domingo, 27 de julho de 2008

Carpe Diem

Esse é um post triste. E eu nem sei se eu devia falar disso aqui. Mas que se dane! Essa semana não foi das melhores pra mim.

De quinta para sexta tive que lidar com uma situação nova em termos profissionais: Acidente de trabalho. Fatal.

Se não fosse pelo acidente, muito provavelmente ele e eu nunca teríamos nos cruzado. E, mesmo que nos esbarrássemos na rua, eu não teria reparado nele. Eu sei pouco sobre o homem. Pouco mais do que os dados pessoais que precisei preencher no papel. Não sei se ele ela boa pessoa, se tratava bem da família, que tipo de música gostava, qual a comida preferida... Não sei.

É claro que eu devia tratar tudo só como trabalho, mas mexeu comigo sabem? Tive que me segurar muito para manter a pose de "doutora" quando me entregaram os documentos do senhor para tratar da papelada. É porque você vê a nossa fragilidade assim tão de perto... Numa hora o senhor está trabalhando e um minuto depois... Zapt!

Aí é claro que não dá para não pensar que podia ser eu, ou qualquer pessoa. Dá desconforto, medo. A gente nunca sabe o dia de amanhã, não é?

Por isso, e sem pretensão de dar qualquer lição de vida e correndo o risco de cair no clichê, aproveitem o dia. Vão abraçar os seus pais, conversar com os avós, rolar no chão com os primos e os irmãos. Liguem para os amigos e se declarem para o "mais que tudo". Visitem um tio distante, brinquem com o cachorro, façam o possível, tentem o impossível. Vivam.

Afinal, é só hoje que o podem fazer.

5 comentários:

MaxReinert disse...

Olá minha linda...Realmente, o encontro com a morte nunca nos deixa impunes... seja ele ao passar por acidente em uma estrada ou como no seu caso, ao lidar com papéis.

E tudo isso porque?

Porque nos damos conta da fragilidade da existência. Da efemeridade de nossa vida. Simples assim... e assustador assim!

Rafael Portillo disse...

A morte faz parte da vida, afinal, para morrer você só precisa estar vivo.

O máximo que você pode fazer é aproveitar a vida ao máximo [que máximo!] para nao ter arrependimentos quando a morte chegar.

Mas realmente, olhar para a morte, mesmo quando ela não veio te buscar é algo terrível. Pode parecer muito bizarro, mas ver fotos de pessoas na mesa de necropsia me ajudou um pouco a parar de pensar nela.

Enfim, ninguem é imortal. Mesmo Dercy que todo mundo acreditava ser imortal, morreu...

http://rafaelportillo.blogspot.com

Tati disse...

A primeira vez que percebi o quanto somos perecíveis foi na faculdade (sou farmacêutica bioquímica) e embora seja clichê seu post é real... só que a gente não leva a sério...

Fique bem!!!!

Patrycia disse...

Realmente, nossa vida é muito frágil. Nunca sabemos quanto vamos durar, por isso a necessidade de sebar viver e viver com qualidade, aproveitando o máximo do que a vida nos oferece.

"Não deixe nada pra depois, não deixe o tempo passar. Não deixe nada pra semana que vem, porque semana que vem pode não chegar..."

Deixei um selinho prat i lá no meu blog. Dá uma passada lá, ok??

Bjo, Patrycia

Anónimo disse...

Eu nunca ligo se os outros vão achar clichê; a morte é, de fato, a única certeza que temos na vida.
Exelente catarse a sua.
Beeijos!
xoxo,