domingo, 13 de julho de 2008

I will survive (iééééééé!)

Desde sexta-feira que a palavra que eu mais tenho utilizado é:"Ai!". Neste momento tenho dores em músculos que eu nem sequer sabia que existiam. Pois é... Duas horas e meia de aula de jiu jitsu depois de um ano sem exercícios físicos renderam os seus frutos.

Mas, mesmo assim, adorei! Eu não sei se eu falei aqui, mas eu desconhecia completamente o jiu jitsu. Achei que era mais uma arte marcial com chutes e socos. Pra quem não sabe, é essencialmente uma luta de chão que utiliza técnicas de imobilização. Falei bonito agora, não foi?

Ou seja, o negócio é rolar pelo tatame tentando quebrar braços, pernas e enforcar o adversário. Ah, tá... Bom, mas eu disse que queria uma coisa violenta para descontar o stress do trabalho, não foi?

Como todas as aulas, começou com o aquecimento básico de meia hora: pular no mesmo lugar, correr, girar os braços e fazer abdominais. E foi por causa das 150 abdominais que espirrar e rir tornaram-se experiências muito dolorosas nas últimas 48 horas. Claro que depois do aquecimento eu já estava pronta para ir para casa. Só que ainda faltavam duas horas de treino.

Foi no treino que a diversão começou. O primeiro exercício consistia em sentar em cima da outra pessoa e dar uma volta com o pé por cima da cabeça do adversário e ficar segurando o braço com o intuito de o partir. Claro que eu e a minha deficiente coordenação motora tivemos bastante dificuldade de entender como se fazia.

Aí é que foram elas... Que eu me lembre, eu nunca sentei em cima de ninguém que não fose para... Hummm... Digamos que eu nunca sentei em cima de ninguém usando roupas. Por isso, a cada exercício eu só pensava besteira.

E, acreditem, não fosse o facto de estarmos usando um pijama ridículo (também conhecido como Kimono) aquilo poderia ser encarado como terapia sexual. Juro! Nas duas horas que se seguiram fui ouvindo as seguintes instruções do mestre:

"Agora deita de costas e abre as pernas. Isso! Agora eu vou entrar aqui e você vai cruzar as pernas atrás de mim. Muito bem! Agora monta em mim. Pega ali entre as pernas. Assim. Fica de quatro. Levanta mais a bunda."

... E por aí adiante. Ah, e quase ia me esquecendo do meu medo de machucar o adversário. Sim, porque eu estava montada na colega (sem duplo sentido, viu?) e ficava o tempo todo perguntando: "Mas eu te machuquei? Estou usando muita força? Tá bom assim?". Acho que demorei até entender que aquilo era uma luta, e não balé.

A cereja em cima do bolo foi quando eu fui lutar com o mestre perto do fim da aula. Obviamente ele não teve qualquer dificuldade de se pôr em cima de mim e me imobilizar, apesar de ter sido simpático e ter me permitido usar algumas técnicas. Mas quando (ao fim de 30 segundos) ele estava por cima, não aguentei e disse:

- E é agora que você vai me chamar para jantar?

Ele riu, baixou a guarda e eu consegui sair. Rá! Ponto para mim. Acho que levo jeito pra isso do jiu-jitsu.

3 comentários:

Lucas disse...

Rsrs, imagino como uam primeira aula de exercício físico deve ser dolorosa. Aqui não tem nada disso (isso que dá morar no fim do mundo), mas temos um monte de terra bem grande pra caminhar. Tentei três vezes, uma hora por dia, e sempre no fim da semana, desistia. A feijoada da minha avó vence sempre. Ponto pra ela!

Abraços e até.

Lari Bohnenberger disse...

Ahahahahahahahahahahahahah!
Só de imaginar a cena eu me divirto! Não é má idéia, essa coisa de praticar esporte violento para aliviar as tensões e o estresse do dia-a-dia. Mas eu sou mais do boxe, mesmo. O meu negócio é dar soco. Imaginar aquela pessoa que eu não suporto e bater, bater, bater. Ahhh! Deve ser um alívio e tanto!
Bjs!

MaxReinert disse...

hauhauhuhauhaua....

Acho que vou procurar uma academia de Jiu-jitsu!

hehehehehhe