back fists com a minha havaiana azul. E ela ficou lá, esborrachada. As marcas deste combate ainda estão espalhadas pela parede da minha casa. Sinistro... Mas já me sinto uma verdadeira Indiana Jones!

Ah, descobri que eu sou vizinha do Sawyer, do Lost. É sério!!! Ontem eu vi este personagens subindo as escadas rumo ao quarto andar. Qualquer dia eu vou bater na porta dele, ver se ele tem açúcar, ou leite, ou farinha, ou azeite, ou... Ah, sei lá! Depois invento qualquer coisa!!!

As moscas e mosquitos do mal pararam de incomodar. Será que está relacionado com a quantidade absurda de repelente que eu passei em casa?! Hummm.... Talvez... Vou continuar a investigar.

domingo, 5 de agosto de 2007

Meus pais, o mercado da carne, Cosme e Damião

Vou falar da minha 1ª balada pós separação. Foi ontem. Personagens: eu, Filipe, Adriana, minha mãe e Antônio. Local: Armazém F. Missão: ir para a balada com este grupinho que já não saía há 812 anos. Realmente foi um bocadinho indígena no começo, quando eles cismaram que tavam com fome. O armazém F é uma balada de brasileiro pobre. Portanto, ninguém vai lá para comer. E aí começou a folia. Um entoava: "no meu tempo...", outro retrucava com: "Mas no Rio de Janeiro..." e por aí em diante.

Às tantas eu me separei deles e fui dançar sozinha lá no meio do povão. Pô, há 7 anos que eu não saía sem homem atrás. Há 7 anos que eu não sabia o que era dar mole numa discoteca. E perdi a prática. Pra começar a roupa: fui vestida demais. Calça jeans da Salsa e top "tomara que caia" vermelho. Para complementar, um bolerinho cor de rosa. Isso é muita roupa minha gente! Ali no armazém F o estilo é minimalista. As meninas levam mesmo a sério essa história de "menos é mais". O vestuário se resume ao mínimo essencial para não ser preso por atentado ao pudor. E depois, mostram tudo no meio de rebolados e ziguezagues incessantes.

Aí veio na minha cabeça. O armazém F é um verdadeiro mercado da carne. Cada uma vai lá e exibe as suas peças: lombo, coxas, peito, maminha... E fica procurando um candidato que leve aquilo e coma com jeitinho. Aquelas mesmo muito gostosonas são super antipáticas. Elas snobam os carinhas mesmo. Dá até dó ver como eles ficam salivando e elas fingem que não estão nem aí. Me senti um alien. Quando eu ia com o Nuno só pela música gostava mais. Mas, de quaquer forma, valeu como experiência antropológica.

E também valeu porque eu conheci Cosme e Damião. Dois mineiros gêmeos. Damião estava bêbado e queria me pegar. Eu me refugiei no banheiro. Ele era feio. Mas o que realmente me assustou foi a camisa com uma estampa que mais parecia uma toalha de mesa. Ah, e o cordão dourado no pescoço... Cosme estava mais bem vestidinho, mas estava lá atracado com uma menina que vendia a sua picanha a 3 reais e 99 o quilo. Estilo baranguinha, sabe? Tsc, tsc... Se os pobres dos santos vissem os seus homônimos iam ficar revoltados. Não ia ter mais milagre pra ninguém. E, só de raiva, eram bem capazes de azedar todas as marias-moles esse ano...

E, por falar em milagre... Milagre vai ser quando esses homens perceberem que a frase: "posso te conhecer?" é um xaveco MUITO ruim. Eu um dia vou fazer a minha tese de mestrado sobre essa frase. Acompanhada de um cordão dourado ao pescoço ou uma pochete é de bradar aos céus!

Ainda por cima eu eu tenho um problema com os brasileiros. No geral são um povo muito baixinho. E eu, com 1,70m mais 10 centimetros de salto, tenho dificuldade em arrumar um homem que seja um pouquinho mais alto que eu. Talvez tenha que mudar o meu público alvo... Hummm... Os suecos são bem altos...

quarta-feira, 1 de agosto de 2007

Você tá atrasada?

- Desculpa, que horas são?
- 6:05
- Você tá atrasada?
- Hã?!
- Perguntei se vc tá atrasada?
- Não... (cara de quem não tá entendendo nada)
- Então vamos tomar um café?!...

Eu devo ter escrito na testa: "morena, alta, solteira, procura...". Hummm... Devem ser as vibrações. Ou tou com mel, sei lá! O pessoal já notou que eu tou com outro astral.