quarta-feira, 30 de janeiro de 2008

Gramática

Sabes… Eu ia ficar contigo...

Ir: verbo intransitivo. caminhar para lá; mover-se de um sítio para outro; transitar; avançar; progredir; levar a; seguir até; dirigir-se; aproximar-se; comparecer; estar em vias de;
Ia: pretérito imperfeito do modo indicativo do verbo ir.

Pretérito Imperfeito: Expressa o passado inacabado, um processo anterior ao momento em que se fala, mas que se prolongou, ou ainda, um facto habitual. Por isto, chama-se este tempo verbal de pretérito imperfeito, pois não se refere a um conceito situado perfeitamente num contexto de passado.

É aí que você e eu estamos. No imperfeito. Num limbo situado algures no passado. E note que a não utilização do pronome “nós” foi proposital. Porque “nós” é um conjunto, e eu e você nunca fomos mais do que dois seres isolados. Quando muito, você e eu somos “a gente”. Mas, mesmo assim, ainda consideraria exagerado dizer “a gente”.

“Nós” implica que o todo seja muito superior à simples soma das partes. “Nós” vai ao cinema; “nós” faz planos; “nós” tem uma história e uma música. E eu e você nunca fomos “nós”. Apesar de termos discutido a relação mais do que qualquer outro casal, eu e você nunca conseguimos ter uma relação. Nem sequer de amizade. Porque por mais que você se engane, a verdade é que você nunca conseguiu ser meu amigo. Você nunca aprendeu a me ouvir e nunca soube ler nos meus olhos aquilo que era tão óbvio.

Por muitos motivos não deu certo. E é chegada a hora de seguir em frente, de admitir que foi bom enquanto durou.

No fim de contas, a única frase em que cabe dizer de “nós” referindo-me a você e eu é dizer que nós poderíamos ter sido muito felizes juntos. “Poderíamos”, na forma condicional do verbo poder. Sim, porque para você o verbo amar só se conjuga no condicional, sendo que não dá para sermos felizes por causa das condições que você impôs.

Cansei de você e de todos os teus tempos e modos verbais. Da tua sintaxe, da tua gramática e da tua retórica. Não, você não ia ficar comigo. Se você quisesse, você teria ficado comigo. Lamento, mas eu só vivo no presente e você agora é a parte de mim que é pretérito perfeito. O meu presente com você é passado: Acabou.

segunda-feira, 28 de janeiro de 2008

Degus... Quê??

Afinal eu sobrevivi ao encontro anual da empresa, embora o meu fígado não possa dizer o mesmo. E da mesma forma que “pau que nasce torto nunca se endireita”, quem nasce com alma de pobre nunca aprecia um “jantar de degustação”.

Gente, eu fui criada à base de arroz com feijão, carne moída, mexidão, batata frita, rodízio e macarronada de domingo. Essas são as minhas raízes. Portanto, sete pratos miniatura com sete vinhos diferentes não entram naquilo que eu designaria como a refeição ideal. Ainda mais quando isso inclui estar sentada desde as 8:30 até a meia noite e quinze. Ah, e sem contar que entre cada prato tinha a explicação do Chef.

O primeiro prato era perdiz com molho de limão. Estava gostosinho, não fosse o facto de ter sido servido frio. Ou melhor, gelado. O segundo prato foi sopa de ameijoa (um fruto do mar sem gosto que vem numa conchinha) e espinafre. Blergh!!! Nem a minha mãe me fazia comer espinafre quando era criança! Logo de seguida tivemos um medalhão de peixe com molho de coentros. Foi o mais gostoso. O problema é que não era um medalhão. Nem sequer era uma medalhinha. Estava mais parecido com um prêmio de consolação. Esse prato era acompanhado de arroz e eu pedi ao homem para botar mais uma colherada. Ou seja, comi duas colheres de arroz. Uau...

O prato seguinte foi o pior: Fígado de ganso mal passado com purê de maçã. Precisa dizer o quão asqueroso isso era? Em seguida vieram dois bifinhos (ênfase no “inhos”) de porco preto. Viram que chique? Você come a carne e ainda sabe a cor do animal. Assim eu vou ficar mal habituada e só vou querer comer filé de vaca malhada e frango branquinho. Ninguém merece! Depois, um queijinho com torradas e mais vinho. Nessa altura eu já tinha esquecido o meu nome e perdido a capacidade de articular mais de duas frases seguidas.

Até que, enfim, eis que era chegada a sobremesa. Eu estava a espera de uma daquelas sobremesas orgasmáticas, tipo um “petit gateau” ou um cheesecake de frutos silvestres. Mas não!!! Sorvete de limão com crepe. Precisa dizer o tamanho da minha decepção?

Affff... E eu nunca tive paciência para ouvir quando a minha avó dizia como tinha cozinhado um prato e me peguei tendo que escutar os mínimos detalhes sobre a confecção de uma iguaria culinária. Sim, porque comida fina não se chama comida. É uma iguaria. E iguarias nunca são cozinhadas, são confeccionadas. Quando muito são preparadas. E há toda uma ciência envolvida para encontrar o vinho certo para o de um determinado prato. Ah, mas por “prato” entenda-se aquela quantidade abissal que não chega para tapar o buraco do dente.

Resumindo, pode-se dizer que neste jantar de degustação aquilo que eu mais degustei foi mesmo o pãozinho com manteiga. Depois de quase quatro horas sentada a única coisa que eu queria era botar na boca algo que não implicasse um discurso antes ou um vinho a acompanhar... Alguma sugestão???

quinta-feira, 24 de janeiro de 2008

Rapidinha do Trabalho

E estressada a meio do dia, An@Lu desabafa:

- Porque um dia desses largo o Direito e entro no mercado da prostituição. Afinal, já tenho experiência em f**er os outros mesmo...

... e não me bastava estar com o pessoal do escritório de segunda a sexta, agora vem o encontro anual para estarmos juntos no fim de semana... Se eu sobreviver até domingo prometo que volto ao Blog.

Beijosmesalvem!

quarta-feira, 23 de janeiro de 2008

Expiação

Já odiei, já amei e já fui indiferente
Errei e vi errarem. Perdoei sem ter sido perdoada.
Caí e me levantei. Depois caí de novo sem conseguir me levantar.

Quebrei pratos e copos. Quebrei a cara.

Me arrependi de coisas que fiz, de coisas que não fiz e outras que poderia ter feito.
Fui a tábua de salvação de quem nunca esteve se afogando.

Espalhei pedaços de mim pela casa sem conseguir me juntar.
Me rodeei de pessoas que não queria porque não podia estar com quem desejava.
Sonhei com os pés no chão e umas vezes voei tão alto ao ponto de esquecer meus pés.
Mudei de casa, de carro e de ideias.

Procurei o lado bom de pessoas e coisas que tinham um lado só.

Levantei bandeira branca na guerra e já fiz da guerra a minha bandeira.
Virei a mesa, virei o jogo, me virei do avesso.
Dobrei a esquina, cortei um dobrado, cortei os pulsos.

Já morri... E ainda vivo.

terça-feira, 22 de janeiro de 2008

Amor e pé de moleque

Amar a rosa é fácil. Difícil é suportar os espinhos. Mas não importa quais sejam os teus defeitos. Eu me apaixonei por eles também. Aliás, foi justamente por eles que eu me apaixonei.

Porque eu amo saber que você acorda mal humorado, que deixa a toalha molhada na cama e que fala palavrão quando bate com o dedo do pé no sofá. E nem adianta tentar esconder estes pequenos defeitos. Não precisa. Eu já os conheço, embora saiba educadamente como contorná-los. Eu sei você de cor e salteado.

Sei o teu nome do meio (sim, aquele que é meio esquisito) e que você vai ficar careca um dia. Também aprendi a lidar com teu jeito fechado e a tua alergia a amendoins. Claro que tenho pena de nunca poder dividir um pé-de-moleque contigo. Mas posso, ainda assim, dividir a minha vida.

Você aceita?

segunda-feira, 21 de janeiro de 2008

Porque até eu sei contar piada

Na sua recente visita aos Estados Unidos, Excelentíssimo Sr. Presidente Lula e a sua comitiva hospedaram-se num luxuoso hotel. Cerca das 17h00 Lula, pegando telefone, liga ao serviço de quartos e diz:

- "TU TI TU TU TU TU"

A recepcionista não compreende o que quer dizer Lula e, pensando que se trata de uma mensagem cifrada, avisa o FBI. Num ápice, apresentam-se dois agentes do FBI que, postos ao corrente de tudo mas não conseguindo desencriptar a mensagem, decidem chamar a CIA.

Os serviços secretos mandam mais dois agentes ao hotel, os quais começam logo a investigar e a tentar decifrar a mensagem, mas sem qualquer resultado.

Entretanto, Lula volta a telefonar e todos o ouvem repetir:

- "TU TI TU TU TU TU"

Desesperados, os agentes resolvem recorrer ao tradutor oficial da embaixada dos Estados Unidos no Brasil. Um caça supersónico do Pentágono desloca-se ao aeroporto e o tradutor é conduzido, sem mais delongas, aos Estados Unidos.

Chegado ao hotel e posto ao corrente da situação, o tradutor disfarça-se de criado, vai aos aposentos de Lula e... descobre o mistério:

- Excelentíssimo Sr. Presidente Lula queria dizer, no seu inglês técnico:

Two tea to 222!

Tá bom... Eu admito... Eu não sei contar piada...

domingo, 20 de janeiro de 2008

(Marav)Ilha Deserta

E não é que a Olly me mandou para a ilha deserta?! Arrumei minhas malinhas e fui.

Você vai passar exatamente um ano em uma ilha deserta, onde existe uma certa infra-estrutura, mas ela é limitada. Além de você não haverá mais ninguém na ilha, mas você terá acesso a alguns privilégios limitados. Com isso em mente, seguem as perguntas:

1. Na ilha você terá água à vontade e frutas nativas. Se souber pescar, com sorte vai poder comer um peixe de vez em quando. Fora isso, você terá que escolher apenas um tipo de comida salgada e um tipo de comida doce para comer todos os dias, o ano inteiro (podem ser cruas ou cozidas). Quais você escolhe?

Eu sou capaz de viver um ano a base de mexidão e pudim de leite condensado. Para quem não sabe, mexidão é aquele arroz que você mistura com sobras de tudo e ovo e manda ver!

2. Além da água (e, também com sorte, água de côco se você estiver disposto(a) a subir no coqueiro) não há nenhuma outra bebida na ilha, mas você pode também escolher um único tipo de bebiba, fria ou quente, alcoólica ou não, para ter à sua disposição ao longo do ano. Qual você escolhe?

Coca-cola. Zero, é claro!

3. Para manter a tradição, você pode também levar um único livro. Que livro você leva?

Eu sou do tipo que lê até bula de remédio. Por isso não interessa o livro. Tendo tempo livre eu acabaria qualquer livro em dois ou três dias. Por isso talvez levasse um livro de frases ou pensamentos. Desses que a gente lê vezes sem conta.

4. Igualmente, você poderá levar um único filme para assistir. Que filme você leva?

Acho que não existe nenhum filme que eu veria assim, vezes sem conta.O único que me vem em mente é o "A Vida é Bela", do Roberto Benini. E sairia que nem uma louca pela ilha gritando: "Buongiorno Principessa!"

5. Você terá um notebook à sua disposição, mas com um único programa instalado. Mas você não pode usar um programa de comunicação (como email ou mensagens instantâneas). Qual programa teria mais utilidade para você e por que?

O windows movie maker. Porque eu sou capaz de ficar horas infindáveis fazendo filmeszinhos com as minhas fotos!

6. Você poderá acessar a internet, mas este acesso é limitado a um único site, o ano todo. (Se você escolher o Google, por exemplo, não poderá navegar para os links dos resultados da sua busca, que estão fora do Google). Também não pode ser seu webmail, Meebo e afins ou sites de notícias (o que elimina os portais). Fora isso, não há restrição nenhuma ao tipo de site, inclusive os que permitem comunicação de outros tipos. A qual site você quer ter acesso por um ano e por que?

Tendo em conta que não haveria micro-ondas e comidas congeladas na ilha, imperativamente seria um site de culinária.

7. Você também poderá ouvir música. Mas, claro, você terá que ouvir a mesma música o ano todo, pois só pode escolher uma. Qual você leva? E se fosse um CD?

A música que eu gosto varia com o meu humor. Mas a única música que eu não enjoo na vida é o "Hotel California", dos Eagles. E todos os anos eu gravo um CD com as mudicas que eu baixei no ano anterior. Portanto, levaria a minha coletânia de 2007.

8. Você poderá escolher um dia do ano para fazer uma única ligação para uma única pessoa, com quem poderá falar por 10 minutos. Para quem você vai ligar, quando e por que?

Logo que chegasse ia ligar para a minha mãe. Porque ela sempre pede para ligar e dizer que está tudo bem e essas coisas de mãe.

9. Você poderá escolher um programa de TV para assistir ao longo deste ano na ilha - limitado à freqüência de uma vez por semana. Você só não poderá assistir nenhum tipo de noticiário, fora isso não há restrições. Que programa você quer assistir?

Aproveitaria para ver o "24" todinho.

10. Quando for seu aniversário, você terá direito a receber uma carta de um(a) amigo(a) ou familiar que tenha uma novidade para contar (sobre si próprio ou não). De quem você gostaria de receber a carta e com qual notícia?

De momento não existe nenhuma notícia que eu esteja a espera. Portanto gostaria de receber uma daquelas cartas básicas só dizendo que está tudo bem e coisa e tal.

11. Como não queremos que você transforme uma bola de vôlei no seu melhor amigo imaginário e a única pessoa na ilha será você, você terá direito a levar um animal de estimação para lhe fazer companhia (veja como estou facilitando sua vida!). Que tipo de animal você escolhe e por que? É um animal que você já tenha?

Essa é fácil: Estrela Regina.

12. Do que você acha que sentirá mais falta? (Contato com as pessoas? Tecnologia? Não saber o que está acontecendo no mundo? Etc…)

Workaholic como só eu, morreria de saudade de ir trabalhar. Juro!

13. Por outro lado, o que você acha que será positivo, proveitoso ou benéfico na experiência? Ou divertido?

Benéfico?! Eu basicamente moro numa ilha deserta! Só se fosse para tirar férias "dele". Aí sim...

14. Por fim, você tem direito a levar 3 outros ítens à sua escolha que:
a) não entrem em contradição com nenhuma das perguntas anteriores
b) não seja algo que você vá usar para sair da ilha, como um barco, por exemplo.
O que você vai levar e por que?

- A minha necessaire, que é quase um banheiro portátil. Tem tudo que qualquer mulher precisa para sobreviver.
- A máquina fotográfica.
- A minha bolsa. Porque apesar de saber que carteira, chaves do carro, celular e cartão de crédito não teriam a mínima utilidade, eu não saio de casa sem a minha bolsa.


E agora é a minha vez de mandar alguém para aquele lugar... Calma! Ainda estou falando da ilha. Tchan tchan tchan tchan...
Mylene, essa é pra você!

sábado, 19 de janeiro de 2008

Jogos

Desde pequenos a gente aprende que os relacionamentos são jogos. Jogos de estratégia, para ser mais específica. Podem não acreditar, mas existe muito mais táctica envolvida num casamento do que em muito time de futebol.

E, muitas vezes, fazer uma relação funcionar pode ser bem mais trabalhoso do que planejar uma guerra. Sem contar que requer desculpas muito mais elaboradas (ou você acha mesmo que a gente acreditou nessa história de armas de destruição em massa, hein Georgie?!).

Porém, como todo bom jogo, o mais essencial é saber qual a modalidade que está em causa. Não se pode confundir uma corrida de cem metros com uma maratona. Não dá. São coisas distintas. É preciso uma preparação diferente e os níveis de exigência são totalmente opostos.

Claro que toda maratona é composta por vários trechos de cem metros. Mas a inversa não é verdadeira. Quem só se prepara para o sprint jamais consegue fazer os quarenta quilômetros que separam as cidades de Atenas e Maratona.

Você entende o que eu quero dizer não é? Não dá para jogar na mesma panela amor, paixão, tesão e amizade e esperar que no fim dê tudo certo. São coisas diferentes e o difícil nessa história é saber as fronteiras de cada tipo de relacionamento.

O mais importante mesmo é saber ver as diferenças, aprender a dançar conforme a música. Afinal, ninguém vai levar dominós num jogo de pôquer ou dados para uma partida de xadrez. E o mesmo serve para os relacionamentos. Assim como você não leva um baralho para jogar vôlei, não dá para apostar amor numa mesa em que o prêmio mais alto é um orgasmo e um beijo na testa.

Sim, sem dúvida que relacionamentos são jogos. As regras?! Essas cabem a você descobrir. Porque a gente vive aprendendo a jogar. E joga aprendendo a viver. Só não vale blefar.

quinta-feira, 17 de janeiro de 2008

terça-feira, 15 de janeiro de 2008

Viajando de TAP na maionese

Ah... Depois dessa eu não aguentei, tive que partilhar com vocês. Porque eu conheço um cara que é piloto de avião (eu sou chique, benhê!).

A gente estava tendo daquelas conversas chatas, de cortesia. Invariavelmente acabamos falando de trabalho. Perguntando se o dia tinha corrido bem e coisa e tal...



É caso para dizer: UATAFÓC??!!

Blog Cabeça

Começo hoje agradecendo a Mylene pelo selinho "Blog Cabeça". Esse aqui ó:


Na boa, mas o desenho é meio mórbido! É daquele artista cujo nome eu não me lembro que dá requintes bizarros à fotos aparentemente inocentes.

Mas voltando ao selinho... Obrigada Mylene! Porque mais do que o selinho, é legal saber que tem alguém que realmente perde minutos do seu dia para ler as baboseiras que eu despejo aqui.





E como todo bom memê, é chegada a hora de repassar. And the Oscar goes to:
Championship Vinyl
Pequeno Inventário
Eu queria ser Amélia

Esses são cabeça demais!

E mais uma vez, muito obrigada a todos que passam por aqui. Mesmo aqueles que vêm do google à procura de peitos de fora e de fotos de sexu (sim, sexU!!!).
Valeu!

segunda-feira, 14 de janeiro de 2008

Casual

Não me traga flores,
Nem chocolates.
Não diga que me ama,
Nada de palavras bonitas.

E no dia seguinte,
Se vista rapidinho
E saia de fininho.
Que é para não me acordar!

Não traga perfume,
Que é para o teu cheiro
Não ficar nas minhas coisas
Nem em mim.

E que seja sempre assim,
Casual.

domingo, 13 de janeiro de 2008

Rapidinha da Vovó

Eu e vovó vendo um programa da BBC vida selvagem:

- Oh... Coitadinhas...
- Coitadinhas de quem, vó?
- Das freiras.
- Que freiras?
- Aquelas ali, andando no gelo.
- Vó, aquilo são pinguins!

quinta-feira, 10 de janeiro de 2008

No reino de Naboo

Aí o Johnny, do blog Cão Chupando Manga me chamou para participar num memêzinho simples: Fazer um print screen do meu desktop.

Olha aí pessoal:



Eu mudei há pouco tempo, agora que voltei de viagem. Essa é a Plaza de España, em Sevilha. O meu monumento preferido dessa cidade. Para quem não sabe, teve uma cena do "Star Wars" que foi filmada nesse lugar. Era o reino (ou planeta, sei lá, nunca entendi bem) de Naboo. Cavei na internet e descobri a cena no YouTube. Claro que teve umas alterações digitais, mas vejam bem o cenário...



E pensar que eu estive aí... Em Naboo!

Olly, mostra pra gente como é o teu desktop!

terça-feira, 8 de janeiro de 2008

Sevilha: Fiesta, Flamenco y Tapas

Eu consegui a proeza de ir à Espanha e não conhecer nenhum espanhol. Conheci gente de vários lugares mas nenhum espanhol. Muitos americanos, duas sul coreanas, três argentinas completamente doidas, um australiano, duas alemãs, um brasileiro fazendo doutorado em Madrid, outro fazendo mestrado na Noruega, dois suíços, um grego tarado, um mexicano, um muçulmano canadense viajando com um americano japonês que morava na Austrália... Enfim, tinha um pouco de tudo!

Uma coisa engraçada que eu reparei é que os americanos têm uma característica muito particular. Se você perguntar a um alemão de onde ele vem, ele vai dizer que é da Alemanha. Se perguntar a um australiano, ele vai responder que é da Austrália, um brasileiro diz que é do Brasil. Mas se você perguntar a um americano, ele não vai dizer que é dos Estados Unidos. Ele vai dizer que é de Chicago, de Boston, da Califórnia, e aí por diante. Acho isso um pouquinho presunçoso. É como se o mundo todo tivesse que saber que Chicago fica nos EUA. Ah, a gente até sabe. Como sabe também que Paris fica na França e Roma na Itália, mas o lance é que eles acham que a gente tem obrigação de saber...

É claro que há diferenças culturais entre todos os povos, mas elas diminuem na proporção inversa ao teor de álcool no sangue.

Por falar em álcool, eu dei muito trabalho ao meu fígado. Ele teve que mostrar serviço... e não foi pouco! Sim, porque a uma certa altura eu ganhei poderes mediúnicos. Ainda tenho a cena gravada na memória. Estavamos muito bem na discoteca e caiu um copo no chão. Eu, encarnando mãe Diná, exclamei:
- Dudes, that glass is gonna fall!!!
- It has already fallen, girl!
- No! It’s gonna fall in a few seconds! Keep looking!
... ... ...
... ... ...
(Finalmente a trêbada olha novamente o copo no chão)

- See?! That glass is broken!
- Yes, it has fallen.
- Wow! I totally predicted it!

Sevilha é mágica, alere e contagiante. Não tem a nostagia de Genebra, nem o jeito cosmopolita de Madrid. E isso se reflecte nas pessoas que a visitam. Nada de boêmios, poetas e pseudo-intelectuais. Quem vai para Sevilla vai atrás de uma só coisa: Fiesta! E encontra.

Como é óbvio, a cidade tem monumentos e o “tour básico” inclui pelo menos a Catedral, a Giralda, o Alcazar e a Praça de Espanha (minha preferida). Mas a cidade toda é um monumento. Arquitectura árabe misturada com pátios tipicamente espanhóis transportam você para outro universo. É uma cidade cheia de vida, cores ruído e multidão. É gente por todos os lados. Difícil andar sem esbarrar em ninguém.

Mas mais difícil é não se apaixonar pela cidade.

segunda-feira, 7 de janeiro de 2008

Sevilla: Ônibus, GPS e Hostel

Ir sozinha para Sevilha, sem "lenço nem documento" e sem hotel marcado, foi uma aventura e tanto! A cultura dominante acha estranho alguém viajar sozinho. Hoje quando voltei para o trabalho ouvi muita gente dizendo:
- Mas você foi sozinha?! Que loucura!

Ao que eu respondia:
- Loucura é deixar de fazer as coisas só por não ter companhia.

Pois é, fui sozinha. Saí de Lisboa às 21:30 de quinta-feira para chegar às 5:00 da manhã em Sevilha. E o que você faz quando chega numa cidade às 5 da manhã?! Nada! Não tinha ninguém na rua. Fui logo para o Hostel. E foi aí que eu fiquei muito orgulhosa de mim por ter lembrado de levar o GPS.

E fica aqui a dica: O GPS é um "gadget" fenomenal para quem viaja. Evita que você ande com mapas nem sempre actualizados e que seja fáci encontrar os lugares em horas completamente absurdas (como foi o meu caso).

Eu levei uma listinha de 10 Hostels por ordem de preferência, e consegui ficar logo no primeiro. Para quem não sabe, um Hostel é um albergue. Você não tem direito a um quarto, mas apenas a uma cama e um banheiro para dividir com muitas pessoas.

O Hostel que eu fiquei foi o Oasis Backpackers Hostel (Plaza Encarnacion, 29 1-2). É bastante central, a 10 minutos do centro histórico e perto do comércio. Sim estou fazendo propaganda grátis porque eu amei o Hostel!
- 18 Euros / noite (preço razoável, embora haja mais barato)
- Internet 24h/dia grátis (3 computadores. às vezes tem que esperar um pouquinho para usar)
- Café da manhã incluído (quer dizer... pão de forma, manteiga e geleia. Bem básico. Bom, mas eu também perdi a hora do café da manhã nos 2 dias...)
- Aluguel de toalha (1 Euro. Em alguns hostel a toalha está incluída no preço)
- Welcome drink (cervejinha ou refri grátis no bar)
- Terraço e piscina (claro que no inverno não teve utilidade...)
- Áreas limpas, staff jovem e simpático

Claro que ficar num hostel não é para qualquer um. Tem fila para o banho, não dá para trocar de roupa no quarto, se chegar de noite não é legal fazer barulho e acender a luz... Enfim, pequenas coisas que vêm da convivência em sociedade. Mas tem muito mais vantagens do que desvantagens. E a grande vantagem é que você conhece muita gente. Gente diferente, de várias partes do mundo, gente divertida, alegre, com alto astral... Muito bacana! Eu adorei a experiência e definitivamente vou repetir na proxima viagem.

domingo, 6 de janeiro de 2008

De volta pro meu aconchego

Depois de 7 horas de ônibus, 20 minutos de metrô, 40 minutos de trem e 5 minutos de carro, eis que a filha pródiga retornou à casa.

Assim que entrei no meu apartamentinho, bati com os calcanhares três vezes e disse:
Não há lugar como o nosso lar!

Foi muuuuuuuiiiiito legal, mas eu tou morta de cansaço. Prometo que conto tudo e ponho fotos durante a semana. Agora vou dormir porque amanhã tenho que trabalhar. E, depois de uma semana fora... Vai ser duro!

quarta-feira, 2 de janeiro de 2008

Espanhóis, se cuidem:



Pois é, consegui emendar uns dias de férias com feriadão do Ano Novo e decidi sair de Lisboa. Vou trocar o frio de daqui pelo frio de Sevilha.

Inicialmente eu tinha planejado ir no magnifíco automóvel que eu possuo. Mas depois de todo mundo me chamar de doida por querer ir a Sevilla num Smart que não anda a mais de 100Km/H com o vento a favor acabei optando pelo ônibus mesmo.

A companhia é a Alsa com 2 partidas diárias de Lisboa para Sevilla.

Não deu para ir de avião porque foi decidido muito em cima da hora. Mas fica aqui a dica: para quem não conhece, pode pesquisar vôos baratos no Skyscanner. O melhor desse site é que você pode escolher a opção "qualquer destino" e pesquisar ainda o mês inteiro. Aí, se você está a fim de viajar e não sabe bem para onde nem os dias ao certo, ele apresenta os vôos mais baratos. É um agente de viagens on line! Muito útil e fácil de usar.

Ainda não decidi o lugar em que vou ficar durante a viagem. Quando eu chegar lá procuro um albergue. Sim, eu sou insana o suficiente para ir sem hotel marcado. Mas, se fosse tudo certinho, onde estava a graça? Já peguei uns endereços no site do Hostel World que é óptimo para procurar alojamento barato.

É isso aí gente. Essa conversa toda foi só para dizer que o "Outro Blog da Ana" vai ficar ao desbarato por uns dias. Mas, se tudo correr bem, volto cheia de histórias e fotos.

Vejo vocês depois das férias!