domingo, 12 de abril de 2009

Houston, nós temos uma ressaca

Pleno domingo de Páscoa, An@Lu aparece meio tropeçando na porta da frente da casa da mãe. E, ao invés do tradicional e alegre "Feliz Páscoa" ela diz:

- An@Lu, como você se atreve?
- O quê mãe?!
- É domingo de Páscoa e tu chegas a uma da tarde ainda bêbada, com a maquiagem borrada, cheirando a beco e com um decote até o umbigo???
- Ah... É que não deu tempo para trocar de roupa.

Gente, ontem tive uma noite como há muito tempo não acontecia. Sabem aquelas histórias de baladas maneiríssimas que parece que só acontecem aos outros? Pois é, ontem foi a minha vez.

Começamos a noite no Bairro Alto. Jantamos num restaurante pequenininho chamado Bubblys. Caro pacaraleo, mas vale a pena. Ideal para impressionar a cara metade. Comi um salmão que estava simplesmente divino tomei champanhe para acompanhar. Dali seguimos para a inauguração de um barzinho de um amigo, com cerveja grátis.

Depois, para dançar resolvemos começar a noite pelo Twins, em Alcântara. É legalzinho, mas sofre do mal das discotecas da moda. Todo mundo é chique demais pra ser visto se divertindo. Rir é coisa de pobre, portanto, para ir ali, coloque o seu melhor ar blasé e ahaze no carão!

Dali saímos para o Mussulo. Discoteca africana que eu A-DO-RO. Fui passada de mão em mão tentando dançar Kizomba sem muito sucesso. Não adianta, não sei ser guiada.

Como duas discotecas não chegaram voltamos para o Alcântara Mar, que definitivamente foi o melhor da noite. Um dos meus amigos conhecia os donos. Um casal gay muito maluco. Mal entramos vi um homem discretíssimo com um fio dental rosa, bota preta de salto fino e um espartilho cor de rosa.

Até aí tudo bem, o estranho foi quando essa figura correu na direcção do meu amigo, pulando no colo dele. Eu arregalei os olhos e ele disse para mim:

(Dizer com voz de Drag Queen)
- Amor, não precisa falar nada! Pela tua cara vê-se que és brasileira. Tem aqui um cara MA-RA-VI-LHO-SO pra você! Vem cá conhecer o teu futuro marido.

Não só conheci o meu futuro marido, como também a futura sogra que, mal me viu, agarrou na minha bunda e disse:

- Filho, essa é pra casar. Ela tem ancas de parideira.

*Putaquel! Ploft, morri!*


Mas olha que o futuro marido era um DJ paulista gatíssimo. Drag queen realmente entende de homem. E fiquei ali na zona Vip, com um grupo engraçadissímo e uns homens esculturais. Sério gente! Aqueles homens deviam proibidos de andarem de sunguinha. Ainda mais que, por muito que eu olhasse, eles nem sequer notavam a minha existência.

Oh céus, por que raios os gays lindíssimos não gostam de mulher???

Ri muito com aquele pessoal. Joguei pebolim (ou totó, se preferirem) com as Drags e perdi feio! Passei a mão na bunda do dono da Boate, tiramos fotos malucas e até selinho no Drag eu dei. Acho que baixou um espírito Caetano Veloso em mim.

Enfim, me diverti até não poder mais. Mas, para não dar a noite (quer dizer, o dia) por encerrado. Saímos dali directos para o Kremlim. Foi a primeira vez que eu entrei numa discoteca as 7 da manhã, de óculos escuros na cabeça.

E pensaram que ia acabar aí não é? Nem pensar. Saímos do Kremlim para o after party no Ar Livre, em Santos. Meio fraquinho, muita fumaça. E enquanto eu esperava educadamente a minha vez no WC, vi sair do banehiro que eu ia usar, três mulheres e um negão. Gente, mulher vai junta no banheiro, até aí tudo bem. Mas...

Alguém me explica pra quê o negão?

3 comentários:

Patrycia disse...

kkkkkkkk E precisa explicar?? Menena, que noitada show!! Passar por aqui é sempre muito bomm!
Adoroooo!!!

Ps. O poema do blog é de Neruda. Perfeito para quando estamos apaixonadas rsrs.

Anónimo disse...

wooowwww

... talvez para as ajudar a sentar na sanita (às vezes o equilibrio é dificil, lool)

bijinho*

By Mari Molina disse...

AHAHAHAHAHHHA!!! Analu... que máximo!!! ahahahaha O negão... artigo básico...
Beijos