terça-feira, 22 de julho de 2008

Sem reticências

É engraçado quando o amor, a paixão ou até mesmo o tesão somem e dão lugar a um vazio. A este vácuo de sentimento nos habituamos a chamar de indiferença. Chegando aí a gente se cumprimenta pelo protocolo. Ao telefone vamos pouco além do “Oi, tudo bem?”. Porque, na verdade, a gente pergunta sem se interessar pela resposta.

E, mesmo que tenha tudo ficado mal resolvido (ou seria não resolvido?) entre nós sabemos que chegou ao fim. Ninguém precisou declarar tréguas ou hastear a bandeira branca porque a nossa guerra sempre foi uma guerra fria, não oficial.

A gente acaba descobrindo que alguns pontos finais são tácitos, subentendidos. E não dão lugar às reticências.

Como esse aqui

4 comentários:

MaxReinert disse...

Ahhhh.... quanta verdade!!!!

Detesto essa parte: "E, mesmo que tenha tudo ficado mal resolvido(...)".

Mas, às vezes, é assim que a vida é.. e pronto... ou ponto?

Lucas disse...

Parece que alguém está meio tristinha por aqui, ou estou enganado?

Bem, espero que não. Eu também estou passando por um caso (meio) amoroso ruim... ridículo, aliás.

Abraços

MH disse...

Gestos dizem mais que palavras.
A ausência de gestos...dizem mais ainda

Lari Bohnenberger disse...

O momento em que se pergunta sem se interessar pela resposta... esse é o ponto final.
Bjs!