domingo, 9 de novembro de 2008

Vou de táxi... Cê sabe...

A minha mãe costuma dizer que gosta mais quando os filhos não ligam para ela. Parece coisa de mãe desnaturada, mas tem o seu quê de razão.

Eu sou do tipo que não ligo só para dizer que está tudo bem e mandar beijinhos. Portanto, quando num sábado à noite o telefone da minha mãe toca só quer dizer uma coisa: "Problemas". E foi assim que mal ela atendeu o telefone ontem ouviu uma voz trêmula do outro lado da linha:

- Manhêêêêêê... Meu carro quebrooooooooou!!! O que é que eu faaaaaaaaaaaço?

É pessoal, fiquei a pé ontem. Estava a caminho de um jantar com um bofescândalo e, depois de fazer uma curva, ouvi um barulhão vindo do pneu da frente do meu carro. A sorte é que eu ia devagarzinho porque se fosse mais rápido podia ter tido um acidente sério. Meu carro ficou mesmo desgovernado. Tive medo.

Consegui encostar à direita e saí do carro tremendo que nem vara verde para ver o que era, e tive a visão do inferno. O pneu estava intacto, só que estava virado num ângulo muito estranho e já não estava mais ligado ao carro. A roda saiu, minha gente!!!

Aí eu tive a reacção mais An@Lu do mundo: sentei na calçada e fiquei pensando "Ai meu Deus, e agora?" durante dez minutos. É um defeito meu, eu sempre tenho um momento de desespero antes de começar a pensar racionalmente.

Foi então que lembrei de ligar para a minha mãe. No alto dos meus quase 25 anos eu ainda me pego ligando para a mãe na hora do sufoco. É que eu nunca na minha vida tive um acidente, não fazia a mínima ideia do que era preciso fazer. Ela disse para eu ligar para a assistência em viagem da minha seguradora.

A seguradora foi impecável. Chamaram um reboque e um táxi pra me levar de volta pra casa e eu não paguei por nada.

Só tive o trabalho de ficar sentadinha na rua à espera do reboque por meia hora até me lembrar que eu podia sentar dentro do carro, e evitar aquele frio féladaputa. E quando chegou o tio do reboque ele olhou para o meu carro e depois olhou para mim com pena, como se estivesse pensando: "filha, isso vai te custar uma fortuna".

E rebocou o meu carrinho.

Agora amanhã é ligar para a seguradora e dizer o nome da oficina para eles irem deixar o meu carro e rezar para que não seja muito caro. Pelo sim pelo não já pus tudo à venda e a Estrela Regina vai ter que se começar a prostituir para colaborar com as despesas. E, se alguém aí conhecer uma oficina onde se pague com o corpo é favor deixar o endereço nos comentários.

5 comentários:

By Mari Molina disse...

Que perigo você passou!
Fico muito contente que estejas bem.
Fique com Deus!
Beijos

MaxReinert disse...

humnmmmmmm...... digamos que, provavelmente, com toda certeza... eu teria de fazer o mesmo!
Graças a Deus nunca sofri um acidente e nunca fiquei na mão nessa situação... só que minha mãe já faleceu... acho que se acontecer comigo vou ligar pra vc, tá?

Lari Bohnenberger disse...

Ai, Ana!
Em primeito lugar: ahahahahahahahahahahahahahahahahahahahahahahahahahahhaahahahahahahahahahahahahahahahahahahahahahahahahahahahahahahahahahahahah.
Em segundo lugar, pobrezinha da Estrela Regina, tinha que acabar sobrando pra ela.
Em terceiro lugar, eu acho que nós somos muito parecidas. Freqüentemente eu me identifico com as tuas reações diante de situações inusitadas. Eu, no teu lugar, provavelmente também ficaria uns dez minutos catatônica (talvez mais) e depois, obviamente, ligaria pra minha mãe para pedir socorro. No auge dos meus quase 27 anos de idade! Isso até me assusta, um pouco... é muita dependência pra quem se acha tão independente! Rssss!
Só tô curiosa pra saber o que é que tu fizeste com o bofescândalo... rssss!
Bjs!

Anónimo disse...

OI Aninha!!!
Lembra de mim, ou já esqueceu?
É o Ivan, do Acidboy!!!
A Lu, minha namorada, vive se matando de rir com seus textos, e eu, que descobri seu blog e contei pra ela é que fico devendo umas visitas de vez em quando!!!rsrsrs
Aff... nem me fale em carro, que os daqui de casa, é ponteiro da gasolina lá embaixo, e do termostato nas alturas, pra dizer o mínimo!!!
Boa sorte com a caranga ai, fia!!!

Bjo grandee!

Anónimo disse...

a situação foi feia, mas contada por ti até tem piada ... (desculpa)

:) :) é mesmo assim: "a nossa vida é uma tragédia vista de perto e uma comédia vista à distância".

espero que o sr. da garagem não seja muito mau com essa conta ...

bijinho*