Nem Freud explica

Já há muito que eu ando pedindo uma camisa de forças. E não é sem razão. Como se não bastasse a minha obsessão por estrelas e a mania de acordar extremamente feliz em plena segunda-feira, eu agora passei a me agredir durante o sono. Como assim? Eu explico.

Essa noite sonhei que estava em trabalho numa floresta (nadavê!). A floresta estava cheia de mosquitos que começavam a me morder (putaquel!) e eu começava a coçar as mordidas. Mas até aí tudo bem. Não fosse o facto de eu ter passado a noite inteirinha me coçando... De verdade!

Acordei cheia de dores no corpo e sem saber o motivo. Quando fui tomar banho, me vi no espelho e notei que estava toda arranhada! Pernas, costas, barriga, braços... Tudo! Parece que eu dormi com o Edward Mãos de Tesoura. Claro que depois de contar isso no trabalho ninguém acreditou que eu tivesse passado a noite sozinha. Mas é uma daquelas histórias tão absurdas que só podem ser verdade.

E acreditem, eu preferia mil vezes ter ficado arranhada na sequencia de uma noite intensa de sexo selvagem (sim, porque do jeito que eu estou tinha que ter sido selvagem, quase BDSM!), do que por causa de um sonho estúpido com mosquitos. Afff...

Caso ainda não estejam convencidos da minha necessidade de fazer uma breve estadia num manicômio, fica aqui uma listinha de possíveis sintomas de eu esteja ficando pirada das ideias: (e todos aconteceram nas últimas 48 horas)

- Jogar a roupa suja no lixo e jogar o lixo no cesto de roupa suja;
- Chamar o chefe de “pai” (e não, ele não é meu pai);
- Chamar o coelho pelo nome do Bofescândalo;
- Dizer repetidamente que os marinheiros estavam vestidos de notas fiscais em vez de uniforme;
- Ligar para Espanha e falar italiano;
- Dizer boa tarde às 9:20 da manhã;
- Ligar para o celular e perguntar quem fala quando atendem;
- Começar a falar inglês no meio da conversa telefónica sem me dar conta;

E a melhor:
- Atender o meu celular dizendo: “Nome da Empresa” Boa tarde, fala... fala... Como é que eu me chamo mesmo?! Peraí, não era isso! Oi! Alô!!!