segunda-feira, 7 de setembro de 2009

The Ex-Files

Tudo começou quando ele me adicionou no facebook pensando que eu era uma garota que ele conheceu em Milão. E eu aceitei, pensando que ele era um inglês perdido em Lisboa que eu tinha conversado, numa das noites no Bairro Alto.

Começamos a conversar e não tardou muito a descobrirmos que eu nunca tinha estado em Milão e que ele detestava o Bairro Alto. Só que, como a conversa estava interessante - e eu confesso que eu tenho um fraquinho pelos súbditos de Sua Majestade - continuei falando com ele.

Aí combinamos um jantar. Ele impecavelmente vestido, super cavalheiro e com aquele sotaque charmosíssimo do Hugh Grant. Me levou num restaurantezinho em Cascais, pediu vinho e ainda arranhou uma conversa em português.

Disse que já tinha morado 5 meses no Brasil com uma namorada, depois vieram para cá e terminaram pouco tempo depois de ele largar Londres para acompanhá-la pelo mundo.

- É que ela tem um emprego que tem facilidade de mudar de país, pode alterar a cada seis meses se quiser.
- Legal. Eu também queria uma coisa desse jeito. Adoro viajar. Também tenho uma amiga brasileira que é assim, já morou no México e agora está em Lisboa, com planos de ir para a Alemanha.
- Sério?! Como se chama a tua amiga?
- Fulana.
- Fulana de Tal? De São Paulo?
- errrr... Sim.
- Essa é a minha ex.

Pronto. Só me faltava essa. Talvez vocês já tenham experimentado essa sensação de "como o mundo é pequeno" mas, nesse caso, foi um balde de água fria. Tudo bem, era ex dele, mas é minha amiga actual. Tá, para muita gente pode ser meio nada a ver, mas eu não ando com ex de amigas. Principalmente quando eles moraram juntos por quase um ano. Principalmente quando ele largou o país para correr atrás dela. Arrrgh!!!

Claro que a partir daí o encontro se tornou uma conversa sobre a Fulana. Poxa, ela é tão legal e ele também é tão bacana que eu fiquei me perguntando por que teria dado errado. Sendo mulher, assumi automaticamente que a culpa foi dele.

Ele continuou sendo gentil e educado o jantar todo, mas eu já estava pronta para dar o capítulo como encerrado. Ele me levou até ao meu carro e combinamos de combinar de novo. Sabe aquela coisa de: "Vamos marcar para não nos vermos nunca mais?"

Combinei com a Fulana de sairmos com o pessoal e marcamos num barzinho. Claro que eu contei tudo sobre o encontro imediato de 3º grau com o ex dela. E ela respondeu assim:

- Ah... Pode sair com ele, ele é boa pessoa e eu não fico chateada.

Foi só ela acabar a frase que "ele" aparece no bar. Sim, Lisboa é um ovo e a gente vive se esbarrando. E a cena que se sucedeu provavelmente entrará no Top 10 de saias justas da minha vida.

Ele veio cumprimentar a gente. Claro, sendo inglês, tinha que ser educado. Mas ficou ali parado na nossa frente, sem saber com qual das duas falar primeiro. Fulana tomou a iniciativa e ele depois me deu os tradicionais dois beijinhos no rosto. Para completar, Fulana disse:

- Olha, a An@Lu me contou tudo. Por mim vocês podem sair juntos à vontade.

Ele corou. Eu dei um sorriso amarelo. Ele fez "small talk" com o sotaque British. Eu dei cinco minutinhos e saí à francesa.

4 comentários:

By Mari Molina disse...

Que saia justíssima hein?! Ela nem precisava ter dito nada, não é?
Arghhhhhhh também... risos

Val disse...

Hahahaha
Só rindo mesmo.
E só podia ter acontecido com An@lu mesmo, pra contar pra gente aqui. hehehe.

Bjos.

PS: Tenho lido todos, mas estou com problema para comentar. Esse só deu certo pq não estou no meu pc.

Val disse...

Hahahaha
Só rindo mesmo.
E só podia ter acontecido com An@lu mesmo, pra contar pra gente aqui. hehehe.

Bjos.

PS: Tenho lido todos, mas estou com problema para comentar. Esse só deu certo pq não estou no meu pc.

Lari Bohnenberger disse...

Putz, essa foi saia justa MEEESMO!
Mas a verdade é que o mundo é um ovo! A gente corro riscos deste tipo o tempo todo! Mas ainda bem que nunca aconteceu comigo. Pelo menos não deste jeito!
Bjs bjs!