Hoje tenho que discordar de você. Porque um dia você me disse que "tudo vale a pena se a alma não é pequena". E a minha não é, Fernando. Pode acreditar que não é.
Ontem:
Sair quase à meia noite para ir vê-lo. Uma hora e meia de caminho. Mentir para a polícia. Gastar 9 Euros em telefone. Se perder. Dormir dentro do carro.
Hoje:
Voltar correndo para casa às seis e meia da manhã. Tomar banho. Botar cara de feliz. Trabalhar. Olheiras até aos pés. Dor de cabeça. Dor nas costas. Sono. Muito sono.
Ele não apareceu, Pessoa... E ainda assim você acha que valeu a pena? Eu não!
Será que dói menos viver como Ricardo Reis e Lídia, que simplesmente sentavam à beira do rio e viam a vida passar? Sabe Fernando, eu queria ser a Lili, da "Quadrilha" de Drummond.
Mas a verdade é que hoje eu me sinto meio "José".
E agora?
Se chorei por amor foi porque amores tive para chorar...
2 comentários:
Q legal esse texto!
A idéia, a forma, até a fluídez do ritmo...
Fora a conversa com o Pessoa (e com o drummond indiretamente tb, né!)
hehehehehe...
Respondendo a pergunta q vc fez a ele, acho q viver não dói menos de jeito nehum, viu!
Dói igual sempre...
Ainda assim, acredito q td vale a pena!
Ana!!!
Esse foi o máximo!!! Adorei as articulações, que foram show de bola sem perder a lógica!!
E que lógica!!!
bjs
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