quarta-feira, 5 de agosto de 2009

3 anos

Eu meio que estou tendo uma crise de meia idade agora aos 25. Há uns tempos atrás estava rolando um memê no twitter de #ha3anos. Muita gente falou do dia em que São Paulo parou por causa dos ataques do PCC.

Alheia a tudo isso devido à distância (é gente, longe da vista, longe do coração), pensei na minha vida há 3 anos atrás.

Pois vejam que eu, no alto dos meus 22 anos de idade, tinha o descaramento de pensar que a vida estava "all figured out".

Em 2006 eu tinha um namorado de longa data que eu adorava e nós já morávamos juntos há um ano. Pois é, talvez alguns leitores fiquem surpreendidos por saberem que eu já fui "semi-casada". Eu digo "semi" porque só faltou o detalhe do papel.

Em Julho desse ano eu tinha acabado de terminar a faculdade e tinha sido recentemente promovida para a Supervisão da empresa antiga. Eu geria uma equipe de 15 pessoas e o outro supervisor de turno pode ser considerado o melhor colega de trabalho que eu já tive até hoje. Nunca nos "atropelamos" nem tivemos rivalidades bobas.

Aos 22 anos eu tive que despedir um cara que tinha 2 filhos porque ele não era bom para a função que desempenhava. Ele era legal e tinha milhões de qualidades que o tornavam uma boa pessoa. Era impossível não gostar dele. Só que, apesar de todas essas vantagens, o cara não era talhado para atendimento de Call Center. Foi difícil e eu acho que eu chorei mais com o despedimento dele do que com o meu, 3 anos depois.

Pois é, aos 22 eu me sentia no topo do mundo com casa, "marido", um emprego bacana que, apesar de não ter nada a ver com a minha área de estudos, pagava bem e terminado a faculdade.

A primeira mudança foi quando eu decidi fazer valer o diploma e mudei para um emprego que tivesse a ver com o meu curso. Três anos depois estou deixando esse emprego.

Depois o casamento "subiu no telhado". Há quem diga que foi a crise dos 7 anos, mas eu prefiro chamar de "rotina". Engraçado que, depois disso, nunca mais tive ninguém que eu pudesse encher a boca para chamar de "namorado".

Nesse meio tempo viajei acompanhada, viajei (mais) sozinha, passei a morar sozinha, comecei este blog, hospedei estrangeiros, conheci gente legal, comecei o jiu jitsu, passei uns apertos mas sempre deu tudo certo no final.

E, hoje, eu definitivamente não sou a mesma An@Lu de há 3 anos. E, aquela que achava que tinha a vida toda definida, hoje sabe que definições há poucas e, mesmo dessas há que duvidar.

4 comentários:

Val disse...

Ih, há exatos três anos eu estava grávida de um mês, sem saber, no velório de um tio meu, [o primeiro tio que perdi], triste demais! O tempo realmente cura tudo.

Bruno disse...

É uma sensação estranha. Por que não percebemos os momentos felizes no exato instante em que as vivemos. Esperamos algum tempo pra isso?
Eu passei por essa crise aos 30. Na verdade eu ainda a vivo, mas estou saindo dela. E nem sempre o tempo cura tudo
Bjs

Erika disse...

Adoro seu blog! Me identifico mtooo com vc!! Mm idadee..falta de namoros...etc..etc..
Bjaooo e ve se aparece no meu!!!

By Mari Molina disse...

Analu,
Muita força pra ti. Pensa que tudo passa. Há momentos muito difíceis e até, parecem intermináveis, mas passarão.
Sorte!