segunda-feira, 10 de setembro de 2007

E fez-se luz!

E o funcionário da companhia de elétrica chegou na minha casa e disse: “Faça-se luz!”. E foi deste jeito que as trevas deixaram de reinar sobre a minha humilde residência.

Pude finalmente estrear minhas colunas de som que ganhei do meu padrasto. Espetáculo!!! Minha casinha está parecendo uma pequena discoteca! É assim que a gente aprende a dar valor às pequenas coisas que tem como garantidas no dia-a-dia.

Durante o fim de semana ainda pensei em cozinhar. Fazer um jantar para "ele". Mas... Meu fogão é elétrico e nem com muita força de vontade eu iria conseguir fazer o que quer que fosse.

Como é de conhecimento público eu não sou um ás na arte da culinária. Eu sempre imaginei que, morando sozinha, iria morrer por falta de vitaminas. Mas, como vaso ruim não quebra, cá estou eu. Forte e roliça como sempre (ênfase no roliça). Eu já moro sozinha há 1 mês e meio. Aproximadamente 45 dias. Neste tempo cozinhei 6 vezes. Três vezes para impressionar uns gatinhos (embora só duas vezes tenham valido a pena), duas vezes para minha amiga Q. e uma para M., meu amigão (que me fez jurar que nunca mais o tentaria envenenar com as minhas comidinhas...).

Destas 6 vezes, em quatro delas eu fiz o meu prato preferido: massa com atum e molho de tudo que tiver na geladeira e polpa de tomate. Especialidade da casa. Todo mundo que vem aqui pela primeira vez prova essa meleca. Uma vez fiz linguiça na chapa com batata frita Ruffles e uma vez massa semi-pronta de pacote.

Durante as experiências culinárias me cortei uma vez com a lata do atum, me queimei duas vezes e por outras duas vezes deixei grande parte do molho derramar no fogão.

E à medida que vou tendo mais confiança com as pessoas que frequentam o meu "home sweet home" o cardápio vai decaindo. Quem me visita pela primeira vez ouve sempre: "você gosta de massa?". E lá tem que encarar o "macarrão com tudo".

Na segunda visita a bola da vez é: "eu faço alguma coisa grelhada na chapa".

A partir da teceira vez cai o pano da minha culinária. As frases que se sucedem são:
- Traz um frango assado que eu tenho farofa pronta;
- A gente pede uma pizza;
- Eu compro um pão e a gente come uns hamburgueres;
- Tenho aqui daquelas lasanhas que é só botar no microondas.
Até que chega ao ponto em que eu digo:
-E por quê a gente não janta fora?

Ah, gente... Já decidi! Não sou do tipo de mulher que agarra o homem pelo estômago... E não quero mais ter trabalho tentando explicar para a polícia que eu não queria envenar ninguém... Foi só qu eu fiquei na conversa enquanto punha sal na comida... Mas já foram retiradas todas as queixas de tentativa de homicídio contra mim.

Pode ser que um dia eu arrume um namorado modelo-anoréxico que só come uma vez a cada seis meses... Aposto que ele vai dar valor à minha comida!!!

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